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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
INTRODUÇÃO 
 Não há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, sejam eles 
financeiros, humanos ou materiais, sejam estes relacionados aos insumos ou aos 
bens patrimoniais indispensáveis no processo de fabricação. 
 Com a crescente concorrência existente por um participação no mercado 
consumidor as empresas buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, 
encontrando maneiras diferentes de obterem vantagens competitivas. Uma das formas 
de obter uma vantagem, se não competitiva, mas pelo menos comparativa é através 
de uma boa gestão dos recursos materiais e patrimoniais. 
 Com os custos crescentes é importante gerir bem seus estoques e seu 
patrimônio produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficácia. è sobre 
isso que estaremos falando a partir de agora. 
 
1. O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: 
Administração de Recursos Materiais engloba a sequência de operações que tem 
início na identificação do fornecedor, na compra do bem ou serviço, em seu 
recebimento, transporte interno e acondicionamento (armazenagem), em seu 
transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto 
acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final. 
 
2. A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E SUA AMPLITUDE 
 
Sendo o ambiente competitivo como é faz-se necessário a busca de alternativas de 
vencer os concorrentes. A administração de materiais é bastante ampla e pode 
contribuir a partir do momento que envolve as seguintes atividades: 
• Gerenciamento dos recursos materiais: 
• Gerenciamento dos estoques 
• • Produtos/materiais em processo 
• Produtos acabados 
• Gerenciamento dos Recursos Patrimoniais: 
• Equipamentos 
• Instalações, prédios, veículos, etc. 
• Compras: 
• O que deve ser comprado 
• Como deve ser comprado 
• Quando deve ser comprado 
• Onde deve ser comprado 
• De quem deve ser comprado 
• Por que preço deve ser comprado 
• Em que quantidade deve ser comprado 
• Logística interna e 
• Logística Externa 
 
Do desempenho satisfatório dessas atividades dependem os Departamentos de 
Vendas, Produção, Manutenção, os Setores Administrativos, etc. 
Tem-se de considerar: 
• que o número de itens e a diversidade dos mesmos é grande, 
• que as informações tem de ser precisas e rápidas 
• que a manutenção de estoques representa parcela significativa do ativo da 
empresa, etc. 
 
3. O ADMINISTRADOR DE MATERIAIS. 
É o profissional a quem cabe o gerenciamento, o controle ea direção da empresa na 
área de materiais, buscando os melhores resultados em termos de lucratividade e 
produtividade. Exerce o processo administrativo dentro da área de recursos materiais 
e patrimoniais. 
 
4. COMO AVALIAR O DESEMPENHO DA ÁREA DE MATERIAIS. 
Dentro de cada uma das subáreas da administração de materiais poderão ser 
estabelecidos indicadores de desempenho próprios que devem fornecer informações 
sobre a realidade da área de materiais, possibilitando assim a tomada de ações 
corretivas de forma a eliminar os desvios, e para isso é preciso que: 
• Os dados coletados sejam completos e confiáveis; 
• Que expressem informação de valor para a empresa 
• Devem ser simples de forma a que os próprios operadores possam coletá-los 
sem confusão 
• Devem ser de fácil entendimento por todos 
Como exemplos podemos citar: 
• % de erros nas ordens de compra 
• % de itens comprados recebidos na data correta 
• % de falta de matérias-primas 
• Rotatividade dos estoques 
• % do ativo imobilizado em estoques 
• % de produtos acabados entregues aos clientes nas datas combinadas, etc. 
 
5. EVOLUÇÃO E MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NA ADMINSITRAÇÃO DE 
MATERIAIS 
Se considerarmos a posição do homem de produção e de vendas seu desejo é de que 
exista a maior quantidade de matérias-primas e produtos acabados, respectivamente, 
estocados de forma a poder atender as suas necessidades. Porém sendo a 
manutenção de estoques algo extremamente caro para a empresa é preciso que o 
Administrador de Materiais equilibre os mesmos de forma a satisfazer ambos, os 
administradores de produção e vendas e também ao administrador financeiro. 
Sendo assim várias tem sido as etapas que vem ocorrendo dentro da administração 
de materiais cabendo ressaltar algumas delas tais como: 
• A logística – operação integrada, que trata das atividades de movimentação e 
armazenagem, que facilitam o fluxo de materiais e produtos desde a aquisição até o 
ponto de consumo final, bem como dos fluxos de informações 
• Técnicas japonesas de administração tais como o JIT/Kanban; 
• Desenvolvimento de Parcerias – fornecedores preferenciais 
• Programação de fornecedores – manter uma programação integrada entre o 
PCP da fábrica e o fornecedor via EDI (Eletronic Data Interchange) ou Internet 
• Uso de simulações 
• Uso de CEP para identificar rapidamente as variações nos processos, etc. 
 
 
 
6. DESAFIOS E TENDÊNCIAS 
 
Com certeza o maior desafio continuará sendo a busca do equilíbrio entre o nível dos 
estoques os recursos financeiros disponíveis. Quanto manter em estoque com o 
menor risco de falta de materiais. Como atender a esta equação. 
A tendência aponta para uma necessidade crescente no desenvolvimento de técnicas 
de previsão que possibilitem minimizar as possibilidades de erro na administração dos 
recursos materiais. Será necessário que a área de materiais e seu administrador 
sejam os mais dinâmicos possíveis de forma a responder de forma rápida as 
movimentações do mercado. Para isso um excelente suporte de informática é 
fundamental, fornecendo as informações em tempo real. 
A integração entre as empresas, fornecedores e compradores, deve ser cada vez mais 
intensa buscando ganhos para a cadeia como um todo. 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
I. A administração de materiais pode ser conceituada como um sistema integrado 
que garante o suprimento da organização, no tempo oportuno, na quantidade 
necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo. 
II. Uma das funções precípuas do administrador de materiais é minimizar o uso 
dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e 
eficiência. 
III. A administração de materiais visa colocar os materiais necessários na 
quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que 
compõem o processo produtivo da empresa. São duas as funções da 
administração de materiais: programação e compras. 
IV. É dever do servidor comunicar, imediatamente, a quem de direito, qualquer 
irregularidade ocorrida com o material entregue aos seus cuidados. 
V. A administração de materiais efetiva visa minimizar o conflito existente entre as 
áreas-fim e as áreas-meio de uma organização, como a área de compras e a 
área financeira. 
VI. Entre os principais objetivos a serem perseguidos pelo administrador de 
materiais inclui-se o alto giro do estoque. 
VII. A eficiente gestão de recursos materiais de uma organização compreende 
etapas relativas à adequada identificação de fornecedores, compras, transporte 
e armazenagem, bem como a informações financeiras e gerenciais que 
confiram confiabilidade ao processo. 
VIII. De modo geral, o processo de aquisição de materiais deve fundamentar-se em 
uma relação do tipo ganha-perde, na qual a empresa ganha descontos e o 
fornecedor perde lucratividade. 
IX. A mais importante função da administração de estoques de materiais está 
relacionada com o controle dos níveis de estoque. 
X. A gestão ou administração dos estoques é responsável por equilibrar as 
necessidades de recursos das organizações. 
Técnicas Modernas 
JUST IN TIME 
INTRODUÇÃO 
Segundo Corrêa, “O Just in Time (JIT) surgiu no Japão, nos meados da década de 
1970, sendo sua idéia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor 
Company, a qual buscava um sistema de administração que pudesse coordenar a 
produção com a demanda específica de diferentesmodelos e cores de veículos com o 
mínimo de atraso. 
O JIT é muito mais do que uma técnica ou conjunto de técnicas de administração de 
produção, sendo considerado com uma “filosofia”, a qual inclui aspectos de 
administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto do produto, 
organização de trabalho e gestão de recursos humanos. 
Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia JIT. 
• Produção sem estoques; 
• Eliminação de desperdícios; 
• Esforço contínuo na resolução de problemas; 
• Melhoria contínua dos processos. 
 
Ao contrário da abordagem tradicional dos sistemas de produção que “empurram” os 
estoques, o JIT caracteriza-se como um sistema de “puxar” a produção ao longo do 
processo, de acordo com a demanda. 
Genericamente falando, um sistema de “puxar” estoque significa que qualquer 
movimento de produção somente é liberado na medida da necessidade sinalizada pelo 
usuário da peça ou componente em fabricação, ou seja, os centros de trabalho não 
estão autorizados a produzir e “empurrar” os lotes apenas para manter ocupados 
operários e equipamentos. 
OBJETIVOS 
O sistema JIT tem como objetivo fundamental a melhoria contínua do processo 
produtivo. A perseguição destes dá-se, através de um mecanismo de redução dos 
estoques, os quais tendem a camuflar problemas, embora saibamos alterações no 
perfil da demanda ou falhas nos processos de fabricação ou compra normalmente 
justificam a presença de estoques. 
Na filosofia JIT os estoques são “persona non grata” por razões óbvias: primeiro 
porque ocupam espaços e segundo porque custa dinheiro. 
 
