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BONECO 4 ANA CLAUDIA

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EDIFICIOS DE
EDUCÇÃO
ARQUITETURA
ALUNA: ANA CLAUDIA DIAS
MATRICULA: 201608157067
CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: PERPESCTIVAS CONTEMPORANEAS EM ARQUITETURA E URBANISMO 
CODIGO DA DISCIPLINA: CCE0337
PERIODO: NOTURNO
PROFESSOR(a): CATHERINE D ANDREA 
SEMESTRE: 2021/01
LINHA HISTÓRICA DA ARQUITETURA ESCOLAR DO BRASIL 
 
COMO COMEÇOU ?
Por alguns séculos o Brasil comportou-se como uma colônia de
economia agroexportadora da metrópole de Portugal,
abastecendo-se de produtos existentes no país. Os movimentos
da população e da economia dentro do país geraram mudanças
territoriais, econômicas, sociais e também educacionais, já que o
Brasil não se encontrava despovoado, comportando índios e
alguns poucos negros.
Os primeiros indícios da arquitetura escolar no Brasil vieram com a Companhia de Jesus. Em 1549, chegam os primeiros
jesuítas no Brasil com o intuito de catequizar os índios e, por consequência, ganhar trabalhadores para a Coroa Portuguesa,
acontecendo por meio do ensino da fé católica aos nativos.
No período em que os jesuítas estavam no Brasil foram criados inúmeros espaços destinados ao ensino; dentre eles
estabeleceu-se em Salvador a primeira escola oficial, chamada de Colégio dos Meninos de Jesus (1550), com pequenas
acomodações que comportavam 25 alunos, dentre eles índios e alguns filhos de colonos.
Após a primeira missa no Brasil, em 1554, foi criado em São Paulo o Pátio do Colégio, que marcou a fundação do estado. Foi
criado pelo padre Manuel da Nóbrega juntamente com o então noviço José de Anchieta e, inicialmente, consistia em um
acampamento para os jesuítas e missionários com o intuito de catequização dos indígenas. Depois se tornou um colégio
destinado a estudos, priorizando assim a atividade de ensino. 
https://germinai.wordpress.com/textos-classicos-sobre-educacao/linha-historica-da-arquitetura-escolar-do-brasil/
Atualmente, o Pátio do colégio abriga o Museu do Anchieta, com biblioteca e
projetos sociais que desenvolvem atividades culturais e religiosas. O Museu
apresenta relíquias como uma parede de taipa de pilão dotada de 1556 e
parte do fêmur do Padre Anchieta.
No momento em que o Brasil torna-se república (1889), a ausência de prédios escolares e as precárias condições dos espaços
utilizados para a prática de ensino foram motivo de crítica pelos higienistas da época. Aliado a isso, ocorreu a valorização da
educação, passando a ser vista como sinônimo de progresso. É neste panorama que surge a preocupação, na esfera
governamental, em construir espaços de caráter educativo, principalmente para as camadas mais pobres. Visando a construção
de prédios escolares, o ensino foi reorganizado por intermédio de horários rígidos de aula; e da locação de turmas em classes,
com mobiliário dos estudantes fixo ao chão e o da professora ao centro da sala. Assim, a instituição escolar passou a ser vista
como um equipamento essencial que deveria compor a cidade industrial.
 
Pátio do Colégio, em ilustração de 1824 (Fonte: FERRAZ, 2009)
Fig. 02: Parte do antigo Pátio do Colégio, atualmente comportando
o Museu do Anchieta (Fonte: FERRAZ, 2009).
 
