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Neurorradio da coluna

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REVISANDO 
Planos anatômicos 
 
Na posição anatômica, o corpo é referenciado de acordo com três planos mutuamente ortogonais: 
 
Sagital 
 
O Plano Sagital, divide o corpo simetricamente em laterais direita e esquerda. 
 
Pode ser dividido em: sagital mediano (divide o corpo em metades idênticas) e sagital paramediano (divide o corpo 
em metades de tamanhos diferentes). 
As ações articulares ocorrem em torno de um eixo horizontal ou transversal e incluem 
os movimentos de flexão e extensão. 
 
RMN da coluna lombar (corte sagital) 
 
 
Coronal ou frontal 
 
O Plano Coronal ou Frontal, divide o corpo em partes anterior (ventral) e posterior (dorsal). 
 
As ações articulares ocorrem em torno de um eixo ântero-posterior (AP) e incluem a abdução e a adução. 
 
CORONAIS, T2. 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Ffigure%2FRMN-da-coluna-lombar-corte-sagital-em-que-se-verifica-estenose-lombar-L2-S1_fig1_262879984&psig=AOvVaw0Ddg4C7uMHwDBM5XjiUqj_&ust=1601944302900000&source=images&cd=vfe&ved=0CA0QjhxqFwoTCNiUu92ZnOwCFQAAAAAdAAAAABAD
 
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Transversal - Axial ou Horizontal 
 
E por último, o Plano Transversal, Axial ou Horizontal que divide o corpo em partes superior (cranial) 
e inferior (caudal). 
 
As ações articulares ocorrem em torno de um eixo longitudinal ou vertical e incluem a rotação medial – 
lateral e pronação – supinação. 
 
Os termos que descrevem os movimento podem ser usados para várias articulações em todo o corpo, sendo que 
alguns termos são específicos para certas regiões, mas sempre respeitando a posição anatômica. 
 
RMN da coluna lombar (corte axial) 
 
 
Planos de delimitação do corpo humano 
 
Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície, os quais, com 
suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico, um paralelepípedo. 
Tem-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos correspondentes: 
 
A) Dois planos verticais, um tangente ao ventre — plano ventral ou anterior — e outro ao dorso — plano dorsal ou 
posterior. 
Estes e outros a eles paralelos são também designados como planos frontais, por serem paralelos à ―fronte―. 
Via de regra, as denominações ventral e dorsal são reservadas ao tronco e anterior e posterior, aos membros; 
 
https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-RMN-da-coluna-lombar-corte-axial-em-que-se-verifica-estreitamento-do-canal_fig4_262879984
 
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B) Dois planos verticais tangentes aos lados do corpo — planos laterais direito e esquerdo; 
 
C) Dois planos horizontais, um tangente à cabeça — plano cranial (cefálico) ou superior — e outro à planta dos pés 
— plano podálico (de podos – pé) ou inferior. 
 
O tronco isolado é limitado, inferiormente, pelo plano horizontal que tangencia o vértice do cóccix, ou seja : o osso 
que no homem é o vestígio da cauda de outros animais. Por esta razão, este plano é denominado caudal. 
ANATOMIA SIMPLES 
COLUNA VERTEBRAL 
 
A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve. Ela é responsável por dois 
quintos do peso corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as 
quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna vertebral é constituída por 
24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial. 
 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril ( Ilíaco ). 
A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. 
São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. 
 
 
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Curvaturas da Coluna Vertebral 
 
Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas. 
São elas: 
Cervical (convexa ventralmente – LORDOSE), 
Torácica (côncava ventralmente – CIFOSE), 
Lombar (convexa ventralmente – LORDOSE), 
Pélvica (côncava ventralmente – CIFOSE). 
Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) 
ou HIPERLORDOSE (Região cervical e lombar). 
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma 
curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE. 
 
Funções da Coluna Vertebral 
 
Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; 
Suporta o peso do corpo; 
Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça; 
Exerce um papel importante na postura e locomoção; 
Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso; 
 
Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os lados e ainda girar sobre 
seu eixo maior. 
Canal Vertebral 
 
O canal vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e triangular nas regiões onde a coluna 
possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é pequeno e redondo na região que não possui muita mobilidade 
(torácica). 
Na imagem ao lado (vista superior da coluna vertebral), podemos observar o canal vertebral. Ele é formado pela 
junção das vértebras e serve para dar proteção à medula espinhal. Além do canal vertebral, a medula também é 
protegida pelas meninges, pelo liquor e pela barreira hemato-encefálica. 
 
As vértebras podem ser estudadas sobre três aspectos: características gerais, regionais e individuais. 
 
Na coluna vertebral encontramos também o sacro (cerca de quatro ou cinco vértebras fundidas – não móveis) e 
inferiormente ao mesmo, localiza-se o cóccix (fusão de 4 vértebras – não móveis). 
Disco Intervertebral 
 
Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra cervical até o sacro, existem discos 
intervertebrais. 
Constituído por um disco fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado ANEL FIBROSO; e uma 
substância interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos formam fortes articulações, permitem 
vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos. 
 
