Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 1 Lucas Ferraz Medicina – 1º P SP 3.3 OBJETIVOS: 1) Caracterizar aminoácidos e proteínas, seus tipos e funções. 2) Descrever o processo de digestão e absorção de proteínas e AA. 3) Descrever o processo de síntese de proteínas, evidenciando que não há armazenamento no organismo. 4) Descrever o processo de obtenção de energia pela degradação de proteínas e AA. 5) Discutir o destino dos aminoácidos na formação de compostos nitrogenados não proteicos. 6) Conceituar icterícia, seus tipos suas causas e consequências. 7) Relacionar o excesso da ingestão de proteínas e AA com o aumento de tecido adiposo. 8) Discutir o uso de esteroides anabolizantes e suplementos alimentares para mudança da imagem corporal e suas consequências para outros órgãos. 1) CARACTERIZAR AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS, SEUS TIPOS E FUNÇÕES. AMINOÁCIDOS Proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente (o termo "resíduo" indica a perda de elementos de água quando um aminoácido é unido a outro). Todas as proteínas são formadas por um conjunto de aminoácidos. Cada aminoácido é uma molécula orgânica constituída por grupos carboxila e amino. No centro do aminoácido, há um carbono que apresenta quatro ligantes: um grupo amino, um grupo carboxila, um átomo de hidrogênio e um radical. No total, 20 aminoácidos formam todas as proteínas. É importante salientar, no entanto, que nem todos os aminoácidos estão presentes em uma proteína, que, por sua vez, pode apresentar aminoácidos repetidos. Os aminoácidos, em uma cadeia polipeptídica, estão ligados uns aos outros por ligações peptídicas. TIPOS Aminoácidos essenciais. →Lisina: é um aminoácido essencial que possui propriedades antivirais e atua na produção de anticorpos e contribuindo para o sistema imunológico. O consumo normalmente é feito através de dieta em situações em que há ausência desse aminoácido no corpo, por meio do uso de suplementação. Entre os seus benefícios estão: promove crescimento e desenvolvimento normal ao aumentar a produção de colágeno; contribui na produção de proteínas, como enzimas, anticorpos e hormônios; pode aliviar enxaquecas e outros tipos de dor e inflamação; entre outras coisas. →Leucina: é um aminoácido que pode ser encontrado em carne, laticínios, ovos, soja e feijões. Entre os benefícios do seu uso estão a manutenção do peso e de massa muscular magra, além de, segundo algumas pesquisas, controlar o colesterol. Ele é o aminoácido mais eficaz na manutenção da massa muscular, sendo bastante utilizado entre os fisiculturistas. Ele pode contribuir para a melhorar na saúde dos ossos, bem como da pele e músculos após traumas, sendo bastante indicado em caso de recuperações cirúrgicas. →Metionina: uma das funções da metionina é ajudar o fígado a processar gorduras, além de contribuir para o controle de disponibilidade da glutationa no fígado. Além disso, ela é necessária pra a produção de creatina, um nutriente encontrado nos músculos, que oferece a energia para se movimentarem. Alimentos ricos em metionina incluem ovos (especialmente a clara), peixes, como atum, bacalhau, dourado, salmão, eglefim, tilápia e linguado, entre outros, carne de alce, frango, peru, carne de búfalo, carne de veado, crustáceos, carne de porco, carne de vaca, carne de coelho, queijo, leite, entre muitos outras. Aminoácidos não-essenciais. →Tirosina: é um aminoácido que pode melhorar o humor, aumentar a concentração e dar mais energia ao organismo. Ela pode ser encontrada em alguns alimentos ricos em proteínas como o frango peru, peixes, amendoins, amêndoas, abacate, leite, queijo, iogurte, bananas e produtos de soja. Ela também é abundante na insulina, bem como em outras enzimas importantes. Além disso, pode atuar na prevenção da depressão, pois produz neurotransmissores como a dopamina, um regulador de humor. 