 A concepção da
arquitetura escolar no
Brasil República:
surgimento de escolas
enquanto espaço
exclusivo
 
 Os
primeiros
espaços
destinados
ao ensino
As primeiras construções possuíam projetos-tipo (padronização em planta) e eram construídas em
diversos pontos de São Paulo. Sendo erguidas de modo mais rápido, em maior quantidade e com
custo reduzido, contratavam-se arquitetos apenas para desenharem fachadas distintas, para que as
edificações fossem distinguidas umas das outras (RAMALHO e WOLFF[1], 1986, apud BUFFA e
PINTO, 2002).
No período republicano,
novos paradigmas foram
introduzidos em relação a
projetos escolares, em
que os ambientes de
ensino, apesar de já
apresentarem uma
qualidade mínima, ainda
eram deficientes e
insuficientes (BUFFA e
PINTO, 2002). Isso porque
se tratavam de locais que
seriam enriquecidos
somente com a evolução
da arquitetura escolar,
pois possuíam um
programa de
necessidades carente de
recintos administrativos
(ARTIGAS, 1986).
 
Fig. 03: Planta baixa e organização funcional do nível térreo da
Escola Modelo da Luz. 1. Sala de Aula; 2. Circulação; 3. Entrada
Principal (Fonte: BUFFA e PINTO, 2002).
 
 Configuração geométrica da Escola Modelo da Luz, atual Grupo
Escolar Prudente de Moraes (Fonte: Centro de Referência em
Educação Mário Covas, São Paulo).
Nos anos 1930, os desenhos,
contidos nas plantas com
ambientes até então
inexistentes nos grupos
escolares, apresentam divisão
clara de funções, como museu,
biblioteca, sala de leitura,
auditório (BUFFA e PINTO,
2002), com conceitos de
plantas e volumes sofrendo
alterações. O Grupo Escolar
Visconde Congonhas do
Campo, projeto desse período,
do arquiteto José Maria da
Silva Neves, já apresentava um
programa de necessidades
enriquecido com tais
ambientes.
Nos anos 1930, a modernização começava a
aparecer em algumas cidades brasileiras com o
aparecimento de novos prédios, e o edifício
escolar, não mais se encontrava como único no
espaço. De acordo com a Figura 06, já acredita-se
na existência inicial de outras edificações no
entorno, pela época datada.
Planta baixa do nível térreo do Grupo
Escolar Visconde Congonhas do Campo.
1. Sala de Aula; 2. Circulação; 3.
Administração. 4. Sanitários (Fonte:
BUFFA e PINTO, 2002).
 Configuração geométrica da fachada do Grupo Escolar Viscond
de Congonhas do Campo (Fonte: BUFFA e PINTO, 2002).
A arquitetura escolar brasileira caracterizou-se por ambientes de
novas concepções espaciais, com a finalidade de oferecer
formação completa ao aluno (BASTOS, 2009) e com o desafio de
construir escolas baratas. Para tal, esse é um sistema que
comporta um Centro Educacional com rotatividade de alunos,
com suas atividades acontecendo ora na escola-parque (com
aprendizado na prática por meio de atividades dinâmicas como
educação física e artística); ora na escola-classe (com as aulas
teóricas), havendo alternância de turnos entre as duas escolas.
Assim, se apresentou um tipo de ensino integral, não limitado
dentro de sala de aula, mas também em contato com a natureza
em áreas externas (ANELLI, 2004).
As escolas-classe, que estão divididas em vários bairros carentes
de Salvador-BA, apresentam uma organização funcional que
comporta salas de aula, áreas cobertas, gabinetes médico e
dentário, administração, jardins, hortas e áreas livres. As salas de
teoria são destinadas às aulas com matérias curriculares
Anos 1950
 
As escolas desse período, possuidoras de um repertório formal modernista em seus prédios,
compactuavam com uma política educacional formada por ideias de Anísio Teixeira, em que a escola
pública deveria ser racional e com espaço otimizado. Apresentavam-se com introdução de quebra-sol
visando sombreamento e com combinações de figuras geométricas sem ornamentações (AZEVEDO, 2002).
A partir disso, e das pesquisas levantadas a respeito das prioridades que as escolas careciam, começou a
se pensar em novos projetos para as cidades, que continuava com déficit de vagas escolares.
 
