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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA - LIBRAS Somente surdos podem pertencer a comunidade surda e fazer aquisição da Língua?

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Somente surdos podem pertencer a comunidade surda e fazer aquisição da Língua?
Temos a comunidade surda, como um espaço de trocas simbólicas em que as línguas de sinais, a experiência visual e os artefatos culturais surdos são partilhados entre sujeitos Surdos (e ouvintes) que congregam interesses comuns e projetos coletivos. Um espaço que acena para outras possibilidades de existir e vivenciar a diferença, para além das práticas e discursos ouvintistas. Apesar de todo o avanço, no quesito ensino ainda temos muito que evoluir, sendo necessário um investimento em políticas públicas para a construção de um projeto educacional para surdos.
Além de ensinar surdos, tem-se o dever de ensinar o ouvinte e o surdo a educar surdos. Toda a história acerca da educação surda no Brasil nos mostra exatamente o que não fazer. O bilinguismo é necessário dentro das salas de aula não somente como mera aquisição de duas línguas, mas para que o contato com a Libras abra os olhos dos profissionais sobre a necessidade de se manter atualizado buscando métodos e procedimentos para que, com excelência, se alcance principalmente o surdo e o deficiente auditivo e impulsionar uma melhor relação com a própria comunidade. 
Comunidade esta que é composta por diferentes identidades, para a construção destas identidades impera sempre a identidade cultural, ou seja, a identidade surda como ponto de partida para identificar as outras identidades surdas. Esta identidade se caracteriza também como identidade política, pois está no centro das produções culturais. A identidade surda é onde se cria um espaço cultural visual dentro de um espaço cultural diverso, ou seja, recria a cultura visual, reivindicando à História a alteridade surda. Também a identidade surda híbrida: referem-se aos ouvintes que por algum motivo (enfermidade, acidentes, entre outros) perderam a audição e se apropriam da Língua de Sinais para se comunicar. Temos também as pessoas surdas filhos de ouvintes, num cenário onde cresceram com a ideia da oralização, justamente por causa dos familiares ouvintes, depois tiveram a experiência da Língua de Sinais, que se encaixam na identidade surda de transição. Entre outras identidades citadas por Gladis Perlin.
 
As comunidades surdas, assim, divulgam-se, empoderam-se, reconfiguram-se, se renovam em seu território, ganham novas e movediças fronteiras, tendo a Internet como uma das mais importantes interfaces de afirmação identitária. Em ambiente virtual, por meio de textos, vídeos, imagens, blogs, encontros, discussões reverberam novos discursos sobre a alteridade, sobre sua inclusão e sobre sua luta
A cultura surda está ligada à ouvinte: surdos convivem diariamente com ouvintes e isso traz grande influência. Portanto, a comunidade surda de fato não é só de sujeitos surdos, há também sujeitos ouvintes – membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros – que participam em compartilham os mesmos interesses comuns em uma determinada região.
Referências Bibliográficas 
Comunidades Surdas: https://culturasurda.net/comunidades-surdas/ 
A Comunidade Surda: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/a-comunidade-surda/26838 
AS DIFERENTES IDENTIDADES SURDAS: http://mirandalibrassemfronteiras.weebly.com/-as-diferentes-identidades-surdas.html

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