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MÉTODOS DE EXAME 
Radiografia de Rotina 
 
Embora as radiografias da coluna vertebral sejam solicitadas frequentemente na avaliação dos pacientes com 
dorsalgia, a maioria dos episódios de dorsalgia é autolimitada e não exige a solicitação de exames de imagem. A 
preocupação em relação à potencial solicitação excessiva de radiografias simples levou o American College of 
Radiology e outras organizações a recomendar que as radiografias da coluna lombar não sejam solicitadas para os 
pacientes com lombalgia aguda, a menos que existam fatores de risco clínico específicos para fratura, processos 
malignos ou infecção. 
 
Quando há justificativa para a solicitação de radiografias, bastam as incidências AP e perfil. As incidências oblíquas 
da coluna lombar podem identificar uma espondilólise sem deslocamento que esteja mascarada por superposição na 
incidência lateral. Na coluna cervical, as incidências oblíquas costumam ser mais úteis, porque permitem uma visão 
clara dos forames intervertebrais, que podem estar estreitados por osteófitos (Fig. 12.12). Em raras ocasiões, as 
incidências em flexão e extensão estão justificadas, geralmente nos casos de traumatismo subagudo ou antes de 
intervenções cirúrgicas, quando se pesquisam evidências de instabilidade. 
 
Como é feito o RX da coluna? 
 
O exame funciona através de um principio simples: é gerada radiação X (através de um emissor), fazendo-a 
atravessar as estruturas do corpo a estudar (neste caso a coluna), sendo posteriormente recebida por um receptor. 
 
 
A imagem reflete as diferentes densidades das estruturas atravessadas pela radiação X, tendo por basea radiação 
emitida vs recebida. Esta imagem possibilita ao Médico distinguir entre aquilo que é normal ou patológico. 
Na atualidade, com radiologia digital, o técnico executa o exame, arquivando (guardando) as imagens em 
sistemas PACS (Picture archiving and communication system). 
Posteriormente, as imagens são observadas cuidadosamente e relatadas (por escrito) por um Médico Radiologista 
(especialista em radiologia). 
A vantagem da radiografia é que consegue ter o paciente em pé (ortostase), e isso ajuda na hora da análise do 
tratamento cirúrgico. 
 
TERMINOLOGIAS 
 
A radiografia é o método de imagem que utiliza Raios X ou ondas eletromagnéticas. Essas ondas passam através do 
corpo da pessoa, sendo alguns raios absorvidos pelos tecidos e outros não. Estes últimos alcançam o filme 
radiográfico que está logo atrás do corpo. Isto cria uma imagem bidimensional (plana), chamada de radiografia. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tecidos-do-corpo-humano
 
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Tecidos densos (como os ossos) vão absorver a maioria dos raios e aparecem nas radiografias como brancos, 
enquanto o ar não bloqueia nenhum raio e aparece preto. Outros tecidos estão dentro dessa escala de cinza. 
Essas regras se traduzem numa linguagem radiográfica básica: 
• Densidade ou opacidade se refere às áreas claras (brancas) da imagem. Exemplo: osso úmero 
• Lucência se refere a áreas escuras (pretas) da imagem. 
O Raio X continua sendo uma modalidade de imagem médica amplamente utilizada, já que apresenta resolução 
espacial e permite a visualização de estruturas que são difíceis de serem percebidas em cortes axiais (secções 
transversais). A radiografia é utilizada principalmente nos Raios x de tórax, de abdômen e dos ossos. 
 
Mielografia 
 
A mielografia consiste em injeção de meio de contraste iodado no saco tecal, para tomá-lo e às estruturas neurais por 
ele englobadas visíveis nas radiografias ou na TC.56 O meio de contraste misturado com o líquido cefalorraquidiano 
(LCR) delineia as superfícies da medula espinhal, as raízes nervosas intratecais, as bordas do saco tecal e quaisquer 
massas anormais ou impressões extrínsecas. Antes do advento da TC e da RM, a mielografia era o principal método 
de diagnóstico radiológico de processos mórbidos intradurais e de estenose do canal vertebral. 
Hoje em dia, a mielografia só é ·solicitada para solucionar dúvidas. As indicações atuais mais comuns são a 
existência de contra-indicações à realização da RM, quando as alterações encontradas na RM não são elucidativas 
ou as imagens são subótimas (por exemplo, substancial hardware espinhal, obesidade), e quando é necessária uma 
avaliação óssea meticulosa além de informações sobre os tecidos moles. 
 
Para realizar uma mielografia, é empregada uma agulha espinhal de calibre 22 (ou menor) para a punção lombar, e o 
meio de contraste é injetado sob controle fluoroscópico, a fim de garantir a colocação subaracnóide. Para minimizar o 
risco de efeitos colaterais, utiliza-se um meio de contraste não-iônico. O volume e a concentração do meio de 
contraste empregado dependem do local que está sendo estudado, da via de administração, da preferência do 
médico e da realização ou não de TC após a mielografia. No caso da mielografia cervical, o meio de contraste pode 
ser depositado no saco tecallombar e movido no sentido craniano por gravidade (o contraste iodado tem uma 
densidade maior do que a do LCR) ou por punção lateral de C1-C2 cuidadosamente monitorizada (visando ao terço 
superior do canal espinhal) (Fig. 12.13). Após a injeção do meio de contraste, são realizadas radiografias nas 
incidências AP, lateral e oblíqua dos segmentos espinhais desejados (Figs. 12.14 e 12.15). A TC é, com freqüência, 
realizada após a mielografia, aumentando bastante a utilidade diagnóstica desse exame (Fig. 12.16). 
 