2 2 Lucas Ferraz Medicina – 1º P →Ácido Aspártico: é capaz de influenciar na produção de alguns hormônios, sendo benéfico para os fisiculturistas, aumentando a capacidade do corpo de condensar as proteínas, contribuindo para elevação dos músculos em um ritmo acelerado. O ácido pode ser utilizado em tratamento de pacientes que sofrem com níveis patologicamente baixos de testosterona, uma das típicas causas de impotência sexual entre os homens. →Ácido Glutâmico: serve para fornecimento de energia para o cérebro, eliminar o excesso de amônia da circulação, melhora na função cardíaca, sintetização das proteínas, bem como na desintoxicação do corpo. Sendo parte integrante de proteínas de origem vegetal e animal, o ácido glutâmico pode ser encontrado em quase todos os alimentos naturais, mas em maior concentração nos peixes, nas carnes vermelhas, leguminosas, laticínios e ovos. PROTEÍNAS As proteínas são macromoléculas presentes em todas as células dos organismos vivos. Da mesma forma que os carboidratos e os lipídios, elas contêm carbono, hidrogênio, nitrogênio (16%) e algumas delas apresentam ainda enxofre, fosfolipídios e metais em sua estrutura. Quanto à origem, as proteínas podem ser exógenas, provenientes das proteínas ingeridas pela dieta, ou endógenas, derivadas da degradação das proteínas celulares do próprio organismo. Estruturalmente as proteínas são formadas por combinações de 20 aminoácidos em diversas proporções e cumprem funções estruturais e reguladoras, de defesa e de transporte nos fluidos biológicos. →Estrutura primária: nada mais é que a sequência de aminoácidos. Ela determina as estruturas secundária e terciária dessa proteína. →Estrutura secundária: forma-se quando ocorre a ligação entre os elementos repetidos da cadeia principal polipeptídica. As junções desses elementos são por meio de ligações de hidrogênio. Nesse caso, observa-se que as cadeias estão torcidas, dobradas ou enroladas sobre elas mesmas. →Estrutura terciária: corresponde à forma adquirida por um polipeptídeo depois da interação de suas cadeias laterais. Observamos, nesse caso, mais dobras e enrolamentos. →Estrutura quaternária: há a associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas. FUNÇÕES As proteínas da dieta após a digestão e subsequente absorção pelo intestino fornecem aminoácidos ao organismo que terão os principais destinos: anabolismo (síntese de proteínas e polipeptídeos), catabolismo ou degradação, produção de energia e síntese de compostos de pequeno peso molecular. Por essas vias, os aminoácidos servirão na construção e manutenção dos tecidos, formação de enzimas, hormônios, anticorpos, no fornecimento de energia e na regulação de processos metabólicos. Além do nitrogênio, os aminoácidos fornecem compostos sulfurados ao organismo. Como fonte de energia, as proteínas são equivalentes aos carboidratos, fornecendo 4Kcal/g. Na forma de lipoproteínas, as proteínas participam no transporte de glicerídeos, colesterol, fosfolipídios e vitaminas lipossolúveis. As vitaminas e os minerais estão unidos a transportadores proteicos específicos para o seu transporte. Por exemplo, a albumina carrega ácidos graxos livres, a bilirrubina e também medicamentos que são ingeridos. As proteínas também contribuem para a homeostasia, mantendo o equilíbrio osmótico entre os diferentes fluidos do organismo, como evidenciado no edema decorrente da hipoproteinemia (baixo nível de proteínas no plasma) que é observada nas crianças com deficiência proteica. A albuminaé particularmente importante nessa função. Devido à sua estrutura, as proteínas são capazes de se combinar a compostos ácidos ou básico e, dessa forma, manter o equilíbrio ácido-base entre o sangue e os diferentes tecidos do organismo. TIPOS