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Resumo - Fraturas do Metatarso

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O r t o p e d i aO r t o p e d i a
Resumo
Gab r i e l Ba g a r o l o P e t r o n i l h o
Introdução 
A lesão comum ocorrer por meio de um trauma 
direto ocasionando a fratura. Porém, algumas 
vezes pode haver o trauma indireto que ‘nos 
engana’, já que o paciente possui sintomas no 
tornozelo e o mecanismo do trauma é um entorse 
do tornozelo, mas a fratura é no pé. 
No trauma indireto, pode ocorrer a fx espiral do 
2º, 3º e 4º metatarso. 
O pé é um local comum de ocorrer fraturas por 
fadiga (estresse), que é uma fratura quase 
microscópica, sendo o colo do 2º metatarso o 
osso mais comum - em pacientes que correr - e, 
em seguida, na base do 5º metatarso. Utilizamos 
a RNM para realizar o diagnóstico. 
FX de Metatarsos por Stress 
São mais comuns em corredores de longas 
distâncias e dançarinos de ballet. 
Ocorre mais comumente no colo do 2º metatarso 
e o quadro clínico é de dor que pior com atividade 
física. 
Em 50% dos pacientes há necessidade de cirurgia 
A fratura da base do 5º metatarso ocorre mais 
em jogadores de basquete. 
A consolidação é lenta e há alta taxa de 
recorrência. Não há presença de sintomas agudos, 
é uma fratura que vem ocorrendo pouco a pouco 
durante o tempo. 
A fratura do 5º metatarso, geralmente ocorre 
na base - zona I, em que acontece decorrendo do 
entorse do tornozelo. Há uma carga indireta que 
causa uma inversão súbita (pé para dentro) 
causando o entrose do tornozelo e o arco reflexo 
faz com que a pessoa queira puxar o pé e as 
estruturas que se inserem na zona I acabam se 
destacando - tração pela banda lateral por 
aponeurose plantar associado a lesão ligamentar 
lateral do tornozelo. 
Na maioria dos casos, na fratura da base do 5º 
metatarso, o tratamento é conservador se 
transformando cirúrgico somente quando há uma 
diástase muito grande dos fragmentos nos 
levando a pensar que a consolidação não ocorreria. 
Fratura-luxação de LisFranc 
O ligamento de Lisfranc é de aspecto plantar do 
cuneiforme medial para a base do 2º metatarso. É 
o maior e mais forte do complexo ligamentar. 
Geralmente, esse tipo de lesão é rara, ocorrendo 
em somente 0,2% das fraturas. Porém, 20% 
passam despercebidos recebendo uma diagnóstico 
tardio. 
Esse tipo de lesão possui 2 tipos de mecanismos: 
direto e indireto. 
Trauma direto 
Pode ocorrer um esmagamento com grande lesão 
de partes mole e síndrome compartimental. 
P o d e o c o r r e r t a m b é m e m t r a u m a s 
automobilísticos, no qual há um impacto do pedal 
no pé do paciente. 
Trauma Indireto 
É o mecanismo mais comum, ocorrendo por meio 
de uma carga axial com pé em hiperflexão plantar 
- que de altura caindo na ponta dos pés. 
Esse tipo de trauma ocorre em esportes e em 
montarias quando a pessoa cai do cavalo e o pé 
fica preso no estribo. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Fraturas do Metatarso
O parâmetro que observamos no rx AP para que 
uma fratura-luxação de LisFranc passe 
despercebida é o alinhamento do 2º metatarso 
com o cuneiforme intermédio (segunda cunha). 
Na incidência oblíqua à 30º, observado o 
alinhamento do 4º metatarso com o cuboide. 
Lembrando que a rx contra-lateral deve ser 
realizado para comparação. 
Imagem - RX Normal 
Exame Físico 
O paciente chega com história de dor em 
mediopé, edema, dificuldade para carga e 
deformidades. 
Em caso de deformidade, pode ser que o 
metatarso luxou para cima e para observar isso no 
RX é necessário realizar uma incidência de perfil 
verdadeiro para observar o arco. 
Testa-se os movimentos (abdução + pronação), 
realiza a palpação e busca por equimoses plantar 
(Sinal de Ross) ou outros sinais. 
 A dor é um sinal sutil, porém, útil no dx e a 
equimose plantar costuma aparecer tardiamente. 
O que mais chama atenção é a presença do edema 
que é bem característico. 
A TC auxilia na identificação de lesões ocultas, 
no planejamento cirúrgico. 
Tratamento da Fratura-luxação de LisFranc 
O tratamento conservador é indicado nas 
situações de deslocamento menor que 2mm da 
articulação tarsometatarsal, em qualquer plano, 
desalinhamento menor que 1mm, coluna medial 
intacta (sem evidências de instabilidade articular) 
e sem outras lesões significativas no pé. 
A regra é cirurgia. Porque alterações na 
articulação fará com que o paciente possua 
restrições de movimento, dor crônica, etc. 
Tratamento da Fratura de Metatarso 
Para realização de tratamento conservador, 
devemos levar em consideração parâmetros de 
encurtamento. 
Esses ossos quase não desviam, pois estão bem 
fixados. 
Em encurtamentos maiores que 3mm ou desvio 
plantar é recomendado tratamento cirúrgico para 
que recupere o comprimento do pé e não haja dor 
crônica ou calosidade em casos de desvio plantar. 
Fratura de Calcâneo 
É uma fratura especial que caracteriza cerca de 
2% de todas as fraturas com grande associação 
(20%) a fraturas de coluna. 
Cerca de 50% dos pacientes possuem fx de 
calcâneo bilaterais. 
Acomete, em sua maioria, homens de 21 - 45 anos 
em 90% de sua ocorrência. 
Ocorrem em acidentes de trabalho e em 
mecanismo de alta energia, com queda de locais 
elevados ou acidente automobilístico. 
A maioria das fraturas do tarso (60 - 70%) são 
fraturas de calcâneo e 60 - 75% são fraturas 
desviadas e requerem intervenção para 
reestabelecer a congruência articular. 
Os principais sintomas são dor, dificuldade para 
pisa. 
Ao exame, podemos detectar uma equimose, 
perda do arco plantar e alargamento do retro-pé. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
 
