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05/07/2019 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1412995&courseId=218&classId=982787&topicId=718020&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2… 1/8
Direitos Humanos
Aula 7 - O Sistema Africano de Proteção dos
DH
INTRODUÇÃO
Atualmente, um dos maiores desa�os para a instituição dos direitos humanos é a adoção de uma perspectiva
relativista cultural. Isto é ainda mais sensível quando se pensa na proteção de DH no continente africano, que
apresenta bases culturais distintas das tradicionais sociedades ocidentais, como apontam os estudos antropológicos.
Tendo como pano de fundo essa questão, faremos uma investigação sobre o sistema de proteção de DH na África.
Estudaremos os principais instrumentos normativos, chamando atenção para a Carta de Banjul que é a Carta Africana
de Direitos do Homem e dos Povos e paradigma normativo de proteção dos direitos humanos na África, assinada na
década de 80 do século passado. Essa carta traz uma característica bastante peculiar que é trazer o “direito dos
povos” como parte integrante dos DH. Entre eles, por exemplo, temos o direito de todos os povos à existência,
05/07/2019 Disciplina Portal
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incluindo o direito à autodeterminação; direito de todos os povos à assistência na luta de libertação contra a
dominação estrangeira, “quer esta seja de ordem política, econômica ou cultural”, conforme previsto no artigo 20º.
Igualmente, examinaremos o sistema africano de proteção dos DH. Identi�caremos que esta proteção se opera em
dois níveis: a Comissão Africana de DH e dos Povos e o Tribunal Africanos de DH e dos Povos. Analisaremos que a
Comissão Africana de DH é um organismo parajudicial, encarregado de fazer o acompanhamento da implementação
da Carta, por meio da promoção dos direitos do Homem e dos Povos e garantia de sua proteção na África.
Por �m, explicaremos que o Tribunal é visto como complementar à Comissão Africana de DH, cabendo zelar pelo
respeito e aplicação dos instrumentos africanos de proteção aos DH. Apontaremos que o tribunal iniciou o�cialmente
suas atividades em 2006 e que é o órgão judicial do sistema africano que tem competência consultiva e contenciosa
civil. Investigaremos, entre outros aspectos, aqueles que poderão apresentar um petição ao Tribunal que está
disponível à Comissão, aos indivíduos, ONGs e Estados e como isso poderá ser feito.
OBJETIVOS
Conhecer o sistema regional de proteção de DH dos países africanos;
Examinar a Carta Africana de Direitos do Homem e dos Povos;
Analisar a Comissão e o Tribunal Africanos de DH e dos Povos.
05/07/2019 Disciplina Portal
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VÍDEO
Vamos iniciar esta aula com um vídeo!
Assista à entrevista concedida pelo professor Leandro Rangel, especializado em Direito Internacional. Neste vídeo,
disponibilizado em 12 de março de 2013, há o debate das divergências entre o Universalismo e o Relativismo, quando
da fundamentação dos Direitos Humanos no continente africano; a concordância dos Direitos Humanos praticados
pelo sistema internacional como uma criação ocidental dos mesmos.
Agora que você já assistiu ao vídeo, re�ita sobre:
Os desa�os que se colocam a proteção dos direitos humanos a partir da perspectiva do relativismo cultural;
A forma com que tais desa�os interferem nos Direitos Humanos.
, O conteúdo desta aula é uma adaptação das informações que constam nas páginas o�ciais da União Africana; do IJRC -
Internacional Justice Resource Centre (todas essas em inglês); do Tribunal Africano de DH e dos Povos (em versão portuguesa) e
do Gabinete Documentação e Direito Comparado da Procuradoria da República Portuguesa.
O SISTEMA REGIONAL AFRICANO DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS
HUMANOS
O sistema regional africano de proteção
dos direitos humanos começou por se desenvolver
no seio da Organização da Unidade Africana (OUA),
hoje União Africana - criada em 2002 -
em substituição a OUA. Sua sede está na cidade
de Addis Abeba na Etiópia.
05/07/2019 Disciplina Portal
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1. Obter uma maior unidade e solidariedade entre os países e os povos da África;
2. Respeitar a soberania, a integridade territorial e a independência dos seus Estados Membros;
3. Acelerar a integração política e socioeconômica da África;
4. Promover posições africanas comuns;
5. Encorajar a cooperação internacional;
6. Promover a paz, a segurança e a estabilidade da África;
7. Promover os princípios e as instituições democráticas;
8. Promover e proteger os direitos do homem;
9. Criar as condições que permitam a África desempenhar o papel que lhe compete na economia mundial;
10. Promover o desenvolvimento sustentável e a integração das economias africanas;
11. Coordenar e harmonizar as políticas entre as Comunidades Econômicas Regionais existentes e futuras, para a
gradual realização dos objetivos da União;
