Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Art. 3º, CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Princípios constitucionais tributários – art. 150, 151 e 152/CF Limitações do poder de tributar - Princípio tributário é uma limitação constitucional ao poder de tributar (poder político de instituição de tributos) - Para o STF, é uma garantia individual do contribuinte (entendimento em 1993) Princípio da legalidade tributária, art. 150/CF – união, estado, município e o DF só podem criar (instituir) e AUMENTAR o tributo por meio de lei. Lógica valorativa está na ideia de segurança jurídica. - 4 tributos federais que pedem lei complementar: 1. Imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII); 2. Empréstimo compulsório (art. 148); 3. Imposto residual (art. 154, I); 4. Contribuição social previdenciária residual – art. 195, §4º - Exceções do princípio da legalidade tributária – art. 153, §4º/CF: 1. Imposto sobre exportação (IE); 2. Impostos sobre importação (II); 3. Impostos sobre produtos industrializados (IPI); 4. Imposto sobre operações financeiras (IOF). - Extrafiscalidade: instrumento tributário que marca certos gravames reguladores do mercado. EC 31 trouxe: - (5) CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico) – combustível > art. 177, §4º, I, ‘’b’’, CF ; - (6) ICMS – combustível > art. 155, §4º, II, ‘’c’’, CF - Observações finais sobre o princípio da legalidade O que é reserva legal (estrita legalidade)? Prevista no art. 97/CTN > indica a noção tipificante da lei tributária · Alíquota · Base de cálculo · Sujeito passivo · Multa · Fato gerador Onde lei complementar versar, a medida provisória não irá entrar. Princípio da anterioridade tributária – art. 150, III, ‘’b’’ e ‘’c’’ - Se refere ao adiamento da eficácia (princípio da eficácia diferida) da lei tributária - A eficácia se dará em momento posterior ao da vigência - Lei: publicação e vigência – em regra, no direito tributário, se dá no mesmo dia - Por que é anterioridade? Porque a publicação e a vigência da lei tributária são ANTERIORES à eficácia. Vetor axiológico > segurança jurídica - Art. 150, III Alínea b – sempre existiu: a lei deverá incidir em 1º de janeiro do ano seguinte ao de sua publicação > anterioridade anual Alínea c – EC 42/2003: a lei deverá incidir no 91º dia a contar da publicação da lei 1º caso prático - Lei publicada em 15/12/2020 quando se pagará? - Jogo para o ano seguinte - Depois conta 90 dias da data da lei 15/3/2021 2º caso prático - Lei publicada em 15/10/2020 quando se pagará? - Jogar a incidência para 1º de janeiro + 90 dias da data da lei 15/1/2021 3º caso prático - Lei publicada em 15/08/2020 quando se pagará? 1/1/2021 - Regra geral – caso o tributo seja criado ou majorado entre janeiro e setembro (até 2 de outubro), a incidência da lei ocorrerá em 1º de janeiro do exercício seguinte. Se isso se der entre 3 de outubro e novembro, a incidência será posterior à 1º de janeiro. - Exceções ao princípio da anterioridade – art. 150, §1º CF – 2 exceções 1) III, ‘’b’’ – anterioridade anual a) IC, II, IPI e IOF (caráter extrafiscal) b) Empréstimo compulsório (casos de guerra e calamidade) c) Imposto extraordinário (urgência) d) EC 33 – CIDE – combustível e ICMS – combustível 2) III, ‘’c’’ – anterioridade nonagesimal a) IE, II, IR e IOF b) imposto extraordinário c) empréstimo compulsório d) EC 42/2001 – alteração na base de cálculo do IPTU e IPVA - Confronto das listas 1) Tributos que estão nas duas listas - II, IE, IOF, Imposto Extraordinário e o Empréstimo Compulsório 2) Tributos que estão na primeira (anual), mas não estão na segunda (nonagesimal) - IPI, CIDE combustível, ICMS combustível 3) Tributos que estão na segunda lista, mas não estão na primeira lista - IR, alterações