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Antidepressivos e estabilizadores do humor

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Terapêutica Medicamentosa – antidepressivos.doc - Prof. Américo Focesi Pelicioni – 6/4/2020 pág 1de 8 
Antidepressivos e estabilizadores do humor 
 
Depressão: doença causada pela redução na transmissão dos impulsos nervosos em áreas do 
cérebro que regulam o humor e o comportamento, por uma anormalidade na liberação de 
neurotransmissores monoaminérgicos, especialmente norepinefrina, dopamina e serotonina, 
relacionados com as sensações de satisfação, prazer, vitalidade, interesse, emoção e alegria. 
https://www.youtube.com/watch?v=T2XLwjy65LA 4m 
https://www.youtube.com/watch?v=93QIRxdSeDQ 6m 
Sintomas mais comuns da depressão: 
• Emocionais/psicológicos - desânimo, ansiedade, perda de motivação, interesse e prazer, 
sentimento de culpa, inadequação e feiúra, idéias suicidas, aflição, pessimismo, indecisão, 
baixa auto-estima, apatia, dificuldade de concentração, aprendizado e memória. 
 
• Físicos/biológicos - agitação, mudança de peso, dores musculares, perda de energia, 
retardo de pensamento, alterações do sono, perda de libido e de apetite. 
 
A depressão pode ser a própria doença ou um sintoma de outras 
doenças como ansiedade, transtorno obsessivo compulssivo, 
síndrome do pânico, fobias, transtorno bibolar do humor, transtorno 
pós-traumático, esquizofrenia, bulimia e outras desordens 
alimentares, obesidade, magreza extrema, câncer, doenças 
cardiovasculares, doenças que produzem dor aguda ou crônica, 
entre outros. 
A depressão pode surgir expontaneamente ou ser deflagrada por 
algum evento, como morte da família, perda de emprego, 
rompimento de relação, violência, etc. 
 
Dopamina (diidroxifeniletilamina): No sistema nervoso central a dopamina exerce importante papel 
no comportamento motivado por recompensa, mediando o desejo e a motivação, relacionando-se 
com o humor, a motivação, à vigília, ao aprendizado e à sensação de recompensa, satisfação e 
prazer. 
Neurônios dopaminérgicos também se relacionam com o movimento, funções cognitivas, 
memória, planejamento de comportamento, pensamento abstrato e reações emocionais, 
especialmente em situações de estresse. 
https://www.youtube.com/watch?v=T2XLwjy65LA
https://www.youtube.com/watch?v=93QIRxdSeDQ
Terapêutica Medicamentosa – antidepressivos.doc - Prof. Américo Focesi Pelicioni – 6/4/2020 pág 2de 8 
 
Norepinefrina (noradrenalina): No sistema nervoso central sua ação é excitatória. 
Durante o sono é pouco liberada mas em vigilia passa a ser liberada em maior quantidade e sua 
concentração aumenta drasticamente nos eventos estressantes ou perigosos produzindo efeitos 
como aumento da atenção, motivação, vigilância e da capacidade de criação e evocação da 
memória, além disso, produz sensação de recompensa e prazer. 
 
Serotonina (5-hidroxitriptofano ou 5HT): No sistema nervoso central é um neurotransmissor 
relacionado a sensações prazerosas de bem estar e felicidade, mas também influencia o humor 
e a agressividade, a temperatura do corpo, sono/vigília, regulação do apetite, entre outros. 
A redução nos níveis de serotonina também se relacionam com episódios de obsessão e 
compulsão. 
Todos esses neurotransmissores são provenientes de aminoácidos que são obtidos por meio dos 
alimentos, por exemplo, noradrenalina e dopamina podem ser sintetizadas a partir de tirosina, 
tiramina e fenilalanina, e a serotonina pode ser sintetizada a partir do triptofano. 
• Todo antidepressivo atua aumentando as concentrações das monoaminas dopamina, 
noradrenalina e/ou serotonina nas fendas sinápticas. 
• Fármacos são ineficazes em cerca de 30% dos casos de depressão. 
• Placebo é eficaz em até metade dos pacientes deprimidos, sobretudo aqueles com 
depressão mais leve. 
• Tratamento farmacológico associado a tratamento psicológico apresenta maior chance 
de sucesso terapêutico. 
• Todo antidepressivo pode aumentar o risco de suicídio, sobretudo no início do tratamento 
medicamentoso (principalmente nas 3 primeiras semanas iniciais) e durante a fase de 
retirada do psicofármaco. O desmame gradual minimiza esse efeito. 
• Drogas utilizadas na terapia da depressão também são utilizados no transtorno obsessivo 
compulsivo (TOC), no Transtorno de Defcit de Atenção e hiperatividade (TDAH) na 
síndrome do pânico (SP), no transtorno bipolar do humor (TBH), nas compulsões 
alimentares, na ansiedade, na abstinência do tabaco e de outras drogas, no controle de 
cefaléias, enxaquecas, entre outros. 
 