 Escolas classe I, II, III, e IV pertencentes ao Centro
Educacional Carneiro Ribeiro (Fonte: Escola parque:
Centro Educacional Carneiro Ribeiro, Salvador).
 
FEscola-parque (primeira (1947) e segunda etapa (1956), em
Salvador. (a) Traçado da arquitetura moderna; (b) Biblioteca
composta de vidro e ferro; (c) Área de acesso (Fonte: BASTOS,
2009).
 
 Análise geométrica da Biblioteca localizada na escola parque. Uso inicial
de cores e de formas geométricas que fogem de linhas totalmente retas
(Fonte: Adaptado de WELINGTUBE, 2009).
Anos 1960,
1970, 1980 e
2000
Os anos 60 foi o período de ascensão de arquitetos como Afonso Eduardo Reidy e Oscar
Niemeyer, com estilos voltados ao modernismo e com propostas arquitetônicas relevantes para
edifícios públicos. Assim, os prédios escolares apresentavam qualidades espaciais imponentes;
diferenciação na implantação dos blocos para facilitar fluidez e dar vez a espaços mais abertos;arquitetura sem adornos e sem menção à história; visibilidade e presença de brises, bem como
circulações mais fluidas (BUFFA e PINTO, 2002).
Com a chegada do período pós-moderno (anos 70 e 80), em que havia
preocupação com uma produção rápida e econômica (com uso de peças pré-
moldadas), a maioria das escolas, implantadas em áreas periféricas, objetivavam dar
às obras arquitetônicas um valor sócio-cultural, com o intuito de exibi-las.
O ginásio pertencente à escola também possui pilares característicos de Artigas, apreendendo a
atenção pela presença de cores primárias em sua composição. Isso porque o efeito dessas
cores pode ser critério de percepção dos espaços, causando reação a quem observa. A
arquitetura deve atender a qualidade visual do ambiente, afetando o comportamento dos
indivíduos quando eles sentem seus sentidos estimulados por algum fator externo, como a
variedade dos padrões formais existentes nos espaços (REIS, 2002)
Corte Esquemático da Escola de Guarulhos, de Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi (Fonte:
Adaptado de MAHFUZ, 2006).
 
Análise esquemática em planta baixa da Implantação da Escola de
Guarulhos.
 
Foto atual do Ginásio de Guarulhos – cores fortes na
composição (Fonte: MAHFUZ, 2005).
o Rio de Janeiro, na década de 1980, a questão de falta de escolas é suprida em boa parte com a criação dos Centros
Integrados de Educação Pública (CIEPs). A escola mantém suas portas abertas durante os fins de semana para receber a
população, defende a educação integral e auxilia os alunos repetentes; assemelhando-se aos Centros Educacionais dos
anos 1950, foram características retomadas por Darcy Ribeiro[2] com o objetivo de oferecer ensino público integral com
qualidade, prevendo expandir a rede pública.
 Processo inicial de montagem da estrutura de
um CIEP, com concretagem no local, uso de
pré-moldado e construção modulada (Fonte:
Arquitetura do CIEP, 2007).
Primeiro CIEP, inaugurado em 1985: CIEP Tancredo
Neves (Fonte: MENDONÇA, 2008).
O projeto inicial previa construção de 500 unidades para Estado do Rio de Janeiro. Prova
disso foi que, em 1994, esses CIEP’s encontravam-se prontos, os quais, em alguns casos,
eram construídos em um mesmo bairro ou muito próximos entre si, para facilitar acesso
a escolaridade, em que a distância não fosse um empecilho para a escolarização. O
primeiro, inaugurado em 1985, recebeu o nome de CIEP Tancredo Neves
Planta Baixa pavimento térreo (Fonte: Adaptado de RIBEIRO, 1986).
Planta Baixa do primeiro e segundo pavimentos (Fonte: Adaptado de RIBEIRO, 1986).
CIEP e sua implantação em blocos (Fonte: Adaptado de (Fonte: Adaptado
de Arquitetura do CIEP, 2007).
Nos dois pavimentos superiores, existem 20 salas de aula para 30 alunos,
com desenvolvimento do currículo escolar básico; instalações
administrativas; serviços auxiliares; auditório; salas especiais, com Estudo
Dirigido; sanitários e refeitório. Assim como o térreo, o superior também é
de configuração linear marcado por salas ao longo de corredores
Para compor o conjunto, existem os anexos: o da biblioteca a disposição de alunos e da comunidade, em que sobre ela, há
alojamentos para 12 estudantes, que poderão morar na escola em caso de necessidade; e o segundo anexo é referente ao salão
polivalente, formado por ginásio desportivo coberto com arquibancada, com um ambiente amplo onde as aulas corporais são
praticadas; vestiários e depósito para guardar materiais.
CEU Vila do Sol (2008), no Jardim Ângela, em São
Paulo, com a mesma configuração e destinação
de ambientes aos volumes (Fonte: BASTOS,
2009).
 