Dependendo da sua função no organismo, as proteínas são classificadas em dois grandes grupos: →Proteínas Dinâmicas: Esse tipo de proteína realiza funções como defesa do organismo, transporte de substâncias, catálise de reações, controle do metabolismo; →Proteínas Estruturais: Como o próprio nome indica, sua função principal é a estruturação das células e dos tecidos no corpo humano. O colágeno e a elastina são exemplos desse tipo de proteína. As proteínas podem ser classificadas das seguintes formas: Quanto à composição. →Proteínas simples: formadas apenas por aminoácidos. 3 3 Lucas Ferraz Medicina – 1º P →Proteínas conjugadas: quando sofrem hidrólise, liberam aminoácidos e um radical não peptídico. Esse radical é denominado de grupo prostético. →Proteínas derivadas: não são encontradas na natureza e são obtidas pela degradação, por meio da ação de ácidos, bases ou enzimas, de proteínas simples ou conjugadas. Quanto ao número de cadeias polipeptídicas. →Proteínas Monoméricas: Formadas apenas por uma cadeia polipeptídica; →Proteínas Oligoméricas: De estrutura e função mais complexas, são formadas por mais de uma cadeia polipeptídica. Quanto à forma. →Proteínas Fibrosas: A maioria das proteínas fibrosas são insolúveis em meio aquosos e possuem pesos moleculares bastante elevados. Normalmente são formadas por longas moléculas de formato quase retilíneo e paralelas ao eixo da fibra. Fazem parte deste grupo as proteínas estruturais como o colágeno do tecido conjuntivo, a queratina do cabelo, a miosina dos músculos, entre outras; →Proteínas Globulares: Possuem estrutura espacial mais complexa e são esféricas. Geralmente são solúveis em meio aquoso. São exemplos de proteínas globulares as proteínas ativas, como as enzimas, e as transportadoras, como a hemoglobina. 2) DESCREVER O PRO CESSO DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE PROTEÍNAS E AA. A digestão da proteína começa no estômago, por ação da pepsina, em pH baixo promovido pela secreção de ácido clorídrico no suco gástrico, que é secretado por ação do hormônio gastrina. Em seguida, continua no intestino delgado com a inserção de secreções pancreáticas. O pâncreas libera bicarbonato de sódio para neutralizar o conteúdo gástrico, aumentando o pH para aproximadamente 7. Além disso, são secretadas enzimas pancreáticas como a tripsina, a quimotripsina e as carboxipeptidades em suas formas inativas (zimogênios) e são ativadas no intestino. Com o auxílio de algumas enzimas proteolíticas localizadas na borda em escova das células do intestino delgado, o processo de quebra das proteínas em aminoácidos é completado. Depois que todos os di- ou tripeptídeos remanescentes são degradados nos enterócitos, os aminoácidos livres são transportados pela veia porta ao fígado para o metabolismo energético, ou distribuídos para outros tecidos. 3) DESCREVER O PROCESSO DE SÍNTESE DE PROTEÍNAS, EVIDENCIANDO QUE NÃO HÁ ARMAZENAMENTO NO ORGANISMO. A síntese proteica é o processo de formação das proteínas. Esse processo é realizado por estruturas denominadas de ribossomos, presentes tanto em células procarióticas quanto eucarióticas. Na molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico) estão contidas todas as informações genéticas do indivíduo, assim, para que a síntese de uma determinada proteína seja realizada, é necessário que a região específica do DNA onde está contida essa informação seja decodificada. Nesse processo ocorre a transcrição dos nucleotídeos dessa região em uma molécula de RNA (ácido ribonucleico), que irá direcionar a síntese proteica em um processo denominado de tradução. A molécula de RNA que carregará essa informação até o local onde ocorrerá a síntese de proteínas é denominada de RNAm (RNA mensageiro). Para que ocorra a síntese proteica, a informação genética fluirá