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PINESC - EIXO 4

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Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 1 
 
EIXO 4: SAÚDE DA MULHER 
01. Descrever as diretrizes e os papéis dos órgãos ou setores responsáveis pela elaboração e execução das 
estratégias previstas na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) que visam ações de 
prevenção, assistência e recuperação da saúde da população feminina; 
 
DIRETRIZES: 
– O Sistema Único de Saúde deve estar orientado e capacitado para a atenção integral à saúde da mulher, numa 
perspectiva que contemple a promoção da saúde, as necessidades de saúde da população feminina, o controle de 
patologias mais prevalentes nesse grupo e a garantia do direito à saúde. 
– A Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá atingir as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas as 
especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais (mulheres negras, indígenas, 
residentes em áreas urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso, em situação de risco, presidiárias, de 
orientação homossexual, com deficiência, dentre outras). 
– A elaboração, a execução e a avaliação das políticas de saúde da mulher deverão nortear-se pela perspectiva de 
gênero, de raça e de etnia, e pela ampliação do enfoque, rompendo-se as fronteiras da saúde sexual e da saúde 
reprodutiva, para alcançar todos os aspectos da saúde da mulher. 
– A gestão da Política de Atenção à Saúde deverá estabelecer uma dinâmica inclusiva, para atender às demandas 
emergentes ou demandas antigas, em todos os níveis assistenciais. 
– As políticas de saúde da mulher deverão ser compreendidas em sua dimensão mais ampla, objetivando a criação e 
ampliação das condições necessárias ao exercício dos direitos da mulher, seja no âmbito do SUS, seja na atuação em 
parceria do setor Saúde com outros setores governamentais, com destaque para a segurança, a justiça, trabalho, 
previdência social e educação. 
 – A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de promoção, proteção, assistência e 
recuperação da saúde, executadas nos diferentes níveis de atenção à saúde (da básica à alta complexidade). 
 – O SUS deverá garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à saúde, no contexto da 
descentralização, hierarquização e integração das ações e serviços. Sendo responsabilidade dos três níveis gestores, 
de acordo com as competências de cada um, garantir as condições para a execução da Política de Atenção à Saúde 
da Mulher. 
 – A atenção integral à saúde da mulher compreende o atendimento à mulher a partir de uma percepção ampliada 
de seu contexto de vida, do momento em que apresenta determinada demanda, assim como de sua singularidade e 
de suas condições enquanto sujeito capaz e responsável por suas escolhas. 
– A atenção integral à saúde da mulher implica, para os prestadores de serviço, no estabelecimento de relações com 
pessoas singulares, seja por razões econômicas, culturais, religiosas, raciais, de diferentes orientações sexuais, etc. O 
atendimento deverá nortear-se pelo respeito a todas as diferenças, sem discriminação de qualquer espécie e sem 
imposição de valores e crenças pessoais. Esse enfoque deverá ser incorporado aos processos de sensibilização e 
capacitação para humanização das práticas em saúde. 
 – As práticas em saúde deverão nortear-se pelo princípio da humanização, aqui compreendido como atitudes e 
comportamentos do profissional de saúde que contribuam para reforçar o caráter da atenção à saúde como direito, 
que melhorem o grau de informação das mulheres em relação ao seu corpo e suas condições de saúde, ampliando 
sua capacidade de fazer escolhas adequadas ao seu contexto e momento de vida; que promovam o acolhimento das 
demandas conhecidas ou não pelas equipes de saúde; que busquem o uso de tecnologia apropriada a cada caso e 
que demonstrem o interesse em resolver problemas e diminuir o sofrimento associado ao processo de adoecimento 
e morte da clientela e seus familiares. 
– No processo de elaboração, execução e avaliação das Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá ser estimulada 
e apoiada a participação da sociedade civil organizada, em particular do movimento de mulheres, pelo 
reconhecimento de sua contribuição técnica e política no campo dos direitos e da saúde da mulher. 
 – Compreende-se que a participação da sociedade civil na implementação das ações de saúde da mulher, no âmbito 
federal, estadual e municipal requer – cabendo, portanto, às instâncias gestoras – melhorar e qualificar os 
mecanismos de repasse de informações sobre as políticas de saúde da mulher e sobre os instrumentos de gestão e 
regulação do SUS. 
– No âmbito do setor Saúde, a execução de ações será pactuada entre todos os níveis hierárquicos, visando a uma 
atuação mais abrangente e horizontal, além de permitir o ajuste às diferentes realidades regionais. 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 2 
 
