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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM
 SCHMIDT, Pamela1
 MARTELETO , Flávio Miranda2
Resumo
A afetividade está presente em todas as etapas do desenvolvimento da criança, envolvendo principalmente aspectos emocionais e social, para a construção de sua personalidade, aprendizagem e o seu desenvolvimento como ser humano. O afeto proporciona muitas contribuições para o desenvolvimento da criança, e o seu processo de ensino aprendizagem, partindo inicialmente dos familiares e mais tarde do ambiente escolar. Entretanto a falta de afeto também pode trazer alguns prejuízos. Nos primeiros anos de vida a afetividade é um instrumento mediador entre a criança e o mundo físico, tendo assim a importância da relação harmoniosa com a família e os bons exemplos que ela pode transmitir para a formação psicológica e comportamental. Neste ínterim, o trabalho vem objetivando a busca nas obras educacionais e pedagógicos, temas que envolvem a afetividade no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, através de uma pesquisa dotada de referências bibliográficas. Vindo através desta, demonstrar que a afetividade é de suma importância para o desemvolvimento educacional do aluno, que tem como base o respeito mútuo, o diálogo e principalmente o carinho recíproco.
Palavras-chave: Afetividiade, aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
A afetividade acompanha todo o processo de desenvolvimento durante a vida do ser humano. Entretanto, objetivamos a compreensão da importância da afetividade para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças na faixa etária de 0 a 05 anos.
Para tanto, a pesquisa teve como objetivos a identificação da influência da afetividade no desenvolvimento da criança; investigando os benefícios que o afeto proporciona na vida social e emocional, bem como a realização de uma análise de que maneira o sentimento afetivo contribui para a construção do conhecimento.
A educação da criança começa com a família, “as relações familiares e o carinho dos pais exercem grande influência sobre a evolução dos filhos em que a inteligência não se desenvolve sem a afetividade” (ALMEIDA, apud Amorim, 1999, pg.50).
É na Educação Infantil que a criança dá os primeiros passos para a formação e socialização fora do ambiente familiar. Assim, a contribuição dos profissionais da área de educação tem fator fundamental neste processo, buscando desta maneira, refletir, compreender e proporcionar momentos de convivência e aprendizagem, se entregando em uma melhor relação com seus educandos.
Portanto, é necessário entender como a afetividade influência no desenvolvimento da aprendizagem de crianças da educação infantil nesta faixa etária.
O embasamento teórico deste estudo seguiu pesquisas em sites e artigos sobre afetividade na educação infantil, bem como conceitos de alguns teóricos como Wallon, Piaget e Vygotsky.Decorre de questões relevantes para uma melhor compreensão sobre o desenvolvimento da criança, de suas relações sociais e emocionais, da importância que a afetividade exerce sobre o desenvolvimento do processo de ensino – aprendizagem.
É importante lembrar que por mais que o vínculo afetivo entre educadores e educandos seja essencial, ele deve estar centrado na aprendizagem. “A criança precisa entender que estar com seu professor não é como estar com sua mãe, seu pai, irmãos, tios”, afirma Maria Cristina Mantovanini, doutora em Psicologia da Educação pela Universidade de São Paulo e psicanalista membro associada da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Segundo ela, o elo precisa ser desenvolvido entre eles. “O professor respeita a criança, leva desafios adequados para sua faixa etária, não impõe disciplina pelo medo, proporciona momentos agradáveis em sala de aula e ensina coisas interessantes”, diz.
A pesquisa foi iniciada com o conceito de afetividade, dando sequência, com a importância das relações afetivas familiares e escolares. 
	
1 A influência da afetividade na aprendizagem significativa: uma abordagem na educação infantil Afluente, UFMA/Campus III, v.3, n. 7, p. 77-93, jan./abr. 2018 ISSN 2525-3441
2. DESENVOLVIMENTO
A educação infantil proporciona um espaço fora do ambiente familiar para as crianças antes da educação básica, oferecendo formação e inserção social, proporcionando condições necessárias para que as crianças se sintam acolhidas.
O termo afetividade é vasto e passível de muitas interpretações, para este trabalho utiliza-se o encontrado na linguagem geral: afeto relaciona-se com sentimentos de ternura, amor, carinho e simpatia, está relacionado aos mais diversos termos como: emoção, estado de humor, motivação, sentimento, atenção, personalidade, temperamento e outros tantos. (ENGELMANN, 1978).
