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Parasitologi� Veterinári� Cestóde� - Famíli� Anoplocephalida�(�ercíci�) Sobre os cestódeos parasitas de equídeos e ruminantes, responda as questões. 1. Identifique as espécies relacionadas aos seus hospedeiros definitivos equinos e ruminantes: Anoplocephala perfoliata, Anoplocephala magna e Paranoplocephala mamillana ➔ hospedeiro definitivo: equinos. Moniezia expansa ➔ hospedeiros definitivos: ovinos, caprinos e, ocasionalmente, bovinos. Moniezia benedeni ➔ hospedeiro definitivo: bovinos. 2. Comente sobre a epidemiologia das espécies parasitas de ruminantes: A infecção é mais recorrente em cordeiros, cabritos e bezerros no primeiro ano de vida, sendo pouco comuns em animais mais velhos. A oscilação sazonal na ocorrência de infecção por Moniezia pode estar relacionada com períodos de atividade de ácaros vetores nas forrageiras durante o verão, em regiões de clima temperado. Os cisticercoides podem passar o inverno nos ácaros, que são hospedeiros intermediários destes parasitas. 3. Caracterize os ovos dos Anoplocefalídeos de equinos e ruminantes. Anoplocephala magna e Paranoplocephala mamillana: ➔ ovos de tamanho médio, variando entre 50-60 μm de diâmetro. Anoplocephala perfoliata: ➔ ovos de tamanho maior medindo entre 65-80 μm de diâmetro. Nas 3 espécies os ovos são irregularmente esféricos ou triangulares, embrionados, com casca fina e lisa e aparelho piriforme. Moniezia benedeni: ➔ ovos de tamanho maior medindo entre 80-90 μm de diâmetro, formato levemente quadrangular, embrionados, casca espessa e lisa, aparelho piriforme bem definido. Moniezia expansa: ➔ ovos menores, variando entre 50-60 μm de diâmetro, possuem formato mais ou menos triangular ou piramidal, embrionados, casca espessa e lisa e aparelho piriforme bem definido. 4. Discuta a prevalência de ocorrências no Brasil, aspectos e condições favoráveis e adversas. A incidência das parasitoses por Anoplocefalídeos nos animais depende do micro- clima, sendo o índice pluviométrico, provavelmente, o principal fator responsável pelo aumento das infecções parasitárias. O déficit hídrico, bem como seu excesso, prejudica significativamente o desenvolvimento de larvas infectantes no pasto. Como o clima no Brasil é diversificado, mas há menor prevalência de períodos frios (invernais), também acaba por tornar-se um bom ambiente para atividade de ácaros, que são mais ativos nas pastagens durante o verão. Um estudo feito sobre a prevalência de anoplocefalídeos de equinos no Brasil demonstrou a prevalência desses parasitos em 21,2% dos animais abatidos em frigorífico no Paraná, em exames post mortem. Índices um pouco superiores foram observados no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais com a prevalência de 42% e 32,5% respectivamente. Uma maior prevalência na fase parasitária é encontrada nos meses de agosto e setembro, quando comparada aos meses de outubro e novembro. Isso se deve ao fato de que esses animais se infectam com ácaros oribatídeos, possivelmente no final do outono, quando as condições climáticas são propícias ao seu desenvolvimento. Outras condições favoráveis para o desenvolvimento destes parasitas é o manejo inadequado dos animais e a falta de higienização das pastagens e dos ambientes em que os animais vivem, onde, por vezes, não ocorre a remoção das fezes durante o dia. A remoção das fezes duas vezes ao dia, por exemplo, pode contribuir para uma menor contaminação dos ovos dos cestódeos no meio ambiente, evitando assim a contaminação dos animais.
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