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aula 13

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AULA 4 - CONSTRUÇÃO DE MAPAS NO SISTEMA
DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)
4.1. REPRESENTAÇÕES DE OBJETOS GEOGRÁFICOS
Um objeto geográ�co pode ser representado em um mapa por ponto, linha ou polígono. Esses
elementos podem estar ligados a vários atributos. Os atributos são as propriedades do objeto
espacial, ou seja, é a base de dados que de�ne esse objeto.
Pontos:
Abrangem as entidades geográ�cas. Essas entidades são representadas por um par de
coordenadas de latitude e longitude que permite sua localização espacial. Alguns
exemplos de entidades geográ�cas representadas por pontos são: ocorrências criminais
como roubos ou homicídios, registros de determinados tipos de doença, árvores, as lojas
de uma rede de comércio, estações de trem, entre outros.
Linhas:
As linhas são formadas por um conjunto de pontos conectados. Os rios, as ruas, o trajeto
das viaturas policiais ou de um criminoso serial e outras diversas representações podem
ser representadas por linhas.
Polígono:
É um conjunto de linhas fechadas sobre uma área. É possível representar com polígonos
a fronteira de países, de municípios, a área de atuação de um comando da Polícia Militar,
área de atuação de um grupamento especial e área de favelas, por exemplo.
4.1.1. Sobreposição de temas
Na linguagem do SIG, os temas ou camadas são uma coleção de objetos espaciais de uma
área especí�ca. Para constituir uma representação cartográ�ca e organizá-la em forma de
mapa virtual, reúnem-se vários temas.
Os temas estão ligados a uma fonte de atributos e às de�nições de sua representação no
mapa. Assim, os temas representam cada tipo de informação que vai compor um mapa e os
mapas são constituídos da sobreposição dos temas.
Imagine um mapa de ocorrências de roubos (pontos), outro mapa com as ruas (linhas) e outro
com os bairros (polígonos) de um centro urbano. A sobreposição vai permitir que todos eles
estejam representados na mesma imagem, permitindo a um analista observar como o padrão
pontual de distribuição se comporta nas ruas e nos bairros.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)
 

javascript:void(0);
O mapa é um excelente instrumento analítico. A representação de um fenômeno em forma de
mapa permite uma melhor visualização e entendimento da sua distribuição espacial, além de
deduções que outro tipo de análise não permite visualizar.
Vale destacar que não há um tipo de mapa mais recomendado que o outro. A escolha
depende do tipo de dado e do atributo a ser representado. Além disso, para um mesmo
atributo podem ser gerados mapas diferentes. Recomenda-se sempre a construção de mais
de um mapa sobre o mesmo fenômeno analisado para que se possa observar as variações e
buscar seus motivos.
4.1.2. Mapa de pontos
Nos mapas de pontos, sobre uma camada de mapa de polígono, aparecem os eventos
ocorridos em formato de pontos. Esses pontos também podem ser apresentados por alguma
�gura, como uma cruz ou um boneco para representar eventos de homicídio.
4.1.3. Mapa Hot Spots
Nos últimos anos, um padrão pontual que ganhou muito reconhecimento na análise criminal,
por sua utilidade, é o mapa de Hot Spots, que signi�ca “áreas quentes”. Esse mapa mostra
qual a densidade de concentração dos pontos, utilizando gradações de cores.
Exemplo! 
Um mapa com postos de polícia pode revelar
a cobertura média dos postos policiais, um
mapa de homicídios pode revelar as áreas
em que a polícia precisa concentrar seu
efetivo, um mapa de crime cometido por um
maníaco pode ajudar a prever onde ele
atuará novamente.
Os mapas mais utilizados na análise
criminal são os mapas de ponto e os mapas
temáticos.
Importante! 
O mapa de Hot Spots apresentam cores mais
“fortes” nas áreas onde a densidade de
eventos criminais é maior, ou seja, as áreas
quentes. À medida que a densidade diminui,
as cores ganham tonalidades mais claras.
Assim, surgem manchas no mapa que
indicam as regiões onde a criminalidade está
mais concentrada.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)
 