12. Trabalhar em cooperação com os parceiros internacionais.
Fonte da Imagem:
A União Africana é formada
por 54 Estados-membros, são eles:
República Popular e Democrática da Argélia, Angola, Benim, Botsuana,
Burquina Faso, Burundi, República dos Camarões, Cabo Verde, República Centro-Africana, Chade, República Federal
Islâmica das Comores, Congo, Costa do Mar�m,
República Democrática do Congo, Djibuti, República árabe do Egito, Estado da Eritreia, Etiópia, Guiné Equatorial, Gabão,
Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Quênia, Reino do Lesoto, Libéria, Líbia, Madagáscar, Maláui, Mali, República
05/07/2019 Disciplina Portal
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Islâmica da Mauritânia, Maurício, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Ruanda, República árabe Saara Ocidental, São
Tomé e Príncipe, Senegal, Seicheles, Serra Leoa, Somália, África do Sul, Sudão, Sudão do Sul, Reino da Suazilândia,
República Unida da Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia, e Zimbábue.
O Marrocos retirou-se em 1984 por causa do con�ito da República do Saara Ocidental (República Árabe Saharaui
Democrática).
A República Centro-Africana foi suspensa da organização em março de 2013, devido a um golpe militar. Também a
Guiné-Bissau e o Madagáscar estão suspensos desde 2013.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores brasileiro:
INDICAÇÃO DE LINK
Leia, sobre essa questão, a matéria (glossário) publicada na Exame online, em 2015.
Para Flávia Piovesan (2016), “a recente história do sistema regional africano revela, sobretudo, a singularidade e a
complexidade do continente africano, a luta pelo processo de descolonização, pelo direito de autodeterminação dos
povos e pelo respeito às diversidades culturais. Revela, ainda, o desa�o de enfrentar graves e sistemáticas violações
aos direitos humanos”.
PRINCIPAIS TRATADOS AFRICANOS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS
HUMANOS
Vejamos:
O principal instrumento de direitos humanos do sistema africano é a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos - CADHP
(http://www.oplop.uff.br/sites/default/�les/documentos/carta_africana_dos_direitos_humanos_e_dos_povos.pdf), que também é
conhecida como a Carta de Banjul – cidade da Gâmbia, onde o tratado foi assinado.
Ela foi adotada em janeiro de 1981, e entrou em vigor em 21 de Outubro de 1986. Desde então, é por essa razão que o dia 21 de
Outubro é considerado o Dia Africano dos Direitos Humanos.
A carta foi complementada, em 8 de outubro de 1998, quando o primeiro Protocolo
(http://www.africancourtcoalition.org/images/docs/legal-texts/african_court_protocol.pdf) mencionando Carta foi elaborado,
criando o Tribunal/Corte Africana de Direitos dos Homens e dos Povos.
Para continuar lendo, clique aqui (galeria/aula7/docs/CADHP.pdf).
Além do tratado geral CADHP, existem também instrumentosmais especí�cos, voltados para determinadas áreas temáticas,
como os direitos das mulheres e das crianças.
O Protocolo à Carta Africana sobre os Direitos das Mulheres em África
(http://www.sa�ii.org/ao/legis/num_act/pcadddhedpraddme855.pdf), de 2003 - até novembro de 2010, 28 Estados eram partes
A Carta Africana dos Direitos e do Bem-Estar das Crianças (http://dev.ihrda.org/pt/doc/acrwc/view/), de 1990, - com 45 Estados
Partes até novembro de 2010.
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/uniao-africana-alerta-que-nao-permitira-genocidio-no-burundi
http://www.oplop.uff.br/sites/default/files/documentos/carta_africana_dos_direitos_humanos_e_dos_povos.pdf
http://www.africancourtcoalition.org/images/docs/legal-texts/african_court_protocol.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/dp0268/galeria/aula7/docs/CADHP.pdf
http://www.saflii.org/ao/legis/num_act/pcadddhedpraddme855.pdf
http://dev.ihrda.org/pt/doc/acrwc/view/
05/07/2019 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1412995&courseId=218&classId=982787&topicId=718020&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2… 6/8
Segundo o GDDC, o controle da aplicação do Protocolo à Carta Africana sobre os Direitos das Mulheres em África é realizado
através de um mecanismo de apresentação de relatórios periódicos à Comissão Africana.
Já a Carta Africana dos Direitos e do Bem-Estar das Crianças criou um Comitê Africano de Peritos sobre os Direitos e o Bem-Estar
da Criança que examina relatórios dos Estados Partes, aprecia queixas e efetua inquéritos.
Mecanismos de controle da aplicação da Carta Africana de
Direitos Humanos e dos Povos
A Comissão dos Direitos do Homem e dos Povos;
O Tribunal Africano (glossário) dos Direitos do Homem e dos Povos.
