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FISIOLOGIA REPRODUTIVA DA CADELA

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FISIOLOGIA REPRODUTIVA DA CADELA
· CICLO ESTRAL
O ciclo estral canino consiste em sucessivas fases recorrentes, proestro, estro, metaestro/diestro e anestro. 
Proestro
O proestro dura em média 9 dias (podendo variar para mais ou menos dias). 
É caracterizado pelo interesse sexual do macho pela fêmea, com recusa da monta pela fêmea. 
Há um aumento gradativo de edema vulvar e corrimento serossanguinolento. 
Os folículos ovarianos variam até 9 mm antecedendo o pico de LH (hormônio luteinizante) e podem aumentar até 12mm antes da ovulação. 
O término do proestro é marcado pelo início do interesse da fêmea pelo macho (estro). 
Estro 
O estro dura em média 9 dias (podendo variar para mais ou menos dias). 
É caracterizado pela aceitação de monta da cadela pelo macho. 
É nessa fase que ocorre a ovulação cerca de 48 a 60 horas após o pico de LH. 
A cadela libera oócitos imaturos, não fecundáveis, que permanecem na tuba uterina por aproximadamente 48 horas até atingirem o estágio de maturação. 
A concentração sérica de progesterona aumenta (1-3ng/mL) durante o pico pré-ovulatório de LH e segue aumentando (10-25 ng/mL) até o dia 10, no final do estro. 
O estro na cadela ocorre em resposta ao declínio de estrógeno, que começa pouco antes do pico de LH e continua por todo o estro. 
O início do estro é facilitado sinergicamente pelo rápido aumento de progesterona resultante do pico de LH.
Diestro 
O diestro não estacional dura em torno de 75 dias, e o diestro estacional dura o tempo da gestação, que é em média 65 dias. 
O término do diestro é determinado pelo declínio de progesterona abaixo do necessário para manter uma gestação (1 a 2 ng/mL). 
A cadela que ovula e não gesta, não retorna rapidamente a um novo estro, pois não sofre luteólise abrupta como no pós-parto, o corpo lúteo regride por um processo lento de luteólise. 
A apoptose desempenha um papel importante na vida útil do corpo lúteo e o nível de atividade apoptótica pode ser aumentado pela prostaglandina F2α. 
Dentre os animais domésticos a cadela é a única com uma fase lútea cuja duração em animais não gestantes excede a observada durante a gestação. Em animais não gestantes, o corpo lúteo completa seu tempo de vida útil, passando lentamente por mudanças morfofuncionais, desprovidas de um princípio luteolítico ativo, parecem estar mais relacionadas ao envelhecimento do corpo lúteo. Essa regressão lenta ocorre apesar da presença de diversos fatores luteotrópicos, tais como a prolactina e o LH que suportam a função do corpo lúteo durante o terço médio do diestro nas cadelas não gestantes. Enquanto, em animais gestantes a regressão lútea inicialmente lenta é interrompida pela luteólise pré-parto súbita, associada a níveis fortemente aumentados de PGF2 α, destruindo ativamente o corpo lúteo. 
A regulação hormonal do diestro de cadelas gestantes e não gestantes é similar, exceto pela produção de PGF2α antes do parto. A PGF2α é produzida pela unidade útero-placentária antes do parto, no entanto, não é produzida no endométrio de cadelas não gestantes. 
Em cadelas, a relaxina (ajuda no relaxamento de articulações e ligamentos pélvicos para a passagem do filhote, e permite a distensão do útero conforme o crescimento fetal) é detectável somente na gestação, o que torna este hormônio um marcado diagnóstico da gestação nesta espécie. 
A relaxina torna-se detectável no sangue por volta do dia 20-25 da gestação, e tem um pico 2-3 semanas antes do parto e permanece elevada até o termo. 
Origina-se predominante na placenta e o corpo lúteo parece ser uma fonte secundária de relaxina. 
Anestro 
A fase de maior duração, é definido como a ausência de sinais externos, havendo concentrações séricas basais de progesterona. Os ovários estão pequenos e o útero também. 
Cadelas gestantes podem exibir intervalos interestrais mais longos do que as que não estiverem gestantes. 
http://www.cbra.org.br/portal/downloads/publicacoes/rbra/v42/n3-4/p135-140%20(RB750).pdf

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