do DNA para o RNA e, em seguida, para as proteínas. Esse princípio é conhecido como Dogma Central da Biologia Molecular. Em células procarióticas, como não há núcleo definido, o DNA não está separado das demais estruturas envolvidas na síntese, e, assim, o processo de tradução inicia-se enquanto ainda ocorre a transcrição. Nas células eucarióticas, o processo de transcrição ocorre no núcleo e o RNAm é transportado para o citoplasma, no qual ocorrerá a tradução. →Como ocorre a síntese proteica? A síntese proteica ocorrerá por meio de um processo de tradução, no qual a informação presente no RNAm, uma sequência de nucleotídeos, será traduzida numa sequência de aminoácidos, que dará origem a um polipeptídeo (proteína). Essa tradução é realizada pelo RNAt (RNA transportador), o qual traduz cada série de códons (trincas de nucleotídeos) presente no RNAm em um aminoácido. O RNAt apresenta uma trinca de nucleotídeos (anticódon), em uma de suas extremidades, e um aminoácido correspondente, na outra extremidade. O RNAt transportará então o aminoácido específico até os ribossomos, estruturas celulares nas quais ocorre a síntese de proteínas, pareando seu anticódon ao códon complementar do RNAm. 4 4 Lucas Ferraz Medicina – 1º P Na tradução, existem dois métodos de reconhecimento entre as moléculas que garantem com que esse processo ocorra adequadamente. No primeiro método, o RNAt deve ligar-se ao aminoácido específico que ele transportará ao ribossomo. Diferentes moléculas de RNAt podem codificar um mesmo aminoácido, e a ligação entre elas é feita por meio da ação das enzimas denominadas de aminoacil-RNAt- sintases. Existem cerca de 20 tipos diferentes dessas enzimas, sendo que cada uma acondiciona uma combinação específica de aminoácido e RNAt. O segundo processo é o pareamento entre RNAt e RNAm. Existem cerca de 45 moléculas de RNAt, e essas são capazes de parear-se com diferentes códons do RNAm. Isso se deve à flexibilidade existente no pareamento da terceira base do códon, chamada de movimento de pêndulo, na qual a existência de um códon sinônimo, o qual apresenta uma diferença apenas na terceira base, permite a codificação de um mesmo aminoácido, por diferentes códons. Os ribossomos são constituídos por duas subunidades (uma maior e uma menor) que se unirão, na realização da síntese proteica, ao RNAm e RNAt. Durante esse processo, o RNAm descola-se pelo ribossomo, enquanto o RNAt traduz as suas sequências de nucleotídeos em aminoácidos. Quando se encontra um códon de término (uma trinca que indica o fim do processo de tradução), o ribossomo libera a proteína produzida e suas subunidades separam-se. Os ribossomos apresentam três sítios de ligação: o sítio P, em que a molécula de RNAt está ligada à cadeia polipeptídica que está sendo formada; o sítio A, em que está presente o RNAt que carrega o próximo aminoácido a ser adicionado; e o sítio E, em que o RNAt, após deixar o aminoácido que será adicionado, sai do ribossomo. O processo de síntese nos ribossomos ocorrerá em três etapas. Etapas da síntese proteica: Na síntese proteica ocorre três etapas, que estão descritas de forma sintetizada a seguir: →Iniciação da tradução Nessa etapa ocorre a união das duas subunidades do ribossomo com o RNAm e RNAt, este trazendo o primeiro aminoácido da cadeia polipeptídica. →Alongamento da cadeia polipeptídica Durante essa etapa,os demais aminoácidos que compõem a cadeia polipeptídica são adicionados. O anticódon do RNAt pareia-se com o RNAm no sítio A. O RNAr (RNA ribossômico) catalisa a formação da ligação peptídica entre o novo aminoácido e a cadeia em formação. O polipeptídio é separado do RNAt presente no sítio P e ligado ao aminoácido do RNAt do sítio A. O RNAt presente no sítio P é deslocado ao sítio E e retirado, em seguida, do ribossomo, enquanto o RNAt