Mielografia por Ressonância Magnética de Coluna Cervical: é um exame que analisa a medula espinhal e suas 
raízes nervosas. Com aplicação de contraste intravenoso, e em uma máquina, conhecida como Magneto, cilíndrica e 
com duas aberturas e a maca na qual o paciente entra deitado na máquina. 
Método seguro e eficaz, principalmente por não usar radiação na obtenção das imagens. Contraindicado para 
pacientes com próteses metálicas ou claustrofobia severa. 
 
 
Tomografia Computadorizada (TC) 
 
A TC é uma excelente técnica de avaliação do canal espinhal ósseo, assim como de determinadas estruturas de 
tecidos moles intra-espinhais. Nos casos de doença degenerativa nos quais o osso contribui significativamente para a 
compressão da medula espinhal ou das raízes nervosas, a TC pode ser mais proveitosa do que a RM, visto que a 
RM tem dificuldade na resolução do material discai dessecado proveniente de estruturas ósseas, bem como tende a 
aumentar artificialmente (artefato) o grau de estenose provocada pelo osso hipertrofiado.5 As técnicas padronizadas 
de TC exigem a obtenção de cortes axiais oblíquos ou axiais contíguos ou firmamente colimados através do 
segmento envolvido da coluna vertebral. A variação do plano de secção para paralelo ao de cada disco 
 
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individualmente não é recomendada, porque compromete a reformatação multiplanar e pode resultar em perda de 
diagnósticos, se partes do canal espinhal não forem examinadas pela impossibilidade de superpor cortes. Por 
exemplo, um estudo descobriu que o diagnóstico de espondiólise deixou de ser feito em oito de oito casos, quando o 
exame era realizado apenas paralelamente aos espaços discais. 24 Para reduzir a perda de resolução espacial 
causada pela ponderação parcial de volume, recomenda-se a colimação de 3 mm, e uma colimação de 1 a 2 mm 
costuma ser usada na coluna cervical superior. 
 
A TC helicoidal da coluna é exeqüível, mas, algumas vezes, limitada pelo aquecimento do tubo. Imagens 
reformatadas sagitalmente são essenciais para avaliar o alinhamento vertebral e proporcionar um segundo plano de 
avaliação do volume de material discai herniado26 (Fig. 12.18). As imagens são feitas tanto na calibragem do osso 
(janela larga) como dos tecidos moles (janela estreita). Com o acréscimo do contraste intratecal, a acurácia da TC 
para condições degenerativas na coluna vertebral aproxima-se daquela da RM,64 contudo desvantagens, como a 
incapacidade de examinar diretamente a coluna vertebral em planos outros além do axial, o uso de radiação 
ionizante e a possibilidade de cefaléia espinhal, infecção ou reação ao contraste associadas a mielografia, não são 
insignificantes. Além disso, embora os deslocamentos discais possam, em geral, ser detectados com acurácia pela 
TC, a RM determina, com muito maior acurácia, o efeito expansivo sobre as estruturas neurais adjacentes e permite 
uma classificação mais específica (por exemplo, protrusão versus extrusão).41 Lacerações do anel discal não são 
visíveis à TC, mas são facilmente diagnosticadas com a RM. 
 
A tomografia computorizada (TC) ou TAC da coluna é um exame que serve para auxiliar o médico no diagnóstico 
de inúmeras patologias (doenças), nomeadamente hérnias discais (de disco), espondilose (artrose na coluna), 
estenose vertebral (aperto na coluna) espondilolistese (deslizamentos vertebrais), entre outras. Veja mais informação 
em indicações da TC da coluna. 
 
A tomografia computorizada da coluna pode ser subdividida em: 
 
• TC da coluna cervical - se a avaliação de TC incide sobre a região cervical da coluna (sete vértebras de C1 
a C7); 
 
• TC da coluna dorsal - se a avaliação da TC incide sobre a região dorsal ou torácica (doze vértebras de T1 a 
T12); 
 
• TC de coluna lombar - se a avaliação da TC incide sobre a região lombar (cinco vértebras de L1 a L5); 
 
• TC da coluna lombosagrada - se a avaliação da TC incide sobre a região lombo sacra (quatro ou cinco 
vértebras fundidas de S1 a S5). 
 
TC da coluna com contraste 
 
A avaliação inicialsem contraste poderá ser complementada pela tomografia computorizada com contraste (TC da 
coluna com contraste) na qual é avaliado o comportamento vascular das estruturas em estudo. Ou seja, a TC da 
coluna não precisa de usar contraste em muitas situações, estando o seu uso confinado aos casos em que se torna 
importante ampliar o contraste entre as estruturas com diferentes fluxos sanguíneos, revelando estruturas 
hipervascularizadas como é o caso dos tumores e das inflamações. 
 