Planta de Implantação do CEU Rosa da China, São Paulo. 1. Bloco Didático; 2.
Bloco cultural/desportivo; 3. Conjunto aquático; 4. Creche (Fonte: MELENDEZ,
2003).
CEU Jambeiro. Vista aérea: ausência de muros e
contraste com o entorno (Fonte: MELENDEZ,
2003).
O volume configura-se por meio de blocos, que se estruturam em um: 1)
pavilhão, distribuído em três pavimentos, para educação infantil e ensino
fundamental; 2) bloco voltado para as atividades culturais e quadras esportivas
de forma retangular, fechado por alvenaria: no primeiro pavimento desse
bloco há um teatro que pode transformar-se em cinema, e uma quadra
esportiva dotada de piso flutuante com material que evita que os ruídos da
prática de esportes cheguem ao teatro; 3) um edifício circular de estrutura
metálica em concreto, comportando a creche, a qual é ampla, clara e com vista
para o exterior; 4) e um parque aquático com três piscinas
 
Os edifícios são marcados pela monumentalidade, tais como os prédios das primeiras décadas da República,
revelando-se em suas cores e no uso de formas geométricas para compor o partido. Diferenciam-se apenas
no entorno, que não está vazio como no período inicial da República, sendo, portanto, levado em
consideração, pois o espaço não é composto unicamente pela instituição.
Os CEUs têm características pouco usuais para uma arquitetura escolar pública, pois são de grande porte e
sem muros, abrindo-se para o entorno e integrando a escola com aquilo que existe ao seu redor. Assim,
pode-se marcar a contradição entre um equipamento urbano positivo e uma vizinhança empobrecida que,
com a presença de uma escola de qualidade, cria melhorias para o local (MELENDEZ, 2003), com o prédio
sendo objeto de destaque no tecido urbano.
 
O período que vai da década de 1940
ao início da década de 1950, em
Curitiba foi caracterizado pela
utilização dos projetos-tipo na
construção das escolas, ou seja,
projetos com plantas e fachadas
padrões, construídos em diversos
bairros da capital e em muitas
cidades no interior do estado.
Anísio Teixeira e a
organização do espaço
escolar
 
