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1. Sobre a relação de Beckett com a linguagem, considere as afirmações: 1. Em suas obras procura tornar visível a impossibilidade de uma harmonia entre palavras e significados. 2. A linguagem, da mesma forma que o pensamento e o próprio homem, tropeça o tempo todo. 3. Propõe, de forma aparentemente contraditória, que a única maneira de se aproximar da realidade é assumir a falência desse projeto. Apenas a afirmação 1 está correta Apenas a afirmação 2 está correta Apenas as afirmações 1 e 2 estão corretas. Apenas as afirmações 2 e 3 estão corretas. Todas estão corretas Explicação: Todas as afirmações estão corretas sobre a obra de Beckett. 2. A partir do século XX, a linguagem sofre transformações indeléveis, muito também pela influência direta de algumas formas de arte. Marcas como a objetividade, a rapidez e dinamicidade chegaram à língua escrita literária, muito por conta das influências do: Cinema moderno; movimento pós-estruturalista; neorromantismo. positivismo; teatro francês; Explicação: Com a evolução do cinema na Europa e nos EUA, as cenas com cortes abruptos, cenas mais velozes, noção de tempo e espaço muito próprias, troca de imagens instantâneas, a literatura moderna também se adaptou a essa nova realidade de comunicação. 3. Nas obras de Samuel Beckett, podemos afirmar que à palavra são dadas diversas marcas e adjetivos, fruto de seu ponto de vista acerca da representatividade que elas possuem diante do caos generalizado que é a vida humana. Abaixo estão algumas dessas características da palavra em Beckett, exceto: retrata a falência da racionalidade; incompetente para representar as coisas; fiel às essências. propensa ao fracasso; caótica; Explicação: Beckett não atribui à palavra a fidelidade às essências, tampouco admite que existam essas essências. Esse pensamento é característico dos filósofos clássicos e dos pensadores chamados logocêntricos. 4. Considere a afirmação abaixo: As palavras dicionarizadas, aquelas da norma culta da língua, aparecem em número bem menor que as gírias, que são as marcas de guetos e grupos. São exemplos desse tipo de abordagem da linguagem na obra cinematográfica, EXCETO Guerra nas estrelas Orfeu Alemão Tropa de elite Cidade de Deus Explicação: Em Guerra nas estrelas não se observam essa questão linguística. 5. A respeito do Cinema Moderno, analise as afirmações a seguir: I - Uma das características mais emblemáticas do Cinema Moderno é o rompimento com a narrativa linear, própria do cinema clássico, bem como a tomada de cenas em locais fora de estúdios: um retrato da preocupação de seus realizadores de tornar a obra cinematográfica mais próxima da realidade e de seu público. II - Para aqueles que amam a sétima arte, é perceptível que esse movimento trouxe a inovação da tomada de câmera: enquanto os personagens do cinema clássico contracenavam com uma tomada estática, os movimentos realizados pela câmera no Cinema Moderno acompanham as personagens a fim de atribuir à cena uma realidade tão similar àquela vivida pelos expectadores. A afirmação I está correta mas não se relaciona com a afirmação II. A afirmação I está errada e a II está correta. A afirmação II está correta e complementa a afirmação I. A afirmação II está errada e a I está correta. A afirmação II está correta, mas não se relaciona com a afirmação I. Explicação: As duas afirmações estão corretas e se relacionam entre si 6. Sobre as características da literatura de Samuel Beckett, pode-se afirmar que: I ¿ a linguagem utilizada é linear, com as ideias concatenadas de forma racional e de fácil compreensão; II ¿ os elementos textuais são harmônicos entre si, contendo sempre início, meio e fim, trabalhando suas obras com uma linguagem teleológica; III ¿ Na maioria de suas obras, destaca o valor insubstituível da palavra escrita. Estão corretas as alternativas: II e III; apenas III; I e II; nenhuma. I e III; Explicação: Não há qualquer linearidade ou regularidade no discurso beckettiano, e a racionalidade é completamente dispensada; os elementos textuais não são harmônicos, retratam o caos, a desordem das coisas. Não há qualquer teleologia nas obras de Beckett; por fim, a palavra é estraçalhada a quase nada, não possuindo esse status de insubstituível.
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