Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Amanda Costa – 2020/1 Utraestrutura: microvilosidades, estereocílios e cílios Microvilosidades: Projeções em forma de dedos, de número muito variado, podem ser curtas ou longas. Muito abundantes em células que exercem intensa absorção, como as do epitélio de revestimento do intestino delgado e dos túbulos proximais dos rins Microvilo mede aproximadamente 1 μ.m de comprimento e 0,08 μ.m de espessura, e no seu interior há feixes de filamentos de actina, os quais, por meio de várias outras proteínas, mantêm ligações cruzadas entre si e ligações com a membrana plasmática do microvilo. Estereocílios: Prolongamentos longos e imóveis, que, na verdade, são microvilos longos e ramificados; Aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de moléculas para dentro e para fora da célula. Comuns em células do revestimento epitelial do epidídimo e do dueto deferente. Cílios: Prolongamentos dotados de motilidade, encontrados na superfície de alguns tipos de células epiteliais. Medem de 5 a 10 μm de comprimento e 0,2 μm de diametro. Envolvidos pela membrana plasmática e contêm dois microtúbulos centrais, cercados por nove pares de microtúbulos periféricos. Os dois microtúbulos dos pares periféricos são unidos entre si. Estão inseridos em corpúsculos basais situados no ápice das células, logo abaixo da membrana. A estrutura dos corpos basais é análoga à dos centríolos. Exibem um rápido movimento de vaivém. O movimento ciliar de um conjunto de células de um epitélio é frequentemente coordenado para possibilitar que uma corrente de fluido ou de partículas seja impelida em uma direção ao longo da superficie do epitélio. ATP é a fonte de energia para o movimento ciliar. Calcula-se que cada célula ciliada da traqueia tenha aproximadamente 250 cílios. Flagelos: A estrutura dos flagelos, que no corpo humano são encontrados somente em sptz, é semelhante à dos cílios, porém, os flagelos são mais longos e limitados a um por célula. Discinesia ciliar primária (síndrome dos cílios imóveis) - DCP Foram descritas diversas mutações que afetam as proteínas dos cílios e flagelos. Algumas dão origem à síndrome dos cílios imóveis, o que leva à infertilidade masculina (devido à imobilidade do flagelo dos espermatozoides) e a Infecções crônicas das vias respiratórias, como sinusite, tanto no homem como na mulher (devido à ausência da atividade limpadora dos cílios das vias respiratórias). Síndrome de Kartagener É a forma mais grave da síndrome dos cílios imóveis, encontrada em 50% dos casos de DCP. A Síndrome de Kartagener é causada por uma doença autossômica recessiva rara, que apresenta uma tríade composta por pansinusite crônica, bronquiectasia e situs inversus com dextrocardia. Durante a evolução desta doença, o paciente pode apresentar panbronquiolites difusas, esterilidade, otites médias crônicas e lesões localizadas principalmente nos bronquíolos respiratórios. Célula serosa São poliédricas ou piramidais, têm núcleos arredondados e polaridade bem definida. Células que geralmente se organizam em forma de ácinos serosos. Amanda Costa – 2020/1 As células acinosas do pâncreas e das glândulas salivares parótidas são exemplos de células serosas. A região basal dessas células exibe intensa basofilia que resulta do grande acúmulo neste local de retículo endoplasmático granuloso sob a forma de conjuntos paralelosde cisternas associadas a abundantes polirribossomos. Na região supranuclear há um complexo de Golgi bem desenvolvido e muitas vesículas arredondadas, envolvidas por membrana e com conteúdo rico em proteínas, chamadas vesículas ou grânulos de secreção. Em células que produzem enzimas digestivas (p. ex., células acinosas de pâncreas) essas vesículas são chamadas grânulos de zimogênio. Das cisternas do complexo de Golgi brotam grandes grânulos de secreção imaturos, também chamados grânulos de condensação, envolvidos por membrana. À medida que a água é retirada dos grânulos, eles se tomam mais densos, transformando-se nos grânulos de secreção maduros, que são armazenados no citoplasma apical até que a célula seja estimulada a secretar. Quando as células liberam seus produtos de secreção, a membrana dos grânulos de secreção