A afetividade está presente em todas as etapas do desenvolvimento da criança, envolvendo principalmente aspectos, emocional e social, para a construção de sua personalidade, aprendizagem e o seu desenvolvimento como ser humano. O afeto proporciona muitas contribuições para o desenvolvimento da criança, e o seu processo de ensino aprendizagem, partindo inicialmente dos familiares e mais tarde do ambiente escolar. 
Entretanto a falta de afeto também pode trazer ainúmeros prejuízos. Nos primeiros anos de vida a afetividade é um aparato mediador entre a criança e o mundo físico, tendo assim a importância da relação harmoniosa com a família e os bons exemplos que ela pode ensinar para a formação psicológica e comporta-mental. Neste ínterim, o trabalho vem objetivando a busca nas obras e artigos educacionais e pedagógicos, temas que envolvem a afetividade no processo de conhecimento e desenvolvimento da criança. 
Venho por meio deste trabalho demonstrar que a afetividade é fundamental para o desempenho educacional, que tem como base o respeito mútuo, o diálogo e, principalmente o carinho recíproco.
Educar não significa apenas repassar informações ou mostrar um caminho a seguir, que o professor julga ser o correto. Educar vai muito além, é ajudar o educando a tomar consciência de si mesmo, dos outros e da sociedade em que vive, bem como seus direitos e deveres dentro dela. É saber aceitar-se como pessoa e principalmente aceitar e respeitar os outros com seus defeitos e qualidades. É, também, oferecer diversas ferramentas para que a pessoa possa escolher o seu caminho, entre muitos. O educador é, sem dúvida, a peça mestra nesse processo de educar verdadeiramente, devendo ser encarado como um elemento primordial e fundamental.
O afeto é essencial para todo o funcionamento do nosso corpo nos dando coragem, motivação, interesse, e contribuindo para nosso desenvolvimento. E é pelas sensações que o afeto nos proporciona que sabemos quando algo é verdadeiro ou não. Principalmente para a criança o afeto é importantíssimo, pois ela precisa sentir-se segura para poder desenvolver seu aprendizado, e é necessário que o professor tenha consciência de como seus atos são extremamente significativos nesse processo, porque essa relação aluno-professor é permeada de afeto, e as emoções são estruturantes da inteligência do indivíduo (WALLON, (1995). 
O papel do professor é de mediador do conhecimento, ele é um espelho na sua forma de expressar valores, resolver conflitos, comunicar-se; na forma de ouvir, falar e de relacionar-se com os outros professores e com os alunos. E a forma como o professor se relaciona com o aluno se reflete nas relações do aluno com o conhecimento e na relação aluno-aluno. 
A prática de um professor afetivo será a de respeitar o ritmo de aprendizagem de cada aluno, pois ele possui a sensibilidade de perceber quando pode ou não avançar com o conteúdo. Um educando pode necessitar de mais tempo para aprender uma determinada disciplina que o seu colega, mas também poderá ser mais rápido numa disciplina que tem mais afinidade. Não deve esquecer que cada educando é único e suas habilidades e limitações da mesma forma, o professor deve buscar respeitar os mesmos e o seu ritmo e forma de aprendizado.
Para o professor realizar um bom trabalho, visando atingir a ummaior número de alunos possível, ele precisa utilizar várias estratégias de ensino, buscando sempre inovar, dotando não apenas trabalhos individuais, mas também em duplas, em grupo, diversas formas de avaliação, livros, vídeos, teatros, apresentações entre outros. Além disso, é importante, também, que os professores tenham um bom relacionamento com os demais professores da escola, para trocarem informações sobre os alunos dentro de cada área de conhecimento e desta forma trabalharem sempre em conjunto para o bem maior que são os educandos.
De fato, é isso que deve acontecer na sala de aula, o professor deve dispor de estratégias que aguçam o educando a conduzir-se sobre o objeto do conhecimento; quando o aluno conseguir tirar as suas conclusões ele sentira-se aliviado. Daí é que entra novamente o professor trazendo novas problematizações e o aluno irá mais uma vez em busca do novo conhecimento. Cada vez que o aluno chegar ao objetivo proposto, cabe ao professor propor novos desafios para o aluno continuar desenvolvendo as suas potencialidades. É um processo que não tem fim, o professor deve procurar sempre estimular o seu educando para buscar novos conhecimentos. O mais importante é trabalhar de uma forma que o aluno perceba a aprendizagem como uma conquista pessoal. 