Os produtos de contraste iodados na TC são aplicados por via endovenosa (EV), devendo existir uma avaliação 
médica prévia à sua administração. O uso de contrastes pode apresentar riscos aumentados em alguns doentes. A 
deterioração da função renal e reações alérgicas são alguns dos efeitos secundários ou colaterais conhecidos, pelo 
que o uso de produtos de contraste iodados não é aconselhado em doentes com insuficiênci a renal grave e com 
história de reação anafilática (alergia) prévia. 
 
Apesar de pouco frequente, o efeito secundário mais indesejável é o choque anafilático. Felizmente trata-se de uma 
complicação rara, que pode ser acautelada através de medicação profilática orientada e para a qual existe tratamento 
apropriado em meio hospitalar. 
 
As reações adversas que ocorrem com os produtos iodados em TC são mais frequentes relativamente ao uso de 
gadolínio em Ressonância magnética (RM,) pelo que a RM da coluna pode ser uma excelente alternativa em doentes 
de risco. 
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/alergologia/anafilaxia/
 
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Indicações da TC da coluna 
 
A TC da coluna é um exame extremamente útil como meio complementar de diagnóstico e terapêutica (MCDT) na 
avaliação dos seguintes sinais e sintomas: 
 
• Dores de costas, dores na coluna; 
 
• Dor de cabeça; 
 
• Dor irradiada – exemplo dor ciática; 
 
• Parestesias (alterações de sensibilidade); 
 
• Parésia (falta de força); 
 
• Desvios da coluna vertebral; 
 
• Tonturas; 
 
• Vertigens; 
 
• Febre; 
 
• Etc. 
 
A TC da coluna é um exame muito importante no diagnóstico e avaliação da resposta aos tratamentos instituídos em 
diferenciadas patologias (ou doenças). O exame possui indicação, entre outras, no estudo das seguintes patologias: 
 
• Hérnias de disco ou discais; 
 
• Artrose da coluna (Espondilose); 
 
• Desvios da coluna (cifose, lordose e escoliose); 
 
• Espondilolistese (deslizamentos vertebrais); 
 
• Estenose vertebral (aperto na coluna); 
 
• Doenças inflamatórias ou desmielinizantes; 
 
• Tumores benignos ou malignos (cancro); 
 
• Fraturas da coluna; 
 
• Etc. 
 
 
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/dor-nas-costas/
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/hernia-de-disco/
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/espondilose/
 
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TERMINOLOGIAS 
 
A tomografia computadorizada (TC), antigamente chamada de tomografia axial computadorizada, é outro método de 
imagem não invasivo. A TC também utiliza Raios x, mas a máquina é mais avançada. Ela roda ao redor de uma 
pessoa estacionária e cria múltiplas imagens de cortes transversais, que depois podem ser transformados em uma 
imagem em 3D. Como a TC utiliza Raios x, as imagens também dependem da densidade dos tecidos. A densidade é 
expressa em unidades de Hounsfield (HU), que vão de +1000 para os ossos (claros), passando em 0 para a água 
(cinza) e chegando até -1000 para o ar (escuro). Cada tecido do corpo tem sua densidade normal, que os 
radiologistas conhecem. Se a densidade está alterada, expressamos isto usando a terminologia da 
TC: hiperdenso, hipodenso ou isodenso, quando comparado a alguma outra estrutura. 
 
A vantagem da TC em relação ao raio X é a sua capacidade de visualização tridimensional do corpo, fornecendo uma 
representação mais precisa da área de interesse. Existem várias técnicas de TC, como a TC de fatia única (single 
slice), a TC helicoidal (espiral) e a TC de múltiplas fatias (multi slice). Essas técnicas oferecem variações nas 
espessuras dos cortes e nas doses de radiação utilizadas para criar a imagem. As máquinas de TC também podem 
mudar da ―janela óssea‖ para a ―janela de tecidos moles‖, dependendo de qual estrutura queremos observar. Além 
disso, as imagens de TC podem ser feitas com contraste radiológico para ajudar na visualização de determinadas 
estruturas. 
 
É importante saber como se orientar nas imagens de TC. Para imagens axiais, imagine que você está olhando para a 
pessoa a partir de seus pés (vendo o corte da TC de baixo para cima), enquanto cada um de vocês está olhando 
para direções opostas. Então você pode se orientar utilizando a abreviação DAEP para as posições de 9,12,3 e 6 
horas de um relógio. 
 
