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ESTUDO DIRIGIDO MARCUSHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais no ensino da língua. In: Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008, cap. 2, p. 146-225. 1 1) Marcushi deixa claro que o estudo dos gêneros textuais, hoje, trata-se de algo complexo, abrangente e multidisciplinar. Como se explica essa questão? O estudo dos gêneros é complexo em virtude das discussões e distinções das ideias de que gênero é, ao mesmo tempo, uma categoria cultural, um esquema cognitivo, uma forma de ação social, uma estrutura textual, uma forma de organização social e uma ação retórica (p. 149). É, também, abrangente uma vez que engloba uma análise do texto e do discurso em uma descrição da língua e visão da sociedade, e ainda tenta responder a questões de natureza sociocultural no uso da língua de maneira geral (p. 149). Multidisciplinar, pois muitos estudiosos de diversas áreas estão se interessando cada vez mais por ele, tais como: sociólogos, retóricos, teóricos da literatura, professores de língua, tradutores, dentre outros (p. 149). 2) O que significa gênero textual, tipo textual e domínio discursivo? O gênero textual refere os textos materializados em situações comunicativas recorrentes, que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas. Exemplos: telefonema, sermão, bilhete, carta pessoal, romance, reportagem, etc. (p. 155). O tipo textual designa uma espécie de construção teórica definida pela natureza linguística de sua composição. O tipo caracteriza-se muito mais como sequências linguísticas do que como textos materializados; a rigor, são modos textuais. Exemplos: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção (p. 154). O domínio discursivo constitui muito mais uma “esfera da atividade humana” no sentido bakhtiniano do termo do que um princípio de classificação de textos e indica instâncias discursivas (por exemplo: discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso, etc.). (p. 155). 3) Como destaca Marcushi, a intergenericidade dos gêneros não é algo que ocorre aleatoriamente. Como isto se processa? A intergenericidade dos gêneros designa uma mescla de gêneros em que um gênero assume a função de outro (p. 165). Essa situação é bem mais natural e normal do que possamos imaginar, 2 uma vez que ocorre em vários textos publicitários, periódicos semanais, jornais diários, bulas de remédios, relatórios, etc. (p. 166). 4) Que distinção se faz entre suportes convencionais e suportes incidentais? Os suportes convencionais são um tipo de suporte de gêneros textuais produzidos com a finalidade de portarem ou fixarem textos. Exemplo: livro, jornal, revista, rádio, televisão, telefone, etc. Enquanto que os suportes incidentais não têm como função principal portar textos, mas possuem uma possibilidade ilimitada de realizações na relação com os textos escritos. Exemplo: embalagem, roupas, paredes, corpo humano, fachadas, etc. (p. 177, 178, 183). 5) Quais são os portadores de texto destacados por Marcushi, que alguns autores confundem com gêneros textuais? Livro, livro didático, quadro de avisos, folder, outdoor, embalagem (p. 178-182). 6) Quanto à análise dos gêneros na oralidade, responda: a) Segundo Heinemann & Viehweger que sistemas cognitivos são usados pelos falantes para processar seus textos? Saber linguístico, saber enciclopédico e saber interacional (p. 187). b) De acordo com Gulich, que caminhos os interlocutores seguem para designar seus textos? Canal/meio de comunicação (telefonema, telegrama); critérios formais (conto, debate, contrato, ata, poema); natureza do conteúdo (piada, prefácio de livro, comentário) (p. 188). c) Na opinião de Douglas Biber, os gêneros são determinados com base em quê? Nos objetivos dos falantes e na natureza do tópico tratado, sendo assim uma questão de uso e não de forma (p. 188,189). 7) Em que consiste a proposta de Broncart para o ensino da língua? Broncart sugere uma atividade em quatro fases (p. 221,222): (I) Elaborar um modelo didático; (II) Identificar as capacidades adquiridas; (III) Elaborar e conduzir atividades de produção; 3 (IV) Avaliar as novas capacidades adquiridas.
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