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Noções de Direito Administrativo Prof. Luis Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br Noções de Direito Administrativo Professor Luís Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br Conteúdo NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO: Estrutura da Administração Pública. Responsabilidade Civil do Estado. Atos Administrativos e Poderes Administrativos www.acasadoconcurseiro.com.br Introdução NOTAS DO AUTOR: Luís Gustavo Bezerra de Menezes é Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro e Ex-Presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac). Aprovado em diversos concursos públicos, entre os quais se destacam Técnico Judiciário da Justiça Federal do Rio de Janeiro e Fiscal de Tributos do Espírito Santo, já atuou em diversos cursos preparatórios, em vários Estados e, atualmente, é professor na Rede LFG (telepresencial). LIVROS PUBLICADOS: Direito Administrativo – Coleção Provas Comentadas FCC – Editora Ferreira (2ª Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes Direito Administrativo – Coleção Provas Comentadas CESGRANRIO – Editora Ferreira (1ª Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino Direito Administrativo – Coleção Provas Comentadas FUNRIO – Editora Ferreira (1ª Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino Comentários à Lei 8.112/90 – Teoria mais 500 questões de provas anteriores – Editora Ferreira (1ª Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino Meu Primeiro Concurso – Editora Juspodium (1ª Edição/2016) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e outros Fanpage: https://www.facebook.com/lgbezerrademenezes Periscope: @ProfLuisGustavo www.acasadoconcurseiro.com.br Sumário Tópico 1: Estado, Governo e Administração Pública / Direito Administrativo . . . . . . . . . . . . . . 11 Questões CESPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Questões FCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Tópico 2: Responsabilidade Civil do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Questões CESPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Questões FCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Tópico 3: Atos administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Questões CESPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Questões FCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Tópico 4: Poderes Administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 Questões CESPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 Questões FCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 www.acasadoconcurseiro.com.br 11 Direito Administrativo TÓPICO 1 Estado, Governo e Administração Pública: conceitos, elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios. Direito Administrativo: conceito e fontes 1. Estado, Governo e Administração Pública 1.1 Conceito de Estado Estado é uma instituição organizada política, social e juridicamente, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita e dirigida por um Governo que possui soberania reconhecida tanto interna quanto externamente. O Estado é responsável pela organização e pelo controle social, pois detém, segundo Max Weber, o monopólio legítimo do uso da força (coerção, especialmente a legal). De acordo com o atual Código Civil, o Estado possui personalidade jurídica de direito público, com prerrogativas especiais, para que possa ser atingida a finalidade de interesse público. O fim do Estado é assegurar a vida humana em sociedade. O Estado deve garantir a ordem interna, assegurar a soberania na ordem internacional, elaborar as regras de conduta e distribuir a justiça. Nesse contexto, insere-se o Direito Administrativo, como ramo autônomo do Direito Público, tendo como finalidade disciplinar as relações entre as diversas pessoas e órgãos do Estado, bem como entre este e os administrados. São objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que é um Estado Democrático de Direito: a) construir uma sociedade livre, justa e solidária; b) garantir o desenvolvimento nacional; c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; d) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º CF) www.acasadoconcurseiro.com.br12 1.1.1 Elementos do Estado Sucintamente, temos que Estado é uma pessoa jurídica territorial, composta dos elementos povo, território e governo soberano. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território". Sendo assim, são elementos do Estado, portanto: povo, território e governo soberano. O povo é o elemento humano, formado pelo conjunto de pessoas submetidas à ordem jurídica estatal. O território é o elemento material, espacial ou físico do Estado, é a sua base geográfica, compreendendo a superfície do solo que o Estado ocupa, seu mar territorial e o espaço aéreo. Governo é a organização necessária ao exercício do poder político. A soberania é o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência. 1.1.2 Organização do Estado O Estado pode ser organizado de várias formas, levando-se em consideração a sua extensão territorial, a estruturação de seus Poderes e a subdivisão em unidades menores. Estados de tamanhos variados podem ter vários níveis de governo: local, regional e nacional. Assim, o Estado pode ser: a) Unitário ou simples: quando só existe uma fonte de Direito, que é no âmbito nacional, estendendo-se uniformemente sobre todo o seu território (França, Bélgica, Itália e Portugal são unitários). b) Composto: como o Estado Federado, em que há a reunião de vários Estados Membros que formam a Federação. Existem três fontes de Direito: Federal, Estadual e Municipal (Brasil e EUA são federados). No Brasil, a Constituição Federal dispõe, em seu art. 1º, que “A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático do Direito...” Assim, para o Direito Administrativo, a expressão “Estado”, em sentido amplo, abrange a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Destacamos que o Estado, em suas relações internacionais (externas), possui soberania; enquanto a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, nas suas relações internas, possuem, apenas, autonomia. 1.1.3 Poderes do Estado De acordo com o artigo 2º do Texto Constitucional, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Cada um desses Poderes do Estado exerce predominantemente uma função estatal específica, porém, não há uma separação absoluta de funções, assegurando o sistema de freios e Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br 13 contrapesos. Assim, os Poderes irão desempenhar funções típicas (principais) e funções atípicas (não principais) Poder Legislativo é aquele que tem como principal função legislar (fazer leis!), ou seja, inovar o ordenamento jurídico, estabelecendo regrasgerais e abstratas, criando comandos a todos os cidadãos, visto que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Poder Judiciário é aquele que tem como principal função julgar, solucionar conflitos de interesses entre as partes, aplicando as leis aos casos concretos. Poder Executivo é aquele que tem como principal função executar, administrar a coisa pública, dentro dos limites impostos por lei, com a finalidade de atender ao interesse público. Pelo exposto acima, percebemos que a função administrativa (objeto do Direito Administrativo) é exercida tipicamente (principal) pelo Poder Executivo, porém, os demais Poderes também irão desempenhá-la, só que de forma atípica (não principal). RESUMINDO... PODER LEGISLATIVO – função legislativa PODER JUDICIÁRIO – função jurisdicional PODER EXECUTIVO – função administrativa } FUNÇÕES TÍPICAS (PRINCIPAIS) 1.2 Conceito de Governo Governar é o poder de regrar uma sociedade política e o aparato pelo qual o corpo governante funciona e exerce autoridade. Governo não implica necessariamente a existência de Estado. O governo é usualmente utilizado para designar a instância máxima de administração executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou de uma nação. Representa o conjunto de órgãos e Poderes responsáveis pela função política do Estado, abrangendo as funções de comando e de estabelecimento de objetivos e diretrizes do Estado, de acordo com as suas atribuições constitucionais. A função política e o governo são mais objeto do estudo do Direito Constitucional, enquanto que a Administração Pública é objeto do estudo do Direito Administrativo. 