O medo, a angústia, a ansiedade e a frustração, são sentimentos que desgastam o aluno, e a serenidade e a tranquilidade dos professores auxiliam na redução, ou até eliminação, desses sentimentos desagregadores, que o autor chama de “destravamento” da atividade cognitiva (DANTAS, 1994).
Outra questão de grande valor no processo de ensino-aprendizagem é não rotular o aluno, porque esse "rótulos" são internalizados pelo aluno o que o leva a crer que são verdadeiros, sendo assim prejudicando o mesmo. O professor é parte fundamental no processo de construção da autoestima e autoimagem, e rótulos só dificultarão essa construção. Aceitar as diferenças, respeitar e valorizar sem discriminação e comparações, fará com que esse aluno se aceite a si mesmo e valorize as suas habilidades e desenvolva seu potencial e acima de tudo respeite o outro e as diferenças que existem no mundo.
Também pode-se agir na prevenção impedindo o desenvolver de reações emocionais negativas nas situações escolares e na correção, apresentando estímulos positivos perante a situação problema de forma  que esta passe a estar associada a uma sensação de bem-estar garantindo que este passe o menor tempo possível nas operações de correção, pois quanto mais se instalar um receio, mais difícil é fazê-lo desaparecer.
O educador francês Henry Wallon, ao estudar o desenvolvimento humano, não colocou a inteligência como o elemento mais importante desse processo, mas a atuação integrada de três dimensões psíquicas: a motora, a afetiva e a cognitiva, sendo que a evolução ocorre quando há uma integração entre o equipamento orgânico da pessoa e o meio em que ela vive, responsável por permitir/auxiliar o desenvolvimento das potencialidades próprias de cada um. (SALLA, 2011).
O vínculo afetivo que o professor estabelece com o educando em sala de aula, deve ter um caráter libertador e de confiança no dia a dia, para combater o preconceito e os rótulos comuns presentes no ambiente escolar. Dessa forma, o vínculo afetivo estabelecido, favorece a expressão de questões pessoais entre professor e aluno no cotidiano escolar. Além disso, conduz a autonomia e o sucesso na construção da aprendizagem recíproca, na formação da personalidade dos alunos em adultos seguros e confiantes de si, capazes de pensar de forma crítica o mundo que os cercam.
Na escola não é diferente e a aprendizagem depende em grande parte dessas relações afetivas pedagógicas, estabelecidas entre professores e educandos. No decorrer do ano letivo na convivência em sala de aula, surgem conflitos entre as criança em relação ao professor, seja ela por falta de êxito em suas tarefas, pela severidade do professor, por motivos pessoais provindos da família ou outros de ordem emocional. Por isso, acredito que é possível o professor se equivocar, quando não está apto a compreender a conduta do aluno que manifesta suas emoções de forma agressiva. Diante de situações difíceis e conflitantes na sala de aula, o professor precisa investigar o motivo, conhecer a história de vida familiar e receber suas atitudes com calma e bom senso. Sendo assim, o professor não deve tomar a situação de conflito como afronta pessoal ou provocação. 
A profissão de professor nos propõe desafios na reflexão entre a teoria e a prática em sala de aula, que inúmeras vezes não é como sonhamos. Toda prática precisa estar fundamentada e organizada de forma adequada com a realidade escolar do aluno. Para isso, o professor precisa planejar intervenções precisas diante das necessidades pedagógicas. Devemos proporcionar condições e regras no trabalho coletivo dentro da escola, trocas de experiências e da construção colaborativa do conhecimento.
A medida que reforçarmos a decisão de que o aluno precisa aprender, também enfatizamos que a postura pedagógica do professor deve partir dos erros e dificuldades dos alunos. Quando estabelecemos relações de afetividade entre o saber, a experiência e o trabalho, observamos e avaliamos as situações com clareza, valorizando as tecnologias e os dispositivos didáticos atualizados, intensificando e diversificando o desejo a decisão de aprender.
 “[...] Na verdade, o desenvolvimento afetivo e cognitivo são indissociáveis e constituem uma única realidade – o desenvolvimento do indivíduo. Ambas as dimensões influenciamse contínua e mutuamente" (TASSONI, 2000b, p. 150).
