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GESTÃO DE OBRAS - Notas de aula - Prof. Caroline Pessôa Sales Importância do planejamento Ciclo de vida de um projeto Estrutura analítica de um projeto (EAP) Gerenciamento canteiro de obras Etapas da orçamentação Duração das atividades Caminho crítico Cronograma Contratação Gestão da qualidade Lean Construction Gestão de obras? O que vamos estudar nesta disciplina? Aula 2 – CICLO DE VIDA DE UM PROJETO https://www.youtube.com/watch?v=ryJ785nZfwE Ciclo de vida de um projeto Ciclo de vida de um projeto A organização ou os gerentes de projetos podem dividir projetos em fases para oferecer melhor controle gerencial com ligações adequadas com as operações em andamento. Uma fase inicial pode ser um estudo de viabilidade. Ciclo de vida de um projeto O ciclo de vida do projeto define as fases que conectam o início de um projeto ao seu final. Isso é definido dado as características do ciclo de vida do projeto. Ciclo de vida de um projeto O ciclo de vida geralmente define : trabalho técnico empregado; quando as entregas devem ser efetuadas; quem está envolvido em cada fase; como controlar e aprovar cada fase. Ciclo de vida de um projeto A maioria dos ciclos de vida do projeto compartilham diversas características comuns: as fases gerenciais são sequênciaise normalmente são definidos por algum documento; os níveis de custo e de pessoal são baixos no início, atingem o valor máximo durante as fases intermediarias e caem rapidamente. Ciclo de vida de um projeto A transição de uma fase para a outra dentro do ciclo de vida de um projeto em geral envolve e normalmente é definida por alguma forma de transferência técnica ou entrega. As entregas de uma fase geralmente são revisadas, para garantir que estejam completas e exatas. Ciclo de vida de um projeto Quanto mais alto é o nível de incertezas, o risco de não atingir os objetivos é maior no início do projeto. A capacidade das partes interessadas de influenciar as características finais do produto do projeto é maior no início. Ciclo de vida de um projeto O término e a aprovação de um ou mais produtos caracteriza uma fase do projeto. Chama-se genericamente de produto o resultado mensurável e verificável. Ciclo de vida de um projeto Fases de um projeto também podem ser subdivididas em subfases devido a restrições de tamanho, complexidade, níveis de risco e fluxo de caixa. Ciclo de vida de um projeto Muitos projetos estão ligados ao trabalho em andamento da organização. As motivações que criam o estímulo para um projeto são normalmente chamados de problemas, oportunidades ou necessidades. As definições do ciclo de vida do projeto também irá identificar quais ações de transição no final do projeto serão incluídas ou não para ligar o projeto às operações em andamento. Ciclo de vida de um projeto Partes interessadas no projeto são pessoas e organizações ativamente envolvidas no projeto ou cujos interesses podem ser afetados como resultado da execução do projeto. Podem exercer influência sobre o projeto e são identificados pela equipe de gerenciamento. Ciclo de vida de um projeto Partes interessadas no projeto - Gerente de projetos: pessoa responsável pelo gerenciamento do projeto; - Cliente/usuário: pessoa ou organização que utilizará o produto do projeto; - Organização executora: empresa cujos funcionários estão mais diretamente envolvidos na execução do trabalho do projeto; - Membros da equipe do projeto: o grupo que está executando o trabalho do projeto. Ciclo de vida de um projeto Partes interessadas no projeto - Patrocinador: pessoa que fornece os recursos financeiros; - Influenciadores: pessoa ou grupos que não são os usuários finais mas que estão ligados ao projeto devido a sua posição; - PMO: Se existir uma instituição organizadora então PMO poderá ser uma parte interessada. Ciclo de vida de um projeto Os projetos normalmente