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HEMORRAGIAS DA SEGUNDA METADE DA GESTAÇÃO

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Soniely Melo 
HEMORRAGIAS DA SEGUNDA METADE 
DA GESTAÇÃO 
Descolamento prematuro de placenta 
(DPP) 
Separação da placenta antes da expulsão 
fetal > 20 semanas; 
Consequências: 
• para feto: hipoperfusão -> 
sofrimento fetal agudo // 
prematuridade // óbito fetal; 
• para gestante: hemorragia // choque 
hipovolêmico // CIVD; 
 
Principal fator de risco é DPP prévio. 
Caracterizado por um quadro de hemorragia 
dolorosa súbita, acompanhada de hipertonia 
uterina e sofrimento fetal agudo ou óbito 
fetal. 
• Dor abdominal e/ou nas costas. 
• Contrações uterinas INTENSAS. 
• Sangramento vaginal levo/moderado 
ou oculto. 
• início súbito. 
Gestante com hemorragia da segunda 
metade, pico hipertensivo, hipertonia 
uterina, óbito fetal (BCF ausente) é DPP. 
Sempre se concentrar em salvar a vida da 
mãe!! 
Complicações – DPP: 
Coagulação intravascular disseminada 
(CIVD), prevenível com a realização de 
amniotomia para descompressão de 
hematoma retroplacentário – esta é 
preconizada mesmo em casos que evoluirão 
com parto cesárea! 
Síndrome de Sheehan: necrose hipofisária 
após hemorragia peripartal intensa. 
Útero de Couvelaire: hemorragia infiltra o 
miométrio, aspecto arroxeado e amolecido. 
 
Classificação de Sher – DPP: 
 
 
 
 
 
 
Grau I 
Assintomático; 
Sangramento 
genital discreto; 
S/ hipertonia 
uterina 
significativa; 
Vitalidade fetal 
preservada. 
S/ repercussões 
hemodinâmicas e 
coagulopatias 
materna; 
O diag é realizado 
após o nascimento 
por presença de 
coágulo 
retroplacentário. 
 
 
Sangramento 
genital moderado; 
Soniely Melo 
 
 
 
 
 
Grau II 
Com hipertonia 
uterina. 
Repercussões 
hemodinâmicas na 
mãe com aumento 
de FC, alterações 
posturais da PA e 
queda do nível de 
fibrinogênio. 
Feto vivo, porém, 
com vitalidade fetal 
prejudicada. 
 
 
Grau III 
Óbito fetal. 
Hipotensão arterial 
materna e 
hipertonia uterina 
importante. 
IIIA 
 
Com coagulopatia 
instalada 
IIIB 
 
Sem coagulopatia 
instalada 
 
 
Conduta – DPP: 
Estabilização hemodinâmica da gestante. 
Amniotomia: reduz o sangramento, reduz a 
tensão no miométrio, reduz a compressão 
dos coágulos, evita a entrada de 
tromboplastina na circulação materna. 
 
SFA: sofrimento fetal agudo. TP: trabalho 
de parto. 
Sinais de gravidade – DPP: 
 
Teste de Weiner ou Teste de coágulo: 
coletar 10ml de sangue em tubo de ensaio 
seco. manter em temperatura ambiente. 
Após 7 a 10 minutos -> tem que formar um 
coágulo rígido. Se não formar o coágulo, 
significa que a coagulopatia está instalada. 
Rotura da cápsula hepática: cursa com dor 
no andar superior do abdome, sem 
associação com sangramento exteriorizado 
através da vagina. 
Rotura de vasa prévia: é a presença de vasos 
fetais atravessando o orifício interno, sem 
aposição (proteção) de tecido placentário. 
o sangramento geralmente se dá após o 
rompimento das membranas amnióticas. 
Sangramento de origem fetal -> vasos fetais 
rompidos (2 artérias e 1 veia). 
DPP
SF grande e 
precoce
Amniotomia 
não altera o 
sangramento
Hipertonia, 
dor e 
discrasia
Hemorragia 
escura, 
única, oculta 
em 20% dos 
casos
Início súbito
Origem 
materna / 
fetal
Diagnóstico 
clínico
Soniely Melo 
 
