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INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL Manobras Cirúrgicas Fundamentais Fundamentos e princípios: Após anamnese, exame físico, de imagem e laboratoriais, iremos avaliar a necessidade e a oportunidade de tratamento, ou seja, se o paciente está apto a realizar em questão de saúde e qual a necessidade de realizar o tratamento. As manobras têm como o objetivo a realização de um procedimento cirúrgico, de forma ordenada e sistematizada, levando ao menor trauma cirúrgico, no menor tempo possível. Diérese: Manobra cirúrgica que consiste em separar tecidos para abordagem do objetivo cirúrgico. Princípios • Conservar maior quantidade de tecidos • Dissecção: localizar e individualizar um órgão • Evitar dissecções extensas (complicações) Manobras da diérese • Incisão: rompe a integridade tecidual • Divulsão: descola o tecido • Sindesmotomia • Descolamento muco periostal • Divulsão de tecidos moles • Osteotomia • Odontosecção: corta o dente e conserva maior quantidade de tecido. Incisões: • Bisturi: cabo bard parker n°3 • Lâminas: 11, 12, 15 e 15c • Empunhadura: forma de caneta • Início da incisão: 90° • Extensão: 45° • Término: 90° Retalho: • Retalho com relaxantes: ajuda a expor o campo operatório • Não realizar incisões sobre as papilas • Base do retalho maior que a altura Tipos de incisões Neumann: intersulcular com um alívio divergente para a base – triangular Neumann modificada: intersulcular com 2 alívios divergentes para a base – trapezoidal Partsch: semilunar acima da gengiva inserida Wassmund: incisão linear sobre a gengiva inserida com duas relaxantes. Essa é utilizada quando se quer evitar mexer na papila, pode ser por problemas periodontais ou próteses. Ochsenbein: incisão acima da gengiva inserida acompanhando a INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL arquitetura das papilas, com duas incisões de alívio. Envelope: incisão interpapilar, o alívio é nas papilas mesmo, podemos utilizar quando desejamos uma abertura menor (trabalho perto da cervical). Utilizada também para intervenções no palato e região lingual. Winter: Incisão para terceiros molares Dorrance (Y invertido): indicada para torus palatino, e desvia dos feixes vasculo nervosos nasopalatino, e dos forames palatinos. Obs: no palato evitamos fazer relaxantes, então se formos fazer alguma extração de dentes supranumerários utilizamos a incisão envelope sem relaxantes. Divulsão Descolar o tecido mole do osso, utilizamos o descolador de freer e molt. Sabemos que descolamos o suficiente quando o afastador fica firme na incisão. Sindesmotomia: desinserção das fibras gengivais que circundam o dente. A sindesmotomia evita dilacerar a gengiva e facilita a adaptação do fórceps no cemento. Nesse momento utilizamos o instrumento sindesmotomo, sua parte reta utilizamos em dentes superiores, e sua parte curva em inferiores. Descolamento mucoperiostal: • Requer incisão prévia • Descolador freer e molt • Despojar o tecido ósseo do periósteo e gengival. • Iniciar em gengiva inserida próximo ao dente • O retalho fica protegido pelo afastador de minesota. Osteotomia Utilizamos o alta rotação e a baixa rotação (peça reta) Brocas cirúrgicas longas: • Broca esférica (4, 6, 8) • Tronco Conica (701, 702, 703 e zecrya) Serras cirúrgicas • Reciprocante • Sagital • Oscilatória Cirurgia piezoeletrica Odontosecção “Cortar o dente em pedaços” para preservar estrutura óssea INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL Exérese Retirada da parte ou de todo o órgão Manobras da exérese • Ostectomia • Avulsão • Curetagem • Enucleação • Excisão • Ressecção • Debridamento Ostectomia É quando o objetivo final é a retirada do osso, diferente da osteotomia que retiramos o osso para chegar no objetivo cirúrgico. Cinzeis utilizados • Black • Meia cana • Reto unibiselado Utilizamos a pinça goiva Avulsão Retirada total ou parcial de um órgão com o uso da força mecânica. Utilizamos o fórceps, fazendo movimentos de intrusão, luxação e avulsão. Curetagem Manobra pela qual se removem do campo operatório formações estranhas, patológicas ou não ou ainda aquelas decorrentes do ato cirúrgico Hemostasia Manobras que visam interromper a perda de sangue pela ferida cirúrgica. Deve ser realizada durante todo o ato cirúrgico. Conjunto de medidas que visam prevenir hemorragias