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Síndromes Pleuropulmonares

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Rebeka Freitas 
 
 
INTRODUÇÃO 
- Principais síndromes pleropulmonares: 
1. Síndrome d consolidação ou condensação; 
2. Síndrome de atelectasia; 
3. Síndrome de hiperinsuflação pulmonar 
4. Síndrome de derrame pleural; 
5. Síndrome de pneumotórax 
6. Síndrome de cavitação. 
- O exame de tórax é realizado em etapas que permitemcecar 
e confirmar os achados observados. 
- Ao finalizar o exame do tórax, o médico deveser capazde 
classificaro conjunto de alterações observadas dentro de um 
diagnósticosindrômico. 
- Não é incomum o encontro de sinais isolados que não 
permitem a caracterização de uma síndrome pleuropulmonar. 
SÍNDROME DE CONSOLIDAÇÃO 
- Na síndrome de consolidação (a mais comum) ocorre 
preenchimento do alvéolo. 
- Caracteriza-se por comprometimento predominante do 
espaço aéreo distal (alvéolos, ductos e sacos alveolares) que 
estão preenchidos por líquido, tecido, proteína, células ou 
outras substâncias. 
- O ar no exame de imagem aparece preto; broncograma 
aéreo é indicativo de pneumonia. 
- Pneumonia é a causa mais importante em termo de 
prevalência. 
- Tosse produtiva: em síndrome de consolidação por tecido 
inflamatório, a pessoa pode acabar expelindo parte desse 
tecido. 
- Tosse seca reage à irritação; há inflamação. 
- Sensação de peso e de preenchimento; dor visceral e 
desconforto retroesternal são algumas das manifestações. 
-A dor pleurítica é aquela que piora na tosse e na respiração 
profunda; comum em consolidação periférica. 
 
 
➳ PNEUMONIA 
- As pneumonias são infecções respiratórias inferiores, 
gerando um processo inflamatório que compromete os 
alvéolos, bronquíolos e espaço intersticial. 
- Os pacientes tipicamente apresentam febre, mal estar, 
dores no corpo, tosse e frequentemente dor de cabeça; há 
formação de exsudato 
- Queda do EG, febre, dor de cabeça indicam uma doença 
sistêmica; a tosse é o achado mais importante. 
• Fisiopatologia: inoculação direta; inalação de partículas 
infecciosas; aspiração de conteúdo da orofaringe; aspiração de 
conteúdo gástrico; via hematogênica; invasão da infecção de 
estruturas contíguas; defesa do hospedeiro/virulência do 
agente; reativação. 
• Fatores predisponentes: condições pré-existentes (fibrose 
cística, DPOC, uso de corticoides, SIDA); tabagismo; elitismo; 
desnutrição; uso de drogas; hipoxemia 
- Fibrose cística causa alteração da arquitetura do pulmão; 
corticoide é um imunossupressor. 
• Fatores de risco relacionados ao hospedeiro: estado 
nutricional e imunidade; faixa etária; baixo peso ao nascer; 
derrame precoce; viroses respiratórias pregressas. 
• Fatores de risco ambientais: áreas urbanas poluídas; hábitos 
de fumo por familiares. 
- Fatores de risco socioeconômicos: más condições de 
habitação e sanitárias; dificuldade de acesso aos serviços de 
saúde; insuficiência da cobertura vacinal. 
• Sintomas: tosse seca ou produtiva; secreção pode ser 
hemoptoica (não é o mais comum, mas pode acontecer.); dor 
torácica ventilatória dependente (pleurite); dispneia em casos 
mais extensos; febre. 
 - Extensão da reação inflamatória -> dispneia ou consolidação 
muito grande. 
- Exame Físico: 
• Inspeção: forma do tórax geralmente não se modifica; FR 
aumentada, com ou sem uso de musculatura acessória; ritmo 
respiratório normal; expansibilidade diminuída do lado acometido. 
 