na base de cálculo do IPTU e do IPVA - Observações finais - O que não for exceção, será regra - Período de anterioridade especial ou mitigada - Contribuição Social Previdenciária (PIS, COFINS...) Princípio da isonomia tributária – art. 150, II, CF - É proibido o tratamento desigual aos contribuintes que estiverem em situação de equivalência (equipolência) - Vetor axiológico = justiça fiscal/justiça distributiva - Isonomia relativizada – quem são os iguais? Aqueles que serão identificados a partir da interpretação objetiva do fato gerador - ‘’PECUNIA NON OLET’’ – o dinheiro não tem cheiro, o dinheiro não fede - CTN, art. 118 - Não importa se a procedência da renda foi lícita ou ilícita, há de pagar o imposto - A isonomia tributária está diretamente ligada à capacidade contributiva * art. 145, §1º, CF * art. 126/CTN – capacidade tributária passiva - Independe I – Capacidade civil II – Será identificada independentemente do contexto de limitação do exercício da atividade III – informalidade/clandestinidade - Isonomia + capacidade contributiva - Para STF, no §1º do art. 145/CF, onde se lê impostos, deve se ler tributos em geral - Princípio da capacidade contributiva – requer meios de exteriorização, técnicas de incidência de alíquotas - Técnica de incidência 1) Progressividade – alíquotas variáveis/3 impostos progressivos: IR (art. 153, §2º, I, CF), IPTU (art. 156, §1º, I e II, CF; art. 182, §4º, II, CF), ITR (art. 154, §4º, I) - Dentro da progressividade quais são os impostos que são progressivos à luz da extrafiscalidade? IPTU e ITR, o IR é arrecadatório 2) Proporcionalidade: todos os outros que não são progressivos 3) Seletividade: técnica de incidência de alíquotas que variam na razão inversa da essencialidade do bem. - Quanto mais essencial for o bem, menos será o imposto sobre esse bem. Ex. produto de cesta básica. - Quanto mais essencial o bem, menor o imposto seletivo. - Quanto maior o bem supérfluo, maior o imposto seletivo. - Impostos constitucionalmente seletivos – ICMS, IPI Princípio da irretroatividade - Art. 150, III, “a” CF - Não se confunde com a anterioridade tributária (que se refere à eficácia da lei). - Retrata a ideia da não retroação. - Art. 5º, III - A irretroatividade tributária indica que a lei não poderá atingir situações pretéritas, mas somente os fatos geradores à lei, os fatos posteriores a ela. - A vigência da norma não vai se fazer anterior a ela. - Art. 106 CTN indica que a lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I, II . 106, I: interpretativa, não aplica nada, não aplica penalidade em lei retrospectiva . 106, II: prevê a retroação da lei mais benéfica em matéria de infração - Lei mais benéfica em matéria de infração: deixa de tratar um ato como infração, ressalvados casos de fraude e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo. - Para a aplicação das alíneas do art. 106 CTN, o ato não pode estar definitivamente julgado. - 144 CTN: vale para alíquota e multa, só não se aplica se a multa for menor Regra Matriz de Incidência Tributária – Fato Gerador - Fenômeno da incidência tributária - Hipótese de incidência tributária: indica um modelo - Alíquota, base de cálculo, sujeito passivo, multa e o fato gerador: elementos configuradores do tributo - A lei prevê a hipótese de incidência, o fato gerador é a hipótese dessa incidência - Enquanto a hipótese se manter no campo hipotético dessa abstração, não se cogitará de obrigação tributária, todavia, ocorrendo essa concretização no plano dos fatos, se enxergará a ocorrência dessa incidência tributária. - A incidência tributária decorre da subsunção tributária. - Fato gerador é consequência da hipótese e causa da obrigação tributária. - Ex: III, 97 CTN - 118 CTN - 126 caput CTN - Aspectos dos fatos