do sistema circulatório fechado. Caso ocorra uma hemorragia podemos desenvolver o “Choque Hipovolêmico”, que pode causar o aumento da frequência cardíaca, isquemia celular, deposito intracelular de cálcio, sódio e H2O, edema celular e apoptose. Limitação da hemorragia transoperatória • Realizar ficha de anamnese e analisar: coagulopatias congênitas (hemofilia A, B e C) e adquiridas (anticoagulantes e antiagregantes plaquetários). Aspirina (antiagregante): sangra no momento da incisão, age no tromboxano impedindo ação plaquetária Anticoagulantes: Sangra depois da cirurgia • Solicitar exames Laboratoriais: TS – (1 a 3 min) TC – (4 a 10 min) TP – (12,5 a 15,5 s) 70% a 100% INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL TTPA- (24 a 45s) inferior a 1,25 Plaquetas – 140.000 a 500.000 • Conhecimento da anatomia local: Evita incisões em áreas de risco e realizar o descolamento de retalhos em planos apropriados. Técnica do controle hemorrágico depende 1. Tipo de Sangramento Venoso: fluxo contínuo Arterial: pulsátil com o fluxo lançado a alguma distância Capilar: difícil identificar origem do sangramento, pequenos pontos. 2. Região do sangramento Tecido mole: compressão desloca o vaso Intraósseo: (mais fácil, auto tampão na parede óssea) 3. Relação do vaso com estruturas nobres Em nervos não pode usar eletrocoagulação, pode causar lesão irreversível. Hemostasia Temporária - Compressão/Tamponamento (chompret): Precisa de boa iluminação para ver a origem do sangramento, de aspiração sobre a gaze e remoção das placas de coágulos, a gaze fica pressionada de 5 a 10 min. Dessa forma as suturas são mais efetivas. - Pinçamento (seletivo/não seletivo) Pinça hemostática Kelly: vasos maiores Pinça hemostática mosquito: vasos menores. O seletivo é quando encontramos o vaso que sangra, deve-se aguardar de 8 a 10 minutos para a formação do trombo plaquetário na luz do vaso rompido, e o não seletivo seria o pinçamento em massa, quando não sabemos a origem do sangramento e pinçamos tudo. - Hemostaticos locais absorvíveis Esponja de fibrina (aceleram a formação do coágulo), esponjas (se expande em contato com fluido, realizando um tamponamento da região), cera (tamponar a área hemorrágica, pode causar infecção) Hemostasia Definitiva - Ligadura: Manobra que consiste na obliteração da luz de um vaso através da sutura com fios não reabsorvíveis. Utilizada em vasos de maior calibre, é feito um nó no vaso em cada pinça e depois cortado no centro. - Termocoagulação: O paciente é conectado ao fio terra, o que permite que a corrente entre no corpo. A ponta cauterizadora deve tocar apenas o sitio do vaso INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL sangrante, e devemos remover fluidos ao redor do sitio sangrante, isso diminui a perda de calor e aumenta a efetividade. DIRETA: Tocar no vaso INDIRETA: Tocar o bisturi na pinça para o calor chegar no vaso. Síntese Manobras que reposicionam os tecidos e os mantem estabilizados, para permitir o processo de reparação tecidual. • Coaptação das bordas • Restituir a função • Cicatrização • Hemostasia Sutura:técnica operatória que consiste no reposicionamento e estabilização dos bordos da ferida cirúrgica, para permitir o processo de reparação. Fios de sutura: • Resistencia a tração e a torção • Pequena espessura • Flexível • Não promover reação tecidual Algodão: Inabsorvível orgânico vegetal Fibras longas de algodão Resistente e baixo custo Seda: Inabsorvível orgânico animal Fácil manuseio: elasticidade Acumula placa É confortável Nylon: Inabsorvível sintético Deslizamento Menos flexível (mais desconfortável) Mínima reação tecidual Aço: Inabsorvível metálico Menos flexível Usado nas amarias maxilo mandibulares Usado na osteossintese em fraturas ósseas Catgut: Absorvível orgânico Alta reação tecidual Absorção de 7 a 14 dias Poligalactina: Absorvível sintético Mantem força tensil durante a cicatrização (75% em 14 dias) Absorção lenta (completa 60-90 dias) Menor reação tecidual TIPOS SUTURA: • Ponto simples • Ponto contínuo simples • Ponto contínuo festonado • Ponto donati INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL • Ponto em x • Osteossíntese a fio – contenção óssea semirrígida • Fixação com placa e parafuso – fixação interna rígida INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL
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