 
Terapêutica Medicamentosa – antidepressivos.doc - Prof. Américo Focesi Pelicioni – 6/4/2020 pág 3de 8 
 
 
 
Classes farmacológicas principais: 
• inibidores da monoamina oxidase (IMAO) 
• antidepressivos triciclicos (ADT) 
• inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) 
• antidepressivos atípicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terapêutica Medicamentosa – antidepressivos.doc - Prof. Américo Focesi Pelicioni – 6/4/2020 pág 4de 8 
Inibidores da monoamina oxidase (iMAO) - bloqueiam a enzima monoamina oxidase (MAO), que 
metaboliza as monoaminas. 
 
Aumentam a meia-vida desses neurotransmissores, elevando suas concentrações na fenda 
sináptica. 
 
Ex. Tranilcipromina, Fenelzina, Iproniazida, Isocarboxazida, Harmalina, Nialamida, Pargilina, 
Selegilina, Toloxatona, Moclobemida, Brofaromina, Pirlindol. 
 
 
 
A ingestão de elevadas quantidades de alimentos que contenham tiramina, tirosina, fenilalanina 
ou triptofano (precursores de monoaminas), como: 
 
• queijos curados (amarelos), 
• tofu, 
• arenques e outros peixes frescos e 
principalmente peixes secos, 
• ovos, 
• carne seca, 
• bacon, 
• presunto defumado, 
• feijão azuki, 
• feijão verde, 
• lentilha, 
• soja, 
• chocolate amargo, 
• molho de soja, 
• cereais (aveia, arroz), 
 
• abacate, 
• banana, 
• figo, 
• frutas secas, 
• nozes, 
• castanhas, 
• sementes (abóbora e linhaça), 
• queijo cottage, 
• ricota, 
• creme de leite, 
• vinho branco, 
• vinho tinto, 
• vinho do porto, 
• xerez, e 
• muitos outros alimentos. 
 
 
Podem causar crises hipertensivas, dores de cabeça e até hemorragias 
cerebrais. 
Terapêutica Medicamentosa – antidepressivos.doc - Prof. Américo Focesi Pelicioni – 6/4/2020 pág 5de 8 
Antidepressivos triciclicos (ADT) - Inibem a recaptação das monoaminas: serotonina, 
noradrenalina e dopamina. 
 
Aumentam a meia-vida desses neurotransmissores na fenda sináptica, 
promovendo maior estímulo dos respectivos receptores. 
Ex. Amitriptilina, amoxapina, butriptilina, trimipramina, imipramina, 
Clomipramina, Desipramina, Nortriptilina e Doxepina. 
A interação com alimentos é menor que os iMAO, porém, aumentam 
fortemente os efeitos do etanol, podendo resultar em morte por parada 
respiratória. 
 
 
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) - Inibem a recaptação da serotonina. 
 
Aumentam a meia-vida desse neurotransmissor na fenda sináptica, promovendo maior estímulo dos 
respectivos receptores. 
 
Ex. fluoxetina, paroxetina, sertralina, dapoxetina, citalopram, escitalopram e fluvoxamina 
 
 
 
 
São mais seguros que os iMAO e os ADT, por isso são os mais utilizados atualmente, porém, 
também são os mais associados ao suicídio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amitriptilina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Clomipramina
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Desipramina&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nortriptilina
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Doxepina&action=edit
Terapêutica Medicamentosa – antidepressivos.doc - Prof. Américo Focesi Pelicioni – 6/4/2020 pág 6de 8 
Antidepressivos Atípicos - Antidepressivos que não se caracterizam como os anteriores, ou por 
não possuirem mesma estrutura química, ou por atuarem de forma diferente: 
 
• inibidores da recaptação de dopamina (ISRD): (amineptina, fenmetrazina e vanoxerina), 
• inibidores da recaptação da noradrenalina e da serotonina: (duloxetina, milnaciprano, 
nefazodona. trazodona), 
• inibidores da recaptação das monoaminas (IRMA) não tricíclicos: (venlafaxina, bupropiona,maprotilina, mianserina e mirtazapina). 
• inibidores da recaptação de noradrenalina (ISRN): (reboxetina, atomoxetina). 
 