 
Vantagens do JIT: 
• Flexibilidade – a manutenção de estoques baixo favorece as variações no mix 
de produtos sem provocar alto grau de obsolescência. 
• Velocidade – rapidez no ciclo de produção permite entregas em prazos mais 
curtos, propiciando maior nível de serviços ao cliente. 
• Confiabilidade – a manutenção preventiva e o ambiente favorável à 
identificação e resolução de problemas contribui para aumentar a confiabilidade nos 
produtos. 
• Custos – reduções dos tempos de preparação de máquinas e movimentação 
interna; minimização dos estoques (matéria prima e produto acabado); redução dos 
tamanhos dos lotes e “lead-times”; redução dos custos de aquisição (confiabilidade). 
O SISTEMA KANBAN 
O sistema de “puxar” a produção a partir da demanda, produzindo em cada estágio 
somente os itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento 
necessário, ficou conhecido como sistema Kanban. 
Este nome é dado aos cartões utilizados para autorizar a produção e a movimentação 
de itens, ao longo do processo produtivo. Este cartão contém, em geral, as seguintes 
informações: número da peça, descrição da peça, tamanho do lote a ser produzido e 
colocado em container padronizado, centro de produção responsável e local de 
armazenagem. 
Não podemos perder de vista que o kanban apenas complementa o sistema de 
fabricação no ambiente “just-in-time”, do qual fazem parte, também, o planejamento de 
produção, o programa mestre, uma lista de material, mudanças no projeto do produto 
etc. 
 
Logística 
Pode-se definir logística como sendo, no mínimo, a junção de quatro atividades 
básicas: as de aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos. 
Para que essas atividades funcionem, é imperativo que as atividades de planejamento 
logístico, quer sejam de materiais ou de processos, estejam intimamente relacionadas 
com as funções de manufatura e marketing. 
O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês logistique e 
tem como uma de suas definições a .parte da arte da guerra que trata do 
planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, 
armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de 
material (para fins operativos ou administrativos).. 
 
 
SUPPLY CHAIN MANAGEMENT 
É uma ferramenta que, usando a Tecnologia da Informação (TI) possibilita à empresa 
gerenciar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e eficiência, Nestes tempos 
modernos em que a exigência de consumo atingiu o limite extremo, o SCM permite às 
empresas alcançarem melhores padrões de competitividade. 
Em qualquer sociedade industrializada ou não, produtos devem ser movimentados 
fisicamente entre o local onde estes são produzidos e o local onde estes produtos 
serão consumidos, 
Exceto em culturas muito primitivas, na qual cada família satisfaz suas próprias 
necessidades domésticas, o processo de troca se transforma em pedra fundamental 
da atividade econômica. 
Trocas acontecem quando existe uma discrepância entre quantidade, tipo e tempo dos 
produtos disponíveis e os produtos necessários. Se um número de indivíduos ou 
organizações dentro de uma sociedade tem um excedente de produtos que alguém 
precisa, tem-se a base para as trocas de mercadorias ou serviços. 
O alinhamento das empresas que trazem produtos ou serviços ao mercado tem sido 
chamado de cadeia de abastecimento/suprimentos – supply chain. E, um termo que 
tem crescido significativamente no uso e popularidade desde o final dos anos 80, 
embora considerável confusão exista sobre o que na realidade ele significa é o Supply 
Chain Management - SCM (gerenciamento da cadeia de abastecimento). 
Muitas pessoas usam de forma equivocada o termo como um substituto ou sinônimo 
para Logística. 
O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural do 
conceito de Logística. Enquanto a Logística representa uma integração interna de 
atividades, o Supply Chain Management representa sua integração externa, pois 
estende a coordenação dos fluxos de materiais e informações aos fornecedores e 
seus clientes finais, modificando comportamentos e trazendo uma integração nunca 
vista. 
Assim, de acordo com o International Center for Competitive Excellence – University of 
North Caroline, 1994, SCM é a integração dos processos de negócios do usuário final 
através de fornecedores (originais) que fornecem produtos, serviços e informações e 
agregam valor para os consumidores. 
Um número de importantes diferenças existe entre esta definição de SCM e a 
definição de Logística do CLM (Council of Logistic Management) – “Logística é o 
processo da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo de 
bens e serviços e as informações relativas, do ponto de origem ao ponto, de consumo 
de maneira eficiente e eficaz, buscando a satisfação das necessidades do cliente”. 
Pode-se afirmar que o SCM é uma abordagem sistêmica, altamente interativa e 
complexa, requerendo a consideração simultânea de muitos trade-offs (representa 
uma troca compensatória entre alguns parâmetros como custos, tempo, etc) pois ele 
expande as fronteiras organizacionais e deve assim considerar, trade-offs dentro e 
entre as organizações no que diz respeito por exemplo a estoques: aonde inventários 
devem ser mantidos e onde atividades diversas devem ser desenvolvidas dentro da 
cadeia de suprimentos.. 
A natureza dinâmica do meio ambiente de negócios requer gerenciamento para avaliar 
e monitorar a performance da cadeia de suprimentos regular e frequentemente. 
Quando as metas de performances não são alcançadas, o gerenciamento deve avaliar 
alternativas, possíveis para a cadeia de suprimentos. 
Para reforçar o entendimento do que é SCM e o que é Logística, pode-se citar 
Bowersox (98) que afirma ser, o “supplychain um termo que considera uma sequência 
de compradores ou vendedores trabalhando em conjunto para levar o produto da 
origem até a casa do consumidor” e, que a “Logística é o movimento de produtos e, da 
informação relativa a eles de um lugar a outro. Isto inclui transporte, armazenagem, 
movimentação de material, estoques e a informação inerente a tudo isto”. Em síntese 
o autor resume que “a Logística é a integração de todas estas partes de uma maneira 
sequenciada, éalgo que envolve a operação e o Supply Chain (e, por conseguinte seu 
gerenciamento) é uma estratégia, uma parte maior do negócio”. 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
I. De acordo com a filosofia de produção just in time, a produção tem início 
somente após o pedido do cliente, não havendo necessidade de manutenção 
de estoque disponível de mercadorias para venda. 
II. O sistema just-in-time é um método de gestão de estoques destinado a reduzir 
a probabilidade de desabastecimento do setor produtivo em função da 
maximização dos volumes em estoque. 
III. Comparando-se os sistemas just in time com o tradicional, aqueles envolvem 
ciclos curtos de produção e requerem flexibilidade para promover alterações de 
produtos; a indústria tradicional, ao contrário, sempre se beneficiou das 
economias de escala garantidas pelos longos ciclos. 
IV. Sistemas de produção embasados no método just in time são intensivos em 
utilização de espaço físico para estocagem de matéria-prima ou de 
mercadorias a serem vendidas pela organização. 
V. O sistema denominado kanban tem por objetivo controlar e balancear a 
produção, com eliminação dos desperdícios, e acionar um sistema de 
reposição de estoque pela indicação dos seguintes fatores: o que, quando e 
quanto fornecer e produzir. 
VI. Kanban é o sistema que gerencia os estoques e os fluxos empurrados em 
modelos como o just in time e o lean. 
VII. O Kanban é um método de produção com o objetivo de disponibilizar os 
materiais requeridos pela manufatura apenas quando forem necessários para 
que o custo de estoque seja menor 
VIII. Gerenciamento da cadeia de suprimentos (suply chain management) é uma 
técnica de administração de materiais cujo principal objetivo é a manutenção 
de baixos níveis de materiais em estoque. 
IX. O gerenciamento de suprimentos por meio da abordagem do Supply Chain 
Management tem como objetivo estratégico a realizar ações colaborativas que 
promovam a união de forças de empresas - cliente e fornecedora, cliente e 
cliente, ou fornecedora e fornecedora - visando a explorar as atividades 
logísticas em busca de vantagens mútuas. 
X. O estabelecimento da rede de fornecimento de forma definitiva permite o ajuste 
às mudanças estruturais da sociedade e às suas novas demandas 
 
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
Segundo Viana (2006): A classificação é o processo de aglutinação de materiais por 
características semelhantes. Grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques 
depende fundamentalmente de bem classificar os materiais da empresa. 
Classificar materiais é reunir itens de estoque de acordo com suas características 
semelhantes. O sistema classificatório permite identificar e decidir prioridades 
referentes a suprimentos na empresa. Uma eficiente gestão de estoques, em que os 
materiais necessários ao funcionamento da empresa não faltam, depende de uma boa 
classificação dos materiais. 
Dentro das empresas existem vários tipos de classificação de materiais. Estudaremos 
somente os mais comuns e conhecidos, o que lhe permitirá entender o processo e, se 
necessário, adaptá-los às necessidades de cada empresa. 
Para Viana (2006) um bom método de classificação deve ter algumas características: 
ser abrangente, flexível e prático: 
 Abrangência: deve tratar de um conjunto de características, em vez de reunir 
apenas materiais para serem classificados; 
 Flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação 
de modo que se obtenha ampla visão do gerenciamento do estoque; 
 Praticidade: a classificação deve ser simples e direta. 
 