Em obstetrícia, “prévio” significa “à frente 
da apresentação”. 
Vasa Prévia é algum vaso fetal à frente da 
apresentação, cujo rompimento leva a óbito 
fetal em minutos. 
Conduta – vasa prévia: controle USG >32 
semanas. + Corticoterapia entre 28 e 32 
semanas de gestação + Internação 
hospitalar entre 30 e 34 semanas. 
Cesárea de emergência: trabalho de parto 
// rotura prematura das membranas 
ovulares // desacelerações variáveis 
repetidas refratárias à tocólise // 
sangramento vaginal acompanhado de 
taquicardia fetal ou padrão sinusoidal. 
Parto planejado entre 34 e 37 semanas. 
Rotura uterina: 
Rompimento do útero comunicando a 
cavidade uterina à cavidade abdominal. 
Poder ser parcial/incompleta ou 
total/completa. 
Pode ocorrer durante a gravidez ou no 
trabalho de parto. 
Dor muito súbita, óbito fetal (ausência de 
BCF), elevação da apresentação em paciente 
com cesáreas prévias. 
Fatores de risco – rotura uterina: 
• cirurgias uterinas, como cesáreas; 
• miomectomia 
• traumas uterinos 
• desproporção céfalo-pélvica 
• multiparidade 
• doença trofoblástica gestacional 
• apresentações fetais anômalas 
• gemelaridade 
• uso de misoprostol para indução do 
trabalho de parto atual 
Quadro clínico – rotura uterina: 
• Bradicardia fetal -> óbito é comum; 
• dor intensa seguida de alívio e 
interrupção das contrações; 
• sinais de iminência de rotura: 
a) síndrome de Brandl: depressão em 
faixa abaixo da cicatriz umbilical. 
Sinal de Frommel: os ligamentos 
redondos estão retesados e palpáveis. 
 
b) Reasens (patognomônico): dificuldade 
de palpação da posição e da 
apresentação fetal (ascensão da 
apresentação fetal). 
c) Clark: na palpação há crepitações, 
pois há um enfisema subcutâneo. 
Conduta – rotura uterina: cesárea de 
emergência! 
Placenta prévia: 
Provoca um quadro de sangramento vaginal 
indolor, de coloração vermelho vivo, de 
forma insidiosa, geralmente sem sofrimento 
fetal associado. 
É uma condição que ocorre após a 28ª 
semana de gestação e consiste na 
implantação de parte da placenta no 
segmento inferior do útero. 
Soniely Melo 
Na suspeita de placenta prévia não se deve 
realizar o toque vaginal devido ao risco de 
desencadear sangramento intenso, o que 
pode trazer complicações para a mãe e para 
o feto. 
Fatores de risco – Placenta prévia: 
• idade materna avançada 
• multiparidade 
• tabagismo 
• endometrite 
• curetagens uterinas 
• cicatrizes uterinas prévias: porque a 
decídua basal fica pouco 
vascularizada no fundo uterino, então 
o trofoblasto evita essa região e se 
direciona ao colo do útero. 
Classificação: 
 
a) Placenta prévia: 
completa: cobre completamente o orifício 
interno do colo do útero; 
parcial: cobre parcialmente o orifício 
interno do colo do útero; 
b) Placenta de inserção baixa: situada a 
pelo menos 2cm de distancia do colo 
uterino. 
 
Definição – placenta prévia: presença de 
tecido placentário que se estende até o 
orifício interno do útero, após a 28ª semana 
de gestação. 
Diagnóstico – placenta prévia: 90% tem 
sangramento -> clínica + USG 
Acretismo: diagnóstico por USG doppler ou 
RM se placenta posterior. 
 
a) Acreta: aderência da placenta ao 
miométrio. 
b) Increta: invasão da placenta no 
miométrio. 
c) Percreta: invasão de órgãos 
adjacentes (bexiga, intestino). 
Conduta – placenta prévia: 
 
Soniely Melo 
Parto cesáreo – indicações: placenta prévia 
// sangramento incontrolável // vitalidade 
fetal alterada // maturidade fetal 
comprovada // IG >37 semanas. 
Pré-termo: internação + Corticoterapia + 
Estabilização materna. 
Rotura de seio marginal: 
sangramento de origem materna, bom 
prognóstico materno e fetal. Diagnóstico 
com histopatológico da placenta após parto. 
Quadro clínico: 
• sangramento vaginal indolor, de 
pequena monta, vermelho-vivo, sem 
alterações do tônus uterino. 
• USG: placenta de inserção normal. 
Conduta: monitorização, acessos venosos e 
expansão volêmica; repouso ~ estabilidade.

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