geradores: material, temporal, espacial, pessoal e quantitativo. . material: corresponde à hipótese de incidência . temporal: momento que o fato gerador se considera realizado . espacial: refere-se ao local em que se considera ocorrido o fato gerador, sempre ligado à competência tributária/ligado a bi tributação . pessoal: se liga aos entes: credor – devedor da obrigação tributária, pagar/exigir tributo . quantitativo:trata-se do quantitativo dimensional do fato gerador Tanto a alíquota quanto a base de cálculo dependem de lei. 153, §1 CF - Classificação fatos geradores: fatos geradores instantâneos, fatos geradores continuados e fatos geradores complexivos. . Fato gerador instantâneo/simples: quando a sua realização ocorre em um determinado momento de tempo, iniciando-se e completando-se em um só instante. . Fato gerador continuado: cuja realização leva um período para se completar. . Fato gerador complexivo/periódico: ocorre ao longo de um espaço de tempo, entretanto, irá aperfeiçoar-se com a consideração globalmente agregado de vários fatos isolados durante aquele período. 1. O fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico? Não pode ser considerado, uma vez que não é considerado o elemento: vontade. Fato gerador é um fato avolitivo, não detém vontade. 118, 126 CTN. 2. O fato gerador pode estar submetido a uma condição? Condição vem no sentido do Direito Civil, enquanto clausula que subordina os efeitos jurídicos do ato à evento futuro e incerto, então pode estar sujeito a uma condição (sendo ela suspensiva ou resolutória). Se suspensiva, pode estar sujeita à uma condição de casamento de noivos, por exemplo. Em caso de resolutória/resolutiva, ela ocorre desde o ato de celebração do negócio. 3. Quando acontece a condição resolutiva, há novo fato gerador? Não/ Há direito a restituição do tributo já recolhido? Não, 117 CTN. 4. Como se define a natureza jurídica do tributo? Art.4, I e II CTN; têm-se que identificar o fato gerador. Se aparecer um tributo com a base de cálculo sendo o valor do bem, valor do bem é base de cálculo que dimensiona o fato gerador de imposto. Se aparece tributo com base de cálculo custo, o custo é base de calculo que dimensiona o fato gerador de uma taxa. NÃO IMPORTA O NOME. Espécies de tributos - O art. 145/CF prevê 3 espécies tributárias (art. 5º/CTN): a) Impostos b) Taxas c) Contribuição de melhoria · Teoria Tripartida ou Tricotômica do Direito Tributário · O tributo era definido apenas pelo seu fato gerador (Art. 4º/CTN). Teoria Tripartida vigorou por muito tempo. · Surge uma divisão Pentapartida, de modo que houve acréscimo do: "EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO" e "CONTRIBUIÇÕES" (art. 149/CF), os quais são chamados de "Tributos Finalísticos". - Para tributos finalísticos, o fato gerador é desimportante. -> No plano da classificação dos tributos, ainda há outras duas teorias: a) Bipartida - Geraldo Ataliba. - 2 espécies tributárias: - Impostos e taxas b) Quadripartida - Ricardo Lano Torres e Luciano Amado: - Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo compulsório -> Tributos em Espécie a) Impostos 1) Incidência normativa (Art. 145, I/CF e 16/CTN 2) Conceito: Imposto é um tributo não vinculado à atividade estatal referindo-se à ação do particular. //sendo assim o tributo é um tributo unilateral, haja vista que está ligado apenas ao contribuinte (particular). 