funde-se com a membrana plasmática e o conteúdo do grânulo é colocado para fora da célula por um processo chamado exocitose. O movimento de grânulos de secreção, bem como de outras estruturas citoplasmáticas, está sob influência de proteínas motoras e proteínas do citoesqueleto, ambas contidas no citosol. Célula mucosa A célula secretora de muco mais bem estudada é a célula caliciforme dos intestinos. Esta célula contém numerosos grânulos de grande dimensão, que contêm muco, e é constituído por glicoproteínas intensamente hidrofílicas. Os grânulos de secreção preenchem a região apical da célula; núcleo fica normalmente situado na região basal, a qual é rica em retículo endoplasmático granuloso. O complexo de Golgi, localizado logo acima do núcleo, é muito desenvolvido, indicativo de seu importante papel nesta célula. Monossacarídeos são acrescentados às proteínas por enzimas - glicosiltransferases - contidas no retículo endoplasmático e no complexo de Golgi. Quando a secreção é liberada pela célula, ela se toma altamente hidratada e forma o muco, um gel viscoso, elástico e lubrificante. As células caliciformes são encontradas nos intestinos e no revestimento de grande parte da árvore respiratória. Células mucosas mostram grande variabilidade nas suas características morfológicas e na natureza química das suas secreções. Outros tipos de células produtoras de muco são encontradas no esôfago, no estômago, em glândulas salivares, no trato respiratório e no trato genital. Célula secretora de esteróides Encontradas em vários órgãos do corpo (p. ex., testículos, ovários, adrenais). Células endócrinas especializadas em sintetizar e secretar esteroides com atividade hormonal Características: Células acidófilas poliédricas ou arredondadas, com um núcleo central e citoplasma que frequentemente, mas nem sempre, contém muitas gotículas de lipídios; O citoplasma das células secretoras de esteroides tem abundante REL formado por túbulos anastomosados. Ou seja: síntese de colesterol (a partir de acetato e de outros substratos) e transforma a pregnenolona produzida nas mitocôndrias em andrógenos, estrógenos e progestágenos. Amanda Costa – 2020/1 As mitocôndrias esféricas ou alongadas dessas células normalmente contêm cristas tubulares, em lugar das cristas em forma de prateleiras comumente encontradas nas mitocôndrias de outras células possui as enzimas necessárias para clivar a cadeia lateral do colesterol e produzir pregnenolona, mas também para participar das reações subsequentes que resultam na produção de hormônios esteroides. RESUMINDO: O processo de síntese de esteroides resulta da colaboração entre o retículo endoplasmático liso e as mitocôndrias. Classifique: glândula sublingual, submandibular, parótida e pâncreas. Glândula submandibular (submaxilar): Glândula tubuloacinosa composta; Porção secretora contém tanto células serosas quanto células mucosas. As células serosas são o principal componente desta glândula, sendo facilmente diferenciadas das células mucosas pelo seu núcleo arredondado e citoplasma basófilo. Nas células secretoras, extensas invaginações basais e laterais voltadas para o plexo vascular aumentam a superfície para transporte de íons em aproximadamente 60 vezes, facilitando o transporte de água e eletrólitos. Em razão dessas invaginações, não é possível identificar os limites entre as células. Células serosas são responsáveis por uma fraca atividade de amilase existente nesta glândula e em sua saliva. As células que constituem as semiluas na glândula submandibular secretam a enzima lisozima, cuja atividade principal é hidrolisar as paredes de determinadas bactérias. Algumas células acinosas e dos duetos intercalares encontradas nas glândulas salivaresmaiores também secretam lactoferrina, que se liga ao ferro, um nutriente essencial para o crescimento bacteriano. Os duetos estriados podem ser observados facilmente na glândula submandibular humana, enquanto os duetos intercalares são muito curtos. Glândula sublingual: Glândula tubuloacinosa composta formada por células serosas e mucosas. Células mucosas predominam nesta glândula, enquanto as células serosas apresentam-se exclusivamente constituindo semiluas serosas na extremidade de túbulos