fazem parte de uma organização que é maior que o projeto. Exemplos de organizações incluem empresas, agências governamentais, instituições de saúde, organismos internacionais, associações profissionais, entre outros. Ciclo de vida de um projeto Os gerentes de projetos precisam gerenciar as expectativas das partes interessadas! Ciclo de vida de um projeto Planejar por que? Ciclo de vida de um projeto de engenharia civil PMBOK (2015) - Processos e Procedimentos: ▪ Nesse quesito, todo projeto deve ter (porém, não limita-se à): ▪ Iniciação e Planejamento: ▪ Diretrizes e critérios para adequação do conjunto de processos e procedimentos padrão da organização a fim de atender às necessidades específicas do projeto; ▪ Padrões organizacionais específicos como política (RH, Saúde e Segurança, Ética...), ciclos de vida do produto e do projeto, procedimentos de qualidade; ▪ Modelos (registro de riscos, estrutura analítica do projeto, diagrama de rede do cronograma do projeto e modelos de contrato) PMBOK (2015) - Processos e Procedimentos: ▪ Execução, Monitoramento e Controle: ▪ Controle de mudanças, inclusive os passos para modificação dos padrões, políticas, planos e procedimentos da organização, ou de quaisquer documentos do projeto, e o modo como quaisquer mudanças serão aprovadas e validadas; ▪ Procedimentos de controles financeiros; ▪ Procedimento de gerenciamento de questões e defeitos que definem os seus controles, identificação e solução de questões e defeitos, e acompanhamento dos seus itens de ação; ▪ Requisito de comunicação da organização; ▪ Procedimentos de priorização, aprovação e emissão de autorizações de trabalho; PMBOK (2015) - Processos e Procedimentos: ▪ Procedimento de controle de riscos, incluindo categorias de riscos, modelos de declaração de riscos, definições de probabilidade e impacto, e matriz de probabilidade e impacto; ▪ Diretrizes padronizadas, instruções de trabalho, critérios de avaliação de propostas, e critérios de medição de desempenho; ▪ Encerramento ▪ Diretrizes ou requisitos de encerramento do projeto (lições aprendidas, auditorias finais do projeto, avaliações do projeto, validações de produtos e critérios de aceitação). Estágios do projeto ▪ Estágio I é onde se realiza o estudo de Concepção e Viabilidade do projeto; ▪ Definição do Escopo (programa de necessidades); ▪ Formulação do Empreendimento (delimitação de lotes, fases, forma de contratação); ▪ Estimativa de Custo; ▪ Estudo de Viabilidade (Análise de custo/benefício) ▪ Fonte orçamentária; ▪ Anteprojeto e Projeto Básico ▪ Estágio II – realiza-se o Detalhamento do Projeto e o Planejamento; ▪ Orçamento Analítico; ▪ Planejamento (cronograma da obra e prazos contratuais); ▪ Projeto Básico e Executivo; Estágios do projeto ▪ Estágio III – Execução; ▪ Obras Civis; ▪ Montagens mecânicas e instalações elétricas e hidráulicas e sanitárias; ▪ Gestão da qualidade; ▪ Administração contratual (medições, diário de obras, aplicação de penalidades, aditivos); ▪ Fiscalização de obra ou serviço ▪ Estágio IV – Finalização ▪ Comissionamento; ▪ Inspeção final (check List); ▪ Transferência de responsabilidades; ▪ Liberação de retenção contratual; ▪ Resolução das últimas pendências; ▪ Termo de recebimento (provisório e definitivo) PDCA ▪ Existem muitas metodologias gerenciais, no entanto todas baseiam-se no ciclo PDCA (Princípio da Melhoria Contínua); ▪ Um ciclo dinâmico, aplicável a cada um dos processos da organização; ▪ Trata-se de um método de Análise e Solução de Problemas; ▪O trabalho de planejar e controlar é uma constante ao longo do empreendimento; ▪Não se pode pensar em planejamento que não seja atualizado com o passar das semanas. Paradigma da Eficiência ▪ Quando muito pouco ou nada é investido no planejamento, a atividade pode ser executada; ▪ No entanto, exigirá maior esforço para verificação e correção – Tentativa e Erro▪ Quando a atividade