3) Finalidade: Serve para o custeio difuso dos serviços públicos em geral (limpeza, educação) -> Princípio da não afetação/não vinculação dos impostos (art. 167, IV/CF) - é vedada a vinculação da receita do imposto à órgão, fundo ou despesa. - Atenção/Cuidado: haverá alguma alteração em certas situações específicas: - Saúde, educação, administração tributária e repartição de receitas · Repartição da Receita de Impostos (art. 157 - 159/CF) - Obs.: a repartição de receitas ocorre da entidade superior para às inferiores. - Obs.: os impostos municipais (IPTU, ISS, ITBI) não sofrem repartição. b) Taxas 1)incidência normativa (art. 145, II/CF) (arts. 77, 78 e 79, todos do CTN) 2)Conceito - A taxa é um tributo vinculado a uma atividade estatal. Além disso, a taxa é um tributo: - Bilateral, contraprestacional ou sinalagmático - O estado presta um serviço e o cidadão paga a taxa em razão da prestação. A taxa é criada por lei ordinária. Sendo assim, ela pode ser criada por medida provisória, pois a MP converte-se em lei ordinária. - Não há uma competência tributária privativa, pois pode ser instituída por todos os entes da federação. - Aplicam-se às taxas os princípios constitucionais -> O que define a taxa é o seu fato gerador (art. 145, II): - Dois fatos geradores ensejam a taxa: 1) Poder de Polícia (fiscalização) - Taxa de polícia: será cobrada quando houver poder de polícia. - Taxa de alvará - Taxa para passaporte. - Taxa de serviços: público e divisível (requisito cumulativo) ou - Taxa de utilização: - Efetiva: é quando se presta concretamente à ação estatal com a consequente fruição do serviço - Potencial: sem a consequente fruição do serviço - Serviço divisível: dotado de visibilidade (é o serviço público quantificável) - Serviços públicos específicos: serviço público singular (utilizável) -> prestados em unidades autônomas de utilização. São dotados de especificidade (demarca quem vai ser o sujeito passivo do tributo) É DIFERENTE do serviço público geral, vez que esse não pode ensejar taxa. PARA QUE SEJA COBRADO TAXA O SERVIÇO TEM QUE SER PÚBLICO E DIVISÍVEL. SE FOR UM SERVIÇO PÚBLICO GERAL, PRESTADO INDISTINTAMENTE NÃO PODE ENSEJAR A TAXA, A EXEMPLO: A) SEGURANÇA PÚBLICA B) Limpeza Pública de Logradouro Obs.: taxa de coleta de lixo pode. (Tem especificidade). SV 19 C) Taxa de iluminação pública. Sum. 670 do STF. "Onde lei complementar versar, a medida provisória não irá entrar" (RICARDO, William) Base de cálculo da taxa - Será o custo da ação estatal - Não se confunde com a base de cálculo do imposto (vinculado ao valor do bem) – art. 145 §2º CF e 77 p.u/CTN Serviço Público - Específico - Divisível - Não é custeado por taxa, mas por tarifa - Tarifa é mais simples e tem menos entraves Taxa – Direito Público Tarifa (preço público) – Direito Privado É tributo Não é tributo Lei Contrato Compulsória Voluntária/facultativa Obrigação ‘’ex lege’’ Obrigação voluntária Princípios constitucionais tributários ------------------- Receita derivada Receita originária Deriva do patrimônio do particular Dinheiro provém, originalmente do próprio patrimônio estatal Ex: taxa de fiscalização ambiental Ex: tarifa de transporte público Obs.: serviços públicos gerais devem ser custeados difusamente pela receita de impostos. Nunca por taxas. Contribuição de Melhoria a) Incidência normativa Art. 145, III/CF Art. 81 e 82 CTN DL 195/67 b) Conceito É um tributo vinculado a uma ação estatal (obra pública), cujo resultado promoverá uma valorização do imóvel do beneficiário c) Pontos em comum com a taxa - Tributo bilateral (contraprestacional/sinalagmático) - Tributo: federal/estadual/municipal - Competência Tributária Comum - Criada por Lei Ordinária – pode ser criada por MP - Está sujeita aos princípios constitucionais de natureza tributária d) Fato gerador > valorização imobiliária decorrente de uma obra pública · Art. 2º, DL. 195/67 e) Base de cálculo da contribuição de melhoria – “quantum” de valorização experimentada pelo imóvel (limite individual de cobrança) - Ideia de duplo limite de cobrança de tributo a. parte da valorização individualmente detectado b. limite global/total – respeito ao teto de valor gasto com a obra f) Quando se paga a contribuição de melhoria? Após a obra estar finda – respeitando a anterioridade tributária g) Quem paga? Todos os sujeitos passivos legalmente definidos, cujos imóveis estejam localizados na chamada área de influência/zona de benefício h) Cobrança de taxa de asfaltamento é constitucional? (não) i) Quando se faz obra de recapeamento asfáltico, essa obra autoriza cobrança de contribuição de melhoria? Recapear é dever de manutenção Obs.: contribuição de melhoria – contribuição pró-cidadão Art. 82 CTN – procedimento diferente de cobrança – publicação prévia de um edital contendo os principais elementos relativos à obra (pouco utilizado no brasil) Empréstimo Compulsório a) Incidência normativa Art. 148/CF – União (atender despesa extraordinária decorrente de calamidade pública ou guerra externa,ainda que só iminente/investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional)> LC Art.15/CTN b) Natureza do tributo – tributo federal – da competência da União c) Tributo restituível – cláusula de restituição (feita pelo próprio estado) deve ser feita em dinheiro e é corrigida d) Só pode ser criado por Lei Complementar (não admite criação por Medida Provisória, art. 62, §1, III CF) Obs.: os dois incisos do art. 148 CF, não hospedam fatos geradores, mas simples pressupostos fáticos (situações que ‘’deflagariam’’ o empréstimo compulsório) Obs.: ao empréstimo compulsório se aplica o princípio da anterioridade tributária, porém o inciso I do art. 148, é uma exceção às duas anterioridades tributárias, tanto a anual quanto a nonagesimal, isso significa que ele é de exigência imediata Obs.: a receita do empréstimo compulsório, ela tem que ser afetada à despesa que o fundamentou, não podendo haver desvio de finalidade Contribuições - Incidência normativa – art. 149/CF 3 espécies: 1. Contribuições profissionais ou corporativas - Contribuição instituída pela União a) Contribuição – anuidade (anuidade paga pelos profissionais aos conselhos de fiscalização b) Contribuição sindical (art. 8º, IV parte final/CF) Obs.: art. 578,579/CLT 2. Contribuições interventivas (CIDE) Ex.: CIDE-Combustível; ATP-Adicional de Tarifa Portuária; AFRMM-Adicional de Frete para a renovação da Marinha Mercante - CIDE-Combustível – tributo federal previsto na lei 10.336/2001 (EC 33/2001) Finalidades – art. 177, §4º. II, ‘’a’’, ‘’b’’ e ‘’c’’/CF a) Pagamento de subsídio a prego ou transporte de combustíveis b) Financiamento de projetos ambientais c) Financiamento de programas de infraestrutura de transportes - É uma exceção aos princípios da legalidade e da anterioridade anual - Art. 177, §4º, I, “b” - A receita da CIDE-combustível será repartida Da União para o Estado e DF – 29% do que receberem Estado > Município – 25% Art. 159, III/CF e §3º 3. Contribuições sociais - Segundo o STF: --sociais gerais --sociais previdenciárias --“outras” (residual) Contribuição social-previdenciária – art. 195, I ao IV 4 fontes de custeio da seguridade social 1) 1ª fonte: empregador empresa Base de cálculo: falta de salários, receitas, faturamento (PIS e COFINS), Lucro - CSL 2) 2ª fonte: trabalhador 3) 3ª fonte: receita de concursos de prognósticos (loteria) 4) 4ª fonte: importador – paga PIS – importação; COFINS – importação Contribuições sociais “gerais” - Serão consideradas gerais quando vierem com finalidades diversas do custeio da seguridade social. Ex: salário-educação (art. 212 §5/CF); contribuições do sistema S (art. 240/CF) “Outras” Contribuição residual que deverá conter as seguintes características: a) Lei complementar b) Respeito ao princípio da não-cumulatividade c) A contribuição residual não poderá ter base de cálculo ou fato gerador de outra contribuição (art. 195, I