 
Rebeka Freitas 
• Palpação: confirmar a expansibilidade notada na inspeção; 
FTV aumentado; pode haver frêmito brônquico ou pleural. 
• Percussão: macicez ou sub-macicez das regiões afetadas. 
• Ausculta: MV diminuído, crepitações finas; pode ser 
observado atrito pleural; pode haver respiração brônquica 
substituindo o MV, sopro tubário, broncofonia ou egofonia, 
pectorilóquia. 
-O FTV está aumentado porque o meio tem sua densidade 
aumentada -> aumento da velocidade da propagação. 
- MV está diminuído por conta do som da passagem de ar nas 
vias aéreas. 
- Toda vez que há pneumonia, tem que se fazer RX. 
-Pneumonia Adquirida na Comunidade (APC): 
• Infecção aguda do parênquima pulmonar manifesta 
clinicamente na comunidade ou dentro das primeiras 48h de 
internação (tempo entre a infecção e a manifestação dos 
sintomas) 
• Deve-se fazer RX sempre; a escolha dos demais exames 
depende de critérios clínicos de gravidade (hemograma, 
glicemia, U/Cr, eletrólitos, proteínas totais e frações, 
coagulograma, gasometria arterial). 
 
 
 
 
 - Doença Predominantemente Alveolar (consolidação 
parenquimatosa, ou seja, no alvéolo): imagem opaca, 
homogênea; vasos pulmonares obscuros; pequena ou nenhuma 
perda de volume; contornos mal definidos; aerobroncogramas; 
nódulos acinares. 
 
 
 
 
 
- Presença de broncograma aéreo é muito indicativo de 
consolidação, mas não necessariamente está presente em 
todos os casos de consolidação. 
- Pneumonia aspirativa: consolidação na base de pulmão direito, 
pois o ângulo do brônquio fonte direito é mais verticalizado que 
o do esquerdo; é praticamente paralelo à traqueia, e por isso 
é mais fácil que entre pelo brônquio fonte direito. 
- Pneumonia lobar: acomete um lobo inteiro 
- Broncopneumonia: além dos alvéolos, brônquios também 
➳ TUBERCULOSE PULMONAR 
- Pode ser causada por doença reativada; por necrose caseosa 
(leva à hemoptise). 
- Ápice acometido gera dor torácica; dispneia é sugestivo de 
acometimento parenquimatoso 
• Sintomas: tosse pode ser seca no início, torna-se produtiva 
e ocorre por mais de três semanas; escarro hemoptoico; dor 
torácica; dispneia; febre vespertina; perda ponderal. 
• Exame físico: desnutrição; crepitação em ápice; sopro tubário 
e/ou cavitário. 
- RX de tórax pode revelar lesão em ápice com cavidade. 
 
 
 
 
 
- Transmissão do sopro traqueal para os brônquios -> sopro 
tubário -> ruído mais rude = condensação, conteúdo dentro do 
saco alveolar. 
- Sopro cavitário: destruição da arquitetura do pulmão -> sopro 
rude, agudo -> transmissão do sopro traqueal auscultado 
principalmente em ápice. 
- O ápice pulmonar é a região mais aerada, justamente a mais 
“procurada” pela bactéria. 
- A cavitação (destruição do parênquima) tem uma 
conformação mais redondinha no exame de imagem. 
- Hipotransparência indica síndrome de consolidação. 
- Formação de granuloma com necrose caseosa, preenchendo 
o saco alveolar com uma coisa nova -> síndrome de 
consolidação. 
- Ocorre também quebra da arquitetura do alvéolo -> a 
ventilação não ocorre mais de maneira adequada -> não há 
espaço contiguo para a circulação do ar -> síndrome de 
cavitação -> vários alvéolos mudados, não funcionais. 
- Tuberculose: síndrome de consolidação + síndrome de 
cavitação. 
➳ INFARTO PULMONAR 
- Sintomas: escarro hemoptoico; tosse improdutiva ou 
produtiva; dor torácica; dispneia. 
 