 – As ações voltadas à melhoria das condições de vida e saúde das mulheres deverão ser executadas de forma 
articulada com setores governamentais e não-governamentais; condição básica para a configuração de redes 
integradas de atenção à saúde e para a obtenção dos resultados esperados. 
OBJETIVOS: 
– Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos 
legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e 
recuperação da saúde em todo território brasileiro. 
– Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em 
todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie. 
– Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde. 
 
02. Descrever os princípios e diretrizes do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) 
(portaria 569/2000) e do Programa Municipal de Atenção à Mulher; 
 
Art. 2º Estabelecer os seguintes princípios e diretrizes para a estruturação do Programa de Humanização no Pré-
natal e Nascimento: 
a - toda gestante tem direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto e 
puerpério; 
b - toda gestante tem direito ao acompanhamento pré-natal adequado de acordo com os princípios gerais e 
condições estabelecidas no Anexo I desta Portaria; 
c - toda gestante tem direito de saber e ter assegurado o acesso à maternidade em que será atendida no momento 
do parto; 
d - toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério e que esta seja realizada de forma humanizada e 
segura, de acordo com os princípios gerais e condições estabelecidas no Anexo II desta Portaria; 
e - todo recém-nascido tem direito à assistência neonatal de forma humanizada e segura; 
f - as autoridades sanitárias dos âmbitos federal, estadual e municipal são responsáveis pela garantia dos direitos 
enunciados nas alíneas acima. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS E CONDIÇÕES PARA O ADEQUADO ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL 
Para a realização de um adequado acompanhamento pré-natal e assistência à gestante e à puérpera, o município 
deverá, por meio das unidades integrantes de seu sistema de saúde, desenvolver esta modalidade assistencial em 
conformidade com os princípios gerais e condições estabelecidas no presente documento, realizando as seguintes 
atividades: 
I - Atividades 
1-Realizar a primeira consulta de pré-natal até o 4° mês de gestação; 
2-Garantir os seguintes procedimentos: 
2.1-Realização de, no mínimo, 06 (seis) consultas de acompanhamento pré-natal, sendo, preferencialmente, uma no 
primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro trimestre da gestação; 
2.2-Realização de 01 (uma) consulta no puerpério, até 42 dias após o nascimento; 
2.3-Realização dos seguintes exames laboratoriais: 
a - ABO-Rh, na primeira consulta; 
b - VDRL, um exame na primeira consulta e um na 30ª semana da gestação; 
c - Urina rotina, um exame na primeira consulta e um na 30ª semana dagestação; 
d - Glicemia de jejum, um exame na primeira consulta e um na 30ª semana da gestação; 
e - HB/Ht, na primeira consulta. 
2.4-Oferta de Testagem anti-HIV, com um exame na primeira consulta, naqueles municípios com população acima de 
50 mil habitantes; 
2.5-Aplicação de vacina antitetânica dose imunizante, segunda, do esquema recomendado ou dose de reforço em 
mulheres já imunizadas; 
2.6-Realização de atividades educativas; 
2.7-Classificação de risco gestacional a ser realizada na primeira consulta e nas subsequentes; 
2.8-Garantir às gestantes classificadas como de risco, atendimento ou acesso à unidade de referência para 
atendimento ambulatorial e/ou hospitalar à gestação de alto risco. 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 3 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS E CONDIÇÕES PARA A ADEQUADA ASSISTÊNCIA AO PARTO 
A humanização da Assistência Obstétrica e Neonatal é condição para o adequado acompanhamento do parto e 
puerpério. Receber com dignidade a mulher e o recém-nascido é uma obrigação das unidades. A adoção de práticas 
humanizadas e seguras implica a organização das rotinas, dos procedimentos e da estrutura física, bem como a 
incorporação de condutas acolhedoras e não-intervencionistas. 
Para a adequada assistência à mulher e ao recém-nascido no momento do parto, todas as Unidades Integrantes do 
SUS têm como responsabilidades: 
1.atender a todas as gestantes que as procurem; 
2. garantir a internação de todas as gestantes atendidas e que dela necessitem; 
3. estar vinculada à Central de Regulação Obstétrica e Neonatal de modo a garantir a internação da parturiente nos 
casos de demanda excedente; 
4. transferir a gestante e ou o neonato em transporte adequado, mediante vaga assegurada em outra unidade, 
quando necessário; 
5. estar vinculada a uma ou mais unidades que prestam assistência pré-natal, conforme determinação do gestor 
local; 
6. garantir a presença de pediatra na sala de parto; 
7. realizar o exame de VDRL na mãe; 
8. admitir a visita do pai sem restrição de horário; 
9. garantir a realização das seguintes atividades: 
 