Exames de Imagem - FX Calcâneo 
Requer estudo radiográfico específico com 
incidências em AP, perfil do retropé e axial. 
A TC ajuda muito na fratura do calcâneo, pois ele 
é um osso tridimensional com muitas curvas. Ela é 
muito utilizada para planejamento cirúrgico 
Tratamento de Fx do Calcâneo 
As indicações para tratamento conservador são: 
fratura intra e extrarticulares sem deslocamento 
ou minimamente desviadas. 
A cx não é indicada em casos de pacientes com 
vasculopatia periférica grave, DM insulino-
dependente, pois apresenta riscos devido ao 
manejamento da pele e vascularização, podendo 
ocorrer necrose, infecções, deiscência da sutura, 
entre outros. 
O osso calcâneo é muito esponjoso e bem 
vascularizado. A indicação para cx não é devido a 
consolidação, mas sim a consolidação em posição 
errônea. 
Fratura do Tálus 
Esse tipo de fratura é considerado uma 
‘armadilha’, infrequente e de difícil visualização. 
O tálus possui uma vascularização muito peculiar 
que faz com que haja um alto índice de necrose 
quando há fratura no mesmo. 
Sua superfície superior é uma articulação 
desprovida de vascularização e a superfície 
inferior possuo as mesmas características. 
O tálus é quase inteiramente intra-articular, 
possui pouca inserção de partes moles e não tem 
inserção de músculos - único osso do corpo 
humano sem inserção. Lembrando que é através 
da inserção muscular que chega a nutrição 
vascular para o osso. 
As sequelas da fx do tálus são muito limitantes. O 
paciente pode evoluir para uma artrodese tíbio-
talo-calcaneana: some o tálus, encurta o pé, 
limita o movimento, fazendo o que o paciente 
abandone qualquer tipo de atividade física. 
Na maioria das vezes, é recomendado tratamento 
cirúrgico para aumentar as chances de 
consolidação e diminuir as de necrose. 
Em necrose, há um prognóstico muito ruim: evolui 
para colapso do osso, dor crônica, diminuição do 
movimento e necessidade de intervenção cx. 
Fratura de Falange 
É algo simples que conhecemos e que ocorre por 
meio de trauma direto: a pessoa está andando e 
chuta algo ou derruba um peso em cima e causa a 
fratura. 
Se a fratura for extrarticular há recomendação 
de tratamento conservador. 
Em casos de comprometimento da superfície 
articular com desvio maior que 2 mm há indicação 
de redução e a imensa maioria das vezes evolui 
bem com tratamento não cx. 
A imobilização é feito pela solidarização de um 
dedo no outro com esparadrapos (sempre 
buscando o maior,a não ser que esse seja o dedão 
para que o paciente possa usar chinelo). 
O próprio paciente pode trocar os esparadrapos 
em casa posteriormente. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG

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