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L A G O U F A L DIABETES E GESTAÇÃO LIGANTES : ADRIELY BLANDINO E GIOVANI CALFA - UFAL EPIDEMIOLOGIA Prevalência variável: de 1 a 37,7% Média mundial: 16,2% Nos SUS: estima-se prevalência de DMG de aproximadamente 18% Diabetes: prevalente na população feminina. Aumento progressivo do número de mulheres com diagnóstico de diabetes em idade fértil e durante o ciclo gravídico-puerperal. Principal fator para do desenvolvimento de DM tipo 2: antecedente obstétrico de DMG. - 3 a 65%. TIPO 1 TIPO 2 DMG OUTROS ETIOLOGIA DO DIABETES MELLITUS O QUE É DIABETES MELLITUS? De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações em longo prazo. DIABETES MELLITUS GESTACIONAL Hiperglicemia detectada pela primeira vez durante a gestação - níveis glicêmicos sanguíneos não atingem os critérios diagnósticos para DM. DIABETES MELLITUS GESTACIONAL E OVERT DIABETES DIABETES MELLITUS DIAGNOSTICADO NA GESTAÇÃO Diagnóstico prévio de DM. Hiperglicemia detectada na gravidez -níveis glicêmicos sanguíneos atingem os critérios da OMS para o DM em não gestantes. Febrasgo 2019 Aumento da cetogênese ↓Concentração plasmática de glicose e aminoácidos ↑Gliconeogênese hepática ↑Estrogênio, progesterona, cortisol, prolactina e produção de lactogênio placentário humano. Hormônio Lactogênio Placentário (HPL): ∝ IG. Ação antagônica à insulina. Catabolismo acentuado ↑Glicemia materna → maior transferência placentária. ↑IG → ↑hormônios que antagonizam a ação da insulina → resistência insulínica e hiperglicemia pós-prandial. FI SI OP AT OL OG IA Complicações do diabetes na gestação MAIORES ÍNDICES Abortos espontâneos Infecções Hipertensão arterial Pré-eclâmpsia leve e grave Partos pré-termo e cesáreas ALTERAÇÕES UROGENITAIS Glicosúria Infecção urinária Candidíase vaginal POLIDRÂMNIO HIperglicemia → ↑diurese fetal ↑ [glicose]→efeito osmótico RETINOPATIA E NEFROPATIA Podem ser agravadas pela gestação. •Fatores clínicos de risco: baixa sensibilidade •Diagnóstico universal •Viabilidade financeira e disponibilidade técnica do teste proposto •Teste com melhor sensibilidade/especificidade: TOTG com 75g DIAGNÓSTICO VIABILIDADE FINANCEIRA E DISPONIBILIDADE TECNICA TOTAL 100% DE TAXA DE DETECÇÃO Febrasgo 2019 VIABILIDADE FINANCEIRA E DISPONIBILIDADE TECNICA PARCIAL 86% DE TAXA DE DETECÇÃO Febrasgo 2019 •As malformações congênitas não são complicações habituais dessas gestações, em contraste com os fetos das diabéticas pré- gestacionais que apresentam uma ocorrência de duas a oito vezes maior do que na população geral. •A hiperglicemia materna pode afetar a organogênese e provocar abortamentos, malformações congênitas e restrição do crescimento fetal. Isso ocorre principalmente no diabetes mellitus pré-gestacional, seja do tipo 1 ou 2. CO M PL IC AÇ ÕE S •Macrossomia •Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido •Hipoglicemia •Deficiência de ferro •Policitemia •Hiperbilirrubinemia •Hipocalcemia e HipomagnesemiaCO M PL IC AÇ ÕE S TRATAMENTO ATIVIDADE FÍSICA DIETA INSULINA •CONTROLE PERICONCEPCIONAL •DIETA •EXERCÍCIOS •INSULINOTERAPIA •AVALIAÇÃO DO CONTROLE GLICÊMICO •HIPOGLICEMIANTES ORAIS •MOMENTO DO PARTO •PUERPÉRIO ESTRATÉGIAS DIETA • 30 kcal por kg de peso ideal, com adição de 340/450 kcal no terceiro trimestre. •Fracionada em 5 ou 6 refeições •Primeira opção de tratamento para a maioria das gestantes com diabetes gestacional EXERCÍCIOS FÍSICOS •Retirada de até 75% da glicose circulante •Aumenta afinidade da insulina-receptor •Aumenta o número de transportadores de glicose no músculo (GLUT4) INSULINOTERAPIA DIABETES GESTACIONAL: DIABETES PRÉ-GESTACIONAL: •QUANDO ASSOCIAÇÃO DE DIETA E ATIVIDADE FÍSICA FOR INSUFICIENTE (30 – 40% DOS CASOS) •CRESCIMENTO FETAL EXAGERADO •DIABETES PRÉ-GESTACIONAL DOSE 0,4 a 0,5UI/Kg/Dia 1º TRIMESTRE: 0,3 a 