 Realização de partos normais e cirúrgicos, e atendimento a intercorrências obstétricas: 
 recepcionar e examinar as parturientes; 
 assistir as parturientes em trabalho de parto; 
 assegurar a execução dos procedimentos pré-anestésicos e anestésicos; 
 proceder à lavagem e antissepsia cirúrgica das mãos; 
 assistir a partos normais; 
 realizar partos cirúrgicos; 
 assegurar condições para que as parturientes tenham direito a acompanhante durante a internação, desde que a 
estrutura física assim permita; 
 assistir ao abortamento incompleto, utilizando, preferencialmente, aspiração manual intra-uterina (AMIU); 
 prestar assistência médica e de enfermagem ao recém-nascido; 
 elaborar relatórios médico e enfermagem e fazer registro de parto; 
 registrar a evolução do trabalho de parto em partograma; 
 proporcionar cuidados no pós-anestésico e no pós-parto; 
 garantir o apoio diagnóstico necessário. 
 
10. dispor dos recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à adequada assistência ao parto. 
 
 
03. Analisar as ações de atenção ao pré-natal (Acolhimento, critérios de diagnóstico da gravidez, cadastro no 
SIS-PRENATAL, consultas, ações educativas), preconizadas pelo Ministério da Saúde; Classificação de risco; 
 
04. Orientar as atividades preventivas e educativas no cuidado à mulher nas diferentes fases; 
Dicas importantes: 
• É recomendável tomar 20 minutos de sol, durante o início da manhã ou o final da tarde, inclusive nas mamas. 
Lembre-se de usar boné ou chapéu e protetor solar no rosto, para evitar manchas de pele. 
• Evite descolorantes, tinturas de cabelo, alisantes e onduladores que contêm amônia e outros componentes que 
podem fazer mal ao bebê. 
• Você deve sair de ambientes onde haja fumantes, em qualquer fase da gravidez. Respirar a fumaça com frequência 
pode afetar o bebê. 
 
Exercícios: 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 4 
 
• Caminhadas ajudam a melhorar a circulação do sangue, aumentar a disposição e a sensação de bem-estar. Se não 
houver contraindicação, devem ser mantidas do início ao fim da gravidez. 
• Procure fazer atividades físicas leves e prazerosas. 
• Exercite a respiração: respire lenta e profundamente, várias vezes ao dia. Isso pode ajudar em momentos de 
desconforto e inquietude. 
 
