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RESENHA DO FILME BASQUIAT: TRAÇOS DE UMA VIDA

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UBM – CENTRO UNIVERSITÁRIODE BARRA MANSA
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE PSICOLOGIA
BASQUIAT: TRAÇOS DE UMA VIDA
 Alunos: Rafael Temponi, Luana Rocha, 
 Maria Clara de Almeida, Sarah Viana
 Barra Mansa
 2020
 Jean Michael Basquiat foi um pintor neo-expressionista norte americano com descendência porto-riquenha. Suas expressões artísticas tiveram inicio no grafite e ainda jovem obteve o reconhecimento no mundo artístico, sendo o primeiro artista afro-americano a fazer sucesso neste meio em Nova Iorque. Apesar do grande sucesso alcançado ainda novo podemos perceber que ao longo de sua vida Basquiat se deparou com diversas situações complexas e angustiantes para ele devido a vários aspectos, indo desde preconceito devido a sua cor à problemas relacionados a saúde mental de sua mãe. Basquiat foi criado em meio a um cenário conturbado e marcado pela pobreza e preconceito, onde nos EUA havia ainda um preconceito enorme com negros, principalmente os de periferia e classes mais pobres, onde esses eram marginalizados e muita das vezes até proibidos de freqüentar certos ambientes. Essas situações na grande maioria das vezes levavam Basquiat a se sentir incomodado e deslocado, e se questionar onde de fato seria o seu lugar, onde um jovem pobre e negro se encaixaria numa sociedade elitista e segregacionista. Essas questões atravessavam não só o pensamento de Basquiat como apareciam em suas obras em formas de críticas e ataques a estruturas de poder e a sistemas de racismo, críticas ao colonialismo e apoio a luta de classes. O trabalho do Basquiat fala da vida coletiva, da vida como um todo. À primeira vista, sua arte nos apresenta o caos. São muitas expressões e sentimentos inseridos nas suas obras através de pinceladas, imagens de spray, sobreposições e mistura de materiais. Ele tinha capacidade de pegar todo o seu caos mental e usar para materializar um universo na arte. Esse universo que é composto por pensamentos, referências, memórias, experiências e sentimentos. Basquiat consegue mesclar essas diversas camadas que estão em sua memória para criar um trabalho que é abrangente e que não fica focado apenas na sua vida, mas que fala sobre todas as pessoas e revela como é efêmera a vida humana. Em suas pinturas ele discute toda a questão da periferia, da marginalidade, das drogas e do racismo. As questões de Basquiat com a angústia são um ponto importante a serem abordados a partir da constituição do sujeito. Na constituição do sujeito, para a psicanálise, não existe a ideia de separação entre indivíduo, cultura e social, pois o mesmo se constitui por meio da linguagem do Outro imaginário, semelhante. O sujeito é o resultado do encontro com o Outro. De acordo com o filme, percebemos que essa constituição do sujeito para Basquiat se deu de uma maneiro distinta, uma vez que seu semelhante, elemento necessário para sua constituição enquanto sujeito, não esteve presente. Além disso, Basquiat, foi um artista negro em meio a uma sociedade artística nova-iorquina majoritariamente branca. Logo podemos dizer que Basquiat passou pelo processo de subjetivação em um ambiente branco, sendo negro. 
A sublimação, nesse entre-dois, parece impelir o sujeito a lidar mais diretamente com a pulsão de morte, a trabalhar em torno do vazio, a buscar um rearranjo de sentidos em vias da criação de algo inteiramente novo somente possível devido a essa aproximação com o inominável. (DE LIMA CATÃO, 2018) 
A partir do filme, podemos observar que Basquiat lidava com a angústia pela via do mecanismo da sublimação. A pulsão de morte é indutora do processo de destinação das pulsões, que é a sublimação. Segundo o modelo psicanalítico, entende-se a sublimação como dessexualização da libido e o investimento da mesma para algo de relevância social, um objeto estético como a arte de Basquiat por exemplo. Freud diz que quanto mais sublimamos, mais criamos condições para a pulsão de morte se voltar de uma maneira mais cruel, como o uso das drogas por exemplo. Cria-se assim uma oposição pois ao passo que a sublimação foi o combustível da vida de Basquiat, a mesma é a provedora de seu processo de destrutividade, ou até mesmo autodestrutividade, Assim, justifica-se o que Salomão (2010) disse ao propor que para os artistas, é um perigo viver, eles vivem correndo riscos e os mesmos sabem disso.
REFERÊNCIAS:
BASQUIAT - Traços de Uma Vida. Direção: Julian Schnabel. 1996. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=-i1t-MF5MuA. Acesso em: 23 set. 2020.
DE LIMA CATÃO, Priscila. SUBLIMA-DOR: CONSIDERAÇÕES SOBRE DOR E SUBLIMAÇÃO NOS LIMITES DO PULSIONAL. Círculo Psicanalítico de Minas Gerais, [s. l.], 24 dez. 2018. Disponível em: http://www.psicanalise.ufc.br/hot-site/pdf/Mesas/44.pdf. Acesso em: 23 set. 2020.
SALOMÃO, Maria Luiza. Cinco anos de Cinema & Psicanálise. [S. l.], 2010. Disponível em: https://gcn.net.br/nossasletras/noticia/244269/cinco-anos-de-cinema-psicanalise/. Acesso em: 23 set. 2020.
TOREZAN, Zeila C. Facci; AGUIAR, Fernando. O Sujeito da Psicanálise: Particularidades na Contemporaneidade. Revista Mal-estar e Subjetividade , p. 525-554, 22 jun. 2011.

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