é adequadamente planejada, a verificação é rápida e as ações de correção são mais certeiras; ▪ Não se deve buscar a eficiência apenas a partir da menor quantidade de recurso possível, antes se deve buscar a eficácia – fazer o que deve ser feito. Empresa Serrote X Empresa Escada ▪ Quando empregado numa empresa, apresenta grande capacidade de melhoria dos resultados; ▪ Cria um círculo virtuoso de inovação e melhoria contínua; ▪ Transforma a empresa numa escola de forção de bons gestores; ▪ Quando não se aplica a cultura do PDCA, não são observadas melhorias senão de maneira pontual e sem sustento Aplicação do Ciclo PDCA ▪ Deve-se atentar para aplicação do método nos processos da empresa: ▪ Criando processos de planejamento, de execução, de monitoramento, e análise dos resultados, garantindo que o ciclo se feche; ▪ Para garantir a eficácia das análises realizadas, várias ferramentas podem ser utilizadas e entre as mais conhecidas estão o: ▪ Diagrama de Pareto; ▪ Diagrama de Causa e Efeito; ▪ Histograma; ▪ Entre outras. Aplicação do Ciclo PDCA ▪ O Ciclo PDCA deve ser aplicado em todos os processos do projeto: ▪ Primeira Etapa – Planejar (antever a lógica construtiva e suas interfaces, gerando informações de prazos e metas físicas); ▪ Estudar o Projeto: análise, visita técnica, identificação e avaliação de interferências e etc; ▪ Definir Metodologias: definição das técnicas construtivas, plano de ataque da obra, sequencia das atividades, logística de materiais e equipamentos, consulta a documentos de obras similares etc; ▪ Gerar Cronograma e as Programações (necessário considerar: orçamento, produtividade, mão de obra, fatores climáticos). Aplicação do Ciclo PDCA ▪ Segunda Etapa – Materialização do planejamento no campo; ▪ Informar e Motivar: Deve alcançar todos os envolvidos (tarefa, prazo, custo, recursos disponíveis e requisitos de qualidade); ▪ Executar a atividade: é necessário que o que foi planejado e informado seja executado como tal. ▪ “A interação e troca de informação entre as pessoas é fundamental. A informação é o catalizador da mudança. É importante par quem está na liderança do processo de mudança identificar o estágio emocional da equipe de forma a evitar que haja desistências ao longo do caminho de implantação.” ▪ (POLITO, 2015) Gráfico de Pareto ▪ Técnica estatística que tem por objetivo auxiliar na tomada de decisões; ▪ Permite que a empresa selecione prioridades (um pequeno número de itens) quando há um grande número de problemas; ▪ As informações sobre causa e efeito são pesquisadas e dispostas em tabelas que mostram a participação de cada causa no total de defeitos. Gráfico de Pareto ▪ Se você precisa decidir quais problemas vai tratar com mais urgência na empresa em que você trabalha, o Diagrama de Pareto é a ferramenta ideal para isso! Com ele, você conseguirá ter mais controle sobre as não-conformidades e assim aumentar a qualidade do processo. ▪ O gráfico de pareto permite uma fácil visualização e identificação das causas de um problema. A partir de uma análise de frequências das ocorrências, é possível distinguir quais devem ser as ações prioritárias da empresa e onde ela deve direcionar os seus recursos para resolver um determinado tipo de problema. Gráfico de Pareto ▪ A Curva ABC é amplamente utilizada pelos profissionais Engenheiros de Custos, sobretudo, aqueles que trabalham no desenvolvimento dos Orçamentos Analíticos de Obra; ▪ A Curva ABC pode ser empregada para avaliar: ▪ Hierarquia de insumos; ▪ Prioridade na negociação; ▪ Atribuição de responsabilidades; ▪ Impactos das variações de preço; ▪ Viabilidade econômica de alternativas construtivas; ▪ Parâmetros de orçamentação; ▪ Valores e modalidades de contratação de serviços. ▪ Ver mais em: https://danielfunchal.com.br/curva-abc- uma-eficiente-ferramenta/ Lei de Pareto ▪ A Curva ABC tem origem na Lei de Pareto e é disposta em 3 