Para atender às necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que norteie 
os vários tipos de classificação. 
Tipos de Classificação 
Para Viana (2006,) os principais tipos de classificação são: 
I. Por tipo de demanda 
II. Materiais Críticos 
III. Perecibilidade 
IV. Quanto à periculosidade 
V. Possibilidade de fazer ou comprar 
VI. Tipos de estocagem 
VII. Dificuldade de aquisição 
VIII. Mercado fornecedor 
 
Serão abordadas as principais características e subdivisões de cada um deles: 
I. Por tipo de demanda 
A classificação por tipo de demanda é uma classificação bastante utilizada nas 
empresas. Ela se divide em materiais não de estoque e materiais de estoque. 
MATERIAIS NÃO DE ESTOQUE 
São materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos parâmetros 
para o ressuprimento. Esses materiais são utilizados imediatamente, ou seja, a 
inexistência de regularidade de consumo faz com que a compra desses materiais 
somente seja feita por solicitação direta do usuário, na ocasião em que isso se faça 
necessário. 
O usuário é que solicita sua aquisição quando necessário. Devem ser comprados para 
uso imediato e se forem utilizados posteriormente, devem ficar temporariamente no 
estoque. 
MATERIAIS DE ESTOQUES 
São materiais que devem sempre existir nos estoques para uso futuro e para que não 
haja sua falta são criadas regras e critérios de ressuprimento automático. Devem 
existir no estoque, seu ressuprimento deve ser automático, com base na demanda 
prevista e na importância para a empresa. 
Os materiais de estoque se subdividem ainda; 
 Quanto à aplicação 
 Quanto ao valor de consumo 
 Quanto à importância operacional 
 
Quanto à aplicação eles podem ser: 
 Materiais produtivos: compreendem todo material ligado direta ou indiretamente ao 
processo produtivo. 
 Matérias primas: materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e 
fazem parte do processo produtivo. 
 Produtos em fabricação: também conhecidos como materiais em processamento 
são os que estão sendo processados ao longo do processo produtivo. Não estão mais 
no almoxarifado porque já não são mais matérias-primas, nem no estoque final porque 
ainda não são produtos acabados. 
 Produtos acabados: produtos já prontos. 
 Materiais de manutenção: materiais aplicados em manutenção com utilização 
repetitiva. 
 Materiais improdutivos: materiais não incorporados ao produto no processo 
produtivo da empresa. 
 Materiais de consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos setores 
da empresa. 
Quanto ao valor do consumo: 
Para que se alcance a eficácia na gestão de estoque é necessário que se separe de 
forma clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de valor de 
consumo. Para fazer essa separação nós contamos com uma ferramenta chamada de 
curva ABC ou Curva de Pareto, que será aprofundada posteriormente, que determina 
a importância dos materiais em função do valor expresso pelo próprio consumo em 
determinado período. 
Os materiais são classificados em materiais: 
 Materiais A: materiais de grande valor de consumo; 
 Materiais B: materiais de médio valor de consumo; 
 Materiais C: materiais de baixo valor de consumo. 
Quanto à importância operacional: 
Esta classificação leva em conta a imprescindibilidade ou ainda o grau de dificuldade 
para se obter o material. 
Os materiais são classificados em materiais: 
 Materiais X: materiais de aplicação não importante, com similares na empresa; 
 Materiais Y: materiais de média importância para a empresa, com ou sem similar; 
 Materiais Z: materiais de importância vital, sem similar na empresa, e sua falta 
ocasiona paralisação da produção. 
Quando ocorre a falta no estoque de materiais classificados como “Z”, eles provocam 
a paralisação de atividades essenciais e podem colocar em risco o ambiente, pessoas 
e patrimônio da empresa. São do tipo que não possuem substitutos em curto prazo. 
Os materiais classificados como “Y” são também imprescindíveis para as atividades da 
organização. Entretanto podem ser facilmente substituídos em curto prazo. 
Os itens “X” por sua vez são aqueles que não paralisam atividades essenciais, não 
oferecem riscos à segurança das pessoas, ao ambiente ou ao patrimônio da 
organização e são facilmente substituíveis porequivalentes e ainda são fáceis de 
serem encontrados. 
Para a identificação dos itens críticos devem ser respondidas as seguintes perguntas: 
 O material é imprescindível à empresa? 
 Pode ser adquirido com facilidade? 
 Existem similares? 
 O material ou seu similar podem ser encontrados facilmente? 
II. Materiais Críticos 
Classificação muito utilizada por indústrias. São materiais de reposição específica, 
cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como base o risco. Por 
serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer 
estocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de 
obsolescência. 
A quantidade de material cadastrado como material crítico dentro de uma empresa 
deve ser mínima. 
Os materiais são classificados como críticos segundo os seguintes critérios: 
• Críticos por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta 
no mercado; estratégico e de difícil obtenção ou fabricação. 
• Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de 
armazenagem ou de transporte. 
• Críticos por problemas de armazenagem ou transporte: materiais perecíveis, de 
alta periculosidade, elevado peso ou grandes dimensões. 
• Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso 
• Críticos por razões de segurança: materiais de alto custo de reposição ou para 
equipamento vital da produção. 
 
III. Perecibilidade 
Os materiais também podem ser classificados de acordo com a possibilidade de 
extinção de suas propriedades físico-químicas. Muitas vezes, o fator tempo influencia 
na classificação; assim, quando a empresa adquire um material para ser usado em um 
período, e nesse período o consumo não ocorre, sua utilização poderá não ser mais 
necessária, o que inviabiliza a estocagem por longos períodos. 
Quanto à possibilidade de se extinguirem, seja dentro do prazo previsto para sua 
utilização, seja por ação imprevista, os materiais podem ser classificados em: 
perecível e não perecível. 
A utilização da classificação por perecimento permite as seguintes medidas: 
 Determinar lotes de compra mais racionais, em função do tempo de 
armazenagem permitido; 
 Programar revisões periódicas para detectar falhas de estocagem a fim de 
corrigi-las e baixar materiais sem condições de uso; 
 Selecionar adequadamente os locais de estocagem, usando técnicas 
adequadas de manuseio e transporte de materiais, bem como transmitir 
orientações aos funcionários envolvidos quanto aos cuidados a serem 
observados. 
 
IV. Periculosidade 
O uso dessa classificação permite a identificação de materiais que devido a suas 
características físico-químicas, podem oferecer risco à segurança no manuseio, 
transporte, armazenagem. Ex. líquidos inflamáveis. 
 
V. Possibilidade de fazer ou comprar 
Esta classificação visa determinar quais os materiais que poderão ser 
recondicionados, fabricados internamente ou comprados: 
 Fazer internamente: fabricados na empresa; 
 Comprar: adquiridos no mercado; 
 Decisão de comprar ou fazer: sujeito à análise de custos; 
 Recondicionar: materiais passíveis de recuperação sujeito a análise de custos. 
 
VI. Tipos de Estocagem 
Os materiais podem ser classificados em materiais de estocagem permanente e 
temporária. 
Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de estoque e que 
necessitam de ressuprimento constantes. 
Temporária: materiais de utilização imediata e sem ressuprimento, ou seja, é um 
material não de estoque. 
 
VII. Dificuldade de Aquisição 
Os materiais podem ser classificados por suas dificuldades de compra em materiais de 
difícil aquisição e materiais de fácil aquisição. As dificuldades podem advir de: 
 Fabricação especial: envolve encomendas especiais com cronograma de fabricação 
longo; 
 Escassez no mercado: há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o 
processo produtivo; 
 Sazonalidade: há alteração da oferta do material em determinados períodos do ano; 
 Monopólio ou tecnologia exclusiva: dependência de um único fornecedor; 
 Logística sofisticada: material de transporte especial, ou difícil acesso; 
 Importações: os materiais sofrer entraves burocráticos, liberação de verbas ou 
financiamentos externos. 
 
VIII. Mercado Fornecedor 
Esta classificação está intimamente ligada à anterior e a complementa. Assim temos: 
 Materiais do mercado nacional: materiais fabricados no próprio país; 
 Materiais do mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país; 
 Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão desenvolvendo 
fornecedores nacionais. 
Acabamos de ver oito tipos principais de classificação de materiais, eles não 
necessitam trabalhar separadamente, e alguns deles recebem indicações explícitas 
para que trabalhem em conjunto com outra classificação, tornando mais eficaz a 
gestão dos estoques. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Codificação de material 
É a representação por meio de um conjunto de símbolos alfanuméricos ou 
simplesmente números que traduzem as características dos materiais, de maneira 
racional, metódica e clara, para se transformar em linguagem universal de materiais na 
empresa. Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano metódico e 
sistemático, dando a cada um deles determinado conjunto de caracteres. Portanto, 
depois de realizada a identificação do material, o passo subsequente consiste na 
atribuição de um código representativo dos elementos identificadores do item e que 
simboliza a identidade do material. A atribuição do código visa simplificar as operações 
na empresa, uma vez que todo um Conjunto de dados descritivos e individualizadores 
do material é substituído por um único símbolo representativo. O código torna-se tanto 
mais necessário quanto maior for o universo e a diversificação dos itens existentes 
transacionados na empresa. O registro e o controle principalmente das transações do 
material, com base apenas na nomenclatura do item, tornam-se impraticáveis e 
perigosos. Independentemente deste aspecto, com o incremento do processamento 
de dados, tornou-se obrigatória a introdução de códigos que viabilizam com eficiência 
a entrada e registro de dados em sistemas próprios.3.1.2. 
OBJETIVOS 
a)Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e compras; 
b)Evitar a duplicidade de itens no estoque c)Permitir as atividades de gestão de 
estoques e compras;d)Facilitar a padronização de materiais; e)Facilitar o controle 
contábil dos estoques. 
 
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE CODIFICAÇÃO: 
a) Expansivo: deve possuir espaço para novos itens; 
 b) Preciso: um código para cada material; 
c) Conciso: número mínimo de dígitos; 
d) Conveniente: ser facilmente compreendido; 
e) Simples: de fácil utilização; 
 
Tipos de codificação 
 Codificação alfabética 
Este processo representa os materiais por meio de letras, foi muito utilizado na 
codificação de livros ( Método Dewey), com a implementação da imprensa no mundo, 
o sistema agregou números a sua codificação, conseguindo com isto codificar a 
grande variedade de edições em suas categorias e classificações de assuntos, 
autores e áreas especificas. Atualmente está em desuso. 
Exemplo de aplicação do sistema alfabético: 
P - Pregos 
P/AA - Pregos 14 x 18 - 1 1/2 x 14 
P/AB - Pregos 16 x 20 - 2 1/4 x 12 
P/AC - Pregos 30 x 38 - 3 1/4 x 8 
 
 Codificação alfa-numérica 
 
Este processo agrupa números e letras, atualmente é um sistema muito utilizado na 
classificação de peças automotivas e na codificação de placas de automóveis. 
As quantidades de letras utilizadas e números são definidos pelo órgão ou empresa a 
qual adotou o sistema, não havendo uma regra específica. Desta forma o sistema 
pode se adaptar a cada necessidade. 
 