 
 
 
 
- Trombo do ventrículo direito é ejetado para a artéria 
pulmonar (TEP) e impacta em algum ponto, impedindo a 
perfusão adequada para uma área do pulmão. 
- Dor torácica: por reação inflamatória; dispneia (achado mais 
comum): não chega sangue, não tem hematose. 
➳ CARCINOMA BRONCOGÊNICO 
- Nasce na árvore bronquica; cresce onde deveria existitr 
somente ar. 
- Exame físico: 
• Sintomas: dispneia, tosse seca, perda ponderal; hemoptise 
(pela neocirculação pelo carcinoma); história de tabagismo ativo 
ou passivo; oneumonia de repetição no mesmo segmento 
pulmonar. 
• Inspeção: retração do hemitórax e tiragem; 
• Palpação: expansibilidade diminuída 
• Percussão: submacicez ou macicez; 
• Ausculta: MV diminuído 
- Quando avançado, pode haver presença de ganglio supra 
clavicular. 
- Há bloqueio da passagem de ar -> não entra ar para a parte 
distal -> o alvéolo colaba (atelectasia) porque não há mais 
passagem de ar (obstrução antes do alvéolo) -> perda de 
volume do tórax -> as estruturas são puxadas -> desvio da 
traqueia -> retração do hemitórax. 
- A lesão causada pelo tumor é espiculada (presença de 
“pipocas”). 
- Adenocarcionoma: tumor com células neoplásicas formando 
glândulas. 
SÍNDROMEDE ATELECTASIA 
- Parada de passagem do ar por muitas vezes por processo 
neoplásico. 
- Retração da traqueia e do mediastino para o lado da 
atelectasia. 
SÍNDROME DE DERRAME PLEURAL 
• Transudato: presente em ICC, cirrose, insuficiência renal; 
• Exsudato: presente em tuberculose, pneumonia e em 
malignidade. 
- Transudato é resultado da perda da água por 
diminuição/ausência da capacidade oncótica 
- Exsudato é resultado da hiperprodução de células ou 
proteínas em reações inflamatórias; a água é atraída. 
- O exsudato tem predomínio de linfócito e monócito na 
tuberculose; polimorfonuclear na pneumonia; efusão de células 
neoplásicas na malignidade. 
- Critério de Light: 
 
 
- DHL: marcador inflamatório -> à favor de exsudato. 
- Diminuição do murmúrio vesicular e do TFV quando se afasta 
o pulmão da caixa torácica -> liquido entre as pleuras. 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DE HIPERINSUFLAÇÃO 
- Causada por DPOC, asma, bronquiolite; os sacos alveolares 
ficam hiperestendidos o tempo todo. 
SÍNDROME DE PNEUMOTORÁX 
• Sintomas: dor torácica aguda; dispneia; tosse seca. 
• Sinais: taquipneia; expansibilidade reduzida; FTV abolido ou 
reduzido (aumento da distância entre o lugar que se ausculta e 
o lugar que é produzido o som); timpanismo à percussão (muito 
ar no espaço da pleura -> hipertimpânico); MV reduzido ou 
abolido. 
• Causas: espontâneo (ex. homem longilíneo tabagista) ; trauma; 
doenças subjacentes 
- Pneumotórax espontâneo -> dor torácica aguda -> dor 
pleurítica. 
 
 
 
 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
- A Radiologia é uma especialidade médica que utiliza qualquer 
forma de radiação (ionizante, sonora, magnética) para geração 
de imagens. 
- A radiografia e a TC utilizam radiação ionizante, enquanto a 
USG utiliza radiação sonora, e a RNM utiliza radiação magnética. 
- Propriedade dos Raios X: atravessam matéria orgânica ou ser 
absorvida por ela (diferenças de tom na imagem final); 
propagam-se em linha reta; velocidade da luz; produzem 
imagem em superfície fotossensível; produzem efeitos 
biológicos. 
- Formação dos raios: envoltório de vidro com um polo positivo 
e um negativo; blinfagem de chumbo; corrente elétrica gera 
migração de eletrons entre os polos; produção de calor e 
radiação X. 
- Os raios que atravessam o corpo chegam ao filme e o 
sensibilizam (ionização); o filme ionizado fica preto; os raios que 
não atravessam não ionizam o filme geram áreas 
correspondentes brancas, e raios que atravessam 
parcialmente (cinza). 
- Quanto mais denso o tecido, mais ele absorve (ex. osso) 
- O que ioniza fica preto, e o que não ioniza fica branco. 
- Áreas hipotransparentes = condensação, opacidade. 
 