O educador integrava o Movimento Escola Nova, que surgiu não só
como um novo ideário criado no rastro da Semana de Arte Moderna
de 1922, mas, sobretudo, como uma reflexão que buscava
contemplar as demandas dos setores sociais emergentes que a
República Velha não conseguia incorporar. Eram elas: a implantação
do voto feminino, a construção de uma sociedade mais plural e
menos coercitiva, a inclusão educacional de populações excluídas, o
estímulo a uma postura de respeito à diversidade cultural etc.
O movimento de renovação escolar, do qual Anísio Teixeira era
signatário, buscou se fundamentar nos progressos da psicologia
infantil, que reivindicava mais liberdade para a criança e mais
respeito às características individuais da personalidade. Outra
importante fonte de inspiração foi o filósofo e educador norte-
americano John Dewey, que defendia que o eixo principal da
educação não poderia mais estar centrado nas imposições do
professor, e sim na motivação e no talento dos alunos. Além disso, o
movimento também foi influenciado pelo pensamento europeu
surgido após a Primeira Guerra Mundial, que pregava a formação de
um novo homem, capaz de conviver fraternalmente com as
diferenças culturais e os diversos povos.
O “Plano de Construções Escolares” do
INEP e as escolas rurais; O plano para
construção de escolas rurais na Bahia se
inseria no “Plano de Construções Escolares”
elaborado em 1946 pelo educador Murilo
Braga, então diretor do Instituto Nacional de
Estudos Pedagógicos (INEP) do Ministério da
Educação e Saúde. Era a primeira vez que o
Governo Federal iria interferir de maneira
efetiva e extensa no ensino primário e normal,
até então atribuição dos Estados e
Municípios. O projeto das escolas rurais,
singelo porém eficiente do ponto de vista do
programa, previa não somente uma sala de
aula com capacidade para 40 alunos e uma
área coberta para o recreio das crianças –
cada um destes com 8,00 m x 6,00 m –, mas
também a residência do professor, com 8,20
m x 6,00 m, abrigando dois quartos, sala,
sanitário e cozinha. A inclusão da residência
do professor na mesma edificação da escola
mostrava-se fundamental, tendo em vista “as
dificuldades de alojamento condigno para os
professôres das escolas rurais isoladas”.
Anísio Teixeira e a
organização do
espaço escolar
 
Planta baixa do projeto de Escola Rural elaborado pelo
INEP/MÊSem 1946 (Fonte: REVISTA FISCAL..., 1949) 
: Escola Rural recém inaugurada em Ribeira do
Amparo, Município de Cipó, em 1949 (Fonte:
Arquivo Clemente Mariani, CPDOC/FGV – CMa FOTO
098_9)
Anísio Teixeira e a
organização do
espaço escolar
 
Os cinco modelos, previstos no plano de construções escolares, podem ser
classificados de acordo com seus programas arquitetônicos.
A escola tipo
Mínimo, com duas
salas de aula e
uma sala de ateliê
e oficina,
destinava-se a
regiões com
população escolar
reduzida;
 
Planta baixa e fachadas da Escola
Mínima (Fonte: REVISTA FISCAL..., 1949) : Planta baixa, fachada principal e
maquete da Escola Mínima ampliada, já
com duas classes (Fonte: REVISTA
FISCAL..., 1949)
Anísio Teixeira e a
organização do
espaço escolar
 
A escola tipo
Nuclear ou "escola-
classe" dispunha de
12 salas de aula,
além de locais
apropriados para
administração,
secretaria e
biblioteca de
professores. As
escolas deste tipo,
cnstituídas
exclusivamente de
salas de aula
comuns, devido à
sua finalidade de
ensino, deveriam
ser
complementadas
com as atividades
sociais, oferecidas
no parque escolar,
em um outro prédio
e horário.
Planta baixa e fachada principal da Escola
Nuclear (Fonte: REVISTA FISCAL..., 1949) 
Maquete da Escola Nuclear (Fonte:
REVISTA FISCAL..., 1949)Adicionar um
pouquinho de texto
 Inauguração de Escola Nuclear no
Município de Catu, Bahia, c. 1950
(Fonte: Arquivo Clemente Mariani,
CPDOC/FGV – CMa FOTO 077_15; CMa
FOTO 077_60)
Anísio Teixeira e a
organização do espaço
escolar
 