 Codificação numérica ou sistema Numérico ou Decimal 
 
 
CHAVE AGLUTINANTE: grupoque designa o agrupamento de materiais, também 
chamado de Chave dos Grandes Grupos. 
CHAVE INDIVIDUALIZADORA: Identifica cada material que constam do primeiro 
grupo (aglutinante). 
A atribuição consiste na adoção de algarismos arábicos. sendo o método mais 
utilizado, pela facilidade de ordenação sequencial de diversos itens e na adoção da 
informatização. 
CHAVE DESCRITIVA: descreve ou individualiza os materiais pertencentes ao 2º grupo 
individualizador. 
Uma das variações que pode aparecer em provas de concursos é a FSC ( federal 
supply classification) que tem a seguinte estrutura: 
XX-YY-ZZZZZZ-A, onde: 
XX – Grupos 
YY – Classes 
ZZZZZZ – Código de identificação 
A – dígito de controle 
 
 Código de barras 
 
 
 
 
Código de barras é uma representação gráfica de dados numéricos ou alfanuméricos. 
A decodificação (leitura) dos dados é realizada por um tipo de scanner - o leitor de 
código de barras -, que emite um raio vermelho que percorre todas as barras. Onde a 
barra for escura, a luz é absorvida; onde a barra for clara (espaços), a luz é refletida 
novamente para o leitor. Os dados capturados nessa leitura óptica são compreendidos 
pelo computador, que por sua vez converte-os em letras ou números humano-legíveis. 
 
A EAN Brasil– Associação Brasileira de Automação Comercial, atualmente GSI 
recebeu a incumbência de administrar no âmbito do território brasileiro o Código 
Nacional de Produtos, Sistema EAN/UCC. Conforme Decreto Lei nº 90595 de 
29.11.1984 e da Portaria nº 143 de 12.12.1984 do Ministério da Indústria e Comércio. 
 
Em 1986 foi estabelecido um acordo de cooperação entre a EAN Internacional e a 
UCC – Uniform Code Council Inc., entidade americana que administra o sistema UPC 
( Código Universal de Produtos) de numeração e código de barras, utilizado nos 
Estados Unidos e no Canadá. Esta aliança promoveu uma maior colaboração, 
intercambio e suporte técnico entre os parceiros comerciais. 
Com o advento do código de barras, a interação entre atacadistas e varejistas passou 
a ser feita através deste controle mais eficaz , gerando uma velocidade rápida e 
precisa na troca de informações quanto aos aspectos de movimentação de venda e 
gestão dos estoques, garantindo assim uma melhor qualidade e produtividade dos 
sistemas gerenciais. 
As atribuições do sucesso do código de barras estão distribuídas entre as entidades 
que colaboraram entre si , sendo: 
 
· UPC – Código Universal de Produtos 
 
· UCC – Uniform Code Council 
 
· EAN – European Article Numbering Association 
 
· EAN International 
Atualmente mais de 450.000 empresas em todo mundo utilizam o sistema EAN, 
atendendo as empresas em mais de 100 países. 
 
Estrutura numérica 
O código EAN/UPC é um sistema internacional que auxilia na identificação inequívoca 
de um item a ser vendido, movimentado e armazenado, sendo o EAN-13 o padrão 
utilizado mundialmente, exceto nos EUA e Canadá. A estrutura numérica do código 
(que geralmente mostra os números que representa abaixo das barras) leva as 
seguintes informações (tomando-se como exemplo o código 7898357411232): 
 
 os 3 primeiros dígitos representam a origem da organização responsável por 
controlar e licenciar a numeração. Os 3 primeiros dígitos NÃO indicam origem 
de produto ou da empresa detentora dos códigos; 
 os próximos dígitos, que podem variar de 4 a 7, representam a identificação da 
empresa proprietária de tal prefixo; no exemplo é 835741 (6 dígitos); 
 os dígitos 123 representam a identificação do produto, e são atribuídos pelo 
fabricante, quando o mesmo possuí um prefixo próprio; 
 o último dígito 2 é chamado de dígito verificador e confirma matematicamente 
que os dígidos precedentes estão corretos. 
 
No total o código EAN-13 deve ter 13 dígitos. Vale ressaltar que os números da 
empresa variam de empresa para empresa, os números que identificam o item variam 
de item para item e o dígito verificador deve ser recalculado a cada variação na 
numeração. Existem outros tipos de códigos padrões para diversas aplicações. 
 
O sistema EAN é constituído de: 
 Um sistema para numerar itens ( produtos de consumo e serviços, unidades de 
transporte, localizações, e outros ramos,...) permitindo que sejam identificados. 
 Um sistema para representar informações suplementares. 
 Código de barras padronizados para representar qualquer tipo de informação que 
possa ser lida facilmente por computadores (escaneada). 
 Um conjunto de mensagens EANCOM para transações pelo Intercambio Eletrônico 
de documentos ( EDI). 
 
Razões de utilização 
Dentre muitos se apresentam: 
1. Padrão utilizado internacionalmente em mais de 100 países. 
 
2. Cada identificação de mercadoria é única no mundo. 
 
3. Decodificações rápidas do símbolo, gerando informações instantâneas. 
 
4. Linguagem comum no intercambio de informações entre parceiros comerciais. 
 
 Vantagens para a indústria 
 
 Conhecimento exato do comportamento de cada produto no mercado. 
 
 Estabelecimento de uma linguagem comum com os clientes,. 
 
 Organização interna, mediante a codificação de embalagens de despacho e da 
matéria prima. 
 
 Controle de inventários e do estoque, expedição de mercadorias. 
 
 Padronização nas exportações. 
 
 Aproximação do consumidor ao produto (merchandising) 
 
 Possibilidade de utilizar o Intercambio eletrônico de Documentos (EDI). 
Vantagens para o comércio 
 
 Otimiza o controle de estoque. 
 Aumenta a eficiência no ponto de venda: elimina erros de digitação, diminui o 
tempo das filas. 
 Otimiza a gestão de preços e de crédito. 
 Melhora o controle do estoque central. 
 Obtém informações confiáveis para uma melhor negociação. 
 Vende mais com maior lucro. 
 Atende as mudanças rápidas dos hábitos de consumo. 
 Melhora o serviço ao cliente. 
 Estabelece linguagem comum com fornecedor. 
 
 Vantagens para o consumidor 
 
o Cupom fiscal detalhado. 
 
o Passagem rápida no check-out 
 
o Eliminação de erros de digitação em sua compra. 
 
o Preço correto nas gôndolas. 
 
o Linhas de produtos a venda de composição mais adequada ao perfil da 
clientela 
 
 
Distribuição 
 
 
O marketing moderno considera a distribuição uma das fases mais críticas dos 
negócios. Dela depende parte importante da qualidade percebida pelo cliente, isto é, o 
que ele sente ao comparar sua satisfação com suas expectativas. Confiabilidade de 
entrega é fruto do recebimento da mercadoria no prazo correto, com embalagem 
correta, sem danos causados pelo transporte e erros no faturamento, e com o suporte 
de um serviço de atendimento ao cliente que resolva seus problemas com presteza e 
urbanidade, estes são eficazes instrumentos no chamado marketing de 
relacionamento. 
A distribuição começa na fabrica do fornecedor e termina nas mãos do cliente final. 
Como os bens estão em constante movimento nesse ínterim, devemos identificar em 
cada estagio como eles se movimentam (o modal de transporte) e quem faz a 
movimentação (o operador de transporte). A distribuição física representa um custo 
significativo para a maioria dos negócios, impactando diretamente na competitividade, 
de acordo com sua velocidade, confiabilidade e controlabilidade (capacidade de 
rastreamento e ação), ao entregar aos consumidores dentro do prazo. 
Mas, qual o melhor modal? Transporte rodoviário, aéreo, marítimo, ferroviário? Para 
cada rota há uma possibilidade de escolha, que deve ser feita mediante uma analise 
profunda de custos, muito além de uma simples análise do custo baseada em peso 
por quilometragem (Kg/Km). Para cada ligação no canal logístico, cada modo 
apresenta vantagens particulares. 
Administrar o transporte significa tomar decisões sobre um amplo conjunto de 
aspectos. Essas decisões podem ser classificadas em dois grandes grupos: Decisões 
estratégicase Decisões operacionais. As decisões estratégicas se caracterizam pelos 
impactos de longo prazo e se referem basicamente a aspectos estruturais. As 
decisões operacionais são geralmente de curto prazo e se referem às tarefas do dia a 
dia. São basicamente quatro as principais decisões estratégicas no transporte: 
 Escolha de Modais; 
 Decisões sobre propriedade da frota; 
 Seleção e negociação com transportadores; 
 Política de consolidação de cargas. 
Principais decisões em curto prazo: 
 Planejamento de embarques; 
 Programação de veículos; 
 Roteirizarão; 
 Auditoria de fretes; 
 Gerenciamento de avarias. 
 Seleção da Modalidade de Transporte: 
 
A seleção da modalidade de transporte depende de dois fatores primordiais: 
a) A diferença entre o preço de venda do produto na origem e no local de 
consumo, fator este conhecido. 
b) O custo de transporte entre o centro de produção do produto e o local de 
consumo, fator que para ser calculado depende de dois aspectos: 
I. Característica da carga a ser transportada: envolve tamanho, peso, valor 
unitário, tipo de manuseio, condições de segurança, tipo de embalagem, 
distancia a ser transportado, prazo de entrega e outros. 
II. Características das modalidades de transporte: condições da infra-estrutura 
da malha de transportes, condições de operação, tempo de viagem, custo e 
frete, mão-de-obra envolvida e outros. 
 