a IV), mas poderá ter fato gerador ou base de cálculo de impostos - Tributo federal: deve ser criado pela União; --há duas contribuições que não são federais: contribuição pra serviço de iluminação pública, 149-A/CF; contribuição previdenciária de servidores públicos “não-federais” – art. 149§1º (podem ser criadas por estados e municípios) - A contribuição é um tributo finalístico (fato gerador será irrelevante, não se aplicando o art.4º/CTN) - Em regra – contribuição depende de lei ordinária (pode ser por MP) para a sua criação - Exceção – um tipo de contribuição depende de L.C. (contribuição previdenciária residual) - A contribuição será regida por anterioridade comum (anual + nonagesimal) [nonagesimal – específico, contribuição social previdenciária – art. 195, §6º/CF] - Contribuição x Parafiscalidade (delegação da capacidade tributária ativa) Imunidades Tributárias “Norma constitucional de exoneração tributária, que, justificada no conjunto de caros valores proclamados no texto constitucional, inibe a atribuição de competências impositiva e credita ao beneficiário o direito público subjetivo de ‘não incomodação’ perante o ente tributante.” (SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de Direito Tributário. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 298) Norma é a face negativa 1. Generalidades/conceito - é uma desoneração [não há a incidência tributária] de tributo prevista em norma constitucional* [imunizante, imunizatória, imunizadora] - Imunidade tributária > limitação ao poder de tributar * se justifica em valores relevantes - Não se confunde com a isenção tributária - Isenção tributária (isentante/isentiva/isencional) – norma que tem sede infraconstitucional - Art. 195, §7º, 184 §5º CTN: falsas isenções - A imunidade tributária é uma norma de não-incidência: atua negativamente no campo da competência tributária - A norma imunizante alcança diferentes espécies tributárias * art. 195 §7º CTN – contribuição social prevista * art. 149 §2º CTN – CIDE > desoneração das receitas decorrentes da exportação - Art. 5º, XXXIV/CF > taxas - Toda imunidade é justificada por um vetor axiológico > garantia de direitos e liberdades individuais - Nada e ninguém poderá contrariar os limites impostos pela norma de imunidade tributária * Poder executivo > auditores fiscais nas autuações * Poder legislativo > os parlamentares nas elaborações da lei * Poder judiciário > magistrados nas sentenças 2. Imunidades – art. 150, IV, “a”, “e” CF a) Imunidade recíproca – 150, VII, “a” CF - União, Estado, Município e DF não poderão cobrar impostos uns dos outros. > Não se aplica à taxa, p.ex. - Rol classificatório – art. 19 – 73 CTN > Impostos sobre patrimônio, renda e serviços * Vetor axiológico – pacto federativo > federalismo de equilíbrio/cooperação > Ausência de capacidade contributiva b) Imunidade religiosa – 150, VI, “b” CF - Para impostos sobre templos de qualquer culto > A proteção alcance o patrimônio, a renda e o serviço de qualquer tipo de organização religiosa * Não incidirá: IPTU sobre local destinado ao culto; IPVA sobre carros da igreja; IR sobre os dízimos Vetor axiológico é a liberdade de culto - Conceito de templo: é uma organização religiosa que deverá ser protegida em todas as manifestações direta ou indiretamente ligadas à religiosidade Súmula 724 STF / prova de aplicação de renda conectada no propósito religioso \ prova de que não há prejuízo para livre concorrência – impostos: patrimônio, renda, serviços. RE 544.815 – incidência do IPTU c) Imunidade – art. 150, VI, “c” Quatro pessoas jurídicas protegidas da tributação de impostos: 1. Partidos políticos (suas fundações também) - Vetor axiológico: liberdade partidária, pluralismo político 2. Sindicatos de Trabalhadores não