COMISSÃO AFRICANA DOS DIREITOS DO HOMEM E DOS POVOS
Foi criada pelo artigo 30.º da Carta Africana. Este órgão, composto por 11 peritos independentes com assento a título
pessoal, é um organismo para-judicial, cujas decisões não são vinculantes, encarregado de fazer o acompanhamento
da implementação da Carta, através da promoção dos direitos do Homem e dos Povos e garantia de sua proteção na
África.
Quanto à dimensão de promoção
A Comissão realiza coleta de documentos, estudos, difusão de informação, formulação de
recomendações, elaboração de regras e princípios e cooperação com outras instituições
(artigo 45.º, n.º 1 da Carta).
Para assegurar a proteção dos direitos humanos
A Comissão Africana examina, em sessões públicas, relatórios apresentados bienalmente
sobre as medidas, de ordem legislativa ou outra, tomadas com vista a tornar efetivas as
disposições da Carta (artigo 62.º). Também examina queixas (comunicações)
interestaduais e de outras entidades (incluindo particulares). Nesses casos, após tentativas
de compor amistosamente a questão, a Comissão pode fazer recomendações (como estas
não são obrigatórias, as decisões da Comissão são muitas das vezes esvaziadas).
Além da ausência de obrigatoriedade das decisões da Comissão, a mesma tem sofrido críticas severas, como alerta
Moraes (2015), já que seus membros, idealizados como experts independentes são, muitas vezes, ligados aos países,
até mesmo como Embaixadores – o que compromete uma atuação isenta e independente de seus membros.
TRIBUNAL AFRICANO DOS DIREITOS DO HOMEM E DOS POVOS
http://www.africancourtcoalition.org/images/docs/legal-texts/acjhr_protocol.pdf
05/07/2019 Disciplina Portal
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Este Tribunal foi criado pelo Protocolo à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos sobre o Estabelecimento
de um Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos, adotado em 1998, e entrando em vigor a 25 de Janeiro
de 2004.
Os seus primeiros 11 juízes foram eleitos a 22 de Janeiro de 2006, na 8.ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo da
União Africana. Com sede em Arusha, na Tanzânia, tem competência consultiva e contenciosa, complementando a
dimensão de proteção do mandato da Comissão Africana.
O Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos proferiu a sua primeira decisão a 15 de Dezembro de 2009, no
caso Michelot Yogogombaye c. Senegal – que se considerou incompetente para julgar. Até 29 de janeiro de 2016, a
Corte havia recebido 74 casos, dos quais 25 já foram �nalizados. Quatro reclamações foram transferidas para a
Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos.
As línguas o�ciais do Tribunal são as mesmas que as da União Africana, conforme estipuladas no Ato Constitutivo da
União Africana como sendo o árabe, o inglês, o francês e o português.
Neste ano de 2016, o Tribunal completa 10
anos de existência.
INDICAÇÃO DE LINK
Clique aqui (glossário) e conheça algumas das perguntas mais frequentes sobre o Tribunal Africano dos Direitos
Humanos e dos Povos.
VÍDEO
http://estacio.webaula.com.br/cursos/dp0268/galeria/aula7/docs/REV_MV_Aula_7_FAQ_Tribunal_Africano_DHP.pdf
05/07/2019 Disciplina Portal
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Veja o vídeo sobre o Tribunal Africano de DH e dos Povos e, em seguida, aponte um desa�o enfrentado na atualidade
pelo Tribunal.
Resposta Correta
Glossário
ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE AFRICANA
A Organização da Unidade Africana (OUA) foi criada a 25 de Maio de 1963 em Addis Abeba, Etiópia, por iniciativa do Imperador
etíope Haile Selassie, através da assinatura da sua Constituição por representantes de 32 governos de países africanos
independentes, para enfrentar o colonialismo e o neocolonialismo e apropriação das suas riquezas. A OUA foi substituída pela
União Africana a 9 de Julho de 2002.
ADDIS ABEBA
Em amárico አዲስ አበባ, AFI: [adːiːs aβəβa], "nova �or" - é a capital e a maior cidade da Etiópia, sede da União Africana, com uma
população estimada em 1 de julho de 2006 para 2.973.000 habitantes. Sendo uma cidade multicultural, contém até 80
nacionalidades e línguas diferentes, como também comunidades cristãs, muçulmanas e judias. Situa-se no centro da Etiópia a
uma altitude de aproximada de 2440 metros. A cidade é o principal centro comercial, cultural e manufactural do país. Foi fundada
em 1887 pela esposa do então imperador Menelik, Taitu Bitul, em um caloroso dia de primavera. Por isso o signi�cado do nome
da cidade, "nova �or". É a capital da Etiópia desde 1889.
Fonte: Wikipédia

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