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Direito Penal - Reabilitação e Medidas de segurança

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Direit� Pena� | Reabilitaçã�
Anotações da aula 25.05.2021
● Reabilitação | Art. 93 do CP
Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao
condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no art.
92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo
artigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Comentário: Resta-nos somente uma única utilidade do instituto da reabilitação qual seja
a reversão dos efeitos do art. 92 inciso III do cp.
- OBS: Ver art. 202 da LEP
Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados
ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer
notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova
infração penal ou outros casos expressos em lei.
● São irreversíveis | Art. 92 do CP
Art. 92 - São também efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos
crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
(Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos
demais casos. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
II – a incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou da curatela nos crimes dolosos
sujeitos à pena de reclusão cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar,
contra filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado; (Redação dada pela Lei
nº 13.715, de 2018 )
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Comentário: A reabilitação poderia trazer esse efeito de volta.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
➔ Quando poderá ser requerida a reabilitação ?
Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de
qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o
do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento
público e privado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o
fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da
dívida. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido
seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
➔ Qual o juiz é competente para a reabilitação ?
◆ Art. 743 do CPP
Art. 743. A reabilitação será requerida ao juiz da condenação, após o decurso de quatro ou oito anos, pelo
menos, conforme se trate de condenado ou reincidente, contados do dia em que houver terminado a
execução da pena principal ou da medida de segurança detentiva, devendo o requerente indicar as comarcas
em que haja residido durante aquele tempo.
◆ Juiz da ação de conhecimento
➔ A reabilitação será revogada quando ?
◆ Art. 95 do CP
Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado
for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Comentário : O fato pelo qual o reabilitado será condenado deverá ter ocorrido após o trânsito
em julgado da sentença penal que o condenou pelo crime anterior ( art. 66 do CP). Se, todavia, tiver
transcorrido 5 anos entre a data do cumprimento da pena anterior ou da sua extinção e o fato novo,
computado nesse tempo o período de prova do sursis e do livramento condicional, não haverá
reincidência.
● Pressupostos
- É indiferente para efeitos de reabilitação que o condenado seja
reincidente ou não, observando-se apenas o prazo de 2 anos de extinção
da pena
Direit� Pena� | Medida� d� Seguranç�
Anotações do dia 25.05.2021
● Para quem são aplicadas?
- Para as pessoas que são inimputáveis.
01. Manicômio judiciário
02. Tratamento ambulatorial
- O fundamento da aplicação de uma pena reside na culpabilidade, e a aplicação das
medidas de segurança reside na periculosidade.
● Pressupostos
01. Cometer um fato típico e ilícito, não é considerado culpado.
02. E ser inimputável.
- Declarada a inimputabilidade, o agente não é condenado mas fica
sujeito a uma medida de segurança que é obrigatória. Também não terá
seu nome lançado no rol dos culpados e nem será considerado
reincidente.
● Os inimputáveis | Art. 26 do CP
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
● Ver artigo 149 até o 154 do CPP
- O inimputável recebe uma guia de internação.
- Art. 149 do CPP
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou
cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.
§ 1o O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade
policial ao juiz competente.
§ 2o O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo,
se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento.
- Art. 150 do CPP
Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em manicômio judiciário,
onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em estabelecimento adequado que o juiz
designar.
§ 1o O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos demonstrarem a
necessidade de maior prazo.
§ 2o Se não houver prejuízo para a marcha do processo, o juiz poderá autorizar sejam os autos
entregues aos peritos, para facilitar o exame.
- Art. 151 do CPP
Art. 151. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao tempo da infração, irresponsável nos termos do
art. 22 do Código Penal, o processo prosseguirá, com a presença do curador.
- Art. 152 do CPP
Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até que
o acusado se restabeleça, observado o § 2o do art. 149.
§ 1o O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado em manicômio judiciário ou em outro
estabelecimento adequado.
§ 2o O processo retomará o seu curso, desde que se restabeleça o acusado, ficando-lhe assegurada a
faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem prestado depoimento sem a sua presença.
- Art. 153 do CPP
Art. 153. O incidente da insanidade mentalprocessar-se-á em auto apartado, que só depois da apresentação
do laudo, será apenso ao processo principal.
- Art. 154 do CPP
Art. 154. Se a insanidade mental sobrevier no curso da execução da pena, observar-se-a o disposto no art.
682.
● Artigo 96 do CP
Art. 96. As medidas de segurança são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro
estabelecimento adequado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - sujeição a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que
tenha sido imposta. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
● Art. 171, 172 173 da LEP
- Art. 171 da LEP
Art. 171. Transitada em julgado a sentença que aplicar medida de segurança, será ordenada a expedição de
guia para a execução.
- Art. 172 da LEP
Art. 172. Ninguém será internado em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, ou submetido a
tratamento ambulatorial, para cumprimento de medida de segurança, sem a guia expedida pela autoridade
judiciária.
- Art. 173 da LEP
Art. 173. A guia de internamento ou de tratamento ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a rubricará em
todas as folhas e a subscreverá com o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da
execução e conterá:
I - a qualificação do agente e o número do registro geral do órgão oficial de identificação;
II - o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver aplicado a medida de segurança, bem como a
certidão do trânsito em julgado;
III - a data em que terminará o prazo mínimo de internação, ou do tratamento ambulatorial;
IV - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento ou internamento.
§ 1º Ao Ministério Público será dada ciência da guia de recolhimento e de sujeição a tratamento.
§ 2º A guia será retificada sempre que sobrevier modificações quanto ao prazo de execução.
● Art. 386 VI do CPP
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
[...] VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22,
23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) [...]
● Internação Cautelar | Art. 319 inciso VII do CPP
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave
ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e
houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
● Art. 97 do CP
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato
previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Prazo
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto
não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá
ser de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Perícia médica
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano
em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Desinternação ou liberação condicional
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação
anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua
periculosidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente,
se essa providência for necessária para fins curativos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
● Internação do inimputável
- Atualmente, existe o entendimento de que o julgador tenha a faculdade de
optar pelo melhor tratamento não importando se o crime praticado é punido
com reclusão ou detenção.
● Prazo de cumprimento da medida de segurança
- A medida de segurança não tem prazo determinado para o seu fim, perdurando
enquanto houver a necessidade do tratamento.
- Súmula 527 do STJ
“O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite
máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado”
● Ver artigo 175 e 176 da LEP
- Art. 175 da LEP
Art. 175. A cessação da periculosidade será averiguada no fim do prazo mínimo de duração da medida
de segurança, pelo exame das condições pessoais do agente, observando-se o seguinte:
I - a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de expirar o prazo de duração mínima da
medida, remeterá ao Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver sobre a revogação ou
permanência da medida;
II - o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico;
III - juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, serão ouvidos, sucessivamente, o
Ministério Público e o curador ou defensor, no prazo de 3 (três) dias para cada um;
IV - o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que não o tiver;
V - o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, poderá determinar novas
diligências, ainda que expirado o prazo de duração mínima da medida de segurança;
VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se refere o inciso anterior, o Juiz proferirá
a sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias.
- Art. 176 da LEP
Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo mínimo de duração da medida de segurança,
poderá o Juiz da execução, diante de requerimento fundamentado do Ministério Público ou do interessado,
seu procurador ou defensor, ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade,
procedendo-se nos termos do artigo anterior.
● Art. 98 do CP
Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial
tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento
ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º
a 4º. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
● Art. 26 do CP - parágrafo único
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de
saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
● Art. 99 do CP
Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e será
submetido a tratamento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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