Sono: 
• Procure dormir 8 horas por noite. 
• Repouse alguns minutos durante o dia. 
• Eleve as pernas quando estiver sentada ou deitada. 
• Caso tenha muito sono, procure repousar mais. 
• Deite-se preferencialmente do lado esquerdo, com um travesseiro entre as pernas. Esta posição facilita a 
passagem de oxigênio para o bebê. 
 
 
 
Sexo: 
Na gestação Quanto a seu desejo sexual: Desejo e disposição sexual podem mudar na gravidez. Há mulheres que 
têm menos vontade e outras que têm mais vontade do que antes. Isso pode acontecer para o(a) companheiro(a) 
também. Ter relações sexuais até o final da gravidez é saudável, pode dar muito prazer, não machuca o bebê e pode, 
inclusive, ajudar no seu nascimento. Durante o orgasmo é comum a barriga ficar dura, não se preocupe. Evite 
posições que causem desconforto e lembre-se de que o que realmente importa é que seja respeitada sua vontade 
de ter ou não relação. Converse com seu(sua) companheiro(a) sobre isso! 
Atenção: Se notar presença de sangramento ou saída de líquido diferente, evite atividade sexual e procure a Unidade 
Básica de Saúde. 
 
Atenção para algumas situações e sintomas especiais: 
A gengivite (sangramento da gengiva) – pode ocorrer mais facilmente durante a gestação, por causa da variação dos 
níveis hormonais. Por isso, adote um hábito diário de cuidados com sua saúde bucal. Utilize fio dental diariamente e 
uma escova de dente macia com creme dental. 
Enjoos e vômitos – são comuns nos primeiros meses de gravidez. Evite ficar muito tempo sem se alimentar e escolha 
alimentos mais secos (bolachas de água e sal, pão) ou frutas, de acordo com seu desejo. Caso vomite, faça apenas 
bochecho com água e aguarde meia hora para escovar os dentes. 
Azia e queimação – evite beber líquidos junto com a refeição e se deitar após as principais refeições. Coma mais 
vezes e em menor quantidade de cada vez. 
Cãibras e formigamentos nas pernas – podem acontecer na gestação. Modere a atividade física, tome muita água, 
suco de frutas e coma bananas, que são ricas em potássio. Você pode também aquecer e massagear as pernas. As 
varizes nas pernas – são causadas por problemas de circulação e dilatação das veias. Não fique muito tempo em pé 
ou sentada. A cada duas horas procure ficar com as pernas levantadas. Você pode também usar meias elásticas, 
calçados e roupas soltas confortáveis. 
Intestino preso – é comum na gravidez. É recomendável comer alimentos integrais ricos em fibras (pão e arroz 
integrais, granola, linhaça), folhas verdes – alface, couve, taioba, bertalha, ora-pro-nóbis, mostarda, serralha, 
beldroega – e frutas, como mamão, laranja com o bagaço, ameixa preta, tamarindo. Evite queijos, farinhas brancas 
(não integrais) e frutas como caju e goiaba. Você deve também beber muita água e fazer atividade física 
regularmente. Dica importante: quando sentir vontade de ir ao banheiro, não espere. 
Dor na coluna e dor na barriga – podem aparecer, principalmente no final da gravidez. Evite carregar peso e diminua 
o serviço doméstico, como lavar roupa e limpar o chão. Você pode também se espreguiçar para esticar a coluna. Se 
tiver hemorroidas (varizes na região anal, que podem sangrar), faça banhos de assento com água morna. Evite usar 
papel higiênico. Dê preferência à água com sabão e enxugue sempre com uma toalha macia. Fale sobre isso na 
consulta pré-natal. É comum sentir mais vontade de urinar no início e no final da gestação. Se você sentir dor ou 
queimação na hora de fazer xixi, pode ser uma infecção urinária. Neste caso, procure a Unidade Básica de Saúde. 
O aumento da secreção vaginal (corrimento) é comumna gestação. Se houver outras características, como coceira, 
ardor, cheiro forte, cor estranha, procure a Unidade Básica de Saúde, pois pode tratar-se de uma infecção 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 5 
 