do sítio A é deslocado ao sítio P. O RNAm também é deslocado no ribossomo e leva ao sítio A o próximo códon a ser traduzido, dando sequência ao processo até a identificação do códon de término. →Término da tradução Após a identificação do códon de término, uma proteína, chamada de fator de término, liga-se a esse códon induzindo a ligação de uma molécula de água na porção final da cadeia, fazendo com que ocorra a quebra da ligação entre o peptídio e o RNAt presente no sítio P. O peptídio formado é então liberado através do túnel de término presente na subunidade maior do ribossomo. Após esse processo, as cadeias polipeptídicas formadas podem passar por diferentes processos de transformação, de modo a tornar essas proteínas funcionais. 4) DESCREVER O PROCESSO DE OBTENÇÃO DE ENERGIA PELA DEGRADAÇÃO DE PROTEÍNAS E AA. Apesar das proteínas corporais representarem uma proporção significativa de reservas potenciais de energia, elas costumam ser utilizadas na produção de energia apenas em situações de jejum prolongado, quando os carboidratos já não estão disponíveis como combustível. Além da sua função como importante fonte de carbono para o metabolismo oxidativo e a produção de energia, as proteínas da dieta têm de fornecer quantidades adequadas dos aminoácidos que não podemos sintetizar para sustentar a síntese normal de novas proteínas. CICLO DA UREIA O processo de formação de um molde ureia requer 4 mols de ATP, envolve a participação de cinco enzimas e possui seis aminoácidos (apenas dois são aminoácidos proteicos: arginina e aspartato) como intermediários. Os dois nitrogênios de uma molécula de ureia são derivados da amônia livre e do grupo amino do aspartato. A síntese da ureia inicia-se na matriz mitocondrial dos hepatócitos, com a formação de carbamoil-fosfato a partir de CO2, na forma de íons de bicarbonato, e amônio, oriundo dos processos de degradação dos aminoácidos, e o gasto de 5 5 Lucas Ferraz Medicina – 1º P duas moléculas de ATP. Essa reação é catalisada pela carbamoil-fosfato-sintetase I (CPSI). O carbamoil-fosfato, que funciona como doador ativado dos grupos carbamoila, entra no ciclo da ureia, composto de 4 etapas enzimáticas. Primeiro, o carbamoil-fosfato condensa-se com ornitina, doando seu grupo carbamoila, para formar citrulina. A reação é catalisada pela ornitina-transcarbamilase e apresenta liberação de fosfato inorgânico (Pi). A citrulina é transportada para o citosol, onde reage com aspartato, produzido na mitocôndria por transaminação e transportado para o citosol, formando argininossuccinato. Essa reação citosólica é catalisada em presença de ATP pela arginino-succinato-sintetase e envolve a formação intermediária de citrulil-AMP. O argininossuccinato é então clivado pela arginino- succinase, formando arginina, que retém o nitrogênio, e fumarato. Esta é a única reação reversível do ciclo da ureia. O fumarato é convertido, pela adição de água, em malato, o qual é oxidado, formando oxaloacetato. O oxaloacetato, então, é transaminado pelo glutamato, produzindo novamente o aspartato. Na última etapa do ciclo, a arginina é hidrolisada pela enzima arginase, regenerando ornitina, que é transportada para a mitocôndria para iniciar uma nova volta no ciclo, e produzindo ureia, que é transportada ao rim e eliminada pela urina. 5) DISCUTIR O DESTINO DOS AMINOÁCIDOS NA FORMAÇÃO DE COMPOSTOS NITROGENADOS NÃO PROTEICOS. 