O aluno é capaz de perceber a atitude afetiva e sua relação com o trabalho pedagógico do professor e assim essa relação atua na aprendizagem do aluno, melhorando até sua autoestima e autoconfiança. Desse modo, o educando será capaz de sentir o conteúdo, estabelecer uma relação de simpatia com ele, assim a aprendizagem será efetiva e significativa.
Como salienta Dantas (1992), conforme a criança vai se desenvolvendo, as trocas afetivas vão ganhando complexidade. “As manifestações epidérmicas da “afetividade da lambida” se fazem substituir por outras, de natureza cognitiva, tais como respeito e reciprocidade”(p. 75). Adequar a tarefa às possibilidades do aluno, fornece meios para que realize a atividade confiando em sua capacidade, demonstrar atenção às suas dificuldades e problemas, são maneiras bastante refinadas de comunicação afetiva. Dantas (1992) refere-se a essas formas de interação como “cognitivização” da afetividade.
Conforme a criança avança em idade, torna-se necessário “ultrapassar os limites do afeto epidérmico, exercendo uma ação mais cognitiva no nível, por exemplo, da linguagem. ” (Almeida, 1999, p. 108). Mesmo mantendo-se o contato corporal como forma de carinho, falar da capacidade do aluno, elogiar o seu trabalho, reconhecer seu esforço, constituem-se formas cognitivas de vinculação afetiva.
Avaliando os aspectos essenciais do ato de aprender e refletindo sobre a relação que existe entre afetividade e aprendizagem, o afeto é visto aqui como um comprometimento pessoal do educador e também profissional, muito além da amizade e do carinho. O educador deve prezar pelo seu fazer docente, realizando de forma eficaz, demonstrando respeito pelo educando como um ser de infinita capacidade. O professor deve se apresentar como um mediador que busca em seus afazeres empregar toda a afetividade que o moveu a exercer tal função social, a partir de suas crenças, optar por buscar e criar meios para que não fique nenhum de seus alunos sem esse essencial cuidado que levará ao desenvolvimento das suas várias aptidões.
O eu, o outro e as interações vão determinar a personalidade do sujeito e a forma que ele irá interagir com o mundo. O clima emocional, a forma que ele vai se direcionar em variadas atividades é determinada pela relação e o clima que ele estabelece e, a partir daí ele constrói o seu campo afetivo. Então ele terá medo, se empenhará mais ou menos,será mais ou menos impulsivo, a partir desse campo afetivo que ele desenvolve em seu contexto pessoal e desta forma se compõe a inteligência da pessoa a forma que ela vai abordar o mundo e se relacionar. ( O-AFETO-QUE-EDUCA , P.7/8)
O investimento na afetividade não se limita somente na forma com que o educador estabelece o carinho físico com o educando, mas, sobretudo, quando o mestre tem consciência do seu papel formador e tem orgulho do que faz, transmitindo esse sentimento para seus alunos e estes se sentem valorizados. 
Nesse sentido, Siqueira e Silva Neto (2011, p. 7) afirmam que: 
A sensibilidade do professor torna-o capaz de entender os estágios de desenvolvimento da criança, fazendo-a vivencia o mundo de imaginação sonhos, alegria e etc. O professor precisa conhecer bem a criança, para usar de estratégias que produzam resultados satisfatórios, concordar que o aluno tem um papel importante no uso da didática adotada pelo professor [...]
2.1 Família e Escola
É importante salientar que o termo “família” se refere a todos os responsáveis pela criança de acordo com a formação familiar na qual a mesma está inserida.
A escola precisa estar preparada para receber as famílias do século XXI, de modo que ambas possam criar relações de respeito e companheirismo em prol da educação da criança e de um diálogo constante.
A boa relação entre família e escola, oferece suporte para que o desenvolvimento e aprendizado do aluno sejam potencializados. Desse modo, professores e pais precisam refletir ações que, respeitado seu papel funcional, possa resultar em estratégias de ajuda recíproca (LEITE; TASSONI, 2002).
O papel que a família exerce na vida da criança é de suma importância para seu desenvolvimento escolar, isso em hipótese alguma pode ser desconsiderado. A família tem o dever de acompanhar o desempenho escolar da criança, com a responsabilidade de intermediar sua pratica no dia a dia, auxiliar nas tarefas de casa, observar o desenvolvimento pedagógico e afetivo na escola. 
