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Lipídeos

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Diferentemente dos ácidos nucleicos, das 
proteínas e dos polissacarídeos, os lipídeos 
não são polímeros. Contudo, eles se 
agregam por interação hidrofóbica. É nesse 
estado que desempenha sua mais obvia 
função como matriz estrutural das 
membranas biológicas. 
Eles formam agregados, mas não 
estão unidos por ligação covalente 
(assim como nas proteínas). 
 
Funções biológicas desempenhadas pelos 
lipídeos: reserva energética (triglicerídeos), 
formação da bicamada lipídica, sinalização 
intra e extracelular (fosfolipídios, 
glicosanoides, vitaminas K, A, D e E). 
Os lipídeos são classificados como: lipídeos 
de armazenamento, lipídeos estruturais em 
membranas, lipídeos como sinais, cofatores 
e pigmentos (beta caroteno – presente em 
cenoura, mamão e couve). 
Ou seja, são classificados de acordo 
com a função desempenhada no 
organismo. 
Lipídeos de armazenamento 
São compostos por ácidos graxos (AG) e 
triacilgliceróis (TAG’s). 
Ácidos graxos são ácidos carboxílicos 
(COOH ou COO‾) com cadeias de 
hidrocarbonetos variando de 4 até 36 
carbonos. Possuem a cabeça polar e 
cauda apolar (hidrofóbica – composta 
por carbono e hidrogênio). 
Com ligações simples entre os carbonos: 
cadeia saturada, empacotamento rígido, 
formam arranjos quase cristalinos, gordura 
sólida a temperatura ambiente (gordura de 
carne), triglicerídeos na forma saturada 
(cauda hidrofóbica por isso fica agrupado). 
Com ligações duplas ou triplas entre os 
carbonos: cadeia insaturada, as ‘dobras’ 
regulam algumas características, de forma 
geral estão na forma cis, e a presença de 
uma ou mais ligações cis interfere no 
empacotamento rígido, de modo que os 
agregados estão menos estáveis, como os 
óleos a temperatura ambiente (cadeia 
hidrofílica), possui um menor ponto de fusão. 
Nomenclatura de AG 
O número de carbonos (C) se encontra a 
partir da cabeça (hidroxila) 
 
Ácido graxo 18 : 2 (Δ⁶ ⁹) - ômega 9 
18: número de carbonos 
2: quantidade de insaturações 
6 e 9: local das insaturações 
Todo ácido insaturado é ômega, para auxiliar 
no cálculo de ômega, o último carbono 
insaturado no delta (Δ) é subtraído do total 
de carbonos. 
18 – 9 = 9 (ômega 9) 
Ácidos graxos naturais 
Saturados – entre os ácidos graxos 
saturados de mamíferos, o mirístico, o 
palmítico e o esteárico aparecem em 
maiores proporções (60-70% do total): 
• Láurico (12 : 0); 
• Mirístico (14 : 0); 
• Palmítico (16 : 0); 
• Esteárico (18 : 0); 
• Eicosanoico (20 : 0); 
• Tetracosanoico (24 : 0); 
Insaturados – verifica-se em maior 
quantidade o ácido oleico (30-43% do total); 
são poderosos anti-inflamatórios nas placas 
de gorduras; quanto mais carbono em uma 
cadeia insaturada, menor o ponto de fusão, 
mas em cadeias saturadas, quanto mais 
carbonos, maior o ponto de fusão. 
• Palmitoleico (16 : 1 Δ⁹) 
• Oleico (18 : 1 Δ⁹) 
• Linoleico (18 : 2 Δ⁹ ¹²) 
• Alfa-linoleico (18 : 3 Δ⁹ ¹² ¹⁵) 
• Araquidônico (20 : 4 Δ⁵ ⁸ ¹¹ ¹⁴) 
O ácido araquidônico só será sintetizado 
pelo organismo se ingerirmos o ácido 
linoleico e alfa-linoleico, caso contrário deve 
ser ingerido através da alimentação. Quando 
ingerido, é considerado essencial. 
Ácidos graxos essenciais: são 
aqueles que o organismo não produz, 
é necessário ingeri-los; ácidos graxos 
com mais de 10 carbonos não são 
produzidos pelo corpo. 
Triacilgliceróis (TAG) 
Também chamado de triglicerídeos, gordura 
esterificada neutra, ésteres de ácidos graxos 
do glicerol (glicerol é um álcool). 
 