1.3 Conceito de Administração Pública A expressão “Administração Pública” abarca diversas concepções. Inicialmente, temos que Administração Pública em sentido amplo (lato sensu) é o conjunto de órgãos governamentais (com função política de planejar, comandar e traçar metas) e de órgãos administrativos (com função administrativa, executando os planos governamentais). www.acasadoconcurseiro.com.br14 Num sentido estrito (stricto sensu), podemos definir Administração Pública como o conjunto de órgãos, entidades e agentes públicos que desempenham a função administrativa do Estado. Ou seja, num sentido estrito, a Administração Pública é representada, apenas, pelos órgãos administrativos. RESUMINDO... Administração Pública (sentido amplo) – órgãos governamentais (políticos) + órgãos administrativos Administração Pública (sentido estrito) – exclusivamente órgãos administrativos Para fins de prova, é mais comum que as bancas examinadoras exijam do candidato o conceito de Administração Pública num sentido objetivo e num sentido subjetivo. Assim, teremos: a) Sentido objetivo ou material ou funcional de Administração Pública Nesse sentido, a Administração Pública confunde-se com a própria função (atividade) administrativa desempenhada pelo Estado. O conceito de Administração Pública está relacionado com o objeto da Administração. Não se preocupa aqui com quem exerce a Administração, mas sim com o que faz a Administração Pública. Ressaltamos que a função administrativa é exercida predominantemente pelo Poder Executivo, porém, os demais Poderes também a exercem de forma atípica. A doutrina majoritária entende que as atividades administrativas englobam: a prestação de serviço público, a polícia administrativa, o fomento e a intervenção administrativa. b) Sentido subjetivo ou formal ou orgânico de Administração Pública: A expressão Administração Pública confunde-se com os sujeitos que integram a estrutura administrativa do Estado, ou seja, com quem desempenha a função administrativa. Assim, num sentido subjetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades que desempenham a função administrativa. O conceito subjetivo representa os meios de atuação da Administração Pública. Os meios de atuação da Administração Pública serão analisados posteriormente de forma detalhada, mas, de forma sucinta, teremos: • Entes ou Entidades ou Pessoas: são as pessoas jurídicas integrantes da estrutura da Administração Direta e Indireta. Dividem-se em: • Entes políticos – União, Estados, Distrito Federal e Municípios (todos com personalidade jurídica de Direito Público); Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br 15 • Entes administrativos – autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista (todos com personalidade jurídica de Direito Público e/ ou Privado). • Órgãos públicos: são centros de competência, despersonalizados, integrantes da estrutura de uma pessoa jurídica, incumbidos das atividades da entidade a que pertencem. A Lei nº 9.784/99 conceitua tais órgãos como unidades de atuação integrantes da estrutura da Administração Direta ou Indireta • Agentes públicos: segundo o art. 2º da Lei nº 8.429/92, são todos aqueles que exercem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, emprego ou função pública. Isto é, são pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. RESUMINDO... Sentido objetivo ou material ou funcional = atividade administrativa (o que faz a Administração Pública?) Sentido subjetivo ou formal ou orgânico = órgãos + agentes + entidades (quem faz a Administração Pública?) A natureza da Administração Pública é a de um múnus público para quem a exerce, como ensina Hely Lopes Meirelles: “a de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade. Como tal, impõe-se ao administrador público a obrigação de cumprir fielmente os preceitos do Direito e da moral administrativa que regem a sua atuação. Ao ser investido em função ou cargo público, todo agente assume para com a coletividade o compromisso de bem servi-la, porque outro não é o desejo do povo, como legítimo destinatário dos bens, serviços e interesses administrados pelo Estado”. Os fins da Administração Pública são sempre o interesse público ou o bem da coletividade, sendo que toda e qualquer atividade administrativa deve almejar este objetivo. Por isso, toda a atividade do administrador público deve ser orientada para este objetivo. Todo ato por ele praticado que se afastar deste fim será considerado ilícito e imoral. 1.4 Direito Administrativo: conceito e fontes a) Conceito A seguir, transcrevemos os conceitos dados pelos principais doutrinadores do Direito Administrativo. Para Celso Antônio Bandeira de Mello, é “o ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa e os órgãos que a exercem”. www.acasadoconcurseiro.com.br16 Segundo Hely Lopes Meirelles, é “conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. Já Maria Sylvia Di Pietro define como “o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, os agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”. b) Fonte As fontes do Direito Administrativo são a lei (em sentido amplo, abrangendo desde a Constituição Federal até os atos normativos), a doutrina, a jurisprudência e os costumes (a praxe administrativa). Devemos ressaltar que a lei é a principal fonte do Direito Administrativo. 1.5 Princípios do Direito Administrativo Os princípios são as ideias centrais de um sistema, estabelecendo suas diretrizes e conferindo a ele um sentido lógico, harmonioso e racional, o que possibilita uma adequada compreensão de seu modo de organizar-se. Os princípios determinam o alcance e o sentido das regras de determinado ordenamento jurídico e constituemos fundamentos da ação administrativa, ou, por outras palavras, os sustentáculos da atividade pública; relegá-los é desvirtuar a gestão dos negócios públicos e olvidar o que há de mais elementar para a boa guarda e zelo dos interesses sociais. Ressaltamos que não há hierarquia entre os princípios (expressos ou não), visto que tais diretrizes devem ser aplicadas de forma harmoniosa. Assim, a aplicação de um princípio não exclui a aplicação de outro nem um princípio se sobrepõe ao outro. Encontram-se, de maneira explícita (art. 37, caput) ou não no texto da Constituição Federal. Os primeiros são, por unanimidade, os chamados princípios expressos (ou explícitos), os demais são os denominados princípios reconhecidos (ou implícitos). Assim, percebemos que o art. 37 da Constituição Federal não esgota todos os princípios aplicáveis à Administração Pública. Como os princípios implícitos variam de acordo com cada autor, optamos por trabalhar somente os princípios reconhecidos pela doutrina majoritária. Por fim, ressaltamos que o art. 37 da Constituição Federal impõe a observância dos princípios (LIMPE) à Administração Pública Direta e Indireta, de qualquer dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), de todas as esferas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). • Princípios Expressos: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência (LIMPE). • Princípios Implícitos ou Reconhecidos: Supremacia do Interesse Público sobre o Particular, Indisponibilidade do Interesse Público, Motivação, Continuidade do Serviço Público, Probidade Administrativa, Autotutela, Razoabilidade e Proporcionalidade e Segurança Jurídica. Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br 17 1) Princípios Expressos a) Legalidade Segundo o professor Hely Lopes Meirelles, “Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer o que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa ‘pode fazer assim’: para o administrador significa ‘deve fazer assim’”. Assim, fica demonstrado que, no Direito Constitucional, prevalece a autonomia de vontades, ou seja, é lícito fazer o que a lei não proíbe (CF, art. 5o., II). Já no Direito Administrativo, os atos devem estar em conformidade com a lei, visto que só será permitido ao administrador praticar aqueles atos autorizados ou determinados por lei. Segundo o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da legalidade representa a consagração da ideia de que a Administração Pública só poderá ser exercida em conformidade com a lei, sendo a atividade administrativa, consequentemente, sublegal ou infralegal, devendo restringir-se à expedição de comandos que assegurem a fiel execução da lei. A Administração Pública, além de não poder atuar contra a lei (contra legem) ou além da lei (praeter legem), só poderá atuar segundo a lei (secundum legem). Os atos que não respeitem às disposições legais deverão ser invalidados pelo Poder Judiciário ou pela própria Administração Pública. b) Impessoalidade Na sua formulação tradicional, o princípio da impessoalidade confunde-se com o princípio da finalidade da atuação administrativa. De acordo com este, há somente um fim a ser perseguido pela Administração: o interesse público. Assim, quando o administrador remove um servidor com o intuito de punir esse servidor por vingança ou quando o Prefeito desapropria inimigo político, há afronta a tal princípio. A impessoalidade da atuação administrativa impede que um ato seja pra¬ticado visando a interesses do agente ou de terceiros. Impede também perseguições, favorecimentos ou descriminações. A Constituição Federal, em seu art. 37, § 1°, prevê: “§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campa¬nhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. Isso quer dizer que, se o prefeito de determinada cidade faz uma obra, ele não pode divulgar que a obra foi executada pelo prefeito “X”, mas sim que a obra foi realizada pela Prefeitura do Município “Y”. Por fim, a impessoalidade também tem relação com a aplicação do princípio da isonomia, quando, por exemplo, a Administração realiza um concurso público ou realiza uma licitação, buscando a impessoalidade na contratação de seus servidores ou de empresas. Assim, a prática do nepotismo, no âmbito da Administração Pública, é uma conduta vedada pela www.acasadoconcurseiro.com.br18 Súmula Vinculante no 13, proibindo-se, como regra, a colocação de parentes, até certo grau de parentesco, em cargo em comissão. c) Moralidade Tal princípio é mais do que a moralidade ligada a bons costumes. A conduta do administrador deve ser toda pautada em bons costumes, em uma conduta justa e ética. Mas tal princípio da moralidade tem proporções jurídicas, ou seja, não basta que a conduta do