javascript:void(0);
A estimativa da densidade criminal de um local está na contagem dos casos dentro de um
determinado raio. Essa contagem é ponderada pela distância em relação aos eventos vizinhos
e suavizada por uma função chamada Kernel. Por isso, esse tipo de mapa também é chamado
de mapa de Kernel. Essa função associa os eventos vizinhos, atribuindo cores diferentes
dependendo da quantidade e da distância média entre os eventos. O resultado é o cálculo da
concentração e a revelação dos Hot Spots.
4.1.3.1. Vantagens e desvantagens do mapa Hot Spots
O mapa de Hot Spots tem a vantagem de possuir visualização agradável, revelando os locais,
os tamanhos e as formas das manchas criminais. Já como desvantagens, ele não apresenta o
número de eventos e é capaz de causar distorções. As distorções acontecem porque a função
de Kernel trabalha com a densidade relativa entre os locais, sendo possível formar mapas
iguais trabalhando com 10 crimes ou com 1000 crimes.
O raio determina o espaço no qual será realizada a contagem de eventos. Assim, quanto maior
o raio, menor é o detalhamento em relação à distribuição dos crimes.
Quando se busca identi�car um quarteirão ou esquina mais problemáticos, é preciso utilizar
raios menores. Já quando se quer identi�car um bairro ou região mais problemáticos, utiliza-
se raios maiores.
4.1.4. Mapa temático
Os mapas temáticos apresentam a distribuição espacial do atributo de interesse. Veja
algumas especi�cações:
Sua construção pode ser feita sobre uma camada de mapa de polígonos (geralmente,
uma divisão da área estudada), sobre um mapa de bairros de uma cidade, municípios de
um estado ou países de um continente.
Os polígonos são ordenados de acordo com o atributo de interesse e divididos em
grupos. Cada grupo de polígono é colorido com uma cor.
Geralmente, as cores mais claras correspondem aos menores valores do atributo e as
cores mais escuras aos maiores valores.
Exemplo! 
Um exemplo de mapa de temático, na área de
estudos criminais, é o mapa de taxas de
ocorrências de homicídios por 100 mil
habitantes. O mapa temático é também
muito utilizado em outras áreas do
conhecimento, como por exemplo, para
mostrar municípios que concentram mais
casos de dengue ou níveis de alfabetização
da população em municípios de uma
determinada região.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)
 

javascript:void(0);
Para determinar a divisão dos grupos de polígonos de acordo com o atributo de interesse,
existem algumas técnicas. Essas técnicas determinam quais os valores do atributo que
abrangem cada um dos grupos, ou seja, quais intervalos de valores do atributo devem ser
considerados em cada grupo. Além disso, determinam a quantidade de polígonos que cada
grupo deve conter. Existem várias técnicas para a divisão dos polígonos e o próprio analista
criminal pode construir os intervalos, de acordo com o objetivo do estudo.
Veja a seguir as técnicas para estrati�cação de atributos:
Passos Iguais (Equal Ranges): Nesta técnica, os intervalos do atributo são divididos
matematicamente em partes iguais. A diferença entre os extremos de cada intervalo é a
mesma para as classes. Por exemplo, se o menor valor for 10 e o maior valor 50, com 4
intervalos, os intervalos serão de 10 em 10, independentemente do número de polígonos
em cada classe.
Quantil (Equal Counts): Os intervalos do atributo possuem o mesmo número de
polígonos. No mapa a seguir (�gura 17), podemos ver as 27 UFs e 4 intervalos. Dessa
forma, serão aproximadamente 7 UFs em cada intervalo. Esse tipo de divisão é muito
usado em casos ordinais nos quais as legendas não se referem a valores, mas sim a
categorias de muito ou pouco e de mais ou menos.
Desvio Padrão (Standard Deviation): Nesta técnica de estrati�cação de atributos, os
intervalos possíveis são os intervalos de 0.25, 0.5 e 1. Nesse caso, o número de classes
não é de�nido pelo usuário e sim, pela distribuição dos valores.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)
 

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