É papel da escola evidenciar e auxiliar na compreensão dos pais sobre a importância de sua participação na evolução e no acompanhamento diário escolar de seus filhos e como isso pode afetar no seu desenvolvimento. 
Essa participação dos pais em reuniões escolares sobre desempenho do aluno, comportamento em sala de aula, acompanhamento na atividade para casa, projetos escolares e outros assuntos que dizem respeito ao seu filho é uma grande mostra de cuidado e carinho, um meio poderoso de fazê-lo sentir o quanto é importante e querido e desta forma fazendo toda a diferença na vida do educando.
Quando a criança não recebe carinho, afeto e cuidado de sua família e não percebe sua participação no ambiente escolar, todo seu rendimento global fica comprometido. Desse modo, não cabe apenas à escola o compromisso de educar, mas necessita a participação da família nesse processo.
Evidenciamos, lamentavelmente, que muitos pais atualmente apresentam justificativas de que se dedicam a sua atividade profissional durante todo o dia e, por esse motivo não têm tempo para seus filhos, transferindo à escola a responsabilidade de formar hábitos higiênicos, valores éticos, educação sexual, formação política e tudo que contempla a cidadania. A divergência entre pais e escola sobre a responsabilidade de ensinar determinados valores é um dos maiores obstáculos que impedem o desenvolvimento da criança em toda sua extensão. A escola é responsável por desenvolver habilidades e competências nos alunos de acordo com os conteúdos científicos e ainda reforçar valores éticos e morais que na teoria deveriam trazer da convivência familiar, já que a família é o primeiro núcleo social que a criança participa e nela que se formam os primeiros valores do indivíduo.
Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo, e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam. (TIBA, 1996, p. 111).
Ou seja, a família e a escola são os primeiros laços afetivos nas relações vivenciadas pelo indivíduo, é possível, portanto, afirmar que quando esses laços são vividos simultaneamente e correlacionados, o resultado será ainda melhor no que se refere à aprendizagem do aluno. 
Assim, o aluno precisa sentir o afeto de seus pais e professores presentes na sua vida escolar. Essa união colabora para o seu desenvolvimento e garante, de maneira permanente, a formação dos alunos. Desse modo, observamos que com a parceria entre família e escola, o indivíduo possa somar os conhecimentos, valores e atitudes que reflitam em sua formação global.
Nesse contexto é possível observar a distinção das funções da família e da escola, compreendendo que uma necessita da outra, e que se uma dessas instituições não cumpre o seu papel, a outra fica sobrecarregada e acaba por dificultar o desenvolvimento da criança.
O papel que a família e a escola devem desempenhar na vida cotidiana do ser humano é fonte de grandes estudos e investigações. Na Constituição Federal de 1988, foram incluídos alguns artigos que dizem respeito aos direitos de cada cidadão, bem como os deveres que cada indivíduo possui.
As relações estabelecidas entre escola e família ao longo da história sempre ocupou um espaço importante no âmbito educacional, já que as duas instituições são as principais responsáveis pela formação integral do indivíduo.
Contudo, cada uma desempenha papeis distintos, porém complementares, na educação que é fornecida para a criança. O contexto familiar é o primeiro espaço de socialização, e será nele que o indivíduo aprenderá os valores e conhecimentos que nortearão sua vida. Entretanto, a escola também se encontra imersa na tarefa de educar o ser humano, na medida em que o trabalho realizado pelos profissionais que ali atuam, visa o desenvolvimento integral do indivíduo, enfatizando o trabalho pedagógico na construção de um ser preparado para os saberes escolares, bem como para a vida em sociedade.
Sendo assim, cabe às duas instituições auxiliar o indivíduo no seu processo de desenvolvimento, sendo que um ambiente saudável, cercado de incentivos e boas relações, tende a fazer com que o aprendizado da criança seja positivo. Dessa forma, escola e família devem estabelecer relações de colaboração, em que a família possa agir como potencializadora do trabalho realizado pela escola, de forma a incentivar, acompanhar e auxiliar a criança em seu desenvolvimento, ao mesmo tempo em que a escola realize uma prática pedagógica que contribua na formação do ser crítico reflexivo, e que valorize a participação ativa dos pais no processo educativo, contribuindo assim, para a construção de uma sociedade transformada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa levou a concluir que sendo os laços afetivos que conduzem o nosso desenvolvimento emocional, cognitivo, das inteligências, dos valores entre outros, ao refletir sobre nosso próprio desenvolvimento e nosso comportamento, muitas vezes sendo as “consequências” de todo o processo emocional que adquirimos durante nossa experiência, sobressaindo, a importância de como se relacionar com as crianças em um período tão importante para a sua formação, sendo esses vínculos imprescindíveis no desenvolvimento saudável do indivíduo.