Também influem na seleção da modalidade de transporte outros fatores: 
a) Tempo: cada modalidade apresenta um tempo diferente em função de suas 
próprias características 
b) Custo: cada modalidade tem seu componente de custos, que determina o valor do 
frete. 
c) Manuseio: cada modalidade está sujeita a determinadas operações de carga e 
descarga, nas quais a embalagem permite facilitar o manuseio, reduzir perdas e 
racionalizar custos. 
d) Rotas de viagem: cada modalidade envolve maior ou menor numero de viagens, 
podendo a empresa adotar o transporte intermodal sempre que o custos do transporte 
possam ser racionalizados. 
O transporte representa um dos elementos mais importantes na composição dos 
custos logísticos de uma empresa. Segundo BALLOU(1998), o transporte é capaz de 
absorver entre 33,3 e 66,6% dos custos logísticos totais. Surge, então, a necessidade 
de se entender os fundamentos do transporte e sua influência no desempenho 
logístico da empresa. 
O Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior classifica o 
Sistema de Transporte quanto à forma em: 
 Modal: envolve apenas uma modalidade (ex.: Rodoviário); 
 Intermodal: envolve mais de uma modalidade (ex.: Rodoviário e 
Ferroviário); 
 Multimodal: envolve mais de uma modalidade, porém, regido por um 
único contrato; 
o Segmentados: envolve diversos contratos para diversos modais; 
 Sucessivos: quando a mercadoria, para alcançar o destino final, necessita 
ser transbordada para prosseguimento em veículo da mesma modalidade de 
transporte (regido por um único contrato). 
Todas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens. Algumas são 
adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras não. Segue 
descrição sucinta dos diversos modais. 
Tipos de Modais 
Rodoviário 
O transporte rodoviário apresenta baixo custo inicial de implantação, exigindo apenas 
a construção do leito, uma vez que os veículos pertencem a terceiros. Trata-se do 
sistema de transporte mais utilizado no país, apesar de registrar elevado custo 
operacional e excessivo consumo de óleo diesel. Possui grande flexibilidade 
operacional, permitindo acessos a pontos isolados. Apresenta grande competitividade 
para o transporte de cargas dispersas, isto é, não concentradas na origem ou no 
destino e o de curtas distâncias, onde seu maior custo operacional é compensado pela 
eliminação de transbordos. O transporte rodoviário na América do Sul é regido pelo 
Convênio sobre Transporte Internacional Terrestre entre Brasil, Argentina, Bolívia, 
Chile, Paraguai, Uruguai e Peru, firmado em Santiago do Chile, 1989. Esse convênio 
regulamenta os direitos e obrigações no tráfego regular de caminhões em viagens 
entre os países consignatários (MDCI 2002). No Brasil algumas rodovias ainda 
apresentam estado de conservação ruim, aumentando os custos com manutenção dos 
veículos. Além disso, a frota é antiga e sujeita a roubo de cargas. 
VANTAGENS 
 
 
 
ransportadora. 
DESVANTAGENS 
 
 
 
 
rastreamento de veículos por satélite, bloqueio remoto de combustível, entre outras 
tecnologias, estão sendo utilizadas por empresas do setor de transporte, visando 
reduzir os riscos de transporte. Ocorre que essas tecnologias possuem elevados 
custos de aquisição, de maneira que grande parte da frota rodoviária de carga 
encontra-se à margem dessas inovações. 
Ferroviário 
O transporte ferroviário possui um custo de implantação elevado, não apenas pela 
exigência de leitos mais elaborados, como também pela aquisição simultânea do 
material rodante, constituído de locomotivas e vagões. Apresenta baixo custo 
operacional e pequeno consumo de óleo diesel, em relação ao transporte rodoviário. 
Não apresenta grande flexibilidade, operando através de pontos fixos, caracterizados 
por estações e pátios de carga, sendo muito competitivo no transporte de cargas com 
origem e destinos fixos e para longas distâncias, onde os transbordos realizados na 
origem e no destino são compensados pelo menor custo do transporte. O transporte 
ferroviário na América do Sul também é regido pelo Convênio sobre Transporte 
Internacional. O transporte ferroviário é adequado para o transporte de mercadorias 
agrícolas, derivados de petróleo, minérios de ferro, produtos siderúrgicos, fertilizantes, 
entre outros. 
VANTAGENS 
 
 
DESVANTAGENS 
 
 
 
DUTOVIARIO. 
O transporte dutoviario é feito através de tubos (dutos), baseando se na diferença de 
pressão. Sua utilização privilegia materiais fluidos, tal como gases, líquidos e sólidos 
granulares. O sistema apresenta elevado custo de implantação e baixo custo 
operacional. Possui pequena flexibilidade, operando apenas entre pontos fixos, que 
são as estações de bombeamento e recalque. No entanto, o transporte dutoviário 
registra muita competitividade para o transporte em alta velocidade de grandes 
quantidades de fluidos. 
VANTAGENS 
 
 
DESVANTAGENS 
 
HIDROVIÁRIO ou AQUAVIÁRIO 
O transporte hidroviário apresenta baixo custo de implantação, quando da ocorrência 
de uma via natural. Tal custo, no entanto, aumenta bastante se houver necessidade de 
construção de canais, barragens e eclusas, por exemplo. Seu custo operacional, 
pequeno em vias perenes de grande calado, aumenta de maneira sensível em vias de 
baixo calado e de utilização sazonal, onde não é possível operar em períodos de seca. 
Apresenta baixa velocidade operacional e alcance limitado ao curso natural da via 
utilizada. Atinge excelente competitividade quando satisfeitas as condições de via 
natural, perene e de grande calado. 
VANTAGENS 
 
DESVANTAGENS 
 
meteorológicas. 
AEROVIÁRIO 
O transporte aeroviário apresenta baixo custo de instalação e elevado custo 
operacional. Registra grande flexibilidade e permite o acesso a pontos isolados do 
país, com alta velocidade operacional. É o meio ideal para o transporte de 
mercadorias de grande valor e de materiais perecíveis em situações excepcionais. 
Algumas dessas situações são catástrofes, guerras e epidemias. Devido a seu 
elevado custo operacional, o transporte aéreo não é apresentado como alternativa, 
limitando-se sua utilização a casos específicos. É o transporte adequado para 
mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com urgência na entrega. 
VANTAGENS 
 
 
 aeroportos normalmente estão localizados mais próximos dos centros de 
produção. 
DESVANTAGENS 
 
 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
I. Os materiais processados ao longo das diversas seções que compõem o processo 
produtivo da empresa são denominadosmatérias-primas. 
II. No gerenciamento de estoques, um artigo com demanda previsível, e que pela sua 
relevância esteja sujeito ao controle de obsolescência, é considerado um material 
crítico. 
III.O critério de durabilidade deve ser o único parâmetro para a classificação 
orçamentária de um material em consumo ou permanente. 
IV. Materiais escassos no mercado , de alto custo de aquisição, armazenagem ou 
transporte e de difícil previsão são classificados como materiais críticos. 
V. Materiais que requerem cuidados especiais na armazenagem e no transporte são 
classificados como materiais críticos. 
VI. Quanto ao tipo de demanda, os materiais devem ser classificados em materiais de 
estoque e não de estoque 
VII. A codificação pode evitar a duplicidade de itens no estoque e procura facilitar a 
padronização de materiais. 
VIII. A classificação XYZ é um método de análise qualitativa que determina a 
criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital. Os itens X são aqueles 
considerados vitias ou críticos para a produção, sem similar no hospital. 
IX.O modal ferroviário apresenta o menor custo fixo dentre todos os modais e o maior 
custo variável. 
X.O sistema alfabético, por ser de fácil memorização, é o mais indicado para a 
classificação de materiais. 
XI. O transporte intermodal envolve, além da inter-relação física entre as modalidades, 
a integração de responsabilidades, conhecimentos, programações, cobrança de fretes 
e demais despesas. 
XII. A taxa cobrada por uma transportadora depende de certas características do item 
transportado, como seu valor financeiro, sua densidade e(ou) peso, sua embalagem e 
o risco de sua deterioração. 
XIII. Dentre outros, a demanda pelo transporte aéreo é condicionada por fatores 
econômicos do país e por fatores relacionados à infraestrutura aeroportuária. 
XIX. O modal rodoviário é o mais indicado para transportar matérias-primas como 
carvão, madeira e produtos químicos e também produtos de baixo valor agregado, 
como alimentos, papel e produtos de madeira. 
XV. No Brasil, apesar de inciativas como a privatização de portos e ferrovias, o modal 
rodoviário ainda é dominante na matriz de transporte. No entanto, na análise da 
característica operacional desse modal, constata-se que a menos eficiente é 
capacidade. 
 