 
 
 
 
- Quanto mais perto a estrutura tiver da placa, mais fidedigna 
é a imagem -> as radiações emitidas refletem um tamanho 
mais parecido ao normal 
- Efeitos biológicos da radiação à curto prazo (horas, dias, 
semanas): grande quantidade em curto prazo; náuseas, 
vômitos, infecções, hemorragias, diarreia, desidratação, 
alopecia. 
- Efeitos biológicos à longo prazo: efeitos tardios da situação 
anterior; pequenas quantidades em longos períodos; efeitos 
genéticos (exposição de órgãos reprodutores); efeitos 
somáticos (dermatológicos, câncer, catarata, etc.). 
- Caráter nocivo; dano cumulativo (muitos exames para o 
mesmo paciente). 
- Incidência corresponde à posição na qual os pacientes são 
colocados em relação aos raios x. 
- A imagem é constituída em um único plano (há sobreposição 
de estruturas e dificuldade de localizar imagens). 
- Deve-se solicitar mais de uma incidência -> as incidências da 
rotina básica no RX de tórax são a posteroanterior e de perfil 
(lado esquerdo para o filme). 
- Condições técnicas: identificação, projeção, rotação, 
inspiração e penetração. 
 
 
Rebeka Freitas 
- Qualidade técnica: REST IN PEACE = rotação, inspiração e 
penetração. 
 
 
 
 
- Distância entre as clavículas = rotação -> o paciente deve 
estar simétrico perante o filme. 
- Arcos anteriores na inspiração: 6º ou 7º arco costal sobre o 
diafragma; arcos posteriores: hemicúpulas diafragmáticas 
entre 10º e11º arcos costais. 
- Um RX bem penetrado queima as estruturas; uma quantidade 
grande de radiação faz com que ela passe e queime o filme; 
uma quantidade pequena demais de radiação faz com que ela 
seja absorvida mas não queime o filme. 
- Radiação demais -> filme todo queimado -> nem penetração 
demais, nem de menos. 
- Correto: ver um pouco da coluna (penetração), a qual some 
na região do coração 
 
 
 
 
 
 
 
- Uma maneira de se analisar o RX do tórax é a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
- Outra maneira de se analisar o tórax, seguindo um mnemônico 
é: “Are There Many Lung Lesions?” 
 
 
 
 
- Existe, ainda, a seguinte ordem de análise do RX do tórax: 
 
 
 
 
 
- Esqueleto torácico: costelas, coluna, escápulas, esterno e 
porção proximal dos úmeros. 
- Silhueta da área cardíaca: arco da cava, átrio direito, aorta, 
artéria pulmonar, ventrículo esquerdo. 
- Área cardíaca (maior diâmetro) maior do que 55% do tórax 
= aumento do índice cardiotorácico -> cardiomegalia 
 
 
 
 
 
 
 
- Colunas de ar: traqueia, brônquios, vasos 
- O hilo pulmonar esquerdo é mais alto que o direito: 
 
 
 
 
 
Rebeka Freitas 
- Para analisar a pleura, deve-se observar os seios 
cardiofrênicos e costofrênicos; a partir dessa observação 
pode-se ter noção das síndromes pleuropulmonares. 
 
 
 
 
 
 
 
- Nos pulmões, deve-se observar se estão aerados (preto?) 
observa-se também a trama vascular; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Menos sangue por conta da gravidade -> três zonas no 
pulmão, de baixo pra cima, decrescente:

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