administrador seja legal, pois também deverá ser honesta, acima de tudo. A moralidade administrativa constitui pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública (CF/88, art.37), sendo que o ato administrativo não terá que obedecer somente à lei jurídica, mas também à lei ética da própria instituição, pois nem tudo que é legal é honesto; a moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que serve e a finalidade de sua ação: o bem comum. d) Publicidade Está relacionado com a transparência da Administração Pública. Nesse contexto, ganha relevo a recente Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/11), que estabelece normas gerais, em caráter nacional, sobre o acesso à informação no âmbito da Administração Pública. A publici¬dade dos atos da administração é a regra, devendo ser ampla. O sigilo é uma exceção para Administração. Em princípio, todo ato administrativo deve ser publicado, só se admitindo o sigilo nos casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior da administração, em processo previamente declarado sigiloso. A publicidade não é elemento formativo do ato, mas é requisito de eficácia e moralidade. O princípio da publicidade dos atos e dos contratos administrativos, além de assegurar seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados diretos e pelo povo em geral. Os atos internos da Administração Pública não necessitam de publicação no Diário Oficial, apenas aqueles que produzem efeitos externos. Tal princípio abrange toda a atuação estatal, não só sob o aspecto de divulgação oficial de seus atos como, também, de apropriação de conhecimento da conduta interna de seus agentes. Os atos e os contratos administrativos que omitirem ou desatenderem à publicidade necessária não só deixam de produzir seus regulares efeitos como se expõem à invalidação por falta desse requisito de eficácia e moralidade. Por fim, não há que se confundir a publicidade dos atos administrativos com a respectiva publicação. Veremos que, no caso de licitação na modalidade convite, não é necessária a publicação da carta-convite no Diário Oficial, porém deve ser dada a respectiva publicidade desta, por meio de sua afixação no mural da repartição, por exemplo. Assim, a publicação no Diário Oficial é dispensável em alguns atos, porém, a publicidade não. e) Eficiência É aquele que impõe a todo agente público a obrigação de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. Administrador eficiente é aquele que sempre procura Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br 19 praticar os seus atos com economicidade, procurando sempre atingir o melhor custo-benefício à Administração. Segundo a professora Maria Sylvia Di Pietro,o princípio da eficiência deve ser analisado sob dois aspectos: • relativamente à forma de atuação do agente público: espera-se melhor desempenho possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados; • quanto ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração pública: exige-se que este seja o mais racional possível, no intuito de alcançar melhores resultados na prestação dos serviços públicos. A Emenda Constitucional nº 19/98 foi responsável pela introdução de tal princípio no Texto Constitucional. Consequentemente, várias passagens da nossa Carta Magna sofreram influências de tal princípio. Uma das principais seria a necessidade de aprovação em Avaliação Especial de Desempenho como condição para aquisição da estabilidade. Após a Emenda Constitucional nº 19/98, a estabilidade não é mais automática, após o decurso do prazo fixado de três anos (ampliado de dois para três anos, após a referida emenda). 2) Princípios Implícitos ou Reconhecidos a) Supremacia do Interesse Público sobre o Particular Apesar de não encontrar previsão expressa no Texto Constitucional, tal princípio é decorrência do regime democrático e do sistema representativo. Através dele, presume-se que a atuação do Estado tenha por finalidade o interesse público. Sempre que o Estado estiver presente na relação jurídica, como representante da sociedade, seus interesses prevalecerão sobre os interesses particulares, visto que o Estado defende o bem-comum, o interesse público primário ou secundário. Tal princípio consagra o Direito Administrativo como ramo do Direito Público. Marca uma relação de verticalidade existente entre o Estado e os particulares. Confere à Administração Pública certas prerrogativas especiais (não aplicáveis aos particulares administrados), para que atinja o interesse público. Consequentemente, sempre que houver conflito entre o direito do indivíduo e o interesse da comunidade, há de prevalecer este, uma vez que o objetivo primordial da Administração é o atendimento do interesse público, definido em lei, explícita ou implicitamente. Como exemplo de aplicação de tal princípio podemos citar: as cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos, a presunção de legitimidade dos atos administrativos, a intervenção do Estado na propriedade privada, entre outros. www.acasadoconcurseiro.com.br20 b) Indisponibilidade do Interesse Público Os bens e os interesses públicos são indisponíveis, ou seja, não pertencem à Administração ou a seus agentes, cabendo somente sua gestão em prol da coletividade. Veda ao administrador quaisquer atos que impliquem renúncia de direitos da Administração ou que, injustificadamente, onerem a sociedade. Impõe limitações ao Estado, correspondendo a uma contrapartida às prerrogativas estatais, decorrentes da supremacia do interesse público sobre o particular. Assim, o Estado tem o poder de desapropriar um imóvel (prerrogativa decorrente da supremacia do interesse público), porém, deverá indenizar, como regra o proprietário, respeitando o direito à propriedade (limitação imposta ao Estado). c) Motivação Motivação é a exposição dos motivos que determinaram a prática do ato; é a exteriorização dos motivos que originaram a prática do ato. Formalmente, definimos motivação como sendo a exposição da situação de fato ou de direito que autoriza ou determina a prática do ato administrativo. Na demissão de um servidor, por exemplo, o elemento motivo seria a infração por ele praticada, ensejadora dessa modalidade de punição; já a motivação seria a exposição de motivos, a exteriorização, por escrito, do motivo que levou a Administração a aplicar tal penalidade. Todos os atos administrativos válidos possuem um motivo, porém, a motivação não será obrigatória quando a lei dispensar ou se a natureza do ato for com ela compatível. Nesses casos, o motivo não será expresso pela Administração, ou seja, embora o motivo exista, não haverá motivação do ato. O exemplo tradicional de ato que prescinde de motivação é a exoneração de cargo em comissão, visto que este é de “livre nomeação e livre exoneração”. É bom lembrar que a boa prática administrativa recomenda a motivação de todo ato administrativo, a fim de se dar maior transparência à atividade administrativa. A Lei n º 9.784/99 (regulamenta os processos administrativos, em âmbito federal) estabeleceu, em seu art. 50, uma lista de atos que devem ser motivados. A maioria da doutrina entende que a regra é motivar todos os atos administrativos, sejam discricionários ou vinculados. Sendo assim, tal lista é tida pela doutrina majoritária como meramente exemplificativa. d) Continuidade do Serviço Público Os serviços públicos, por serem prestados no interesse da coletividade, devem ser adequados e seu fornecimento não deve sofrer interrupções. A Lei nº 8.987/95 (estabelece normas gerais sobre as concessões e permissões de serviço público) estabelece, em seu art. 6º, que serviço público adequado é aquele que atende a alguns requisitos, entre eles, o da continuidade. Porém, devemos ressaltar que isso não se aplicará às interrupções por situações de emergência ou após aviso prévio – nos casos de segurança, ordem técnica ou inadimplência do usuário. Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br 21 Ainda como decorrência da aplicação de tal princípio, a CF, em seu art. 37, VII, impõe que os limites ao exercício de greve do servidor público sejam estabelecidos em lei específica. CUIDADO! A única situação em que pode haver interrupção na prestação do serviço sem aviso prévio ao usuário e que não caracteriza descontinuidade é em caso de emergência. e) Probidade Administrativa A conduta do administrador público deve ser honesta, pautada na boa conduta e na boa- fé. Ganhou status constitucional com a atual Constituição de 1988. O art. 37, §4º traz as consequências de um ato de improbidade administrativa e o art. 85, V, dispõe que é crime de responsabilidade do Presidente da República a prática de atos que atentem contra a probidade administrativa. A improbidade administrativa é regulamentada pela Lei nº 8.428/92, que será estudada posteriormente. f) Autotutela Decorre do princípio da legalidade. Por esse princípio, a Administração pode controlar seus próprios atos, anulando os ilegais (controle de legalidade) e revogando os inconvenientes ou inoportunos (controle de mérito). De forma sucinta, é o princípio que autoriza que a Administração Pública revise os seus atos e conserte os seus erros. Não deve ser confundido com a tutela administrativa que representa a relação existente entre a Administração Direta e Indireta. O princípio da autotutela foi consagrado pela Súmula 473, do STF: “473 – A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. g) Razoabilidade