 
Função Compras 
 
 
Esta função passou a conquistar seu espaço e reconhecimento ao longo do tempo, 
sendo que saber comprar de forma mais adequada para a organização é determinante 
para sua permanência no mercado. Seu desenvolvimento e equilíbrio visando as 
diferentes necessidades dos diversos setores existentes dentro de uma empresa. 
No processo de suprimento de materiais e serviços, a função de compras constitui um 
elemento crucial, sendo que a escolha certa dos insumos e fornecedores repercutirá 
no preço final do produto a ser ofertado. 
Uma vez evidenciada a relevância da aquisição de materiais em quantidade e 
qualidade compatíveis com as expectativas da empresa, pode-se inferir que a redução 
dos custos e a maximização dos lucros são variáveis que se vinculam 
substancialmente ao ato da compra. 
Outro aspecto a ser ressaltado no assunto abordado é a questão da disponibilidade 
dos materiais e serviços no prazo adequado, ou seja, quanto mais eficiente for o lead 
time de compra – lapso temporal entre a decisão de compra de um item e sua efetiva 
liberação pelo controle de qualidade para adesão ao estoque, ou fornecimento à 
produção – mais otimizada será a aplicação e a oferta dos produtos e serviços. 
“A inadequação de especificações, prazos, performance e preços causam transtorno 
ao processo operacional com atrasos na produção, não-atendimento da qualidade, 
elevação dos custos e insatisfação do cliente.” (POZO, 2002, p. 140) 
Neste contexto, a capacidade de diferenciação, bem como a eficácia no processo, 
tornam-se variáveis determinantes na valorização do produto, minimização de custos e 
conquista de novos clientes. 
Objetivos da Função Compras 
Como já mencionado no tópico inicial, o setor de compras tem a grande 
responsabilidade de suprir a empresa com os insumos adequados às particularidades 
da organização, atendendo as necessidades do mercado. 
Outrossim, obter e coordenar o fluxo contínuo de suprimentos de modo a atender aos 
programas de produção; comprar os materiais aos melhores preços, não fugindo aos 
parâmetros qualitativos e quantitativos; e procurar as melhores condições para a 
empresa, são alguns dos objetivos do setor de compras. (DIAS, 2005) 
Tendo em vista a evolução dos objetivos da função compras, pode-se constatar que a 
mesma ocorreu, em grande parte, em função da globalização, a qual desenvolveu 
fornecedores mais especializados, graças à evolução das tecnologias e o surgimento 
da internet – responsável atualmente pela realização de grande parte dos negócios no 
mundo inteiro. 
Os objetivos de compras devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da 
empresa como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente externo e interno. 
Essa preocupação tem tornado a função compras extremamente dinâmica, utilizando-
se de tecnologias cada vez mais sofisticadas. 
Compras e Níveis de Estoque 
Ao setor de compras também é designada a difícil tarefa de equilibrar a quantidade de 
materiais a serem comprados para que os demais departamentos da empresa 
encontrem-se satisfeitos continuamente. 
Conforme discorre Arnold (1999, p. 212), “a quantidade é importante porque 
influenciará o modo como o produto será projetado, especificado e fabricado.” 
Destarte, a quantidade aproximada a ser adquirida pelo setor de compras poderá ser 
visualizada através da demanda de mercado. 
Da mesma forma, é importante que se consiga “otimizar o investimento, aumentando o 
uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as necessidades de capital investido 
em estoques”. 
Sabe-se que altos níveis de estoque significam segurança para o setor de produção. 
Porém, os mesmos acarretam exacerbados custos, tanto de armazenagem, como 
custo do capital investido, custos para o controle, bem como despesas com o pessoal 
encarregado. 
Segundo Pozo (2002, p. 38), “se os estoques forem mínimos a empresa pode usar 
esse capital não para especular no sistema financeiro e estagnar, mas para aprimorar 
seus recursos”. 
Não obstante, nível de estoque muito baixo pode ser um fator de extremo risco para a 
organização. Sendo que pode ocasionar a ruptura dos estoques, a qual reflete em 
parada na produção, e consequentemente em atraso de entregas e em insatisfação e 
perda de clientes. 
Toda empresa na consecução de seus objetivos necessita de grande interação entre 
todos os seus departamentos ou processos, no caso de assim estar organizada. (...) A 
área de compras interage intensamente com todas as outras, recebendo e 
processando informações, como também alimentando outros departamentos de 
informações úteis às suas tomadas de decisão. (MARTINS & ALT, 2001, p. 68) 
Logo, é primordial que se consiga, segundo Dias (2005, p. 20), “conciliar da melhor 
maneira os objetivos dos departamentos, sem prejudicar a operacionalidade da 
empresa, assim como a definição da política dos estoques”. 
Não obstante, a dificuldade se encontra na determinação da quantidade de material 
que a empresa deve estocar. Porém, para isso existem várias técnicas, as quais 
consideram a estimativa de demanda, o tempo de reposição, dentre outros fatores que 
devem ser analisadas respeitando as peculiaridades de cada organização. 
A Escolha dos Fornecedores 
Segundo Arnold (1999, p. 218), “uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a 
segunda decisão mais importante refere-se ao fornecedor certo.” 
Não obstante, pode-se aludir que o melhor fornecedor é aquele que oferece um bom 
prazo de pagamento, juntamente com o prazo de entrega almejado pela empresa, 
aliado a um bom preço, porém com a máxima qualidade e a melhor tecnologia. 
Tendo emvista a dificuldade de encontrar um fornecedor que possua todos os 
requisitos supracitados, cabe ao setor de compras analisar qual é a sua verdadeira 
necessidade no que diz respeito ao preço e ao prazo que a empresa necessita. 
Conforme Gurgel (1996, p. 47), “a seleção do fornecedor deverá obedecer a critérios 
adequados que levarão em conta cada mercado fornecedor e as características do 
artigo a comprar.” 
Tampouco, é importante que se faça um estudo acerca de todos os fornecedores 
selecionados, para que seja possível uma avaliação correta sobre suas instalações, 
seu desempenho, sua capacidade e condição financeira, bem como a assistência 
técnica que oferece, dentre outros fatores que confirmam sua idoneidade. (DIAS, 
2005). 
Ademais, é essencial que o departamento de compras procure manter um bom 
relacionamento com seus fornecedores e, da mesma forma, possua mais de uma 
opção de fornecedor para cada produto que utiliza. Afinal, a união desses dois fatores 
pode garantir que a segurança no processo de reposição seja ainda maior. 
A escolha de um fornecedor é uma das atividades fundamentais e prerrogativa 
exclusiva de compras. O bom fornecedor é quem vai garantir que todas aquelas 
clausulas solicitadas, quando de uma compra, sejam cumpridas. Deve o comprador 
procurar, de todas as maneiras, aumentar o número de fornecedores em potencial a 
serem consultados, de maneira que se tenha certeza de que o melhor negócio foi 
executado em benefício da empresa. O número limitado de fornecedores a serem 
consultados, constituem uma limitação das atividades de compras. 
O processo de seleção das fontes de fornecimento não se restringe a uma única 
ocasião, ou seja, quando e necessária a aquisição de determinado material. A 
atividade deve ser exercida de forma permanente e contínua, através de várias 
etapas, entre as quais selecionamos as seguintes: 
ETAPA 1 - Levantamento e Pesquisa de Mercado 
Estabelecida a necessidade da aquisição para determinado material, e necessário 
levantar e pesquisar fornecedores em potencial. O levantamento poderá ser realizado 
através dos seguintes instrumentos: 
- Cadastro de Fornecedores do órgão de Compras; 
- Edital de Convocação; 
- Guias Comerciais e Industriais; 
- Catálogos de Fornecedores; 
- Revistas especializadas; 
- Catálogos Telefônicos; 
- Associações Profissionais e Sindicatos Industriais. 
ETAPA 2 - Análise e Classificação 
Compreende a análise dos dados cadastrais do fornecedor e a respectiva 
classificação quanto aos tipos de materiais a fornecer, bem como, a eliminação 
daqueles fornecedores que não satisfizerem as exigências da empresa. 
ETAPA 3 - Avaliação de Desempenho 
Esta etapa é efetuada pós - cadastramento e nela faz-se o acompanhamento do 
fornecedor quanto ao cumprimento do contratado, servindo não raras vezes como 
elemento de eliminação das empresas fornecedoras. 
 
Estratégias de Aquisição de Recursos Materiais e Patrimoniais 
A definição de uma estratégia correta de compras pode dar à empresa uma grande 
vantagem competitiva. Se por um lado ela decidir produzir mais internamente, ganha 
dependência, mas perde flexibilidade. Por outro lado, se decidir comprar mais de 
terceiros em detrimento de fabricação própria, pode tornar-se dependente. Nesse 
caso, deve decidir também o grau de relacionamento que deseja com seus parceiros. 
Componentes que são vitais para o produto final eram sempre fabricados 
internamente. Essa concepção está mudando com o desenvolvimento de parcerias 
estratégicas nos negócios. Outra situação praticamente determinante é aquela em que 
a fabricação de um componente exige altos investimentos, fora do alcance de 
eventuais fornecedores. Mesmo assim, são usuais as situações em que um grande 
fabricante financia as instalações de um futuro fornecedor, pois não interessa a ele 
produzir o referido componente. 
Quando se tem uma demanda simultaneamente alta e estável, a fabricação dos 
materiais necessários internamente pode ser uma boa opção. 
Basicamente podemos ter duas estratégias operacionais que irão definir as estratégias 
de aquisição dos bens materiais, a verticalização e a horizontalização. Ambas têm 
vantagens e desvantagens e, de um modo geral, o que é vantagem em uma passa a 
ser desvantagem na outra e vice-versa. 
 