• 9 - direita 
 
• 12 - anterior 
 
• 3 - esquerda 
 
• 6 - posterior 
 
Ressonância Magnética 
 
A RM fornece imagens anatômicas extremamente acuradas, diretamente multiplanares e não-invasivas das 
estruturas espinhais, tomando- se a principal modalidade de imageamento para muitas aplicações. A RM detecta 
alterações degenerativas nos discos interver tebrais muito mais cedo que a TC, sendo mais precisa e reprodutível 
que a TC na classificação das herniações discais. Com o acréscimo de gadolínio intravenoso, a RM é especialmente 
valiosa na diferenciação entre fibrose pós-operatória contrastada de material discai residual ou não-contrastado em 
pacientes que já se submeteram a cirurgia discal. (Fig. 12.19) 
 
A acurácia diagnóstica exige a utilização de protocolos de imagem e bobinas de superfície apropriados. Os 
protocolos típicos incluem seqüências tanto no plano axial como no plano sagital. Na coluna lombar, são comumente 
empregadas seqüências ponderadas em TI (corte sagital) e ponderadas em T2 (FSE, multi-echo fast spin-echo ). No 
plano axial, as imagens ponderadas em Tl axiais ou ponderadas em T2 FSE são usadas mais freqüentemente na 
coluna lombar, enquanto as imagens bidimensionais e tridimensionais são empregadas mais comumente na coluna 
cervical. As imagens ponderadas em T2 propiciam um efeito mielográfico (LCR brilhante e tecido neural escuro), 
permitindo uma avaliação precisa da medula espinhal e das raízes nervosas no interior do saco tecal. As seqüências 
ponderadas em T2 também permitem a detecção precoce de degeneração discai, que aparece como perda da 
intensidade do sinal no núcleo pulposo. Muitos preferem imagens ponderadas com densidade protônica para a 
avaliação das margens discais porque elas propiciam um bom contraste entre a face posterior do disco e o saco tecal 
adjacente e o ligamento longitudinal posterior. 
 
As imagens ponderadas em TI são valiosas na avaliação dos discos intervertebrais, mas também fornecem 
informações valiosas sobre o espaço medular das vértebras. A substituição do tecido predominantemente adiposo da 
medula normal por tumor, células inflamatórias, sangue ou calcificação resulta em uma mudança na intensidade do 
sinal no interior da vértebra de branco para cinza ou preto (Fig. 12.20). Quando são necessárias imagens mais 
sensíveis da medula, a técnica com supressão de gordura é freqüentemente empregada. As seqüências FSE 
ponderadas em T2 e FSE-STIR com supressão de gordura seletiva por freqüência, disponível na maioria dos 
 
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sistemas de RM, são excelentes para esse propósito (Fig. 12.21). Por causa do pequeno tamanho das estruturas que 
estão sendo apreciadas, a espessura do corte e ó intervalo entre os cortes devem ser minimizados em todas as 
seqüências de pulso. A maioria dos protocolos utiliza uma espessura de corte de 3 ou 4 mm e um intervalo entre os 
cortes de 1 mm ou menos. A gorciura epidural e para vertebral propicia um contraste natural com as estruturas 
neurais e ósseas adjacentes nas sequências ponderadas em T1 , mas pode atenuar o realce proporcionado pelo 
gadolínio intravenoso. Por conseguinte, muitos centros preferem a técnica com supressão de gordura paraa imagem 
ponderada em TI pós-contraste. 
 
A ressonância magnética (RM) da coluna é um exame por imagem que nos permite uma excelente acuidade 
diagnóstica em diversas patologias, como por exemplo nas hérnias discais (ou hérnias de disco), espondilose 
(artrose da coluna), deslizamentos vertebrais (espondilolistese), estenose vertebral (aperto na coluna), entr e muitas 
outras, como veremos adiante com maior detalhe. 
 
A ressonância magnética da coluna pode ser subdividida em: 
 
• Ressonância magnética da coluna cervical - se o estudo incide sobre a região cervical da coluna (sete 
vértebras de C1 a C7); 
 
• Ressonância magnética da coluna dorsal - se o estudo incide sobre a região dorsal ou torácica (doze 
vértebras de T1 a T12); 
 
• Ressonância magnética de coluna lombar - se o estudo incide sobre a região lombar (cinco vértebras de 
L1 a L5); 
 
• Ressonância magnética da coluna lombosagrada - se o estudo incide sobre a região lombo sacra (quatro 
ou cinco vértebras fundidas de S1 a S5). 
 
 
Indicações da RM da coluna 
 
A RM da coluna é um exame que pode revestir-se de grande utilidade como meio complementar de diagnóstico e 
terapêutica (MCDT) na avaliação dos seguintes sinais e sintomas: 
 
• Dor na coluna; 
 
• Parestesias (alterações de sensibilidade – formigueiros, adormecimentos); 
 
• Parésia (falta de força); 
 
• Cefaleias (dor de cabeça); 
 
• Dor com irradiação (pernas, braços, …) – exemplo dor ciática; 
 
• Desvios da coluna; 
 
• Tonturas; 
 
• Etc. 
 
A ressonância magnética da coluna é um exame que serve para auxiliar o médico no diagnóstico e avaliação da 
resposta aos tratamentos estabelecidos em distintas patologias (ou doenças). O exame está aconselhado, entre 
outras, no estudo das seguintes patologias: 
 
• Hérnias discais (de disco); 
 
• Espondilose (artrose da coluna); 
 
• Espondilolistese (deslizamentos vertebrais); 
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/dor-nas-costas/
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/hernia-de-disco/
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/espondilose/
 
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• Estenose vertebral (aperto na coluna); 
 
• Fraturas da coluna; 
 
• Desvios da coluna vertebral (cifose, lordose e escoliose); 
 
• Doenças inflamatórias ou desmielinizantes; 
 
• Tumores benignos ou malignos (cancro); 
 
• Etc. 
 