sexualmente transmissível (IST). Algumas ISTs podem não apresentar sinais e sintomas. Algumas delas podem ser 
transmitidas da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação, e também podem causar aborto, 
parto prematuro, doenças ou morte do recém-nascido. O uso da camisinha em todas as relações sexuais é o método 
seguro para evitar a contaminação por essas doenças, inclusive pelo HIV/aids e hepatites virais B e C. Você e seu(sua) 
parceiro(a) devem fazer os exames do pré-natal, que ajudam a diagnosticar e tratar as ISTs e evitar ou reduzir a 
transmissão da mãe para a criança. É muito importante se proteger do mosquito que transmite a dengue, 
chikungunya e o vírus zika, principalmente quando você é gestante. 
Utilize repelente todos os dias e elimine criadouros no ambiente (não deixe acumular água em latas, tampinhas de 
refrigerantes, pneus velhos, vasos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, cisternas, sacos plásticos e 
lixeiras, entre outros recipientes). Você também pode colocar telas nas portas e janelas. Em caso de febre, dor de 
cabeça, dor no corpo, vermelhidão nos olhos ou manchas vermelhas na pele, procure sua unidade de saúde. 
Doenças infectocontagiosas podem ser transmitidas pelo ar (tuberculose, rubéola, gripe e outras). Evite locais 
fechados, com alta concentração de pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
05. Orientar mulheres, gestante e puérpera, quanto ao seu estado nutricional; 
 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 6 
 
 
 
06. Orientar mulheres quanto aos exames laboratoriais, principalmente a Triagem Pré- Natal (IPED-APAE) 1ª e 2ª 
fase; 
 
O pré-natal deve começar assim que a mulher descobre que está grávida. No Brasil, a partir desse momento, o 
Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas (uma no primeiro trimestre da 
gravidez, duas no segundo e três no terceiro), Sendo ideal é que a primeira consulta aconteça no primeiro trimestre 
e que, até a 34ª semana, sejam realizadas consultas mensais. Entre a 34ª e 38ª semanas, o indicado seria uma 
consulta a cada duas semanas e, a partir da 38ª semana, consultas toda semana até o parto, que geralmente 
acontece na 40ª semana, mas pode durar até 42 semanas. 
 
A Triagem Pré-Natal é dividido em duas fases, são elas: 
 
Primeira Fase: são coletadas gotas de sangue dos dedos da mão da gestante, esta coleta é feita em papel filtro no 
próprio IPED ou em qualquer unidade de saúde pública do Estado. A partir daí são realizados 16 exames que 
detectam as seguintes doenças: Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Sífilis, Síndrome da Imunodeficiência 
Adquirida (AIDS), Doença de Chagas, Hepatite B e C, Fenilcetonúria Materna, HTLV, Hipotireoidismo e Clamídia. 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 7 
 
 
Segunda Fase: a coleta é feita com o mesmo procedimento realizado na Primeira Fase e deve ser efetuada no 28ª a 
30ª semana de gestação, o equivalente ao oitavo mês. Nesta fase são feitos os exames de Toxoplasmose IgM, HIV 1 
e 2 e Sífilis Recombinante. 
 
As consultas devem ser realizadas conforme este cronograma: até a 28ª semana – mensalmente; da 28ª até a 36ª 
semana – quinzenalmente; da 36ª até a 41ª semana – semanalmente. 
 