e Proporcionalidade São tidos como princípios gerais de Direito, aplicáveis a praticamente todos os ramos da ciência jurídica. No âmbito do Direito Administrativo, encontram aplicação especialmente no que concerne à prática de atos administrativos que impliquem restrição ou condicionamento a direitos dos administrados ou imposição de sanções administrativas. Funcionam como os maiores limitadores impostos à liberdade de atuação do administrador público, ou seja, limitam a discricionariedade administrativa. Trata-se da aferição da adequação da conduta escolhida pelo agente público à finalidade que a lei expressa. Visa sempre analisar se a conduta do agente público foi razoável e se os fins atingidos foram proporcionais a determinado caso em concreto. A Lei nº 9.784/99 impõe à Administração www.acasadoconcurseiro.com.br22 Pública a adequação entre os meios e os fins (razoabilidade), vedada a imposiçãode obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do fim público (proporcionalidade). h) Segurança Jurídica O ordenamento jurídico vigente garante que a Administração deve interpretar a norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. O princípio da segurança jurídica não veda que a Administração mude a interpretação dada anteriormente sobre determinada norma administrativa, porém, veda que a Administração aplique retroativamente essa nova interpretação. Por força de tal princípio, por exemplo, veremos que a Administração Pública terá um prazo decadencial de cinco anos para anular atos administrativos que beneficiem os seus destinatários, salvo se comprovada a má-fé do administrador público. 3) Regime Jurídico Administrativo Nas palavras de Maria Sylvia Di Pietro, regime jurídico administrativo é o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração e que não são encontradas nas relações entre particulares. Tal expressão abrange o conjunto de regras que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição de supremacia em relação aos particulares, demonstrando o desequilíbrio na relação jurídica existente, característica dos diversos ramos do Direito Público. Esse desequilíbrio existente na relação jurídica entre a Administração Pública e os particulares é traduzido por uma relação de verticalidade (Administração num patamar superior ao particular administrado) e não de horizontalidade, como nos diversos ramos do Direito Privado. Assim, ao longo do estudo do Direito Administrativo perceberemos que a Administração Pública possui diversos privilégios e prerrogativas para que possa atingir a consecução do interesse público, visto que há uma supremacia deste sobre o interesse particular, ou seja, sempre que entrarem em conflito o direito do indivíduo e o interesse da comunidade, há de prevalecer este, uma vez que o objetivo primordial da Administração é o bem comum. Segundo Maria Sylvia Di Pietro, o regime jurídico administrativo pauta-se em dois princípios básicos: a legalidade (sujeições) e a supremacia do interesse público sobre o particular (prerrogativas). Segundo a autora, “Para assegurar-se a liberdade, sujeita-se a Administração Pública à observância da lei; é a aplicação, ao direito público, do princípio da legalidade. Para assegurar- se a autoridade da Administração Pública, necessária à consecução de seus fins, são-lhe outorgados prerrogativas e privilégios que lhe permitem assegurar a supremacia do interesse público sobre o particular”. Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br 23 Já para Celso Antônio Bandeira de Mello, acompanhado da doutrina majoritária, o estudo do regime jurídico administrativo se delineia em função da consagração de dois princípios: supremacia de interesse público sobre o particular (prerrogativas) e a indisponibilidade, pela Administração Pública, dos interesses públicos (sujeições). O autor afirma que “Em suma, o necessário – parece-nos – é encarecer que na administração os bens e os interesses não se acham entregues à livre disposição da vontade do administrador. Antes, para este, coloca-se a obrigação, o dever de curá-los nos termos da finalidade a que estão adstritos. É a ordem legal que dispõe sobre ela”. CUIDADO! PRINCÍPIOS EMBASADORES DO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO Maria Sylvia Di Pietro – legalidade e supremacia do interesse público sobre o particular Celso Antônio Bandeira de Mello – supremacia do interesse público sobre o particular e indisponibilidade, pela Administração Pública, dos interesses públicos. www.acasadoconcurseiro.com.br 25 Questões CESPE (Cespe – Ministério da Integração – 2013) Com relação a Estado, governo e adminis- tração pública, julgue os itens seguintes. 1. Os conceitos de governo e administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma atividade essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma atividade emi- nentemente técnica. ( ) Certo ( ) Errado 2. Consoante as regras do direito brasileiro, as funções administrativas, legislativas e judiciais distribuem-se entre os poderes es- tatais — Executivo, Legislativo e Judiciário, respectivamente —, que as exercem de for- ma exclusiva, segundo o princípio da sepa- ração dos poderes. ( ) Certo ( ) Errado 3. Em sentido objetivo, a expressão adminis- tração pública denota a própria atividade administrativa exercida pelo Estado. ( ) Certo ( ) Errado 4. Consoante o modelo de Estado federativo adotado pelo Brasil, os estados-membros são dotados de autonomia e soberania, ra- zão por que elaboram suas próprias consti- tuições. ( ) Certo ( ) Errado No que concerne à administração pública, julgue os itens a seguir. 5. As entidades que integram a administração direta e indireta do governo detêm autono- mia política, administrativa e financeira. ( ) Certo ( ) Errado 6. A administração pratica atos de governo, pois constitui todo aparelhamento do Estado pre- ordenado à realização de seus serviços, visan- do à satisfação das necessidades coletivas. ( ) Certo ( ) Errado 7. Os costumes, a jurisprudência, a doutrina e a lei constituem as principais fontes do di- reito administrativo ( ) Certo ( ) Errado 8. (Cespe – DPU – 2016) A administração pública em sentido formal, orgânico ou subjetivo, compreende o con- junto de entidades, órgãos e agentes públi- cos no exercício da função administrativa. Em sentido objetivo, material ou funcional, abrange um conjunto de funções ou ativida- des que objetivam realizar o interesse públi- co. ( ) Certo ( ) Errado 9. (Cespe – DPU – 2016) A repartição do poder estatal em funções - legislativa, executiva e jurisdicional - não descaracteriza a sua unicidade e indivisibi- lidade. ( ) Certo ( ) Errado www.acasadoconcurseiro.com.br26 (Cespe – TRT10 – Analista Judiciário – 2012) Julgue os itens a seguir, acerca dos princí- pios e das fontes do direito administrativo. 10. O princípio da supremacia do interesse pú- blico é, ao mesmo tempo, base e objetivo maior do direito administrativo, não com- portando, por isso, limites ou relativizações. ( ) Certo ( ) Errado 11. Em decorrência do princípio da legalidade, a lei é a mais importante de todas as fontes do direito administrativo. ( ) Certo ( ) Errado 12. (Cespe – TJ-RR – Analista Processual – 2012) O princípio da supremacia do interesse pú- blico vincula a administração pública no exercício da função administrativa, assim como norteia o trabalho do legislador quan- do este edita normas de direito público. ( ) Certo ( ) Errado (Cespe – TJRR – Administrador – 2012) 13. O princípio da impessoalidade nada mais é do que o clássico princípio da finalidade, que impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal. ( ) Certo ( ) Errado 14. Do princípio da supremacia do interesse público decorre a posição jurídica de pre- ponderância do interesse da administração pública. ( ) Certo ( ) Errado (Cespe – TJDF – Procurador – 2012) 15. Por força do princípio da legalidade, a ad- ministração pública não está autorizada a reconhecer direitos contra si demandados quando estiverem ausentes seus pressu- postos. ( ) Certo ( ) Errado 16. Constitui exteriorização do princípio da au- totutela a súmula do STF que enuncia que “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados dos vícios que os tor- nam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de con- veniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. ( ) Certo ( ) Errado 17. (Cespe – TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015) O regime jurídico-administrativo brasileiro está fundamentado em dois princípios dos quais todosos demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse públi- co sobre o privado e o princípio da indispo- nibilidade do interesse público. ( ) Certo ( ) Errado 18. (Cespe – TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015) Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver proibição legal. ( ) Certo ( ) Errado www.acasadoconcurseiro.com.br 27 Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo 19. (Cespe – TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015) Em decorrência do princípio da impessoali- dade, previsto expressamente na Constitui- ção Federal, a administração pública deve agir sem discriminações, de modo a aten- der a todos os administrados e não a certos membros em detrimento de outros. ( ) Certo ( ) Errado 20. (Cespe – TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015) O princípio da eficiência está previsto no texto constitucional de forma explícita. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. E 5. E 6. E 7. C 8. C 9. C 10. E 11. C 12. C 13. C 14. C 15. C 16. C 17. C 18. C 19. C 20. C www.acasadoconcurseiro.com.br 29 Questões FCC 1. (FCC – TRT 16 – Oficial de Justiça – 2014) Determinada empresa privada, concessio- nária de serviços públicos, torna-se inadim- plente, deixando de prestar o serviço de administração de uma estrada do Estado do Maranhão, descumprindo o contrato firma- do e prejudicando os usuários. Neste caso, a retomada do serviço público concedido ain- da no prazo de concessão pelo Governo do Estado do Maranhão tem por escopo asse- gurar o princípio do serviço público da a) cortesia. b) continuidade. c) modicidade. d) impessoalidade. e) atualidade. 2. (FCC – TRT 16 – Oficial de Justiça – 2014) O Diretor Jurídico de uma autarquia estadu- al nomeou sua companheira, Cláudia, para o exercício de cargo em comissão na mes- ma entidade. O Presidente da autarquia, ao descobrir o episódio, determinou a imedia- ta demissão de Cláudia, sob pena de carac- terizar grave violação a um dos princípios básicos da Administração pública. Trata-se do princípio da a) presunção de legitimidade. b) publicidade. c) motivação. d) supremacia do interesse privado sobre o público. e) impessoalidade. 3. (FCC – TRT 2 – Oficial de Justiça – 2014) O princípio da supremacia do interesse pú- blico informa a atuação da Administração pública a) subsidiariamente, se não houver lei dis- ciplinando a matéria em questão, pois não se presta a orientar atividade inter- pretativa das normas jurídicas. b) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando não acudi- rem outros princípios expressos. c) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais princí- pios. d) de forma ampla e abrangente, na medi- da em que também orienta o legislador na elaboração da lei, devendo ser ob- servado no momento da aplicação dos atos normativos. e) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista que o inte- resse público sempre pretere o interes- se privado, prescindindo da análise de outros princípios. 4. (FCC – TRT 19 – Oficial de Justiça – 2014) Determinada empresa do ramo farmacêuti- co, responsável pela importação de impor- tante fármaco necessário ao tratamento de grave doença, formulou pedido de retifica- ção de sua declaração de importação, não obtendo resposta da Administração pública. Em razão disso, ingressou com ação na Jus- tiça, obtendo ganho de causa. Em síntese, considerou o Judiciário que a Administra- ção pública não pode se esquivar de dar um pronto retorno ao particular, sob pena in- clusive de danos irreversíveis à própria po- pulação. O caso narrado evidencia violação ao princípio da a) publicidade. b) eficiência. c) impessoalidade. d) motivação. e) proporcionalidade. www.acasadoconcurseiro.com.br30 5. (FCC – PGE-CE – Técnico Ministerial – 2013) Determinado administrado formulou re- querimento administrativo perante a Admi- nistração Pública pleiteando o fornecimen- to de remédio. Contudo, passados quase cinco meses do requerimento, a autoridade competente não tinha analisado o pedido, o que ensejou a propositura de ação judicial. O caso narrado evidencia a violação ao se- guinte princípio do Direito Administrativo: a) eficiência. b) especialidade. c) tutela. d) autotutela. e) publicidade. 6. (FCC – MPE-MA – Técnico Ministerial – 2013) Na atuação administrativa, não basta a lega- lidade formal, restrita; é preciso também a observância de princípios éticos, de lealda- de, de boa-fé. A assertiva em questão refe- re-se ao princípio da a) proporcionalidade. b) supremacia do interesse público. c) motivação. d) eficiência. e) moralidade. 7. (FCC – MPE-MA – Analista Ministerial – 2013) Determinado servidor público, ao aplicar sanção a seu subordinado, assim o fez de forma excessiva e sem levar em conta as cir- cunstâncias da falta disciplinar e o anterior comportamento do funcionário, isto é, seus antecedentes funcionais. O fato narrado ca- racteriza violação ao seguinte princípio da Administração Pública: a) eficiência. b) supremacia do interesse público. c) presunção de veracidade. d) razoabilidade. e) publicidade. 8. (FCC – MPE-MA – Analista Ministerial – 2013) João obteve a primeira colocação na clas- sificação final de determinado concurso público, conforme publicação realizada em jornal de grande circulação. No entanto, foi nomeado mediante publicação em perió- dico diverso e de menor circulação, o que o impossibilitou de tomar as providências necessárias à posse e entrada em exercício na função. A convocação de João mediante singelo aviso genérico em jornal de peque- na circulação, diverso daquele em que os atos oficiais haviam sido até então publi- cados, não é apta a alcançar as finalidades de transparência e de conferir ciência ao nomeado, visto que dificulta o acesso e a compreensão da informação veiculada. A situação narrada evidencia a violação ao se- guinte princípio da Administração Pública: a) publicidade. b) supremacia do interesse público. c) presunção de veracidade. d) improbidade. e) motivação. 9. (FCC – MPE-AP – Técnico Ministerial – 2012) O Prefeito de determinado Município, a fim de realizar promoção pessoal, utilizou-se de símbolo e de slogan que mencionam o seu sobrenome na publicidade institucional do Município. A utilização de publicidade governamental para promoção pessoal de agente público viola o disposto no artigo 37, § 1º, da Constituição Federal, ora transcrito: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autori- dades ou servidores públicos”. O fato narrado constitui violação ao seguin- te princípio da Administração Pública, den- tre outros: www.acasadoconcurseiro.com.br 31 Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo a) Eficiência. b) Publicidade. c) Razoabilidade. d) Impessoalidade. e) Supremacia do Interesse Particular so- bre o Público. 10. (FCC – TST – Técnico Judiciário – 2012) Segundo a literalidade do caput do art. 37 da Constituição de 1988, a Administração pública obedecerá, entre outros, ao princí- pio da a) boa-fé. b) proporcionalidade. c) razoabilidade. d) igualdade. e) moralidade. 11. (FCC – Analista – TJ-RJ – Execução De Man- dados – 2012) O Poder Público contratou, na forma da lei, a prestação de serviços de transporte urbano à população. A empresa contrata- da providenciou todos os bens e materiais necessários à prestação do serviço, mas em determinado momento, interrompeu as ati- vidades. O Poder Público assumiu a presta- ção do serviço, utilizando-se, na forma da lei, dos bens materiais de titularidade da empresa. A atuação do poder público con-substanciou-se em expressão do princípio da a) continuidade do serviço público. b) eficiência. c) segurança jurídica. d) boa-fé. e) indisponibilidade do interesse público. 12. (FCC – Analista Judiciário – TRT-11ª Região – 2012) A ideia de que a Administração tem que tra- tar todos os administrados sem discrimina- ções, traduz o princípio da a) legalidade. b) indisponibilidade. c) impessoalidade. d) publicidade. e) unicidade. 13. (FCC – Analista MPE-RN – 2012) O Administrador Público, ao remover deter- minado Servidor Público, com o objetivo de vingança, viola, dentre outros, o princípio da a) proporcionalidade. b) impessoalidade. c) eficiência. d) publicidade. e) especialidade. 14. (FCC – Prefeitura de Recife – Procurador – 2008) A definição de regime jurídico administrati- vo remete ao conjunto de: a) prerrogativas e sujeições conferidas à Administração Pública que lhe per- mitem escusar-se ao cumprimento do princípio da legalidade em prol da su- premacia do interesse público. b) prerrogativas conferidas à Administra- ção Pública, das quais são exemplos o poder expropriatório, a autotutela, a observância da finalidade pública e o princípio da moralidade administrativa. c) prerrogativas e sujeições conferidas à Administração Pública, que lhe permi- tem figurar, em alguns casos, em posi- ção de supremacia em relação ao parti- cular para atender o interesse público, e lhe obrigam a submeter-se a restrições em suas atividades. d) sujeições às quais está obrigada a Admi- nistração Pública, das quais são exem- plos a obrigatoriedade de lançar mão do poder expropriatório, de rescindir con- tratos administrativos e de impor medi- das de polícia. e) prerrogativas conferidas à Administra- ção Pública para imposição de restrições aos administrados, em relação aos quais goza de supremacia sempre que preten- der o sacrifício do interesse privado. www.acasadoconcurseiro.com.br32 15. (FCC – TRT-MT – Analista Judiciário – 2016) Manoela foi irregularmente investida no cargo público de Analista do Tribunal Re- gional do Trabalho da 23ª Região, tendo, nessa qualidade, praticado inúmeros atos administrativos. O Tribunal, ao constatar o ocorrido, reconheceu a validade dos atos praticados, sob o fundamento de que os atos pertencem ao órgão e não ao agente público. Trata-se de aplicação específica do princípio da a) impessoalidade. b) eficiência. c) motivação. d) publicidade. e) presunção de veracidade. 16. (FCC – TRT-MT – Técnico Judiciário – 2016) O Supremo Tribunal Federal, em importan- te julgamento, considerou legítima a publi- cação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspon- dentes vencimentos e vantagens pecuniá- rias, não havendo qualquer ofensa à Cons- tituição Federal, bem como à privacidade, intimidade e segurança dos servidores. Pelo contrário, trata-se de observância a um dos princípios básicos que regem a atuação ad- ministrativa, qual seja, o princípio específico da a) proporcionalidade. b) eficiência. c) presunção de legitimidade. d) discricionariedade. e) publicidade. 