Contrastes na RM 
 
Na ressonância magnética da coluna com contraste é avaliado o comportamento vascular das estruturas em 
análise, complementando a avaliação inicial sem contraste. O gadolínio é uma substância ministrada por via 
endovenosa que aumenta a intensidade de sinal das estruturas com fluxo sanguíneo aumentado, por exemplo no 
caso de tumores ou inflamações. 
 
Muitas vezes, a RM da coluna não precisa de usar contraste, alcançando-se, mesmo assim, magníficas acuidades 
diagnósticas. No entanto, em alguns casos podem ser utilizados contrastes para uma melhor visualização das 
estruturas (tumores, inflamações, …). 
 
 
TERMINOLOGIAS 
 
A RM é uma modalidade imaginológica (imagiológica) que, além da anatomia, pode mostrar alguns processos 
fisiológicos do corpo (RM funcional). Ela usa campos magnéticos e pulsos de radiofrequência para 
excitar prótons (íons hidrogênio) do nosso corpo. Os íons de hidrogênio excitados emitem sinais captados pelo 
scanner da RM que, baseado na intensidade do sinal, cria uma imagem em escala de cinza. Uma vez que somos 
feitos principalmente de gordura e de água, tem muito hidrogênio para se detectar! 
 
A densidade desses prótons nos nossos tecidos está relacionada à magnitude do sinal, ou seja densidade 
aumentada significa sinal aumentado. Grande intensidade de sinal é representada em branco, moderada densidade 
de sinal, em cinza e baixa intensidade de sinal, em preto. Quando uma estrutura é mais clara do que deveria ser 
dizemos que ela é hiperintensa. Se ela for mais escura, então é hipointensa. A densidade de prótons está aumentada 
em alguns tipos de lesões, como edema, infecção, inflamação, desmielinização, hemorragia, alguns tumores e cistos. 
Em outros tipos, ela está reduzida, como no tecido cicatricial, calcificação, alguns tumores, formação de membranas 
e cápsulas. Nota importante para os iniciantes: usa-se a palavra densidade para TCs e intensidade para RM, você 
não deve misturar esses termos nas suas provas! 
 
A RM não utiliza radiação, pode ser feita com contraste e qualquer plano do corpo pode ser analisado. Apesar de 
parecer o método de imagem perfeito, tem algumas desvantagens. A RM demora mais que a TC e pode ser 
desconfortável para algumas pessoas, já que a máquina é muito barulhenta e requer que a pessoa fique dentro de 
um tubo estreito (problemático para pessoas com claustrofobia). Além disso, a RM é absolutamente contraindicada 
em pacientes com implantes de metal, devido à intensidade do campo magnético criado. Com todas as suas 
propriedades, salvo contraindicações, a RM é a melhor técnica de imagem para tecidos moles. 
https://www.kenhub.com/pt/library/ensino/rm-principios-basicos
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/termos-direcionais-e-planos-corporais
 
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A RM oferece várias modalidades dentre as quais os radiologistas podem escolher, dependendo de qual estrutura 
eles querem focar. Os métodos básicos de RM são: 
• T1 - a imagem pesada em T1 mostra melhor estruturas compostas principalmente por gordura (fluidos são 
escuros / pretos, gordura é clara / branca). . 
• T2 - a imagem pesada em T2 apresenta estruturas feitas tanto de água quanto de gordura (gordura e fluidos 
são claros). 
• PD (densidade de prótons) - Densidade de prótons para o exame de músculos e ossos. 
 
• FLAIR (inversão recuperação) - Inversão recuperação com atenuação líquida mostra melhor o cérebro. É útil 
para identificar doenças do sistema nervoso central, como insultos cerebrovasculares, esclerose múltipla e 
meningite. 
 
• DWI (difusão) - a imagem pesada em difusão detecta a distribuição de fluidos (extra e intracelular) dentro dos 
tecidos. Como o balanço entre os fluidos compartimentais está alterado em algumas condições (infartos, 
tumores), DWI é útil para o estudo estrutural e funcional dos tecidos moles. 
 
• Flow sensitive (sequências sensíveis ao fluxo) - Examina o fluxo dos fluidos corporais, mas sem usar 
contraste. Este método nos indica se tudo está bem com o fluxo do líquido cerebroespinhal e com o fluxo 
sanguíneo nos vasos. 
 