Eles podem ser classificados de acordo com 
os ácidos graxos anexados no glicerol. 
• Simples: mesmo ácido graxo nas três 
posições; 
• Mistos: dois ou mais ácidos graxos 
diferentes; 
Os triglicerídeos (TAG) armazenam energia. 
Em animais vertebrados, os adipócitos 
armazenam grandes quantidades de TAG’s 
como gotículas de gordura. Em plantas, os 
TAG’s são armazenados como óleos nas 
sementes de muitos tipos de plantas, 
fornecendo energia durante o processo da 
germinação da semente. 
Lipases: catalisam a hidrólise dos TAG’s 
liberando ácidos graxos. Estão presentes 
nos adipócitos e sementes em germinação. 
Elas são enzimas responsáveis por quebrar 
os adipócitos. 
Corpos cetônicos: fonte de energia para o 
cérebro, só o fígado não produz. 
Óleos vegetais (de milho, oliva, coco): são 
compostos principalmente por TAG’s com 
ácidos graxos insaturados. A gordura animal 
(TAG contendo ácido graxo saturado). 
Hidrogenação: processo no qual o ácido 
graxo perde algumas duplas ligações. É o 
processo de formação da margarina. 
Processo feito nas industrias para que a 
gordura fique pastosa, se não for feito da 
maneira correta os hidrogênios mudam de 
lado formando a gordura trans. Podem, 
juntamente de outros lipídeos obstruir os 
vasos e causar doenças cardíacas. 
Lipídeos de membrana 
A membrana plasmática é uma bicamada 
lipídica. 
 
Nos lipídeos de membrana, dois ácidos 
graxos estão ligados por meio de ligações 
ésteres ao 1º e 2º carbonos do glicerol e um 
grupo eletricamente carregado está ligado 
por ligação fosfodiéster. 
 
 
 
Fórmula geral do glicerofosfolipídeo 
 
Os radicais mais importantes são: colina / 
lecitina e etanolamina. 
 
(Glico)esfingolipídios 
Derivados da esfingosina, são lipídeos de 
membrana compostos por três estruturas: 
uma molécula de um aminoácido-álcool de 
cadeia longa, a esfingosina a qual contém 
um AG, e os vários tipos de radicais (x) 
existentes. 
 
Alguns possuem resquícios de açúcares, a 
parte em rosa também é chamada de 
ceramida (encontrada em shampoos), são 
importantes na bainha de mielina (nos 
neurônios, pois atuam como isolante 
elétrico). 
Os grupos sanguíneos humanos (A, B, AB e 
O) são determinados de acordo com os 
grupos-cabeça (oligossacarídeos) do 
glicoesfingolipídeo. 
Fosfolipídios e esfingolipídeos são 
degradados nos lisossomos. A maioria das 
células degradadas repõem continuamente 
os lipídeos da membrana. Para cada ligação, 
existe uma enzima hidrolítica específica no 
lisossomo. Para cada local de quebra existe 
uma fosfolipase. 
Doença e lipídeo de membrana 
A doença de Tay-Sachs na qual um 
gangliosídeo acumula-se nas células do 
cérebro e do baço devido a falta da enzima 
hexosaminidase A. 
Sintomas: retardamento progressivo, 
paralisia, cegueira e morte aos 3 – 4 
anos. 
 
Esteroides 
São lipídeos estruturais presentes nas 
membranas, possuem quatro anéis 
carbônicos (ciclopentanoperidrofenatreno) 
fundidos entre si e um grupo de hidroxila 
(OH). 
O colesterol, o principal dos esteróis em 
animais, tem dois papeis importantes: como 
componente estrutural das membranas e 
como precursor de sais biliares e hormônios 
esteroides, precursor do cortisol 
(meniralocorticoide), vitamina D, 
aldosterona. 
 
Lipídeos de sinalização 
Sinalização: fosfatidilinositol na regulação 
celular (é um glicerofosfolipídeo). 
O fosfatidilinositol bifosfato libera por 
hidrólise dois mensageiros 
intracelulares: o DAG e o 1P3. 
Proteína quinase C: regulação de 
outras enzimas por fosforilação da 
enzima. 
Cálcio: regulação de enzimas por íons 
de cálcio. 
Sinaliza a ativação de uma 
cadeia/cascata de reações. 
Eicosanoides 
São hormônios derivados do ácido 
araquidônico, estão envolvidos em diversas 
funções como, por exemplo, reprodutivas, na 
inflamação, na febre, na dor associada injúria 
de tecido ou doenças, na secreção gástrica 
de ácido. São hormônios extremamente 
potentes. 
Os eicosanoides transportam mensagens às 
células vizinhas. 
Eles podem ser classificados em: 
• Prostaglandinas: contração do 
músculo liso ou relaxamento, 
alteração do fluxo sanguíneo 
(vasodilatação e vasoconstrição), 
febre. 
 
• Tromboxanos: produzido pelas 
plaquetas, formação de coágulos 
sanguíneos. 
 
• Leucotrienos: contração do músculo 
que reveste as vias aéreas do pulmão, 
superprodução (crises asmáticas), 
produção aguda (choqueanafilático).

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