6) CONCEITUAR ICTERÍCIA, SEUS TIPOS SUAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS. Icterícia é definida como a presença de uma cor amarelada na pele, nas membranas mucosas ou nos olhos. TIPOS Existem diferentes tipos de icterícia, com causas numerosas, e são divididas em: icterícias hemolíticas ou pré-hepáticas, icterícias tóxico-infecciosas ou hepatocelulares e icterícias obstrutivas ou pós-hepáticas. →Icterícia Hemolítica: ocorre por uma destruição excessiva de eritrócitos, resultando num aumento do complexo bilirrubina-albumina no sangue, excedendo a capacidade excretora do fígado. O mesmo efeito pode ser causado por outros agentes: bactérias, anticorpos produzidos pelas transfusões de sangue (sangue incompatível) ou durante a gravidez (a incompatibilidade entre o sangue do feto e o da mãe), ou também, em algumas doenças auto-imunes. →Icterícia Tóxico-Infecciosas: é o tipo em que há lesão da célula hepática e também certo grau de obstrução dos canalículos biliares. →Icterícia Obstrutiva: caracteriza-se por uma obstrução pós hepática, impedindo o fluxo normal da bile. Retida em qualquer local nas vias biliares, grande parte dela é reabsorvida na corrente sanguínea. Parte desse fluído sofre desidratação sendo precipitado no tecido em forma de pigmento biliar. A obstrução pode ser causada (1) pelo bloqueio dos canalículos biliares por hepatócitos tumefatos, (2) obstrução dos ductos por fascíolas, cestoides fimbriados, ou ascarídeos, (3) pela compressão dos ductos intra- hepáticos pelo tecido fibroso da cirrose biliar, (4) por colangite, em que ocorre tumefação das paredes dos ductos, (5) cálculos biliares, (6) pela pressão em qualquer parte do sistema ductal por neoplasias, granulomas, ou abscessos, ou (7) pela pressão do edema inflamatório sobre o orifício inclinado do ducto biliar em seu ponto de entrada no duodeno, na papila duodenal. O ângulo agudo com que o ducto atravessa a parede duodenal faz com que esse canal seja facilmente ocluído pela compressão do edema inflamatório. CAUSAS A icterícia é causada pelo excesso de bilirrubina, formada quando a hemoglobina (a parte dos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio) é decomposta como parte do processo normal de reciclagem de glóbulos vermelhos velhos ou danificados. Normalmente, a bilirrubina é processada pelo fígado e excretada no trato digestivo. A bilirrubina pode se acumular no sangue e causar icterícia na presença de certos tipos de lesão hepática (particularmente pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas ou por uma hepatite viral), dutos biliares bloqueados ou algo que cause a decomposição dos glóbulos vermelhos do sangue mais rapidamente do que o normal (hemólise). CONSEQUÊNCIAS A icterícia deixa a pele e parte branca dos olhos amarelas. Quanto maior o nível de bilirrubina, mais amarela estará a pele. Em geral, a icterícia grave também causa coceira. 6 6 Lucas Ferraz Medicina – 1º P 7) RELACIONAR O EXCESSO DA INGESTÃO DE PROTEÍNAS E AA COM O AUMENTO DE TECID O ADIPOSO. 8) DISCUTIR O USO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES E SUPLEMENTOS ALIMENTARES PARA MUDANÇA DA IMAGEM CORPORAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OUTROS ÓRGÃOS. ESTEROIDES ANABOLIZANTES Esteroides Anabolizantes são drogas fabricadas para substituírem o hormônio masculino Testosterona, fabricado pelos testículos. Eles ajudam no crescimento dos músculos (efeito anabólico) e no desenvolvimento das características sexuais masculinas como: pelos, barba, voz grossa etc. (efeito androgênico). Podem ser usados na forma de comprimidos, cápsulas, ou como injeção intramuscular.Os que utilizam essas drogas sem ser por problemas médicos, fazem esse uso para melhorar o desempenho nos esportes, aumentar a massa muscular e reduzir a gordura do corpo. O uso indevido dessas drogas pode acarretar inúmeros problemas como: →Homens e adolescentes: redução da produção de esperma, impotência, dificuldade ou dor em urinar, calvície e crescimento irreversível das mamas (ginecomastia). →Mulheres e adolescentes: aparecimento de sinais masculinos como engrossamento da voz, crescimento excessivo de pelos no corpo, perda de cabelo, diminuição dos seios, pelos faciais (barba). →Em