Conheça os principais exames e as vacinas que deve realizar durante o pré-natal: 
 
 • Tipagem sanguínea e fator Rh – identifica seu tipo de sangue. Se a gestante tem Rh negativo e o pai do bebê tem 
Rh positivo, ela deve fazer um outro exame durante o pré-natal, o Coombs Indireto. Após o nascimento, caso o bebê 
tenha Rh positivo, a mulher deverá tomar uma vacina em até três dias após o parto, para evitar problemas na 
próxima gestação. Você tem direito a essa vacina pelo SUS. 
• Hemograma – identifica problemas como, por exemplo, anemia (falta de ferro no sangue), que é comum na 
gravidez e deve ser tratada. 
• Eletroforese de hemoglobina – identifica a doença falciforme ou a talassemia, que são hereditárias e requerem 
cuidados especiais na gravidez. 
• Glicemia – mede a quantidade de açúcar no sangue. Se estiver alta, pode indicar diabetes, que deve ser cuidada 
com dieta, atividade física e, às vezes, uso de medicamentos. 
• Exame de urina e urocultura – identificam a presença de infecção urinária, que deve ser tratada ainda durante o 
pré-natal. 
• Exame preventivo de câncer de colo de útero – este exame precisa ser realizado periodicamente por todas as 
mulheres, de acordo com a necessidade. Procure saber se você tem a necessidade de fazê-lo durante o pré-natal. 
• Teste rápido de sífilis e VDRL – identificam a sífilis, uma doença sexualmente transmissível que pode passar da 
gestante para o bebê durante a gravidez. Quando não tratada, a sífilis pode causar aborto, morte do feto, parto 
prematuro, baixo peso ao nascer, malformações, e morte do recém-nascido. Em caso de teste positivo, tanto a 
gestante quanto seu(sua) parceiro(a) devem ser tratados o mais rápido possível, pois caso o(a) parceiro(a) não se 
trate, a gestante pode ser reinfectada. O tratamento da sífilis com a penicilina benzatina (Benzetacil) é o único meio 
eficaz de tratar o bebê ainda na barriga da mãe e prevenir que ele tenha algum problema. Esse tratamento deve ser 
feito na Unidade Básica de Saúde onde é realizado o prénatal. Você e seu(sua) parceiro(a) devem realizar o teste de 
sífilis no primeiro e no terceiro trimestre de gravidez. 
• Testes de HIV – identificam o vírus causador da AIDS, doença que compromete o sistema de defesa do organismo, 
provocando a perda da resistência e da proteção contra outras doenças. Pode ser transmitido da mãe para o filho 
durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, maior a chance de a mulher 
e seu bebê ficarem saudáveis. Você deverá realizar o teste rápido de HIV no início (primeiro trimestre) e no final da 
gestação (terceiro trimestre). Ele também poderá ser feito no momento do parto. 
• Teste de malária – deve ser realizado em todas as gestantes das regiões que têm essa doença, quer apresentem 
sintomas ou não. 
• Testes para hepatite B (HBsAg) – identificam o vírus da hepatite B, que pode passar da mãe para o bebê durante a 
gravidez. Caso você tenha o vírus, seu bebê poderá ser protegido se receber a vacina e a imunoglobulina para 
hepatite B nas primeiras 12 horas após o parto. 
• Exame de toxoplasmose – identifica se a mulher tem toxoplasmose. Esta doença pode ser adquirida pela ingestão 
de alimentos contaminados. Como medida de prevenção, é importante lavar as mãos ao manipular alimentos; lavar 
bem as frutas, legumes e verduras; não ingerir carnes cruas ou mal passadas e não consumir leite ou queijo crus; 
lavar bem as mãos após mexer com a terra e evitar o contato com fezes de gatos e cães. 
• Vacina antitetânica (dT) – protege contra o tétano no bebê e em você. Se você nunca foi vacinada, deve iniciar a 
vacinação o mais precocemente possível. 
• Vacina dTpa – protege você e o bebê contra tétano, difteria e coqueluche e deverá ser tomada entre a 27ª e a 36ª 
semana de gestação. 
• Vacina contra a hepatite B – caso você não seja vacinada, deve tomar três doses para ficar protegida. 
• Vacina contra gripe (influenza) – recomenda-se para toda gestante e mulher após o parto, durante a campanha de 
vacinação. 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 8 
 
• Exames para o(a) companheiro(a) – todos os homens e mulheres adultos, jovens e adolescentes cuja parceira está 
em acompanhamento do pré-natal têm direito a realizar exames e vacinas. No caso dos homens, existe uma 
estratégia do Ministério da Saúde, chamada “Pré- Natal do Parceiro”. Veja na contracapa mais informações! 
 
