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Hemocultura ➢ É a cultura para bactérias e/ou fungos em amostra de sangue. ➢ A presença de micro-organismos (bactérias ou fungos) viáveis no sangue do paciente sugere infecção da corrente sanguínea, o que torna a hemocultura um exame crítico e de grande importância no tratamento desses pacientes. Bacteremia ➢ É a presença TRANSITÓRIA de bactérias na corrente sanguínea. A entrada de micro- organismos na corrente sanguínea ocorre por um dos seguintes mecanismos: 1. Entrada direta na corrente sanguinea, via agulhas, catéteres, medicamentos contaminados; 2. Drenagem de micro-organismos a partir de um foco primário de infecção pelos vasos linfáticos e daí até o sangue. ➢ A maioria das bactérias é rapidamente eliminada; Quando não são eliminadas, provocam sepse; Septicemia Geralmente ocorre após: ➢ Infecção basal (pneumonia, abdominal, ITU (infecção do trato urinário), pele; ➢ Cirurgia em área infectada; ➢ Inserção de objetos estranhos ao organismo (cateter urinário). Choque Séptico ➢ Causado por toxinas produzidas por bactérias e por citocinas ou linfocinas, que são sintetizadas pelo sistema imune para combater as infecções. No choque séptico, ocorre: • Vasodilatação • Diminuindo a Pressão Arterial • Aumento da permeabilidade dos vasos, causando edema, com posterior diminuição do fluxo sanguíneo em órgãos vitais. ➢ Pressão Arterial (PA) pode baixar a níveis letais como consequência da sepse. ➢ Ocorre principalmente em: - Pacientes idosos (> 60 anos); - Recém-nascidos; - Pacientes imunocomprometidos (baixo número de leucócitos). Coleta de sangue ➢ Coletar antes da administração de antibióticos (muitas vezes, isso não é possível. Daí a necessidade de longa incubação); ➢ Lavar as mãos, preferencialmente, com sabonete antisséptico e secá-las. ➢ Remover os selos das tampas dos frascos de hemocultura e fazer assepsia prévia das tampas com álcool a 70%. ➢ Garrotear o braço do paciente e selecionar a veia adequada. Esta área não deverá ser mais tocada com as mãos (ponta dos dedos). Microbiologia Clínica ➢ Fazer antissepsia com álcool a 70%, de forma circular e de dentro para fora. ➢ Aplicar solução de tintura de iodo (1%- 2%) ou PVPI a 10% ou clorexidina alcoólica, também com movimentos circulares de dentro para fora. Para que ocorra a adequada ação do antisséptico e deixar secar por 1 ou 2 minutos antes de realizar a coleta. ➢ Calçar luvas estéreis. ➢ Coletar volume de sangue adequado levando em consideração o fato de ser criança ou adulto. ➢ Verificar número de amostras e horário de cada coleta na requisição médica. ➢ Remover a solução residual de PVPI a 10% ou clorexidina alcoólica, do braço do paciente, com álcool a 70%, para evitar reações indesejáveis (ou alérgicas). ➢ Descartar luvas e lavar as mãos. ➢ Identificar cada frasco com as informações padronizadas e enviar ao setor de microbiologia, juntamente com a requisição médica devidamente preenchida. ➢ Transportar imediatamente ao laboratório em temperatura ambiente. Número de amostras a serem coletadas Adultos ➢ Coleta de um par de frascos de sangue em braços diferentes (1 amostra); ➢ Adulto: 2 a 3 hemoculturas (4-6 frascos) de punções diferentes com 30 minutos a 1 hora de intervalo, 10 mL cada coleta; ➢ Repete após 24 horas. Crianças ➢ Coletar em frascos pediátricos; ➢ Crianças de 1 a 6 anos: coletar de 1 a 5 mL; ➢ Crianças de 0 a 1 anos: coletar amostras com 0,5mL a 1mL. Técnicas de coleta 1. Hemocultura manual Frasco com meio contendo anticoagulante (polianetossulfonato de sódio-SPS) com ação inibitória para alguns antibióticos, frações do complemento, neutrófilos e alguns micro- organismos: 7 dias • Pode apresentar positividade em 30% dos casos frasco adulto e infantil 2. Hemocultura automatizada Frascos com meios de cultura aeróbio, anaeróbio e pediátrico; com resinas inibidoras de antibióticos. Hemocultura Aspecto macroscópico dos frascos de hemocultura, após incubação a 37ºC (negativo: frasco límpido - positivo: frasco turvo). Não se recomenda • Coleta de sangue através de catéteres ou cânulas; • Troca de agulhas entre a punção de coleta e distribuição do sangue nos frascos de hemocultura; • Punções arteriais (não trazem benefícios na recuperação dos micro-organismos quando comparadas com punções venosas); • Não coletar no pico febril do paciente. Principais microrganismos isoldados em hemoculturas: Staphylococcus aureus Staphylococcus coagulase negativos * Escherichia coli e outras enterobactérias Klebsiella pneumoniae* Pseudomonas aeruginosa Streptococcus pneumoniae Streptococcus viridans Enterococus sp. (80% dos casos têm significância clínica) Candida albicans. • Pode se tratar de contaminação da flora normal. Repetir a cultura com mais cuidado na punção.
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