pré-adolescentes e adolescentes de ambos os sexos: finaliza, prematuramente, o crescimento deixando-os com estatura baixa para o resto de suas vidas. →Em homens e mulheres de qualquer idade: aparecimento de tumores (câncer) no fígado, perturbação da coagulação do sangue, alteração no colesterol, hipertensão, ataque cardíaco, acne, oleosidade do cabelo e aumento de agressividade que pode manifestar- se em brigas. Essas drogas, principalmente em altas doses, aumentam a irritabilidade e agressividade. Esses usuários podem cometer atos agressivos como luta física, roubo, ou utilizar a força para obter alguma coisa. Ainda em altas doses, os usuários podem desenvolver outros comportamentos como: euforia, aumento da energia, alteração de humor, distração, esquecimento e confusão. Usuários de anabolizantes podem desenvolver dependência a essas drogas. Essa dependência pode ser percebida no usuário que continua tomando anabolizantes mesmo depois de ter tido consequências causadas pela droga como problemas físicos, nervosismo, irritabilidade, efeitos negativos com suas relações com as pessoas. Além disso, gastam grande quantidade de dinheiro e tempo para obter a droga e quando deixam de usá-las apresentam uma série de sintomas desagradáveis. SUPLEMENTOS ALIMENTARES Os suplementos alimentares são substâncias químicas produzidas especialmente para complementar a alimentação. Eles podem ser compostos de todas as vitaminas e minerais e por isso são conhecidos como multivitamínicos ou podem conter apenas determinadas substâncias, como ocorre no caso da Creatina e da Spirulina, que são indicados especialmente para quem pratica algum tipo de atividade física. Os suplementos alimentares servem para complementar a alimentação saudável e não como forma de substituição e eles devem ser utilizados sob indicados de um médico ou nutricionista. Existem suplementos alimentares que contêm todos os nutrientes diários necessários (polivitamínico e minerais), como o Centrum e o One A Day, e existem aqueles suplementos que contêm uma quantidade muito maior de proteínas, carboidratos ou outros componentes. Os tipos de suplementos alimentares que existem são: • Suplemento alimentar hipercalórico: para engordar • Suplemento alimentar proteicos: para ganhar massa muscular • Suplemento alimentar termogênico: para emagrecer • Suplemento alimentar antioxidante: contra o envelhecimento • Suplemento alimentar hormonal: regularizar o sistema hormonal 7 7 Lucas Ferraz Medicina – 1º P →Suplementos alimentares para emagrecer Os suplementos alimentares para emagrecer são os termogênicos, pois eles aumentam o metabolismo basal e contribuem para eliminação de gordura. Alguns exemplos são: Whey protein, CLA, Cafeína, L- Carnitina, Ômega 3. Apesar de serem eficazes no processo de emagrecimento, estes suplementos não excluem a necessidade de seguir uma dieta hipocalórica e realizar atividade física, sendo somente uma forma de alcançar melhores resultados mais rapidamente. →Suplementos alimentares para ganhar massa muscular Os suplementos alimentares para ganho de massa muscular só devem ser utilizados por quem pratica atividade física regularmente. Eles, quando são devidamente utilizados, podem ajudar a aumentar a massa muscular, pois contêm os "tijolos" que formam os músculos. Alguns exemplos de suplementos alimentares para ganho de massa muscular são: M-Drol, extreme, Mega Mass, Whey protein, Linolen e L-carnitina. →Suplementos alimentares naturais Os suplementos alimentares naturais são melhores que os sintéticos, pois não prejudicam o corpo, mas apesar disso, eles também só devem ser utilizados sob orientação do médico ou do nutricionista. Alguns exemplos de suplementos alimentares naturais para emagrecer são: Pimenta caiena, Açaí e African Mango, da marca internacional Biovea.
Compartilhar