17. (FCC – TRE-PB – Técnico Judiciário – 2016) O princípio da supremacia do interesse pú- blico: a) é hierarquicamente superior aos de- mais princípios, impondo-se sempre que houver conflito entre o interesse público e o interesse particular. b) foi substituído pelo princípio da indispo- nibilidade dos bens públicos, posto que as decisões que visam ao atendimento do interesse público não colidem mais, na atualidade, com os interesses priva- dos. c) depende de interpretação do conteú- do no caso concreto, não se aplicando apriorística ou isoladamente, sem con- siderar os demais princípios e as demais normas que se apliquem aos diversos interesses contrapostos, públicos e pri- vados. d) é aplicado quando inexiste disposição legal para orientar determinada atua- ção, posto que, em havendo, é típico caso de incidência do princípio da legali- dade. e) depende essencialmente do princípio da legalidade, uma vez que, para sua in- tegral aplicação e validade, é necessário que exista norma legal expressa nesse sentido. 18. (FCC – TRE-TO – Técnico Judiciário – 2011) São princípios da Administração Pública, ex- pressamente previstos no artigo 37, caput, da Constituição Federal, dentre outros, a) eficiência, razoabilidade e legalidade. b) motivação, moralidade e proporcionali- dade. c) legalidade, moralidade e impessoalida- de. d) publicidade, finalidade e legalidade. e) eficiência, razoabilidade e moralidade. 19. (FCC – TRF-4ª – Analista Administrativo – 2010) O princípio que norteia a gestão pública em que, qualquer atividade pública deve ser di- rigida a todos os cidadãos, sem a determi- nação de pessoa ou discriminação de qual- quer natureza, é o princípio da a) impessoalidade. b) legalidade. c) moralidade. www.acasadoconcurseiro.com.br 33 Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo d) igualdade. e) continuidade. 20. (FCC – ALEPE – Consultor Legislativo Direito – 2014) O Governo de determinado Estado realizou campanha publicitária, paga com recursos públicos advindos da arrecadação de impos- tos, para divulgação do programa de saúde pública instituído no Estado. A campanha publicitária afirmou que o programa de saú- de pública era uma realização do partido político ao qual o Governador do Estado era filiado, tendo o Governador sido citado no- minalmente na campanha, que também uti- lizou sua imagem. Considerando o disposto na Constituição Federal, trata-se de publici- dade realizada: a) regularmente, uma vez que o cidadão tem direito a ser informado sobre as po- líticas públicas instituídas pelo Governo, devendo ter caráter educativo, informa- tivo ou de orientação social. b) irregularmente, uma vez que da pu- blicidade dos programas dos órgãos públicos não poderão constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, devendo ter caráter educativo, informativo ou de orientação social. c) irregularmente, uma vez que é vedada a realização de campanha publicitária dos programas de governo com recursos públicos, salvo se provenientes de doa- ções. d) irregularmente, uma vez que não pode- ria ter sido utilizada a imagem do Go- vernador, ainda que seu nome e o nome de seu partido pudessem ser utilizados na campanha. e) regularmente, uma vez que a publici- dade dos programas de saúde pública exige a indicação da autoridade res- ponsável pelo programa, em razão do princípio da transparência, devendo ter caráter educativo, informativo ou de orientação social. 21. (FCC – MPE-PE – Promotor – 2014) Em sua formação, o Direito Administrativo brasileiro recebeu a influência da experiên- cia doutrinária, legislativa e jurisprudencial de vários países, destacando-se especial- mente a França, considerada como berço da disciplina. No rol de contribuições do Direito Administrativo francês à prática atual do Di- reito Administrativo no Brasil, NÃO é corre- to incluir: a) a adoção de teorias publicísticas em matéria de responsabilidade extracon- tratual das entidades estatais. b) a adoção do interesse público como eixo da atividade administrativa. c) a ideia de exorbitância em relação ao di- reito comum, aplicável aos particulares. d) a teoria do desvio de poder. e) o sistema de contencioso administrati- vo. 22. (FCC – TCE-RS – Auditor Público – 2014) A necessidade de publicação dos atos admi- nistrativos no Diário Oficial e, em alguns ca- sos, em jornais de grande circulação é forma de observância do princípio da a) legalidade, ainda que essa obrigação não esteja prevista na legislação. b) impessoalidade, na medida em que os atos administrativos são publicados sem identificação da autoridade que os emi- tiu. c) eficiência, posto que a Administração deve fazer tudo o que estiver a seu al- cance para promover uma boa gestão, aindaque não haja lastro na legislação. d) supremacia do interesse público, pois a Administração tem prioridade sobre ou- tras publicações. e) publicidade, na medida em que a Ad- ministração deve dar conhecimento de seus atos aos administrados. www.acasadoconcurseiro.com.br34 23. (FCC – TCE-RS – Auditor Público – 2014) Os princípios que regem a Administração pública: a) são aqueles que constam expressamen- te do texto legal, não se reconhecendo princípios implícitos, aplicando-se tanto à Administração direta quanto à indire- ta. b) podem ser expressos ou implícitos, os primeiros aplicando-se prioritariamente em relação aos segundos, ambos se diri- gindo apenas à Administração direta. c) são prevalentes em relação às leis que regem a Administração pública, em ra- zão de seu conteúdo ser mais relevante. d) dirigem-se indistintamente à Adminis- tração direta e às autarquias, aplicando- -se seja quando forem expressos, seja quando implícitos. e) aplicam-se à Administração direta, indi- reta e aos contratados em regular licita- ção, seja quando forem expressos, seja quando implícitos. 24. (FCC – TRF-4 – Oficial de Justiça – 2014) O princípio que traduz a ideia de que a Ad- ministração tem que tratar a todos os admi- nistrados sem discriminações, benéficas ou peculiares denomina-se princípio da: a) moralidade. b) publicidade. c) supremacia do interesse público. d) impessoalidade. e) responsabilidade. 25. (FCC – TCE-GO – Analista de Controle Exter- no – 2014) Um dos princípios básicos da Administração pública, além de consagrado explicitamente na Constituição Federal, quando trata dos princípios que norteiam a atuação admi- nistrativa, também consta implicitamente ao longo do texto constitucional, como por exemplo, quando a Carta Magna exige que o ingresso em cargo, função ou emprego pú- blico dependerá de concurso público, exata- mente para que todos possam disputar-lhes o acesso em plena igualdade. Do mesmo modo, ao estabelecer que os contratos com a Administração direta e indireta depende- rão de licitação pública que assegure igual- dade de todos os concorrentes. Trata-se do princípio da: a) proporcionalidade. b) publicidade. c) eficiência. d) motivação. e) impessoalidade. 26. (FCC – TRT-MG – Técnico Judiciário – 2015) O Supremo Tribunal Federal, em importan- te julgamento, ocorrido no ano de 2001, entendeu não caber ao Banco “X” negar, ao Ministério Público, informações sobre no- mes de beneficiários de empréstimos con- cedidos pela instituição, com recursos subsi- diados pelo erário federal, sob invocação do sigilo bancário, em se tratando de requisição de informações e documentos para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio público. Trata-se de observância ao princípio da a) motivação. b) supremacia do interesse privado. c) impessoalidade. d) proporcionalidade. e) publicidade. 27. (FCC – CNMP – 2015) Corresponde a um dos princípios básicos da Administração pública a: a) universalidade. b) livre iniciativa. c) solidariedade. d) legalidade. e) precaução. www.acasadoconcurseiro.com.br 35 Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo 28. (FCC – TRT-6 – Juiz Substituto – 2015) Acerca dos princípios informativos da Admi- nistração pública, considere: I – O princípio da publicidade aplica-se tam- bém às entidades integrantes da Adminis- tração indireta, exceto àquelas submetidas ao regime jurídico de direito privado e que atuam em regime de competição no merca- do. II – O princípio da moralidade é considerado um princípio prevalente e a ele se subordi- nam os demais princípios reitores da Admi- nistração. III – O princípio da eficiência, que passou a ser explicitamente citado pela Carta Mag- na a partir da Emenda Constitucional no 19/1998, aplica-se a todas as entidades in- tegrantes da Administração direta e indire- ta. Está correto o que consta APENAS em: a) III. b) I e II. c) II e III. d) I. e) II. 29. (FCC – TRE-RR – Analista Administrativo – 2015) A Administração Pública Federal, enquanto não concluído e homologado determinado concurso público para Auditor Fiscal da Re- ceita Federal, alterou as condições do cer- tame constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à es- pécie. E, assim ocorreu, porque antes do provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de direito à nomeação. Trata-se de aplicação do Princípio da a) Eficiência. b) Publicidade. c) Legalidade. d) Motivação. e) Supremacia do interesse privado. 