A RM é principalmente utilizada para o estudo dos sistemas musculoesquelético, gastrointestinal, cardiovascular e 
para neuroimagem. 
ANATOMIA RADIOLÓGICA 
A coluna venebral é dividida em segmentos cervical, torâci- co (ou dorsal) e lombar, geralmente consistindo em 26 
ossos, dos quais sete sao vértebras cervicais, doze toracicas e cinco lombares, além do sacro e do cércix. O corpo 
vertebral é designado pela letra inicial do segmento vertebrai e pelo niimero correspondente (p. ex., C7 refere-se a 
sétima vértebra cervical). Devido à terminologia usada em ressonância magnética, usa-se, na coluna toracica, a 
denomina no dorsal (p. ex., D1), para diferenciar dos tempos das sequências de RM (Tl e T2J. O estudo radiolfigico 
da coluna vertebrai é dificultado pela relativa complexidade anatomica das vértebras. Des- te modo, é necessârio 
dominio da sua anatomia para o entendimento das superposições dos diversos elementos de cada vertebra nas 
diversas incidencias radiologicas (Figs. 14.1 a 14.3). Basicamente, cada vértebra é constituida dos seguintes 
elementos: 
Corpo vertebral 
 
• Arco posterior: projeta-se para trás a partir do corpo vertebral, compondo segmentos do canal raquiano, 
formado pela superposição de todos os arcos das vértebras. 
• Pedículo: implante de cada extremidade do arco nas porções posterior e lateral do corpo vertebral. Na 
incidência em AP, aparecem corno imagens ovais de cada lado do corpo (correspondem à superfície de corte 
de cada lado doarco). 
• Apófise espinhosa: encontro de cada porção do arco, posteriormente. Projeta-se, na incidência em AP, 
medial e ligeiramente inferior ao corpo correspondente. 
• Apófises articulares superiores: mais bem visualizadas na incidência em perfil. Correspondem a 
prolongamentos superiores do arco. 
• Apófises articulares inferiores: também visualizadas mais facilmente na incidência em perfil. Correspondem a 
prolongamentos inferiores do arco. A articulação entre as apófises articulares superior e inferior de corpos 
adjacentes é visualizada nas incidências em perfil e oblíquas como prolongamento a partir da porção lateral 
do arco. Na incidência em AP, projetam-se mediaimente aos pedículos. 
• Forames ou buracos de conjugação: formados pelos espaços entre as apófises articulares e os corpos 
vertebrais de duas vértebras adjacentes. Contêm as ramificações nervosas que saem da medula. 
• Apófises transversas: projetam-se para cada lado do corpo vertebral. São visualizadas na incidência em AP. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso
 
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Cada corpo vertebral é separado dos adjacentes, superior e inferiormente, pelo disco intervertebral. Este é 
constituído de anéis fibrocartilaginosos concêntricos à volta do núcleo pulposo, constituído de material gelatinoso. 
Uma vez que o disco intervertebral não é visualizado no exame radiológico da coluna, valoriza-se o seu estado pelo 
espaço correspondente entre os corpos. 
 
Já na ressonância magnética, pela degeneração usual, há perda progressiva do conteúdo aquoso, o que faz com que 
o disco fique com um sinal reduzido (hipossinal) nas seqüências ponderadas em T2 (Fig. 14.4). As curvaturas 
fisiológicas da coluna são as cifoses (torácica e sacra) e as lordoses (cervical e lombar) (Figs. 14.5 e 14.6). Denomina-
se escoliose a curvatura anormal no sentido lateral, sendo esta designada pelo lado convexo da curvatura. Desta 
forma, denomina-se escoliose dorsal esquerda aquela na qual a convexidade está voltada para o lado esquerdo. Por 
causa da extensão e das curvaturas, cada segmento da coluna é estudado em incidências localizadas. Há exceção 
quando o objetivo é o estudo das escolioses. Neste caso, são feitas incidências panorâmicas em AP, com o paciente 
em posição ortostática. 
 
 
Coluna Cervical 
 
É composta por sete vértebras. Neste segmento da coluna, uma vez que a necessidade de sustentação de peso é 
menor (se comparada às vértebras torácicas e lombares), os corpos vertebrais são relativamente pequenos. São 
características anatômicas particulares deste segmento os processos unciformes e os forames transversos, que dão 
passagem à artéria vertebral (exceto em C7), às veias vertebrais e ao plexo simpático. Outra peculiaridade deste 
segmento são os processos espinhosos bífidos de C2 a C6 (observados na incidência em AP) e proeminentes em C2 
e C7, servindo de ponto de referência na incidência em perfil (Fig. 14.7). De C3 a C6 têm-se vértebras cervicais 
típicas, semelhantes entre si. A sétima vértebra é considerada uma vértebra de transição. É relativamente freqüente 
 
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a ausência de soldadura do arco posterior em algumas vértebras na coluna cervical. Não existe, muitas vezes, 
correlação clínica, tratando-se de "achados radiológicos", já que não determinam sintomatologia. 
Uma vez que se encontram superpostos à mandíbula, . na incidência em AP, o estudo de CJ e C2 é feito com uma 
incidência especial (transoral ou transbucal), com a boca aberta (Fig. 14.8). Algumas situações requerem estudos 
tomográficos, quando são necessários maiores detalhes deste segmento. 
 
Como os processos para os forames de conjugação são também laterais, há superposição destes com o forame 
transverso tanto em AP como em perfil. Por este motivo, para visualização dos forames de conjugação, necessita-se 
de incidências oblíquas (Fig. 14.9). É fundamental que os forames de conjugação sejam avaliados de rotina. 
 