 
 
 
 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 9 
 
 
 
 
 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 202110 
 
 
 
 
 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 11 
 
 
 
 
 
 
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Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 13 
 
 
 
1° fase (1° ao 3° mês) – 
Tipagem sanguínea: identifica mulheres que tenham sangue com fator Rh negativo (A-, B-, AB- ou O-) e que estejam 
grávidas de bebês com sangue Rh positivo (A+, B+, AB+ ou O+). O exame é importante na investigação da 
eritroblastose fetal. Toda gestante com fator Rh negativo que está grávida de um bebê com fator Rh positivo deve 
receber injeção de imunoglobulina no terceiro trimestre e dentro das primeiras 72 horas após o parto, de forma a 
impedir o sistema imunológico da mãe de produzir anticorpos permanentes contra o fator Rh. Mulheres que têm 
fator Rh positivo no sangue não precisam se preocupar com esse tipo de complicação na gravidez. 
 
Hemograma completo: avalia a presença de anemia, alterações das plaquetas e dos leucócitos. A anemia nas 
gestantes é definida quando o valor da hemoglobina encontra-se abaixo de 11 g/dl ou um hematócrito menor que 
33%. O exame pode ser solicitado ao longo de toda a gestação. 
 
Glicemia: detecta o aparecimento de diabetes gestacional. O rastreio básico do diabetes gestacional é feito com 
uma glicemia de jejum no primeiro trimestre da gestação. 
 
Sorologia para HIV: investiga a presença de infecção pelo vírus HIV. A sorologia deve ser repetida no segundo e no 
terceiro trimestre para ter a certeza de que a mãe não se infectou durante a gestação. 
 
Reação para toxoplasmose e para rubéola: verifica a presença de imunidade ou infecção causada pelo agente da 
toxoplasmose e pelo vírus da rubéola. Assim como o HIV, a sorologia deve ser repetida no segundo e no terceiro 
trimestre. 
 
Hepatite B e C e citomegalovírus: avalia a presença de infecções pelo vírus da hepatite B e C e pelo CMV. O exame 
deve ser realizado novamente no segundo e no terceiro trimestre. 
 
Urina: o exame simples de urina verifica alterações do sedimento urinário, presença de sangramento ou alterações 
nos leucócitos que possam sugerir infecções. As infecções do trato urinário são investigadas através da urocultura. 
Os métodos devem ser repetidos no segundo e no trimestre. 
 
Fezes: identifica a presença de parasitoses intestinais. Aconselha-se a realização da pesquisa nos três trimestres da 
gestação. 
 
Ultrassonografia obstetrica transvaginal: confirma a existência e a quantidade de embriões; calcula o tempo de 
gestação; e define se o bebe está situado dentro do útero; 
 
Ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre: avalia a anatomia do bebê. No exame também são realizadas 
algumas medidas do feto, como o osso nasal e a translucência nasal. O diagnóstico tem como objetivo identificar 
malformações, assim como avaliar o risco de o bebê ter doenças genéticas, em especial a Síndrome de Down. 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 14 
 
 
Papanicolau: o teste de Papanicolau ou citologia cervico-vaginal é importante para o rastreamento do câncer do 
colo uterino. Toda mulher deve fazer este exame de forma regular e o fato de estar grávida não muda essa rotina. O 
recomendável é realizar o procedimento na primeira consulta do pré-natal. 
Teste de sexagem: permite a identificação do sexo do bebê a partir da oitava semana de gestação. É feito uma 
análise do DNA do feto a partir da amostra de sangue da mãe. A mulher tem dois cromossomos sexuais X e o homem 
tem um X e um Y. Caso o DNA da criança apresente um cromossomo Y pode-se dizer que será um menino. A 
ausência desse cromossomo indica a gestação de uma menina. 
 