30. (FCC – TRE-RR – Analista Judiciário – 2015) O Supremo Tribunal Federal, em importante julgamento ocorrido no ano de 2011, julgou inconstitucional lei que vedava a realização de processo seletivo para o recrutamento de estagiários por órgãos e entidades do Poder Público do Distrito Federal. O aludi- do julgamento consolidou fiel observância, dentre outros, ao princípio da a) segurança jurídica. b) publicidade. c) presunção de legitimidade. d) motivação. e) impessoalidade. Gabarito: 1. B 2. E 3. D 4. B 5. A 6. E 7. D 8. A 9. D 10. E 11. A 12. C 13. B 14. C 15. A 16. E 17. C 18. C 19. A 20. B 21. E 22. E 23. D 24. D 25. E 26. E 27. D 28. A 29. C 30. E www.acasadoconcurseiro.com.br36 TÓPICO 2 Responsabilidade Civil do Estado A responsabilidade civil, genericamente considerada, tem sua origem no Direito Civil e, no âmbito do Direito Privado, consubstancia-se na obrigação de indenizar um dano patrimonial decorrente de um fato lesivo voluntário. No Direito Público, é modalidade de obrigação extracontratual e, para que ocorra, são necessários, como se depreende de sua definição, os seguintes elementos: • (1) o fato lesivo causado pelo agente em decorrência de culpa em sentido amplo, a qual abrange o dolo (intenção) e a culpa em sentido estrito, que engloba a negligência, a imprudência ou a imperícia; • (2) a ocorrência de um dano patrimonial ou moral; e • (3) o nexo de causalidade entre o dano havido e o comportamento do agente, o que significa ser necessário que o dano efetivamente haja decorrido, direta ou indiretamente, da ação ou omissão indevida do agente. Na definição de Celso Antônio Bandeira de Melo, responsabilidade civil ou responsabilidade patrimonial extracontratual do Estado é a obrigação que lhe incumbe de reparar, economicamente, os danos causados a terceiros e que lhe sejam imputáveis em decorrência de comportamentos comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos. Assim, a responsabilidade civil não se origina de ajustes realizados pela Administração Pública com particulares, a denominada responsabilidade contratual, mas é decorrente de comportamentos unilaterais omissivos ou comissivos, legais ou ilegais, materiais ou jurídicos imputáveis aos agentes públicos. Temos que a responsabilidade civil da Administração Pública se evidencia na obrigação que tem o Estado de indenizar os danos patrimoniais que seus agentes, atuando em seu nome, ou seja, na qualidade de agentes públicos, causem à esfera juridicamente tutelada dos particulares. Traduz-se, pois, na obrigação de reparar economicamente danos patrimoniais, e com tal reparação se exaure. 2.2 Evolução A evolução da responsabilidade do Estado passou, basicamente, pelas seguintes fases: irresponsabilidade do Estado; responsabilidade com culpa – subjetiva – do Estado (civil e administrativa) e responsabilidade sem culpa – objetiva – do Estado (risco administrativo e risco integral). Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br 37 2.2.1 Irresponsabilidade do Estado A teoria da não responsabilização do Estado ante os atos de seus agentes que fossem lesivos aos particulares assumiu sua maior notoriedade sob os regimes absolutistas. Baseava-se esta teoria na ideia de que não era possível ao Estado, literalmente personificado na figura do rei, lesar seus súditos, uma vez que o rei não cometia erros. Os agentespúblicos, como representantes do próprio rei não poderiam, portanto, ser responsabilizados por seus atos, ou melhor, seus atos, na qualidade de atos do rei, não poderiam ser considerados lesivos aos súditos. Essa teoria logo começou a ser combatida, por sua evidente injustiça: se o Estado deve tutelar o Direito, não pode deixar de responder quando, por sua ação ou omissão, causar danos a terceiros, mesmo porque, sendo pessoa jurídica, é titular de direitos e obrigações. Naturalmente, esta doutrina somente possui valor histórico, encontrando-se inteiramente superada, mesmo na Inglaterra e nos Estados Unidos, últimos países a abandoná-la (em 1946 e 1947, respectivamente). 2.2.2 Responsabilidade com Culpa Civil Comum do Estado (culpa subjetiva) Esta doutrina, influenciada pelo individualismo característico do liberalismo, pretendeu equiparar o Estado ao indivíduo, sendo, portanto, obrigado a indenizar os danos causados aos particulares nas mesmas hipóteses em que existe tal obrigação para os indivíduos. Assim, como o Estado atua por meio de seus agentes, somente existia obrigação de indenizar quando estes, os agentes, tivessem agido com culpa ou dolo, cabendo, evidentemente, ao particular prejudicado o ônus de demonstrar a existência desses elementos subjetivos. 2.2.3 Teoria da Culpa Administrativa (culpa anônima) A Teoria da Culpa Administrativa representou o primeiro estágio da transição entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a responsabilidade objetiva atualmente adotada pela maioria dos países ocidentais. Segundo a Teoria da Culpa Administrativa, o dever de o Estado indenizar o dano sofrido pelo particular somente existe caso seja comprovada a existência de falta do serviço. Não se trata de perquirir da culpa subjetiva do agente, mas da ocorrência de falta na prestação do serviço, falta essa objetivamente considerada. A tese subjacente é que somente o dano decorrente de irregularidade na execução da atividade administrativa ensejaria indenização ao particular, ou seja, exige-se também uma espécie de culpa, mas não culpa subjetiva do agente, e sim uma culpa especial da Administração à qual se convencionou chamar culpa administrativa. A culpa administrativa podia decorrer de uma das três formas possíveis de falta do serviço: inexistência do serviço, mau funcionamento do serviço ou atraso na prestação do serviço. Caberá sempre ao particular prejudicado pela falta comprovar sua ocorrência para fazer jus à indenização. No Direito Brasileiro, sobrevive a teoria da culpa anônima, paralelamente à responsabilidade objetiva do Estado. www.acasadoconcurseiro.com.br38 2.2.4 Teoria do Risco Administrativo Em todos os tipos de responsabilidade vistos anteriormente ainda se atribuía ao particular todo o ônus da prova. Pela Teoria do Risco Administrativo, surge a obrigação econômica de reparar o dano sofrido injustamente pelo particular, independentemente da existência de falta do serviço e muito menos de culpa do agente público. Basta que exista o dano, sem que, para ele, tenha concorrido o particular. Resumidamente, existindo o fato do serviço e o nexo de causalidade entre o fato e o dano ocorrido, presume-se a culpa da Administração. Compete a esta, para eximir-se da obrigação de indenizar, comprovar, se for o caso, existência de culpa exclusiva do particular ou, se comprovar culpa concorrente, terá atenuada sua obrigação. O que importa, em qualquer caso, é que o ônus da prova de culpa do particular, se existente, cabe sempre à Administração. Em regra, é a teoria adotada no Brasil, estando disciplinada no art. 37, § 6o da Constituição Federal. 2.2.5 Teoria do Risco Integral Vimos que, na Teoria do Risco Administrativo, dispensa-se a prova da culpa da Administração, mas permite-se que esta venha a comprovar a culpa da vítima para fim de atenuar (se recíproca) ou excluir (se integralmente do particular) a indenização. Em outras palavras: não significa essa teoria que a Administração, inexoravelmente, tenha a obrigação de indenizar o particular; apenas fica dispensada, a vítima, da necessidade de comprovar a culpa da Administração. Por exemplo, havendo um acidente entre um veículo conduzido por um agente público e um particular, não necessariamente haverá indenização integral, ou mesmo parcial, por parte da Administração. Pode ser que a Administração consiga provar que tenha havido culpa recíproca dos dois condutores (hipótese em que a indenização será atenuada, “repartida” entre as partes) ou mesmo que a culpa tenha sido exclusivamente do motorista particular (hipótese em que restaria excluída a obrigação de indenização por parte da Administração, cabendo ao particular a obrigação de reparação). Já a Teoria do Risco Integral representa uma exacerbação da responsabilidade civil da Administração. Segundo essa teoria, basta só a existência do evento danoso e do nexo causal para que surja a obrigação de indenizar para a Administração, mesmo que o dano decorra de culpa exclusiva do particular. Tomando-se esse exemplo, mesmo que ficasse comprovado haver culpa exclusiva do condutor particular, a obrigação de indenizar caberia à Administração. Segundo administrativistas do peso de Hely Lopes Meirelles, a Teoria do Risco Integral jamais foi adotada em nosso ordenamento jurídico. Porém, Maria Sylvia Di Pietro afirma a aplicação de tal teoria em alguns casos, tais como o dano nuclear. 