Lateralmente, a coluna é estudada na incidência em perfil. Deste modo, as incidências de rotina para o estudo da 
coluna cervical são: AP, perfil, transoral e oblíquas direita e esquerda. 
 
O atlas (C l) e o áxis (C2) são vértebras diferenciadas, responsáveis pela sustentação e movimentação da cabeça. 
Esta é possível graças à existência de um prolongamento superior no corpo vertebral do áxis - o processo odontóide- 
formando um pivô, que irá permitir a rotação do atlas juntamente com a cabeça. O atlas não apresenta espinha ou 
corpo. É constituído de duas massas laterais que superiormente se articulam com o côndilo occipital e inferiormente 
com o áxis. Unindo essas massas laterais, tem-se um arco anteriormente (que possui articula- ção para o processo 
odontóide de C2, denominada fóvea dentis ou do dente) e outro arco posteriormente. A avaliação de Cl e C2 pode 
ser fe ita por meio da incidência transoral ou pela tomografia computadorizada nos planos ax ial e coronal (Fig. 
14.10). 
 
A ressonância magnética da coluna cervical é muito útil não só para demonstrar os corpos vertebrais, discos e 
demais elementos já citados anteriormente como também para avaliar a medula espinhal, que é envolvida pelo 
espaço liquórico, muito bem evidenciado no plano sagital (Fig. 14. l l ). 
 
 
Coluna Torácica ou Dorsal 
 
Em condições normais, é composta por doze vértebras, tendo como principal característica a presença de fóveas 
costais para articulação das costelas, localizadas no corpo e processo transverso. De T2 a T8 têm-se as vértebras 
torácicas típicas. Estas apresentam corpo maior que o das vértebras cervicais, com formato de rim. Lateralmente, o 
proces o transverso direciona-se para trás e para cima, apresentando extremidade arredondada. Posteriormente, o 
processo espinhoso é longo e fino, direcionando-se para baixo e sobrepondo- se ao processo espinhoso da vértebra 
inferior. 
 
As incidências de rotina para o estudo da coluna dorsal são feitas em AP e em perfil (Fig. 14.12). Os forames de 
conjugação são bem visualizados no perfil. A incidência oblíqua é utilizada quando se faz necessário dissociar o arco 
posterior. Os mesmos achados anatômicos são observados com maiores detalhes na TC e na RM (Figs. 14. 13 a 
14.18). 
 
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Coluna lombar 
 
As vértebras são em número de cinco, sendo as maiores da coluna. Não apresentam fóveas costais ou forames 
transversos. 
 
Posteriormente, apresentam processo espinhoso quadrilátero e horizontal (semelhante à lâmina de um machado). Os 
processos transversos são longos e finos. Assim como na coluná dorsal, os forames de conjugação são bem 
visualizados no perfil, sendo necessária a realização de incidências em oblíqua apenas quando se precisa dissociar 
as estruturas do arco posterior. 
 
Particularmente o segmento lombar é sede de defeitos de segmentação no istmo (espaço entre os processos 
articulares superior e inferior). Uma fenda óssea neste local é denominada espondi lólise. Para a sua avaliação são 
fundamentais as incidências em oblíqua. 
 
Quando existe espondilólise bilateral, o corpo fica instável, pois não há continuidade com o arco posterior. 
Eventualmente o corpo pode escorregar, desnivelando-se do eixo normal da coluna. Esse "escorregamento" é 
denominado espondilolistese. Esta é quantificada utilizando-se a classificação de Meyerding, na qual o corpo da 
vértebra inferior é dividido em quatro partes iguais. Se a medida do deslo- camento da vértebra superior for de um 
quarto do tamanho do corpo da vértebra inferior, tem-se uma espondilolistese grau 1. Se for de metade, tem-se uma 
espondilolistese grau II e assim por diante, até o grau fV. 
 
Sacro 
 
O sacro é um osso de formato triangular, constituído de corpos vertebrais e processos laterais fundidos. Os espaços 
discais são rudimentares ou inexistentes. Os processos laterais determinam espaços do mesmo modo que os demaissegmentos (forames sacrais). 
 
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Devido à sua curvatura cifótica, é necessário fazer incidência especial para melhor avaliação das peças ósseas e das 
articulações sacroilíacas. São feitas incidências oblíquas e em AP com angulação no sentido caudal (Fergunson) 
(Fig. 14.19). Também faz parte da rotina o perfil. 
É bastante comum a ausência de formação de alguns processos espinhosos no sacro, de natureza assintomática. 
Contudo, quando existem defeitos graves, com falta de peças ósseas (síndrome da regressão caudal), é necessário 
pesquisar malformações congênitas associadas, especialmente do trato urinário (Figs. 14.20 e 14.21 ). 
 
 
 
Cóccix 
 
Geralmente é composto de quatro peças ósseas que, devido à sua localização, em superposição com a ampola retal, 
freqüentemente são de difícil visualização em AP. Na outra incidência de rotina, o perfil, sua identificação torna-se 
mais fácil (Fig. 14.22). 
 
 
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EXERCITANDO 
Identifique nas imagens abaixo através da Ressonância, cada parte anatômica correspondente.

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