Marcadores bioquímicos maternos de primeiro trimestre: o método permite identificar a existência de duas 
substâncias no sangue materno (B-HCG livre e PAPP-A). E em associação com os dados do ultrassom morfológico do 
1° trimestre e a idade materna estima-se a probabilidade do bebê ser portador de anomalias genéticas, como 
(Síndromes de Down, de Edwards, de Patau, de Turner e Defeitos abertos do tubo neural – DNT). 
 
2° fase (4° ao 6° mês) – 
Exames de sangue: no segundo semestre repete-se algumas sorologias realizadas no início da gestação (hemograma 
completo, sorologia para HIV, reação para toxoplasmose e para rubéola, hepatite B e C e citomegalovírus). 
 
Urina e Fezes: também é necessário repetir os exames de urina e fezes. 
 
Ultrassonografia transvaginal de segundo trimestre: necessário para medir o comprimento do colo útero com o 
objetivo de avaliar os riscos e prevenir um parto prematuro. 
 
Ultrassonografia morfológica de segundo trimestre: avalia toda a morfologia do feto, a posição da placenta, a 
quantidade de líquido amniótico e a medida do colo uterino. 
 
Ultrassom (3D ou 4D): esse exame é um complemento do ultrassom tradicional. Permite ver o rostinho do bebê e 
avaliar com mais precisão alguma malformação, já que as imagens são mais detalhadas. O período mais indicado 
para se realizar um ultrassom 3D ou 4D é entre a 26ª e a 30ª semanas de gravidez. 
 
Marcadores bioquímicos maternos de segundo trimestre: realiza-se novamente um teste para calcular a 
probabilidade de o bebê ser portador de anomalias genéticas. Neste método são analisados a idade materna, os 
níveis alfafetoproteína (AFP), B-HCG livre e estriol não conjugado ou livre (uE3) no sangue materno e os dados do 
ultrassom obstétrico. 
 
3° fase (7° ao 9° mês) – 
Sorologias: no terceiro trimestre repetem-se as sorologias realizadas no início da gestação. 
 
Glicemia: entre a 24ª e a 28ª semana é mais comum surgir diabetes gestacional. Portanto é necessário realizar um 
teste de tolerância oral à glicose. 
 
Ultrassonografia obstétrica com Doppler: o exame é feito a partir da 28° semana e identifica o desenvolvimento do 
bebê, avalia-se o crescimento e o peso do feto. Identifica-se novamente a quantidade de líquido amniótico, a 
localização e a maturidade da placenta. Durante a ultrassonografia é feita a Dopplervelocimetria colorida, que realiza 
um estudo da circulação sanguínea materna e fetal. 
 
Ecocardiograma fetal: avalia o desenvolvimento, a função e a anatomia do coração do bebê. O exame permite o 
diagnóstico precoce de doenças cardíacas congênitas. 
 
Exame de bactéria estreptococo B: detecta a presença da bactéria estreptococo B na região vaginal e anal e pode 
ser transmitida para o bebê durante o parto normal. 
 
Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 15 
 
07. Aplicar, com supervisão, as vacinas do calendário vacinal da gestante/adulto, conforme o preconizado pelo 
Ministério da Saúde. 
 
 
 
• Vacina antitetânica (dT) – protege contra o tétano no bebê e em você. Se você nunca foi vacinada, deve iniciar a 
vacinação o mais precocemente possível. 
• Vacina dTpa – protege você e o bebê contra tétano, difteria e coqueluche e deverá ser tomada entre a 27ª e a 36ª 
semana de gestação. 
• Vacina contra a hepatite B – caso você não seja vacinada, deve tomar três doses para ficar protegida. 
• Vacina contra gripe (influenza) – recomenda-se para toda gestante e mulher após o parto, durante a campanha de 
vacinação.

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