Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Desmossomos Do grego “desmos” ligação, e “somatos”, corpo. Um desmossomo pode ser comparado a um botão de pressão constituído por duas metades que se encaixam, estando uma metade localizada na membrana de uma das células e a outra na célula vizinha. Em cada célula existe uma placa circular de proteína, situada bem junto à membrana. Das placas partem substâncias colantes, chamadas desmogleínas (a desmogleína e as desmocolínas são proteínas transmembrana que provocam saliência tanto na superfície externa como na superfície citoplasmática da membrana), que atravessam as membranas e grudam as células na região de contato. As placas também estão ligadas a um grande número de filamentos constituídos da proteína queratina. A capacidade dos desmossomos para prender células adjacentes depende da presença de caderinas, proteínas transmembrana que exibem adesividade na presença de íons Ca2+. Por isso, o desmossomo só tem poder de fixar as células quando a concentração de Ca2+ no espaço extracelular é normal: Baixas concentrações desse íon causam a separação das células. São encontrados nas células submetidas a trações, como as da epiderme, do revestimento da língua e esôfago, e as células do músculo cardíaco. Formam-se com muita facilidade nas células mantidas em cultura e desaparecem nas que sofrem transformação maligna. As células dos epitélios apoiam-se em uma membrana não celular, chamada lâmina basal, que separa o epitélio do tecido conjuntivo. A face das células epiteliais em contato com a lâmina basal apresenta estruturas parecidas com os desmossomos, porém denominadas hemidesmossomos por não terem a metade correspondente à outra célula epitelial. Apesar de seu aspecto morfológico semelhante a meio- desmossomo, os hemidesmossomos apresentam diferenças moleculares em relação aos desmossomos. Os hemidesmossomos contêm desmoplaquinas, mas não contêm desmogleína, aderindo às lâminas basais por meio de moléculas proteicas da classe das integrinas. Cinturão ou Zônula de Adesão É uma formação encontrada em diversos tecidos. Em determinados epitélios de revestimento, circunda a parte apical das células, como um cinto contínuo (zônula aderente). Além da forma de cinto, a junção aderente ocorre também com a forma circular ou oval, como os desmossomos. Na altura da junção aderente existe deposição de material amorfo na face citoplasmática de cada membrana celular, formando placas, onde se inserem filamentos de actina que fazem parte do citoesqueleto e são contráteis. As junções aderentes, como os desmossomos, também são sensíveis aos níveis de íons Ca2+, sendo desorganizadas quando a concentração desses íons é muito baixa, o que acarreta a separação das células. No caso das células colunares do epitélio intestinal, a junção aderente promove a adesão entre as células e oferece um local de apoio para os filamentos que penetram nos microvilos das células epiteliais com borda estriada. Cinturão ou Zônula de oclusão É uma faixa contínua em torno da porção apical de determinadas células epiteliais, que veda, total ou parcialmente, o trânsito de íons e moléculas por entre as células. Desse modo, as substâncias que passam pela camada epitelial o fazem através das células, sendo submetidas ao controle celular. Outra função da zônula oclusiva, também chamada junção oclusiva, é permitir a existência de potenciais elétricos diferentes, consequência de diferenças na concentração iônica entre as duas faces da camada epitelial. Isso seria impossível se houvesse passagem livre de íons por entre as células. Trata-se, assim, de uma estrutura responsável pela formação de compartimentos funcionalmente separados, muitas vezes constituídos por camadas epiteliais com junções oclusivas bem desenvolvidas. Em corte, ela aparece como uma região onde os folhetos externos das membranas plasmáticas das duas células adjacentes se fundem). Comunicação GAP ou Junção comunicante Também chamada nexos, junção em hiato ou gap junction, é de ocorrência muito frequente, tendo sido observada entre as células epiteliais de revestimento, epiteliais glandulares, musculares lisas, musculares cardíacas e nervosas. Trata-se de uma estrutura cuja função principal é estabelecer comunicação entre as células, permitindo que grupos celulares funcionem de modo coordenado e harmônico, formando um conjunto funcional. Por meio das junções comunicantes podem passar de célula para célula, por distâncias apreciáveis, substâncias naturais diversas como nucleotídeos, aminoácidos e íons. Todavia, os poros das junções comunicantes não permitem a passagem de macromoléculas como proteínas e ácidos nucleicos. Isso evidencia que essas junções podem coordenar e ampliar a resposta de grupos celulares a estímulos fisiológicos. As junções comunicantes podem passar de um estado de pouca permeabilidade a um estado de grande permeabilidade e, desse modo, abrem ou fecham a comunicação entre as células. Hemidesmossomos Sua principal função é a de mediar a adesão de células epiteliais com a sua membrana basal, conectando os filamentos intermediários do citoesqueleto com a matriz extracelular. Lâmina Basal Lâmina ou película de macromoléculas situada no espaço extracelular, sobre a qual se apoiam células epiteliais e que envolve células musculares. Não é visível ao microscópio de luz. Cílios Cílios são estruturas alongadas, cilíndricas, dotadas de mobilidade, revestidas pela membrana celular e que apresentam dois túbulos centrais mais dezoito periféricos agrupados dois a dois. Os cílios são encontrados em epitélios como, por exemplo, o da traqueia e das trompas uterinas. Calcula-se que uma célula ciliada tenha, em média, 250 cílios na sua superfície apical. Microvilos Microvilos são invaginações da membrana sob a forma de dedos de luva, observados em células epiteliais com função de absorção. Os microvilos aumentam a eficiência dos processos de absorção, ampliando muito a superfície de contato com o ambiente. Encontrados, por exemplo, nas células do epitélio intestinal e de partes do rim. Estereocílios Estereocílios são microvilos longos, ramificados e imóveis, que não devem ser confundidos com os verdadeiros cílios. São encontrados na região apical das células de revestimento do túbulo seminífero (célula de Sertoli), do epidídimo e do ducto deferente.
Compartilhar