A escola Platoon de 12
classes era constituída de
seis salas comuns de classe
e de seis salas especiais
(para leitura e literatura,
ciências sociais, desenho e
artes industriais, auditório,
música e recreação e jogos
e ciências). Foi projetada
para atender a esse tipo de
organização escolar, "com
o mínimo de facilidades
para o seu programa
respectivo" (TEIXEIRA, 1935,
p. 201) e, juntamente ao
tipo "nuclear", deveria ter
por centro o parque
escolar na
complementação de suas
atividades;
 
Escola Modelo da Luz, 1893
Grupo Escolar Dom Pedro II, Belo Horizonte,
1920-1930
Grupo Escolar Dom Pedro II, Belo Horizonte,
1920-1930
Anísio Teixeira e a
organização do espaço
escolar
 
A escola Platoon de 25
classes reunia 12 salas
comuns de classe e 12
salas especiais distribuídas
em pares para cada
especialidade, amplo
ginásio e todas as demais
dependências de uma
escola de grandes
proporções. Era um prédio
completo, "com todas as
instalações para o
funcionamento regular"
(TEIXEIRA, 1935, p. 201), e
perfeitamente adequado
ao sistema Platoon.
Anísio Teixeira e a
organização do espaço
escolar
 
A escola tipo Platoon de 16 classes
compunha-se de 12 salas comuns de
classe e de quatro salas especiais
para auditório, música, recreação e
jogos, ciência e ciências sociais. Este
modelo de prédio permitia o
desenvolvimento de um programa de
educação elementar, enriquecido
com o ensino especial de ciências,
artes e recreação. Segundo Teixeira
(1935, p. 201), bastava-se a si mesmo,
"possuindo todas as demais
dependências para o funcionamento
de um verdadeiro instituto de
educação", mas ganharia sobremodo
com o uso do parque escolar;
 
CANTINA SERVIÇOS GERAIS
BIBLIOTECA ATIVIDADES INDUSTRIAIS PAVILHAO DE TRABALHO
RECANTO
 
ATIVIDADES MANUAIS PAVILHAO DE TRABALHO
PATIO INTERNO.
Anísio Teixeira e a
organização do
espaço escolar
 
Toda instituição de ensino funciona como um polo disseminador de
conhecimento. É importante que as pessoas compreendam que a educação
não se trata exclusivamente de alunos, professores e livros – o ambiente
físico também é importante.
A arquitetura escolar é um fator essencial para o bom aprendizado. Mas,
infelizmente, a maioria dos seus prédios têm um projeto genérico, com
poucos valores estéticos.
Melhor comportamento dos alunos e
colaboradores;
Redução dos níveis de bullying;
Construção menos exigente;
Menor custo de manutenção com
instalações físicas.
Algumas vantagens da arquitetura escolar bem
planejada:
 
ARQUITETURA ESCOLAR E O PROCESSO
DE APRENDIZADO NAS ESCOLAS
BRASILEIRAS
Ambientes bem cuidados, limpos, claros, bem
equipados demonstram a valorização da educação
e os usuários respondem com atitudes de
respeito, cuidado e colaboração para a
manutenção.
 
Canuanã: a escola brasileira que ganhou o prêmio
de melhor arquitetura escolar do mundo
 O ano de 2018 trouxe um prêmio importante para aarquitetura escolar brasileira.
Uma reforma inovadora deu a Escola-Fazenda Canuanã o
titulo de “melhor edifício de arquitetura educacional do
mundo”, concedido pela premiação Building of the Year –
realizada pelo ArchiDaily.
Localizada na área rural de Formoso do Araguaia, no
Tocantis, a escola também funciona como um internato e
mantém 830 alunos matriculados.
O arquiteto responsável pelo projeto é Marcelo
Rosenbaum, que trabalhou em parceria com o escritório
Aleph Zero e o Instituto A Gente Transforma.
Marcelo fez um estudo da cultura e valores da região e
procurou resgatar a identidade indígena na obra. Os
materiais utilizados foram o tijolos de adobe, a madeira e a
palha.
Na decoração, foram utilizados quadros com grafismos
indígenas produzidos pelos índios javaés, da aldeia
Kanoanã.
Beacon School / Andrade Morettin Arquitetos + GOAA
- Gusmão Otero Arquitetos Associados © Nelson Kon
 