faixas ou classes. ▪ A Classe A da curva é o intervalo de dados que corresponde a 80% do custo total e tem aproximadamente 20% da quantidade de itens. ▪ É chamada de Classe B os dados que correspondem aos próximos 15%, ou seja, junto com a Classe A somam 95% do custo total e têm aproximadamente 30% da quantidade de itens (somando 50% com a Classe A). ▪ E por final, é chamada de Classe C os dados que correspondem aos próximos 5%, ou seja, junto com as Classes A e B somam 100% do custo total e têm aproximadamente 50% da quantidade de itens, totalizando também 100%. ▪ A quantidade de itens de cada Classe é apenas aproximada e pode variar conforme tipo da obra e dos insumos, por isso a referência mais adequada é através do custo total acumulado. Gráfico de Pareto ▪ As informações são apresentadas no Gráfico de Pareto conhecido como Curva ABC; ▪ Serve para o controle dos diversos insumos: materiais, mão de obra, equipamentos e serviços; ▪ Os dados são organizados em uma tabela, que apresenta em ordem decrescente os insumos de maior custo para os de menor. Quando os dados desta Tabela são plotados em um gráfico de forma acumulada, surge então a Curva. Esta Curva ABC apresenta apenas os materiais, onde o de maior peso, correspondendo a 15,32% de todo custo de material, é o Concreto usinado fck=25MPa. O segundo item mais relevante é o Aço CA-50 5/8”, que corresponde a 8,58% e acumulando com o concreto um custo total de 23,90% do material. O gráfico da Curva ABC é construído da seguinte forma: no Eixo X o número do item da planilha, de forma sequencial (1, 2, 3, 4…); e no Eixo Y o valor percentual acumulado do custo até aquele item. Assim, para a tabela acima teríamos os seguintes pontos (X,Y) a serem plotados no gráfico: (1, 15.32%), (2, 23.90%), (3, 29.66%), etc.. Note que o percentual acumulado chega a pouco mais e 80% (80,48%) no item Porta corta-fogo P60 90x210xm, ainda na primeira página da tabela, de um total de 4 páginas. só os 3 primeiros itens consomem quase 30% do custo total de material da obra! Gráfico de Pareto Note que, para um insumo ser relevante, ele não somente deve ter o Custo unitário elevado. Além desta variável, o que o torna Item “A” é a quantidade que este insumo será necessário para execução da obra. Quantidade esta que vem dos projetos e composições de custo unitárias. Em resumo, quando o orçamentista finaliza o Orçamento Analítico, é possível gerar a lista de insumos e transformá-la em uma Curva ABC. Como construir a curva ABC? ▪ Ordenar os itens do item de maior para aquele de menor valor; ▪ Numerar cada item, para que seja possível identificar quantos insumos temos em toda a obra; ▪ Calcular o Peso ou % para cada insumo (divide-se o custo do insumo pelo custo total de todos os insumos); ▪ Calcular o Peso ou %Acumulado: é a soma do custo do insumo com todos aqueles anteriores a ele. No último item o total deve somar 100%; ▪ Classificar cada insumo como “A”, “B” ou ”C”, sendo, conforme o critério exposto anteriormente, itens “A” aqueles que somados representam 80% dos custos, “B”, 15% do custo e “C”, os 5% restantes. Os percentuais são aproximados, ok? ▪ https://support.microsoft.com/pt-br/office/criar-um-gr%C3%A1fico-pareto- a1512496-6dba-4743-9ab1-df5012972856. Vídeo 1: PMI: Ciclo de vida do Projeto. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ArR_vauSd_U Vídeo 2: Vídeo Aula Ciclo PDCA. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2MLmqQaLAFk Para saber mais... Bônus: https://www.youtube.com/watch?v=hUCGrVvbWNU e https://www.youtube.com/watch?v=cn8yjrEl_tI APOSTILA FGV: https://arbache.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Apostila-V2N.pdf https://www.youtube.com/watch?v=ArR_vauSd_U https://www.youtube.com/watch?v=2MLmqQaLAFk https://www.youtube.com/watch?v=hUCGrVvbWNU https://www.youtube.com/watch?v=cn8yjrEl_tI
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