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Fisiologia Cardiovascular Funções do sistema · Prover as condições necessárias para que as células possam exercer seu metabolismo; · Eliminar resíduos; · Desafios: · Gerar pressão para chegar em todos os vasos, mas que não pode ser exagerada para não causar rompimento; · Além de ter que adequar a pressão que cada tecido demanda; Funções do coração · O coração é como uma bomba, é um gerador de fluxo, isso ocorre através da alteração do gradiente de pressão; · P1V1=P2V2 · A contração diminui o volume e aumenta a pressão no coração, levando o sangue para a pressão menor; · A sístole gera pressão arterial de 120 mmHg · Na diástole, a pressão no coração é zero e nas artérias é 80; · A pressão sistólica é determinada pelo coração e a diastólica pela redução de diâmetro arteriolar; · Artérias: reservatórios de pressão; · Propriedade: elasticidade - proteína elastina e muito colágeno; · Na parede das artérias tem elastina (elasticidade) e colágeno (para não romper); · Papel do coração: gerar fluxo, as valvas determinam o sentido · Artérias se ramificam em arteríolas, onde há controle do fluxo sanguíneo para os tecidos: · Nas arteríolas há músculo liso, isso lhes confere capacidade de vasoconstrição e dilatação. · Esse mecanismo é controlado pelos mecanismos sistêmicos - SNA e endócrino e mecanismo locais - hipóxia e acidose causam dilatação. · Capilares: trocas de elementos entre o sangue e os tecidos - composto apenas por endotélio (epitelial - separa compartimentos): precisa ser fina (delgada) e próxima dos tecidos; · Veias são locais de baixa pressão, por isso possuem valvas. · São reservatórios de volume. Propriedade: complacência · A existência de “dois corações” possibilita a diferença de pressão entre as circulações; Músculos do coração Músculos Contráteis · 99% células contráteis e 1% autoexcitáveis; · Apresenta junções comunicantes (gap): faz com que o potencial chegue para todas as regiões simultaneamente - característica de sincício; · No músculo cardíaco não há junção espacial, pois todas as fibras são mobilizadas na contração; · O músculo estriado cardíaco tem organização em sarcômero: · Recebe potencial de ação que abre canais de cálcio no sarcolema - túbulo T, que abre canais de cálcio no retículo sarcoplasmático; · É possível graduar força no músculo liso e estriado cardíaco, com adrenalina, através da contratilidade: onde quanto maior o nível de cálcio na célula, maior a contratilidade; · Receptor adrenérgico do coração: beta 1 · Volume ou débito sistólico: volume ejetado pelos ventrículos em uma única contração; · Betabloqueadores: diminuem a pressão através da inativação de alguns receptores beta 1, diminuindo o débito sistólico · 0: abertura dos canais de sódio - despolarização · 1: fechamento dos canais de sódio · 2: abertura de canais de cálcio e de potássio - platô (fase nova) · Platô: (1) entrada de cálcio e (2) aumento da duração do potencial de ação · 3. fechamento dos canais de cálcio e abertura de mais canais de potássio - repolarização · Não pode haver somação temporal no músculo cardíaco; · O platô aumenta o período refratário evitando a chegada de um novo potencial que vá mantê-lo contraído por mais tempo; · O potencial só pode chegar quando o músculo cardíaco já estiver relaxado; Músculos excitáveis · 1% são fibras auto excitáveis que não contraem; · São especializadas em gerar e propagar potencial de ação; · Elas estão nos nós sinoatrial e atrioventricular, feixes atrioventriculares, fibras de purkinje, vias internodais, etc. · Elas têm capacidade de gerar potencial de ação nelas mesmas, e a partir delas o potencial é enviado para todas as fibras; · O potencial de repouso nas fibras auto excitáveis é o potencial marcapasso; · Canais If: · Toda vez que o potencial chega ao repouso eles se abrem; · O que permitem o influxo de cátions sódio e cálcio; · Até o limiar que dispara o potencial; · Não há estabilidade ou repouso, o processo reinicia constantemente. Ciclo cardíaco · Nó sinoatrial dispara por si só após abertura dos canais If e os átrio contraem; · Os anéis fibrocartilaginosos impedem a passagem do potencial dos átrios para os ventrículos; · O potencial chega ao nó atrioventricular e desce pelo feixe de His até as fibras de Purkinje, onde o potencial de fato chega aos ventrículos e os contraem; · Átrio contrai do ápice para a base e ventrículo contrai da base para o ápice. · Átrio e ventrículo relaxados: fase de enchimento ventricular passivo; · Sístole atrial: enchimento ventricular auxiliado pela sístole; · Contração isovolumétrica: sinal chega ao ventrículo e ele contrai, fechando a valva atrioventricular - primeira bulha; · Fase de ejeção: contração ventricular aumenta a pressão e abre as valvas semilunares; · Relaxamento isovolumétrico: o ventrículo entra em diástole e o diâmetro da aorta volta ao normal. Semilunares fecham - segunda bulha; Débito cardíaco · Débito cardíaco: volume bombeado em um minuto pelo coração (d.s. x f); · Débito sistólico: volume ejetado em uma única contração; · Frequência: batimentos por minuto; · Se há o mesmo débito cardíaco com baixa frequência, quer dizer que o coração consegue bombear mais volume por batida; · Maratonistas têm baixa frequência cardíaca no repouso, pois possuem um débito sistólico alto - coração mais eficiente, gasta menos energia; · Uma suposta medicação que bloqueia