O uso de elementos pré-fabricados, salas de aula com hierarquias
reinventadas, mobiliários inovadores que facilitam diferentes modos de
ocupar as salas e espaços polivalentes que sugerem novas formas de
ensino são algumas das referências presentes nos quinze projetos que
selecionamos para ilustrar um pequeno panorama da produção
arquitetônica brasileira no setor educacional durante os últimos anos.
Planta - Beacon School / Andrade Morettin Arquitetos + GOAA - Gusmão Otero Arquitetos Associados
 
Arquitetos: Andrade Morettin Arquitetos, GOAA - Gusmão Otero Arquitetos Associados
Área: 10600 m²
Ano: 2016
 
https://www.archdaily.com.br/br/office/andrade-morettin-arquitetos?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/br/office/goaa-gusmao-otero-arquitetos-associados?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/min_area/8480/max_area/12720?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/year/2016?ad_name=project-specs&ad_medium=single
Frederikshavn Mucipal School, na Dinamarca;
 
Escola infantil Ary Payet School e a Creche de Orteaux,
na França;
Escola Flutuando no céu, na Tailândia;
Abedian School of Architecture, na Austrália;
Fundação Bradesco / Shieh Arquitetos Associados
 
 
Corte Perspectivado - Fundação Bradesco / Shieh Arquitetos
Associados, ENSINO SUPERIOR, RENOVAÇÃO
•
OSASCO
BRASIL
Escola Novo Mangue / O Norte – Oficina de Criação
 
Planta - Escola Novo Mangue / O Norte – Oficina
de Criação
 
A
rquitetos: O
 N
orte – O
ficina de Criação
Á
rea: 720 m
²
Fotografias: Francisco Rocha, M
ateus Sá
 
A
rquitetos: Shieh A
rquitetos A
ssociados
Á
rea: 4000 m
²
A
no: 2017
 
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/categories/ensino-superior
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/categories/renovacao
https://www.archdaily.com.br/br/office/o-norte-nil-oficina-de-criacao?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/min_area/576/max_area/864?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/br/photographer/francisco-rocha?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/br/photographer/mateus-sa?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/br/office/shieh-arquitetos-associados?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/min_area/3200/max_area/4800?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/year/2017?ad_name=project-specs&ad_medium=single
Planta - Escola em Alto de Pinheiros / Base Urbana +
Pessoa Arquitetos
 
Escola em Alto dePinheiros / Base Urbana
+ Pessoa Arquitetos
 
A
rquitetos: Base U
rbana , Pessoa A
rquitetos
Á
rea: 796 m
²
A
no: 2015
 
COLABS Panamerican School of Porto Alegre / Santini e
Rocha Arquitetos
 
 
ESCOLAS PETRÓPOLIS, BRASIL
A
rquitetos: Santini e Rocha A
rquitetos
Á
rea: 796 m
²
A
no: 2017
 
https://www.archdaily.com.br/br/office/pessoa-arquitetos?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/min_area/636/max_area/955?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/year/2015?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/categories/escolas
https://www.archdaily.com.br/br/office/santini-e-rocha-arquitetos?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/min_area/636/max_area/955?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/year/2017?ad_name=project-specs&ad_medium=single
Escola de Ensino Fundamental FDE Campinas F1 / MMBB
Arquitetos
 
Plantas - Escola de Ensino Fundamental FDE Campinas
F1 / MMBB Arquitetos
Wish School / Garoa
Axonométrica Explodida - Wish School / Garoa
 