 
 
 
 
 
 
Cada um possui indicações, eficácia clínica e efeitos adversos específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terapêutica Medicamentosa – antidepressivos.doc - Prof. Américo Focesi Pelicioni – 6/4/2020 pág 7de 8 
Estabilizadores (ou equilibradores) do humor: São substâncias utilizadas no tratamento do 
transtorno afetivo bipolar e nos episódios de mania. 
 
No transtorno bipolar os pacientes alternam períodos de bom humor e euforia com períodos de 
extrema irritação ou depressão. 
https://www.youtube.com/watch?v=GJRUMR__5k4 4m 
 
As "oscilações de humor" entre as fases podem ser muito rápidas e ocorrer com muita frequência de 
um dia pro outro, ou serem graduais e durarem até 6 meses cada. 
 
Durante um episódio de mania, o paciente pode: 
• ficar vários dias sem sono, 
• ter capacidades de discernimento e de atenção diminuídas, 
• ter descontrole no temperamento, agressividade, impulsividade, irritação, agitação, compulsão 
alimentar, 
• usar excessivamente drogas, incluindo o álcool, 
• apresentar promiscuidade e excesso de parceiros sexuais, 
• cometer gastos excessivos, 
• apresentar hiperatividade e pensamentos acelerados, 
• falar excessivamente, 
• apresentar autoestima muito elevada com aumento irreal na percepção de suas habilidades e 
de seu valor. 
 
Transtorno bipolar do tipo 1: é aquele em que o paciente apresenta episódios de mania e períodos 
de depressão, por isso, no passado, era chamado de psicose maníaca depressiva. 
 
Transtorno bipolar do tipo 2: o paciente não apresenta episódios maníacos, mas períodos de níveis 
elevados de energia e impulsividade (hipomania), alternados com episódios de depressão. 
 
Ciclotimia: é uma forma mais leve de transtorno bipolar, que envolve oscilações de humor menos 
severas, com hipomania e depressão leve, o que facilmente pode levar a erros de diagnostico. 
 
Princípios ativos principais: o Lítio, a Carbamazepina e o Ácido Valpróico. 
 
Além desses, novas substâncias têm demonstrado algum efeito estabilizador, tais como 
o divalproato de sódio, a oxicarbazepina,o topiramato, e a lamotrigina. 
 
Com exceção do lítio, todos os outros estabilizadores são anticonvulsivantes (e serão abordados 
na aula sobre esse tema). 
 
Sais de Lítio - foram Inicialmente classificados como antipsicóticos, mas 
atualmente são utilizados por seus efeitos reguladores de humor, 
principalmente no estado maníaco e secundariamente no estado 
depressivo. Ex. carbonato de lítium (Carbolitium®) 
 
O mecanismo de ação do lítio é complexo e não há consenso, mas 
acredita-se que ele interfira nos potenciais de ação e repouso dos neurônios, além de interferir na 
entrada de cálcio intracelular. 
 
Seus efeitos levam à redução nos níveis de glutamato e no aumento nos níveis de GABA. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=GJRUMR__5k4
Terapêutica Medicamentosa – antidepressivos.doc - Prof. Américo Focesi Pelicioni – 6/4/2020 pág 8de 8 
Em níveis elevados o lítio é bastante tóxico e requer atenção clínica imediata, principalmente 
quando o paciente apresenta desorientação, dificuldade na fala, náuseas, tontura, enjôos, diarreia e 
tremores intesos nas mãos. É recomendado o monitoramento dos níveis séricos dessa substância, a 
fim de evitar intoxicação grave: 
 
 
 
Mesmo em doses menores, a administração prolongada de lítio pode causar efeitos adversos leves 
ou severos, danos à tireóide e aos rins, exigindo monitoração periódica das funções desses órgãos. 
 
Alguns dos efeitos adversos do lítio podem ser minimizados com alterações de dieta e 
comportamento, mudança no horário de administração ou diminuem com o tempo:

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