Verticalização 
A verticalização é a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o 
que puder, ou pelo menos tentará produzir. Foi predominante no início do século, 
quando as grandes empresas praticamente produziam tudo que usavam nos produtos 
finais ou detinham o controle acionário de outras empresas que produziam os seus 
insumos. O exemplo clássico é o da Ford, que produzia o aço, o vidro, centenas de 
componentes, pneus e até a borracha para a fabricação dos seus automóveis. A 
experiência da plantação e seringueiras no Brasil, na Fordlândia no Amazonas, até 
hoje é citada como exemplo. s principais vantagens da verticalização são a 
independência de terceiros – a empresa tem maior liberdade a alteração de suas 
políticas, prazos e padrão de qualidade, além de poder priorizar um produto em 
detrimento de outro que naquele momento é menos importante, ficando com ela os 
lucros que seriam e passados aos fornecedores e mantendo o domínio sobre 
tecnologia própria – a tecnologia que o fornecedor desenvolveu, muitas vezes com a 
ajuda da empresa, não será utilizada também para os concorrentes. 
A estratégia da verticalização apresenta também desvantagens. Ela exige maior 
investimento em instalações e equipamentos. Assim, já que a empresa está 
envolvendo mais recursos e imobilizando-os, ela acaba tendo menor flexibilidade para 
alterações nos processos produtivos, seja para incorporar novas tecnologias ou para 
alterar volumes de produção decorrentes de variações no mercado – quando se 
produz internamente é difícil e custosa a decisão de parar a produção quando a 
demanda é baixa e comprar novos equipamentos e contratar mais funcionários para 
um período incerto de alta procura. 
Horizontalização 
A horizontalização consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível 
dos itens que compõem o produto final ou os serviços de que necessita. É tão grande 
a preferência da empresa moderna por ela que, hoje em dia, um dos setores de maior 
expansão foi o de terceirização e parcerias. De um modo geral não se terceiriza os 
processos fundamentais (core process), por questões de detenção tecnológica, 
qualidade do produto e responsabilidade final sobre ele. 
Entre as principais vantagens da horizontalização estão a redução de custos – não 
necessita novos investimentos em instalações industriais; maior flexibilidade para 
alterar volumes de produção decorrentes de variações no mercado – a empresa 
compra do fornecedor a quantidade que achar necessária, pode até não comprar nada 
determinado mês; conta com knowhow dos fornecedores no desenvolvimento de 
novos produtos (engenharia simultânea).A estratégia de horizontalização apresenta 
desvantagens como a possível perda do controle tecnológico e deixar de auferir o 
lucro decorrente do serviço ou fabricação que está sendo repassada. 
 
Tipos de Compras 
Toda e qualquer ação de compra é precedida por um desejo de consumir algo ou 
investir. Existem, pois, basicamente, dois tipos de compra: 
- a compra para consumo e; 
- a compra para investimento. 
 
Compra para investimento 
Enquadram-se as compras de bens e equipamentos que compõem o ativo da empresa 
(Recursos Patrimoniais ). 
Compras para consumo 
São de matérias primas e materiais destinados a produção, incluindo-se a parcela de 
material de escritório. Algumas empresas denominam este tipo de aquisição como 
compras de custeio. 
As compras para consumo, segundo alguns estudiosos do assunto, subdividem-se 
em: 
- compras de materiais produtivos e; 
- compras de material improdutivo. 
Materiais Produtivos 
São aqueles materiais queintegram o produto final, portanto, neste caso, matéria-
prima e outros materiais que fazem parte do produto, sendo que estes diferem de 
indústria - em função do que é produzido. 
Materiais improdutivos 
São aqueles que, sendo consumido normal e rotineiramente, não integram o produto, 
o que quer dizer que é apenas material de consumo forçado ou de custeio. Em função 
do local onde os materiais estão sendo adquiridos, ou de suas origens, a compra pode 
ser classificada como: Compras Locais ou Compras por Importação. 
 
COMPRA NORMAL 
Quando realizada em prazo ou em condições que permita obter as melhores 
vantagens técnico-comerciais, através da utilização do fluxo básico de compra. 
COMPRA EM EMERGÊNCIA 
Ocorre por falha de planejamento ou por causas acidentais, sendo realizada com a 
supressão de várias etapas do fluxo básico, o que reduz o poder de negociação da 
empresa. 
 
Compras Locais 
As atividades de compras locais podem ser exercidas na iniciativa privada e no serviço 
público. A diferença fundamental entre tais atividades é a formalidade no serviço 
público e a informalidade na iniciativa privada, muito embora com procedimentos 
praticamente idênticos, independentemente dessa particularidade. As Leis nº 8.666/93 
e 8.883/94, que envolvem as licitações no serviço público, exigem total formalidade. 
Seus procedimentos e aspectos legais serão detalhados em Compras no Serviço 
Público. 
Compras por Importação 
As compras por importação envolvem a participação do administrador com 
especialidade em comércio exterior, motivo pelo qual não cabe aqui nos 
aprofundarmos a esse respeito. Seus procedimentos encontram-se expostos a 
contínuas modificações de regulamentos, que compreendem, entre outras, as 
seguintes etapas: 
a. Processamento de faturas pro forma; 
b. Processamento junto ao Departamento de Comércio Exterior - DECEX – dos 
documentos necessários à importação; 
c. Compra de câmbio, para pagamento contra carta de crédito irrevogável; 
d. Acompanhamento das ordens de compra (purchaseorder) no exterior; 
e. Solicitação de averbações de seguro de transporte marítimo e/ou aéreo; 
f. Recebimento da mercadoria em aeroporto ou porto; 
g. Pagamento de direitos alfandegários; 
h. Reclamação à seguradora, quando for o caso. 
 
Quanto a formalização das compras, as mesmas podem ser: 
Compras Formais 
São as aquisições de materiais em que é obrigatória a emissão de um documento de 
formalização de compra. Estas compras são determinadas em função de valores pré-
estabelecidos e conforme o valor a formalidade e feita em graus diferentes. 
Compras informais 
São compras que, por seu pequeno valor, não justificam maior processamento 
burocrático. 
 
Sequência Lógica de Compras 
Para se comprar bem é preciso conhecer as respostas de cinco perguntas, as quais 
irão compor a lógica de toda e qualquer compra: 
- O que comprar? R. - Especificação / Descrição do Material 
Esta pergunta deve ser respondida pelo requisitante, que pode ou não ser apoiado por 
áreas técnicas ou mesmo compras para especificar o material. 
- Quanto e Quando comprar? R.- É função direta da expectativa de consumo, 
disponibilidade financeira, capacidade de armazenamento e prazo de entrega. 
A maior parte das variáveis acima deve ser determinada pelo órgão de material ou 
suprimento no setor denominado gestão de estoques. 
A disponibilidade financeira deve ser determinada pelo orçamento financeiro da 
Empresa. 
A capacidade de armazenamento é limitada pela própria condição física da Empresa. 
- Onde comprar? R.- Cadastro de Fornecedores. 
É de responsabilidade do órgão de compras criar e manter um cadastro confiável 
(qualitativamente) e numericamente adequado (quantitativa). 
Como suporte alimentador do cadastro de fornecedores deve figurar o usuário de 
material ou equipamentos e logicamente os próprios compradores. 
- Como comprar? R.- Normas ou Manual de Compras da Empresa. 
Estas Normas deverão retratar praticamente a política de compras na qual se 
fundamenta a Empresa. Originadas e definidas pela cúpula Administrativa deverão 
mostrar entre outras, competência para comprar, contratação de serviços, tipos de 
compras, fórmulas para reajustes de preços, formulários e rotinas de compras, etc. 
- Outros Fatores 
Além das respostas as perguntas básicas o comprador deve procurar, através da sua 
experiência e conhecimento, sentir em cada compra qual fator que a influencia mais, a 
fim de que possa ponderar melhor o seu julgamento. Os fatores de maior influência na 
compra são: Preço; Prazo; Qualidade; Prazos de Pagamento; Assistência Técnica. 
 
Organização do Serviço de Compras 
As compras podem ser centralizadas ou não. O tipo de empreendimento é que vai 
definir a necessidade de centralizar. 
Uma prática muito usada é ter um comitê de compras, em que pessoas de todas as 
área da empresa participem das decisões. As vantagens da centralização dos serviços 
de compras são sempre postas em dúvida pelos departamentos que necessitam de 
materiais. De modo geral, a centralização apresenta aspectos realmente positivos, 
pela redução dos preços médios de aquisição, apesar de, em certos tipos de compras, 
ser mais aconselhável à aquisição descentralizada. 
 
Vantagens de Centralizar: 
a) visão do todo quanto à organização do serviço; 
b) poder de negociação para melhoria dos níveis de preços obtidos dos fornecedores; 
c) influência no mercado devido ao nível de relacionamento com os fornecedores; 
d) análise do mercado, com eficácia, em virtude da especialização do pessoal no 
serviço de compras; 
e) controle financeiro dos compromissos assumidos pelas compras associado a um 
controle de estoques; 
f) economia de escala na aquisição centralizada, gerando custos mais baixos; 
g) melhor qualidade, por causa da maior facilidade de implantação do sistema de 
qualidade; 
h) sortimento de produtos com mais consistência, para suportar as promoções 
nacionais; 
i) especialização das atividades para o pessoal da produção não perder muito tempo 
com contatos com os vendedores. 
 