a entrada de cálcio nos cardiomiócitos reduziria o débito sistólico, pois diminuiria a força da contração - diminui a PA. · Pré-carga: volume de sangue que chega aos ventrículos imediatamente antes da sístole, ao final da diástole; · Retorno venoso; · Pós-carga: resistência que os vasos impõem ao ventrículo no momento da sístole; · Menor em vasos complacentes; Regulação do débito cardíaco Mecanismo de Frank-Starling (ou grau do retorno venoso): · Quanto maior o estiramento dos ventrículos, maior a força de contração e o débito sistólico; · O que causa o maior estiramento das fibras contráteis é a pré-carga - maior quando há mais retorno venoso (atividade física); · Quanto maior o estiramento, maior a formação de pontes cruzadas - superposição de actina e miosina é mais adequada; Simpático: · Nervos simpáticos inervam o músculo estriado cardíaco e atuam sobre o débito sistólico alterando a contratilidade; · Adrenalina: atua nos receptores beta-1, abrindo mais canais de cálcio; · Nervos simpáticos também inervam células auto excitáveis, atuando na frequência: · Portanto, o sistema simpático aumenta o débito cardíaco atuando tanto na frequência, quanto no débito sistólico; Parassimpático: · O nervo vago (parassimpático) atua nas células auto excitáveis e, portanto, na frequência: · Diminui a frequência através da ACh que se liga a receptores muscarínicos (metabotrópicos); · O parassimpático atua nas fibras auto excitáveis hiperpolarizando (abrindo canais de potássio); · Atuação dos sistemas simpático e parassimpático na frequência cardíaca; Vasos sanguíneos Imagem: coração de direito e esquerdo em série e entre eles a circulação pulmonar; · Artéria: reservatório de pressão · Arteríolas: músculo liso regula o diâmetro, controle do fluxo sanguíneo para os tecidos; · Capilares: contínuos, formados por junções oclusivas; · Acúmulo de sangue nos capilares pulmonares: extravasa e ocorre a saída de líquido dos capilares pulmonares - edema pulmonar (comum em cachorros). · Veias: valvas semilunares, complacentes - reservatório de volume; Primeiro momento: · Contração dos ventrículos; · Expansão das artérias; · Aferição da pressão máxima - sistólica Segundo momento: · Fechamento das semilunares - segunda bulha; · Relaxamento dos ventrículos; · Retorno das artérias ao diâmetro; · Aferição da pressão mínima – diastólica · Os músculos esqueléticos funcionam como bomba para as veias nas porções periféricas; · Aumenta o retorno venoso - pré-carga; · Favorece o fluxo da periferia para a cavidade torácica, onde a pressão é negativa; · O mecanismo sistêmico predominante é o sistema simpático; · A inervação pelo parassimpático na maioria dasarteríolas é pobre; · O sistema simpático age pela liberação de noradrenalina no receptor alfa 1; · Essa ativação promove contração - vasoconstrição; · Em condições normais de atividade a frequência dos impulsos simpáticos é moderada, em situações de estresse aumenta e em situações de relaxamento diminui; · Portanto, o tônus vasomotor das arteríolas é controlado predominantemente pela ativação ou inibição do simpático (e menos do parassimpático). Imagem a: O fluxo de sangue nas arteríolas está igualmente distribuído; Imagem b: Com a ativação de mecanismos locais, o fluxo de sangue das arteríolas é redistribuído conforme necessidade; · Com a ativação do simpático ocorre aumento da frequência cardíaca e do débito sistólico após ativação de receptores beta 1; · Em seguido, a ativação dos receptores alfa 1 nas artérias e arteríolas geram vasoconstrição; · Essa vasoconstrição eleva a pressão arterial (medida nas artérias); · No entanto, nos músculos ativos, mecanismos locais superaram o efeito do simpático (mecanismo sistêmico) causando a dilatação dos vasos; · O sangue chega aos músculos ativos com alta pressão. · O fluxo é proporcional ao raio elevado a quarta potência, um pequeno aumento no raio, aumenta muito o fluxo sanguíneo. Regulação rápida da pressão arterial Levantamento repentino: · Barorreceptores identificam baixa pressão; · Informação chega ao tronco encefálico; · Ocorre a inibição do parassimpático - aumento da frequência; · Ativação do simpático, noradrenalina nos receptores beta-1 - aumento da frequência e débito sistólico; · Ocorre vasoconstrição periférica por ativação dos receptores alfa-1 - aumento da Pa; · Mecanismos locais causam a vasodilatação no encéfalo - mecanismo rápido; Revisão: · Artéria: reservatório de pressão, adicionando pressão ao fluxo na diástole, através do retorno do vaso ao seu comprimento; · Arteríolas: controle do fluxo sanguíneo para os tecidos, o músculo liso faz o controle da distribuição de sangue através dos: · Mecanismo locais: metabolismo (hipóxia, acidose, hipercapnia); · Sistemas: nervoso e endócrino · Capilares: formado pelo endotélio contínuo, tecido epitelial que assume diferentes conformações que permitem menor troca ou maior troca · Para dar continuidade: junção oclusiva · Veias: reservatório de volume · O coração possui 2 tipos de células: contráteis e autoexcitáveis; · Resistência elétrica: junção comunicante. Permitem a contração simultânea. · Quem determina o início do funcionamento do coração é o sistema marcapasso nas células auto excitáveis; · Receptor adrenérgico do coração: beta 1 · Aumento da entrada de cálcio: contratilidade - capacidade de graduar a força de contração;
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