mucosos. As células que formam as semiluas serosas nessa glândula secretam lisozima. Glândula parótida: Glândula acinosa composta (é uma glândula salivar) Porção secretora é constituída exclusivamente por células serosas, contendo grânulos de secreção ricos em proteínas e elevada atividade de amilase. Essa atividade é responsável pela hidrólise de boa parte dos carboidratos ingeridos. Tecido conjuntivo contém muitos plasmócitos e linfócitos. Os plasmócitos secretam IgA, que forma um complexo com um componente secretor sintetizado pelas células acinosas, células dos duetos intercalares e estriados. Complexo secretor rico em IgA é liberado na saliva, sendo resistente à digestão enzimática e constituindo-se em um mecanismo de defesa imunológica contra patógenos da cavidade oral. Pâncreas: Glândula mista exócrina e endócrina, que produz enzimas digestivas e hormônios. Enzimas são armazenadas e secretadas por células da porção exócrina, arranjadas em ácinos. Os hormônios são sintetizados em grupamentos de células epiteliais endócrinas conhecidos como ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langherans). Amanda Costa – 2020/1 A porção exócrina do pâncreas é uma glândula acinosa composta, similar à glândula parótida em estrutura. Outro detalhe característico do pâncreas é a penetração das porções iniciais dos duetos intercalares no lúmen dos ácinos. Núcleos circundados por citoplasma claro pertencem às células centroacinosas, que constituem a porção intraacinosa dos duetos intercalares. Essas células são encontradas apenas nos ácinos pancreáticos. Duetos intercalares são tributários de duetos interlobulares maiores revestidos por epitélio colunar. O ácino pancreático exócrino é constituído por várias células serosas que circundam um lúmen. Essas células são polarizadas, com um núcleo esférico, sendo típicas células secretoras de proteínas. A secreção pancreática exócrina é controlada principalmente por meio de dois hormônios - secretina e colecistoquinina - que são produzidos por células enteroendócrinas da mucosa intestina l (duodeno e jejuno). O estímulo do nervo vago (parassimpático) também aumenta a secreção pancreática. A ação integrada da secretina e colecistoquinina provê a secreção abundante de suco pancreático alcalino, rico em enzimas. - ADRENAL E TIREÓIDE. As adrenais são duas glândulas achatadas com forma de meia-lua, cada uma situada sobre o polo superior de cada rim. Em humanos podem também ser chamadas suprarrenais porque se situam sobre os rins. O tamanho das adrenais varia com a idade e as condições fisiológicas do indivíduo, e as duas glândulas de um adulto pesam cerca de 10 g. Cortando-se o órgão a fresco, nota-se que ele é encapsulado e dividido nitidamente em duas camadas concêntricas: uma periférica espessa, de cor amarelada, denominada camada cortical ou córtex adrenal, e outra central menos volumosa, acinzentada, a camada medular ou medula adrenal. Tireoide é uma glândula endócrina que se desenvolve a partir do endoderma da porção cefálica do tubo digestivo. Sua função é sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa de metabolismo do corpo. Situada na região cervical anterior à laringe, a glândula tireoide é constituída de dois lóbulos unidos por istmo. A tireoide é composta de milhares de folículos tireoidianos, que são pequenas esferas de 0,2 a O, 9 mm de diâmetro. A parede dos folículos é um epitélio simples cujas células são também denominadas tirócitos. A cavidade dos folículos contém uma substância gelatinosa chamada coloide. A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos para o parênquima. Os septos se tornam gradualmente mais delgados ao alcançar os folículos, que são separados entre si principalmente por fibras reticulares. A tireoide é um órgão extremamente vascularizado por uma extensa rede capilar sanguínea e linfática que envolve os folículos. As células endoteliais dos capilares sanguíneos são fenestradas, como é comum também em outras glândulas endócrinas. Esta configuração facilita o transporte de substâncias entre as células endócrinas e o sangue. Microvilosidades: Cílios: Flagelos: Glândula submandibular (submaxilar): Glândula sublingual: Glândula parótida: Pâncreas:
Compartilhar