O uso de comitê tem as seguintes vantagens: 
a) larga faixa de experiência é aplicada nas decisões; 
b) as decisões são tomadas numa atmosfera mais científica; 
c) o nível de pressões sobre compras é mais baixo, melhorando as relações dos 
compradores com o pessoal interno e os vendedores; 
d) a co-participação das áreas dentro do espírito de engenharia simultânea, cria um 
ambiente favorável para melhor desempenho tanto do ponto de vista político, como 
profissional. 
 
Pontos importantes para descentralização: 
a) adequação da compra devido ao conhecimento dos problemas específicos da área 
onde o comprador exerce sua atividade. 
b) menor estoque e com uma variedade mais adequada, por causa de peculiaridades 
regionais da qualidade, quantidade, variedade. 
c) coordenação, em virtude do relacionamento direto com o fornecedor, levando a 
unidade operacional a atuar de acordo com as necessidades regionais. 
d) flexibilidade proporcionada pelo menor tempo de tramitação das ordens, 
provocando menores faltas. 
 
Cuidados ao Comprar 
O processo de produção inicia-se com planejamento das vendas, estabelecimento de 
uma política de estoque de produtos acabados e listagem dos itens e quantidades de 
produtos a serem fabricados, quantidades estas distribuídas ao longo de um 
cronograma de produção. 
Um sistema de planejamento de produção fixa as quantidades a comprar somente na 
etapa final da elaboração do plano de produção. As quantidades líquidas a comprar 
serão apuradas pela desagregação das fichas de produção e em especial pela 
listagem de materiais necessários para compor cada unidade de produto a ser 
produzido. Será necessário comparar as necessidades de materiais com as 
existências nos estoques de matérias-primas, para se apurar as necessidades líquidas 
distribuídas no tempo conforme o cronograma de produção necessária paraatender 
ao planejamento de vendas. 
Entretanto, a execução da compra será a primeira etapa executiva do programa de 
produção. O término da programação e o início das atividades de compra 
caracterizam-se, portanto, como uma área com muitas facilidades de conflitos, 
conflitos estes sempre agravados pelos atrasos normais e habituais do planejamento. 
As pressões exercidas pelos setores de produção e faturamento reforçam ainda mais 
a probabilidade de atritos na área de compras. Neste momento todos se esquecem 
dos atrasos no planejamento das vendas e na programação da produção. 
Outro aspecto interessante do relacionamento dentro da área de compras é a inversão 
curiosa de atitude que se processa entre o comprador e o vendedor após a emissão 
do pedido. A posição inicial de vendedor é sempre solicitante e o comprador nesta 
fase poderá usar seus recursos de pressão para forçar o vendedor a chegar às 
condições ideais para a empresa. 
Uma vez emitido o pedido, o comprador perde sua posição de comando e passa a 
uma atitude de expectativa. Procurará de agora em diante adotar uma atitude de 
vigilância, procurando cuidar para que os fornecimentos sejam feitos e os prazos 
cumpridos. 
Cotação de Preços 
O depto. de compras com base nas solicitações de mercadorias efetua a cotação dos 
produtos requisitados. 
Depois de efetuadas as cotações o órgão competente analisa qual a proposta mais 
vantajosa levando em consideração os seguintes itens: 
a) prazo de pagamento; 
b) valor das parcelas; 
 
 
O Pedido de Compra 
Após término da fase de cotação de preços dos materiais e analise da melhor 
proposta para fornecimento, o setor de compras emite o pedido de compras para a 
empresa escolhida. Esse pedido deverá ter com clareza a descrição do material a ser 
comprado, bem como as descrições técnicas, para que não ocorram as freqüentes 
dúvidas que comumente acontecem. 
Preferencialmente o pedido deverá ser emitido em 3 vias, sendo a 1ª e 2ª vias 
enviadas ao fornecedor, o qual colocará ciente na 2ª via e a devolverá que passará a 
ter força de contrato, funcionando como um "instrumento particular de compromisso de 
compra e venda". A 3ª via funciona como followup do pedido. 
O Recebimento dos Materiais 
No recebimento dos materiais solicitados, alguns principais aspectos deverão ser 
considerados como: 
1) Especificação técnica: conferencia das especificações pedidas com as recebidas. 
2) Qualidade dos materiais: conferencia física do material recebido. 
3) Quantidade: Executar contagem física dos materiais, ou utilizar técnicas de 
amostragem quando for inviável a contagem um a um. 
4) Preço: 
5) Prazo de entrega: conferencia se o prazo esta dentro do estabelecido no pedido. 
6) Condições de pgto.: conferencia com relação ao pedido. 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
I. Compras é uma função paralela à administração de materiais que influencia o 
controle de estoques. 
II. A aquisição emergencial e rápida é uma das vantagens da centralização da 
função de compras nas organizações. 
III. Cabe ao departamento de compras manter boa articulação com o mercado 
fornecedor. 
IV. Em uma empresa que adote a descentralização de compras, cada uma das 
unidades dessa empresa terá um órgão de compras próprio para o 
atendimento de suas necessidades. 
V. O processo de compras encerra-se na emissão da ordem de compra, uma vez 
que o acompanhamento do prazo da entrega, a recepção e aceitação das 
mercadorias são realizados pela equipe responsável pela guarda dos insumos. 
VI. As etapas do ciclo de compras incluem o acompanhamento do pedido de 
compra e o controle do recebimento do material comprado. 
VII. As funções da equipe de compras envolvem todo o processo de localização de 
fornecedores e fontes de suprimento, cotação, aquisição de materiais, 
acompanhamento da ordem de fornecimento junto aos fornecedores e o 
recebimento do material comprado, para controlar e garantir o fornecimento de 
acordo com a especificação solicitada. 
VIII. Análise da requisição de compra, recebimento e aceitação da mercadoria e 
aprovação da fatura para pagamento do fornecedor são fases do ciclo de 
compras. 
IX. Uma vantagem de se adotar a centralização do processo de compras é a 
obtenção de maior controle de materiais em estoque. 
X. O setor de compras e o contábil não mantêm qualquer tipo de comunicação, 
sendo setores totalmente independentes entre si na realização de suas 
atividades. 
 
Ética em Compras 
O problema da conduta ética é comum em todas as profissões, entretanto, em 
algumas delas, como a dos médicos, engenheiros e compradores, assume uma 
dimensão mais relevante. A abordagem mais profunda do assunto leva 
invariavelmente ao estudo do comportamento humano no seu ambiente de trabalho, 
que está fora do escopo do nosso trabalho. 
Abordando a questão mais na sua forma operacional, entendendo que o assunto deva 
ser resolvido através do estabelecimento de regras de conduto devidamente 
estabelecidas, divulgadas, conhecidas e praticadas por todos os envolvidos, 
procurando fixar limites claros entre o “legal” e o “moral”. 
Assim, os aspectos legais e morais são extremamente importantes para aqueles que 
atuam em compras, fazendo com que muitas empresas estabeleçam um “código de 
conduta ética” para todos os seus colaboradores. 
No setor de compras o problema aflora com maior intensidade devido aos altos 
valores monetários envolvidos, relacionados com critérios muitas vezes subjetivos de 
decisão. Saber até onde uma decisão de comprar seguiu rigorosamente um critério 
técnico, onde prevaleça o interesse da empresa, ou se a barreira ética foi quebrada, 
prevalecendo aí interesses outros, é extremamente difícil. O objetivo de um código de 
ética é estabelecer os limites de uma forma mais clara possível, e que tais limites 
sejam também de conhecimento dos fornecedores, pois dessa forma poderão 
reclamar quando se sentirem prejudicados. Outro aspecto importante é que esse 
código de ética seja válido tanto para vendas quanto para compras. 
Não é correta uma empresa comportar-se de uma forma quando compra e outra 
quando vende. Os critérios devem ser compatibilizados e de conhecimentos de todos 
os colaboradores. É comum empresas incluírem nos documentos que o funcionário 
assina ao ser admitido, um código de conduta (ou de ética) que deva ser seguido, sob 
pena de demissão por justa causa. 
O problema ético de compras não se restringe aos compradores, mas também ao 
pessoal da área técnica que normalmente especifica o bem a ser comprado. É normal 
encontrarmos especificações tão detalhadas, e muitas vezes mandatórias, que 
praticamente restringem o fornecedor a uma única empresa. É isto é eticamente 
correto? Mais uma vez o problema aflora. E o comprador, nesse caso, o que pode 
fazer? Cabe à gerência e à alta direção da empresa ficar atenta a todos esses 
aspectos, questionando sempre a validade das especificações e a sua justificativa. 
E quanto aos “presentes”, “lembranças”, “brindes” como agendas, canetas, malas e 
convites que normalmente são distribuídos, por exemplo, ao pessoal de compras, do 
controle da qualidade e da área técnica? 
Como abordar esse assunto? Deve ser permitido que recebam? A melhor forma de 
abordar o assunto é definir, o mais claro possível, um código de conduta, do 
conhecimento de todos, pois não há dúvida de que aquele que dá presentes tem a 
expectativa de, de uma forma ou de outra, ser “lembrado”. Quando o presente tem um 
maior valor, maior será a obrigação de retribuição. 
Deve também ficar claro para os compradores como agir no trato com empresas que 
sistematicamente, com política própria, oferece uma “comissão”. Devem tais empresas 
ser excluídas entre as licitantes? Tais comissões devem ser incorporadas como forma 
de desconto nos preços propostos? E os outros fornecedores, como ficam? Enfim, 
todos esses aspectos devam ser abordados no código de ética. 
Toda esta questão

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