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Segundo Momento Modernista Prosa Contexto Histórico Após a crise de 1929 em Nova York, (depressão econômica) muitos países estavam mergulhados numa crise econômica, social e política; Surgimento dos regimes totalitárias e ditatoriais na Europa; Getúlio Vargas assume o poder do Brasil depondo o presidente Washington Luís; Fim da Política do Café com Leite; Características Influência do realismo e romantismo; Nacionalismo, universalismo e regionalismo; Realidade social, cultural e econômica; Valorização da cultura brasileira; Influência da psicanálise de Freud; Temática cotidiana e linguagem coloquial; Uso de versos livres e brancos Tipos de Prosa Regionalista: tendência originada no Romantismo e adotada pelos naturalistas e pré-modernistas, na qual o tema é o regionalismo do nordeste, a miséria, a seca e o descaso dos políticos com esse estado. Destaque especial para os escritores nordestinos que vivenciaram a passagem de um nordeste medieval para uma nova realidade capitalista. Essa propensão tem início com o romance A bagaceira, de José Américo de Almeida, em 1928. Os principais autores regionalistas são: José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos. Tipos de Prosa . Intimista: tendência influenciada pela teoria psicanalítica de Freud e de outras correntes da psicologia. Tem como tema o mundo interior. É também chamada de prosa “de sondagem psicológica”. Os principais autores são: Lúcio Cardoso, Clarice Lispector, Cornélio Pena, Otávio de Faria e Dionélio Machado. Urbana: tendência na qual a temática é a vida das grandes cidades, o homem da cidade e os problemas sociais, o homem e a sociedade, o homem e o meio em que vive. O principal autor é Érico Veríssimo, no início de sua carreira Rachel de Queiroz Nasceu em 1910 em Fortaleza descendente do escritor José de Alencar. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras; Sua obra é marcada pelo caráter fortemente regionalista retratando as pessoas, o clima e o ambiente de sua terra natal; Escrevia numa linguagem fluente e de diálogos fáceis resultando numa leitura dinâmica; No início da carreira demonstra aspectos sociais e psicológicos como em “O Quinze” e com passar do tempo valoriza mais a análise psicológica como em “As três Marias”. O Quinze Foi o romance mais popular de Rachel de Queiroz publicado em 1930 refere-se a grande seca que assolou o nordeste passou em 1915 ,vivida pela escritora na infância; A trama se dá em dois planos, um enfocando o vaqueiro Chico Bento e sua família, o outro a relação afetiva de Vicente, rude proprietário e criador de gado, e Conceição, sua prima culta e professora; O romance denuncia as condições adversar do nordestino e representa grandes proprietários e pobres trabalhadores heróis igualmente batidos pela seca. José Lins do Rego José Lins do Rego Escritor regionalista nascido em 1901 na Paraíba; Compôs o ciclo da cana-de-açúcar série de romances que retratam a zona da mata nordestina durante a decadência dos engenhos esmagados pelas usinas; Os livros desse ciclo são: Menino de Engenho (1932), Doidinho (1933), Bangüê (1934), O Moleque Ricardo (1935), e Usina (1936); Figura como um dos romancistas regionalistas mais prestigiosos da literatura nacional José Lins do Rego Em todo o ciclo o cenário é o engenho Santa Rosa do coronel Zé Paulino avô de Carlos de Melo ,narrador de Menino de Engenho. Outros personagens relevantes são os meninos filhos dos proprietários e os moleque filhos dos empregados na ingênua igualdade da infância Ele também escreve o Ciclo do cangaço, misticismo e seca composto por Cangaceiros e Pedra Bonita que explorando outros aspectos da cultura nordestina Fogo morto foi a principal obra de José Lins do Rego é uma das mais representativas obras não só da ficção dos anos 30 como de todo o modernismo. Marca o término da ciclo da cana-de-açúcar, com a decadência dos senhores de engenho, o romance também assinala seu auge, constituindo uma obra-prima da literatura regionalista, de caráter neorrealista. O romance, narrado em terceira pessoa, é dividido em três partes. Cada uma conta com seu próprio protagonista, como se fossem três histórias distintas e sucessivas. Os três protagonistas são expressões maduras dos conflitos humanos de um Nordeste decadente". Graciliano Ramos Graciliano Ramos de Oliveira foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro nasceu em Quebrangulo, Alagoas em 1892 Viveu em diversas cidades do nordeste brasileiro: Viçosa (AL), Palmeira dos Índios (AL), Maceió (AL) e Buíque (PE). Teve uma infância difícil assinalada por dificuldades na relação com seus pais, bastante rígidos e frios. Estudou no Internato em Viçosa e, em 1904, publicou no jornal da escola “O Dilúculo”, sua primeira obra, o conto intitulado “O Pequeno Pedinte”. Graciliano Ramos Entre 1930 e 1936 viveu em Maceió,. Em 1934 havia publicado São Bernardo, foi preso após a Intentona Comunista de 1935. Com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra; Em 1938 publicou Vidas Secas. Onde narra o flagelo da seca, a desonestidade dos fazendeiros e a arbitrariedade da classe dominante; Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico; Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão. A morte é muito presente em suas obras , é o final trágico irreversível assim encontramos suicídios em Caetês e São Bernardo um assassinato em Angústia e as mortes do papagaio e de Baleia em Vidas Secas; A lei da sobrevivência se destaca em todos os seus personagens, que fazem de tudo para defender a única coisa que lhes resta a vida; É muito comum o uso da palavra bicho. As condições sub-humanas nivelam animais e pessoas como em Vidas Secas na qual os dois personagens adultos Fabiano e Sinhá Vitória não tem sobrenome ,os filho são identificados como “mais velho” e “mais novo” enquanto a cadela Baleia tem nome próprio; Graciliano é considerado o escritor brasileiro com linguagem mais sintética com texto enxutos, a concisão atinge seu clímax e não há palavras a mais ou a menos. Romance em primeira pessoa: Como Caetés, São Bernardo e Angústia na qual se evidencia a pesquisa progressiva da alma humana enquanto é feita uma análise social; Romances em terceira pessoas: Como Vidas Secas no qual se enfoca os modos de ser e as condições de existência, segundo uma visão distanciada da realidade; Autobiografia: Infância e Memórias do Cárcere em que o autor se coloca como problema e caso humano, nela transparece uma necessidade do autor de expressar-se. Jorge Amado Jorge Amado Escritor baiano nasceu no ano de 1912 em Itabuna; Fez os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária; Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935; Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina; Seus livros foram traduzidos em 80 países, em 49 idiomas, bem como em braile e em fitas gravadas para cegos. Jorge Amado Amado representa o regionalismo na zona rural do cacau baiano e o urbanismo na zona urbana de Salvador. Analisando tipos marginalizados como forma de analisar toda sociedade; O estilo deste autor também é conhecido como romance da terra e seus livros possuem uma linguagem agradável e de fácil compreensão “o falar do povo”; Em sua obras é forte a presença do lirismo e de sua postura ideológica comunista;Jorge Amado Sua obra é dividida em: Romances proletários: Retratam a vida urbana em Salvador, com forte conotação social. Obras: Capitães da Areia, Suor, País do Carnaval. Ciclo do Cacau: Retrata a vida nas fazendas de cacau no interior da Bahia, a exploração do trabalhador rural e a força dos exploradores. Obras: Cacau, Terras do sem-fim e São Jorge dos Ilhéus; Depoimento e crônicas: Retrata os costumes do povo da zona cacaueira. Obras: Gabriela, cravo e canela, Jubiabá e Mar Morto; Érico Veríssimo Érico Veríssimo Érico Lopez Veríssimo foi um escritor brasileiro nascido em Cruz Alta, Rio Grande do Sul em 1905 em uma família abastada que se arruinou; Em 1920 foi para Porto Alegre, estudou no Colégio Cruzeiro do Sul, mas não completou o curso. Voltou para Cruz Alta. Abandonou os planos de cursar uma Universidade. Em 1932, o autor publica uma coletânea de contos "Fantoche", foi sua estreia na literatura. Em sua primeira fase a preocupação foi ética e urbana. Érico Veríssimo Em 1932, o autor publica uma coletânea de contos "Fantoche", foi sua estreia na literatura. Em sua primeira fase a preocupação foi ética e urbana. No romance "Clarissa", tendo Porto Alegra como cenário, traça o perfil psicológico de uma adolescente "Caminhos Cruzados", é um romance de análise social, em que expõe o drama abismal entre ricos e pobres. Érico Veríssimo Na segunda fase Érico parte para uma investigação completa do passado histórico do Rio Grande do Sul. "O Tempo e o Vento", são três romances, que trazem um vasto texto épico, onde desfilam as famílias do patriarcalismo gaúcho A trilogia se passa no Rio Grande do Sul, trazendo um vasto texto épico relatando o drama de uma família de pioneiros gaúchos “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.”
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