2.3 Responsabilidade Civil do Estado no Brasil 8.3.1 Responsabilidade Civil da Administração no Direito Brasileiro: O já revogado Código Civil de 1916 dispunha, em seu artigo 15, que “as pessoas jurídicas de Direito Público são civilmente responsáveis por atos de seus representantes que nessa qualidade causem dano a terceiros, procedendo de modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei. salvo o direito Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo www.acasadoconcurseiro.com.br 39 regressivo contra os causadores do dano”. Adotava, pois, a responsabilidade civil (subjetiva) da Administração. A Constituição Federal de 1946 introduziu no Direito Pátrio a responsabilidade civil objetiva dispondo, em seu art. 194, que “As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis pelos danos que seus funcionários, nessa qualidade, causem a terceiros”. Foram eliminados, assim, os elementos subjetivos da culpa presentes no texto anterior. As Constituições seguintes não promoveram alterações significativas neste aspecto. A atual Carta Magna, em seu art. 37, §6º, reza que “As pessoas jurídicas de Direito Público e as de Direito Privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo e culpa”. É importante ressaltar que não foram aqui incluídas as pessoas jurídicas de direito público (EP e SEM) que atuam a título de intervenção no domínio econômico, apenas as prestadoras de serviços públicos. Dessa forma, tais entidades responderão com base na responsabilidade subjetiva pelos danos que eventualmente causarem a terceiros, consoante as regras de direito privado. Confirmando esse posicionamento, o novo Código Civil (lei nº 10.406/2002), dispõe que “As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos de seus agentes que, nessa qualidade, causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo”. Consagra-se, assim, no ordenamento jurídico pátrio, a teoria da responsabilidade objetiva do Estado (independente de dolo ou culpa) e a teoria da responsabilidade subjetiva do agente (dependente de dolo ou culpa), para fins de ação regressiva estatal. Quanto à ação regressiva, seus efeitos, por tratar-se de uma ação de natureza civil, transmitem- se aos herdeiros e sucessores do culpado. Portanto, mesmo após a morte do agente, podem seus sucessores eherdeiros ficar com a obrigação da reparação do dano (sempre respeitado o limite do valor do patrimônio transferido – CF, art. 5º, XLV). Pelo mesmo motivo, pode tal ação ser intentada mesmo depois de terminado o vínculo entre o servidor e a Administração. Nada impede, pois, que seja o agente responsabilizado ainda que aposentado, em disponibilidade, etc. 2.3.2 Ação de Indenização (Particular x Administração) A reparação do dano causado pela Administração ao particular poderá dar-se amigavelmente ou por meio de ação de indenização movida por este contra aquela. O particular que sofreu o dano praticado pelo agente deverá, pois, intentar a ação de indenização em face da Administração Pública, e não contra o agente causador do dano. Nessa ação, bastará ao particular demonstrar a relação de causa e consequência entre o fato lesivo e o dano, bem como o valor patrimonial desse dano. Isso porque a responsabilidade da Administração é do tipo objetiva, bastando os pressupostos de nexo causal e dano para surgir a obrigação de indenizar. A partir daí, cabe à Administração, para eximir-se da obrigação de indenizar, comprovar, se for o caso, que a vítima concorreu com dolo ou culpa para o evento danoso, podendo resultar três situações: • (1) se não conseguir provar, responderá integralmente pelo dano, devendo indenizar o particular; • (2) se comprovar que a culpa total foi do particular, ficará eximida da obrigação de reparar; www.acasadoconcurseiro.com.br40 • (3) se comprovar que houve culpa recíproca (parcial de ambas as partes), a obrigação será atenuada proporcionalmente. 2.3.3 Ação Regressiva (Administração x Agente) O § 6º do art. 37 da CF autoriza a ação regressiva do Estado contra o agente causador do dano no caso de dolo ou culpa deste ao causar o dano ao particular. Segundo posicionamento recente do STF, o servidor somente responderá mediante ação regressiva, perante a Fazenda Pública, não sendo possível acionar diretamente o servidor ou o Estado e o servidor conjuntamente, por meio de litisconsórcio passivo facultativo. Há, aqui, dois aspectos a serem ressaltados: • (1) a entidade pública, para voltar-se contra o agente, deverá comprovar já ter indenizado a vítima, pois seu direito de regresso nasce a partir do pagamento; • (2) não se deve confundir a responsabilidade da Administração em face do particular com a responsabilidade do agente perante a Administração: aquela é informada pela teoria do risco administrativo, que, conforme vimos, independe de culpa ou dolo; esta, do agente perante a Administração, só ocorre no caso de dolo ou culpa (responsabilidade subjetiva do agente). Tais ações de ressarcimento são imprescritíveis. www.acasadoconcurseiro.com.br 41 Questões CESPE 1. (Cespe – DPU – 2016) Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica de direito público tenha sido responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um dos seus servidores públi- cos. Assertiva: Nessa situação, o direito de regresso poderá ser exercido contra esse servidor ainda que não seja comprovada a ocorrência de dolo ou culpa. ( ) Certo ( ) Errado 2. (Cespe – DPE-TO – 2012) A responsabilidade civil das pessoas jurí- dicas de direito privado, incluídas as que prestam serviços públicos, é subjetiva, isto é, depende da ocorrência de culpa ou dolo. ( ) Certo ( ) Errado 3. (Cespe – DPE-TO – 2012) Nas ações de indenização fundadas na res- ponsabilidade civil objetiva do Estado, é obrigatória a denunciação da lide do agen- te público suspostamente responsável pelo ato lesivo. ( ) Certo ( ) Errado 4. (Cespe – CGE-PI – Auditor – 2015) De acordo com a teoria do risco integral, é suficiente a existência de um evento danoso e do nexo de causalidade entre a conduta administrativa e o dano para que seja obri- gatória a indenização por parte do Estado, afastada a possibilidade de ser invocada al- guma excludente da responsabilidade. ( ) Certo ( ) Errado 5. (Cespe – TRE-GO – Analista Judiciário – 2015) Rafael, agente público, chocou o veículo que dirigia, de propriedade do ente ao qual é vinculado, com veículo particular dirigido por Paulo, causando-lhe danos materiais. Acerca dessa situação hipotética, julgue o seguinte item. A responsabilidade da administração pelos danos causados a terceiro é objetiva, ou seja, independe da comprovação do dolo ou culpa de Rafael. ( ) Certo ( ) Errado 6. (Cespe – TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015) De acordo com a Constituição Federal, so- mente as pessoas jurídicas de direito públi- co responderão pelos danos que seus agen- tes, nessa qualidade, causarem a terceiros. ( ) Certo ( ) Errado (Cespe – TRT10 – Analista Judiciário – 2012) Todos os anos, na estação chuvosa, a região metropolitana de determinado município é acometida por inundações, o que causa graves prejuízos a seus moradores. Estudos no local demonstraram que os fatores pre- ponderantes causadores das enchentes são o sistema deficiente de captação de águas pluviais e o acúmulo de lixo nas vias públi- cas. Considerando essa situação hipotética, jul- gue os itens subsequentes. www.acasadoconcurseiro.com.br42 7. Caso algum cidadão pretenda ser ressar- cido de prejuízos sofridos, poderá propor ação contra o Estado ou, se preferir, dire- tamente contra o agente público respon- sável, visto que a responsabilidade civil na situação hipotética em apreço é solidária. ( ) Certo ( ) Errado 8. De acordo com a jurisprudência e a doutri- na dominante, na hipótese em pauta, casa haja danos a algum cidadão e reste prova- da conduta omissiva por parte do Estado, a responsabilidade deste será subjetiva. ( ) Certo ( ) Errado (Cespe – TRT 10 – Analista Judiciário – 2012) No tocante à responsabilidade civil da ad- ministração, julgue os itens subsequentes. 9. A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independen- temente de a vítima ter concorrido para o seu aperfeiçoamento. ( ) Certo ( ) Errado 10. Pela teoria da faute du service, ou da cul- pa do serviço, eventual falha é imputada pessoalmente ao funcionário culpado, isen- tando a administração da responsabilidade pelo dano causado. ( ) Certo ( ) Errado 11. (Cespe – TRT 10 – Analista Judiciário – 2012) A reparação do dano à pessoa lesada por ato emanado de agente público no exercício de suas funções pode ser consumada tanto na via administrativa, por acordo entre a pes- soa jurídica civilmente responsável e o lesa- do, como por ação judicial de indenização. ( ) Certo ( ) Errado 12. (Cespe – TRE-PI – Técnico Judiciário – 2016) Em razão do princípio da supremacia do interesse público, são vedados o reconhe- cimento da responsabilidade e a reparação de dano extrajudicial pela administração. ( ) Certo ( ) Errado 13. (Cespe – TRE-PI – Técnico Judiciário – 2016) A responsabilidade objetiva de empresa concessionária de serviço público alcança usuários e não usuários do serviço público. ( ) Certo ( ) Errado 14. (Cespe – TRE-MS – Tecnico Judiciário – 2012) Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do dano deve ser servidor público estatutário e pos- suir vínculo direto com a administração. ( ) Certo ( ) Errado 15. (Cespe – TRE-MS – Tecnico Judiciário – 2012) Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do pre- juízo a terceiros deve ter agido na qualidade de agente público, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora ou além de sua competência legal. ( ) Certo ( ) Errado 16. (Cespe – TRE-MS – Tecnico Judiciario – 2012) A responsabilidade civil do Estado é objeti- va, sendo obrigatória configuração da culpa para a eclosão do evento danoso. ( ) Certo ( ) Errado www.acasadoconcurseiro.com.br 43 Meu Primeiro Concurso – Noções de Direito Administrativo – Prof. Luis Gustavo (Cespe – TJ-RR – Técnico Judiciario – 2012) No que tange à responsabilidade civil do Es- tado, julgue os itens que se seguem. 17.
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