há reciprocidade para o sindicato patronal - Vetor axiológico: liberdade sindical, direitos sociais 3. Instituição de Educação curricular, extracurricular - Vetor axiológico: educação 4. Entidade de Assistência Social - Vetor axiológico: assistência social art. 203/204 A alínea “c” não é autoaplicável, ou seja, depende de incremento normativo para ter operatividade. Vale dizer que requisitos legais regularão a fruição da imunidade condicionada da alínea “c”. A condição é que essas quatro pessoas jurídicas não tenham fins lucrativos. d) Imunidade de imprensa – art. 150, VI, ‘’d” /CF Imunidade que alcança impostos sobre livros, jornais, periódicos e papel destinado à impressão deles - Imunidade objetiva – não incide: ICMS, IPI, I. Imp. Vetor axiológico: liberdade de expressão, difusão de conhecimento, utilidade social RE 330.817 e) Imunidade musical - Objetivos: desonerar de impostos a obra artística musical brasileira Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil - Fonograma: som gravado - Imagem/som gravado na imagem: videofonograma * Suportes materiais/arquivos digitais: CD, DVD afins * Os impostos afastados foram os das etapas de produção e comercialização: ISS, IPI, ICMS Obrigação Tributária - 4 elementos: 1. sujeito ativo – 7º e 119 CTN Credor da multa/tributo, só quem tem competência legislativa em matéria tributária, outorga constitucional para pessoas jurídicasde direito público instituírem os seus tributos - Sujeito ativo: direto (U, E, DF, M)/ indireto: entes parafiscais A competência tributária é indelegável A competência legislativa tributária é a outorga constitucional para pessoas jurídicas instituírem os seus tributos Parafiscalidade é a delegação da capacidade tributária ativa – cobrar 2. sujeito passivo – 121, 123 CTN Diz respeito ao devedor do tributo ou da multa 2 espécies: contribuinte (aquele que tem uma relação pessoal e direta com o fato gerador) e responsável – art. 128 e 138 CTN (3ª pessoa escolhida por lei para pagar o tributo, sem ter realizado o fato gerador) O sujeito passivo depende de lei – art. 97, III, parte final A solidariedade tributária é a presença simultânea de mais de uma pessoa no mesmo polo da relação jurídica; somente é possível na sujeição passiva: ex.: vários irmãos condôminos de um imóvel Sujeição passiva: na solidariedade tributária não há “benefício de ordem” 3. objeto – 113 CTN · Prestação de cunho PECUNIÁRIO (ato de pagar o tributo/multa -obrigação principal-) e de cunho NÃO PECUNIÁRIO (a obrigação diferente de pagar -obrigação acessário-), ex.: emitia nota fiscal, entregar declarações, escritura os livros fiscais A cargo do SUJEITO PASSIVO da O.T. < Fundo de Garantia < Hipótese Incidência > subsunção tributária 4. causa – 114 e 115 CTN É o vínculo jurídico justificador do DEVER que surge com o fato gerador - Causa da obrigação tributária principal > é a lei tributária – princípio da legalidade - Causa da obrigação tributária acessória > legislação tributária – contempla várias normas infralegais (portaria, instrução normativa) HI > FG > OT > lançamento da obrigação > CT (fase adm) Causas de exclusão do crédito tributário (diferente de extinção) - São duas: isenção e anistia . Isenção – 176, 179 CTN, tributo > questão sociopolíticos . Anistia – 180, 182 CTN, multa - Pontos em comum: são institutos jurídicos de desoneração; dependem de lei (em geral, lei ordinária) > lei específica – art. 150 § 6º CF (isenção, anistia, outros benefícios fiscais) - Afetam a obrigação tributária principal, art. 175 p.u CTN - Ambas pedem interpretação literal: art. 111, I, CTN: para causas de suspensão e exclusão do crédito tributário - Para o STF, ambas inibem o lançamento tributário: causas inibitórias ou obstativas do lançamento tributário
Compartilhar