0,5UI/Kg/Dia 2º TRIMESTRE: 0,6 a 0,8UI/Kg/Dia 3º TRIMESTRE: 0,9 a 1,0UI/Kg/Dia HIPOGLICEMIANTES ORAIS METFORMINA: •SEU MECANISMO DE AÇÃO TORNARIA SEU USO IDEAL EM CASOS DE DIABETES GESTACIONAL •CLASSE Bm (FDA) •USO AINDA CONTRAINDICADO (FEBRASGO) Medicamentos hipoglicemiantes orais, glibenclamida e metformina, no diabetes gestacional: utilizados em alguns países. Estudos recentes têm mostrado a segurança da metformina e glibenclamida durante a gravidez, porém ainda existem dúvidas dos efeitos a longo prazo para a mãe e o filho. •LEVAR ATÉ 40 SEMANAS CASO HAJA BOM CONTROLE METABÓLICO •VIA DE PARTO: INDICAÇÃO OBSTÉTRICA •ANTECIPAÇÃO DO PARTO: -VASCULOPATIA -NEFROPATIA -CONTROLE METABÓLICO INADEQUADO -HISTÓRICO DE NATIMORTO ANTERIOR PA RT O MOMENTO DO PARTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO •No parto programado, a gestante necessita permanecer em jejum, devendo-se suspender a insulina NPH e infundir uma solução de glicose a 5% ou 10% IV, com controle horário da glicemia capilar; se necessário, administrar infusão contínua de insulina regular IV com baixas doses, conforme as glicemias capilares. Quando o parto for de início espontâneo e já se tiver administrado a insulina diária, recomenda-se manutenção de um acesso venoso com infusão contínua de solução de glicose, além do monitoramento da glicemia capilar a cada hora. SE GLICEMIA < 70 mg/dl: SG 5% a 100-150 mL/h SE GLICEMIA > 100 mg/dl: insulina (IV) 1,25UI/h PUERPÉRIO Febrasgo 2019 PUERPÉRIO Febrasgo 2019 QUESTÕES Entre as mulheres com Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), •(A) na grande maioria dos casos, os efeitos relacionados ao DMG para a mãe e para o feto em formação são graves. •(B) na maioria dos casos, apresentam boa resposta ao DMG quando submetidas somente a dietas e exercícios físicos. •(C) 10% a 20% necessitam usar insulina de ação prolongada, caso outras medidas farmacológicas não controlem o DMG. •(D) o uso de corticosteroides para maturação pulmonar fetal deve ser evitado, se concomitante aos ajustes da dose de insulina. •(E) cerca de 50% necessitam usar insulina, principalmente as de ação rápida e intermediária, caso as medidas não farmacológicas não controlem o DMG. UNIRIO 2016 QUESTÕES Na assistência à gestante com diabetes melito gestacional (DMG), o controle glicêmico adequado é relevante na morbimortalidade materna e perinatal para evitar complicações. Com referência a esse assunto, assinale a opção que apresenta as complicações do DMG sem outra intercorrência clinica ou obstétrica. •A polidramnio, macrossomia fetal e distocia de ombros •B retardo do crescimento intrauterino •C oligodramnio •D proteinuria e convulsão E esquizófitos em esfregaço de sangue periférico CESPE/UnB – SESA/ES/2013 REFERÊNCIAS ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. MINISTÉRIO DA SAÚDE. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA. OBSTETRÍCIA E SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS GESTACIONAL NO BRASIL , Brasília, 2019. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/Consenso_Brasileiro_Manejo_DMG_2019.pdf. Acesso em: 20 out. 2020. Rastreamento e Diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional no Brasil. Revista Femina, Rio de Janeiro, v. 47, n. 11, p. 786-796, 2019. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/FEMINAZ11ZV3.pdf . Acesso em: 20 out. 2020. MONTENEGRO, C.A.B.; REZENDE, J.F. Obstetrícia Fundamental, 13 ed,. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. BOLOGNANI, Cláudia Vicari; SOUZA, Sulani Silva de; CALDERON, Iracema de Mattos Paranhos. Diabetes mellitus gestacional - enfoque nos novos critérios diagnósticos. Botucatu, 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/diabetes_mellitus_gestacional.pdf. Acesso em: 20 out. 2020.
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