A
rquitetos: G
aroa
Á
rea: 
1166 m
²
A
no: 
2016
A
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 M
M
BB
 A
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A
no
: 2
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Escolas que Inovam / AUÁ arquitetos
Isométricas - Escolas que Inovam / AUÁ arquitetos
Colégio Positivo Internacional / Manoel Coelho Arquitetura e Design
A
rquitetos: M
anoel Coelho A
rquitetura e D
esign
Á
rea: 5000 m
²
A
no: 2013
 
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a:
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m
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A
no
: 2
01
8
 
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https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/min_area/4000/max_area/6000?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/year/2013?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/year/2013?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/br/office/aua-arquitetos?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/min_area/936/max_area/1404?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/year/2018?ad_name=project-specs&ad_medium=single
CONCLUSÃO
Percebe-se que, no período inicial da história do Brasil República, não havia espaços próprios destinados ao
ensino. Com o decorrer do tempo isso foi sendo modificado devido as necessidades apresentadas pela
sociedade, podendo ser exemplificadas por meio de melhores espaços a serem oferecidos aos alunos, em
que eles, com a ajuda da ambientação física, pudessem apreender da melhor maneira possível o
conhecimento.
Apesar de algumas escolas terem sido descaracterizadas no espaço físico e desvalorizadas por conta de
outros tipos de uso, muitas foram reformadas e construídas com significativas tentativas de sua melhoria
estética e funcional, de acordo com os objetivos de cada período, admitindo importância ora à
monumentalidade ora à funcionalidade, levando em conta conforto ambiental, a disposição de ambientes
assim como a alusão ou não a estilos arquitetônicos referentes à história.
Cada grupo de projetos, dentro de sua época de concepção, apresenta um conjunto de aspectos peculiares.
Atualmente, os arquitetos remetem-se a características vantajosas de prédios de épocas passadas para o
planejamento dos atuais, aplicando junto a isso a liberdade de criação. Merece destaque as construções
originadas dos anos 1950, as escolas-parque em Salvador, que influenciaram projetos dos anos 1980, os
Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), e atualmente os Centros Educacionais Unificados (CEUs), de
São Paulo; com os primeiros com predominância de concreto armado em sua forma, enquanto que os
segundos apresentam cores mais vivas aplicadas em sua composição.
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS::
https://germinai.wordpress.com/textos-classicos-sobre-educacao/linha-historica-da-arquitetura-escolar-do-brasil/
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602013000300010
https://docomomo.org.br/wp-content/uploads/2016/01/146_M03_RM-AsObrasDoPlanoDeEdificacoes-ART_nivaldo_junior.pdf
http://www.equipamentospublicos.fau.usp.br/drupal/bibliografia/helio.pdf
https://www.google.com/search?
q=A+escola+Platoon+de+25+classes+reunia+12+salas+comuns+de+classe+e+12+salas+especiais&tbm=isch&ved=2ahUKEwi6q433orbw
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cCegQIABAA&oq=A+escola+Platoon+de+25+classes+reunia+12+salas+comuns+de+classe+e+12+salas+especiais&gs_lcp=CgNpbWcQA1
DxljFY8ZYxYP2uMWgAcAB4AIABvgGIAb4BkgEDMC4xmAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWfAAQE&sclient=img&ei=PoSUYLqUIZX11sQPkYil4A
U&bih=657&biw=1366
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-20052010-
152808/publico/DISSERTACAO_Fabiana_Valeck_de_Oliveira_2007.pdf
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=879:novos-conteudos-disponiveis-na-
biblioteca-do-portal&catid=13&Itemid=212
https://www.archdaily.com.br/br/917457/arquitetura-e-educacao-15-escolas-projetadas-por-arquitetos-brasileiros
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-escolar/
https://arqsc.com.br/escola-fazenda-canuana-incorpora-tradicao-e-historia-e-revela-o-poder-transformador-da-arquitetura/

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