É importante ensinar a conciliar a relação igualdade e diferença, paz e violência, aceitação e preconceito, sendo que esse processo exigirá dos professores uma postura democrática e não autoritária onde trabalha a criatividade e liberdade de expressão, que são contrários ao modelo atual onde é esperado o mesmo comportamento para todos.
As crianças precisam de contato físico, socializar-se com outras crianças, aprender com outras crianças, se defenderem, ser criança de verdade e não um robô programado. Os limites devem sim ser colocados e esclarecidos as crianças, os valores devem ser ensinados desde a mais tenra idade, e para que isso ocorra, são os paisos primeiros professores.
Cabe à escola enxergar o educando como um ser único que precisa aprender, mais acima de tudo, é necessário compreender que a afetividade precisa existir na vida de todos os educadores e familiares se quiserem ter uma sociedade mais justa, humana e compreensiva.
A afetividade pode influenciar positiva e negativamente no desenvolvimento da criança, conforme cresce em um ambiente saudável, repleto de bons exemplos e cuidados, ela tende a desenvolver bons hábitos, responsabilidades e apego a aprendizagem. Em um ponto de vista negativo, a falta do afeto, do carinho, até mesmo dos cuidados básicos juntamente com a negligência, pode afetar o desenvolvimento cognitivo.
Sabendo que a criança tem muito mais facilidade de aprender do que uma pessoa adulta, podemos ressaltar que o sentimento afetivo é fundamental para a construção do conhecimento, inicialmente através da reação a algum tipo de estímulo, que pode ser de felicidade, tristeza ou medo.
Por tanto, todo o processo que ocorre com o ser humano, está ligado às relações afetivas seja em seu comportamento ou em sua aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ana Rita Silva.A emoção na sala da aula. Ed. Papirus, Campinas, SP, 2012. 
ALMEIDA, A. R. S. A emoção na sala de aula. Campinas: Papirus. 1999.
ENGELMANN, A. Os estados subjetivos: uma tentativa de classificação de seus relatos verbais. São Paulo: Ática, 1978.
GALVÃO, Isabel. Henri Wallon: Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 5. Ed. Petrópolis, Vozes, 1995.
Dantas, H. (1992). Afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon. In Y. La Taille, H. Dantas, & M. K. Oliveira (Orgs.), Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discussão (pp. 85-98). São Paulo: Summus Editorial Ltda.
SIQUEIRA, Alessandra Maria de Oliveira; SILVA NETO, Demuniz Diniz da. A afetividade na aprendizagem dos alunos. 13 f. 2011. 
LEITE, S. A. da S; TASSONI, E. C. M. (2002). A afetividade em sala de aula: as condições de ensino e a mediação do professor. In R. Azzi, & A. M. Sadalla (Orgs.), Psicologia e Formação Docente (pp. 113-141). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. 1ª edição. São Paulo: Editora Gente, 1996.
LA TAILLE, Y; OLIVEIRA, M. K.; DANTAS, H. Piaget, Vygotsky, Wallon. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/conceito-afetividade-henri-wallon-645917.shtml 
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos Parâmetros Curriculares/ Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BEZERRA,Ricardo José Lima.Afetividade como condição para a aprendizagem: Henri Wallon e o desenvolvimento cognitivo da criança a partir da emoção. 7
ALMEIDA, Laurinda R. Wallon e a educação. In: WALLON, Henri: Psicologia e Educação. Abigail Alvarenga Mahoney, Laurinda Ramalho de Almeida “organizadoras”. - 11. Ed. – São Paulo: edições Loyola, 2012.
M DE MULHER: O poder do afeto no desenvolvimento da criança. Disponível em: http://mdemulher.abril.com.br/familia/maxima/o-poder-do-afeto-no-desenvolvimento-da-crianca

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