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Camada que se encontra entre o Ectoderma e o Endoderma, e que irá gerar diferentes tipos de tecidos; células, como: • Tecido Esquelético cartilaginoso; • Células Musculares; • Forma os Rins e as Gônadas; • Forma o Coração. Diferenciação do Mesoderma Os diferentes tipos de Mesoderma estarão localizados em posições distintas dentro do embrião. Lembrando: O Mesoderma é formado, a partir de células que migram do Epiblasto, que ingressam pela Linha Primitiva, para diferentes regiões do embrião. As células que irão ingressar pelo Nó Primitivo, irão se posicionar na região medial do embrião, migrando cefalicamente, para formar a Notocorda, que é considerada Mesoderma Axial (Processo Notocordal). Células que irão migrar lateralmente cefalicamente, irão formar o Mesoderma Cardiogênico, que irá formar o Coração. As células que irão ingressar e ficar próximas a Linha Primitiva, ou ao lado da Notocorda, irão formar o Mesoderma Paraxial (Somitos). Todas as células irão ingressar pela Linha Primitiva, mas elas irão migrar e se posicionar em diferentes regiões no embrião. Gastrulação: Formação das 3 Camadas Germinativas O Mesoderma irá se diferenciar Médio- Lateralmente, o que será espelhado. Logo, tudo o que estiver se diferenciando no lado direito do embrião, também se diferenciará no lado esquerdo de forma espelhada. No centro, na região mais medial do embrião, teremos a formação do Mesoderma Axial, que é a Notocorda. De maneira espelhada, nos lados direito e esquerdo da notocorda, será formado 1º o Mesoderma Paraxial, e adjacente a ele haverá a formação do Mesoderma Intermediário. E na porção mais lateral do embrião, será formado o Mesoderma Lateral. O Ectoderma, é a camada mais dorsal do embrião no momento. Ele irá se diferenciar; a sua porção mais medial vai formar a Placa Neural, que irá se invaginar e formar o Tubo Neural, que é o precursor de todo o SNC. Esse Tubo Neural poderá ser encontrado na região medial, e também será um centro de sinalização que irá estimular a diferenciação do Mesoderma. No momento da Gastrulação, durante o desenvolvimento embrionário, encontraremos o Tubo Neural já fechado; a Notocorda logo abaixo dele; o Mesoderma Paraxial se diferenciando de ambos os lados deles (tubo neural e notocorda); em amarelo bem pequeno (mesoderma intermediário – seta preta); e lateralmente o Mesoderma Lateral. Morfógenos: Especificação Dorsoventral do Mesoderma É importante destacar que existem várias moléculas e morfógenos, que irão estimular a diferenciação do Mesoderma. Todos vieram de uma fonte comum e estarão localizados entre o Ectoderma e o Endoderma, mas irão se diferenciar em estruturas diferentes. Existem vários motivos para a explicação disso, sendo um deles, por exemplo, a concentração de BMP. Sabe-se que no Nó Primitivo (lembrando que a Linha Primitiva na sua região mais cefálica possui o Nó Primitivo, que irá regredindo junto dela, quando a mesma regride depois de alcançar o seu máximo) é um sinalizador importante, e enquanto ele está regredindo, a parte anterior do embrião já sofreu Gastrulação (já ingressaram as células para formar o Endoderme Mesoderma, assim como o Ectoderma já está se diferenciando). Logo, podemos ter uma região mais cefálica do embrião já bastante avançada na diferenciação, enquanto a região caudal ainda está sofrendo Gastrulação. Além do Nó Primitivo ser esse centro importante de sinalização, a notocorda também vai expressar diversas moléculas importantes para a organização do embrião. Logo, tanto a notocorda quanto o nó primitivo vão secretar alguns inibidores de BMP, o que significa que a região mais medial do embrião não terá uma expressão grande de BMP. Por conta disso, quando mais longe dessa fonte de inibidores, maior será a expressão de BMP, o que irá ajudar na diferenciação. O Mesoderma Paraxial, que estará próximo a essas fontes de inibidores; antagonistas de BMP, irá apresentará baixas concentrações de BMP para estimular a sua diferenciação. Mesoderma Paraxial Será formado tanto no lado direito quando no lado esquerdo da notocorda e do tubo neural. ➔ Diferenciação: 1. Região Cranial: O Mesoderma Paraxial será chamado de Mesoderma da Cabeça, o qual não irá se segmentar e que dará origem aos músculos estriados da face, mandíbula e garganta. Irá ajudar a formar estruturas da região da cabeça. 2. Região do Tronco (da base do crânio até a extremidade caudal): Chamado de Mesoderma Paraxial Segmentado. É segmentado pois irá formar uns blocos de mesodermas (bilaterais), chamados de Somitos, na direção crânio-caudal em todo o mesoderma paraxial. Serão assim pares de somitos, visto que serão formados ao lado da notocorda e do tubo neural na porção direita e esquerda. Esses somitos irão formar todo o esqueleto axial; costelas; vértebras; musculaturas do pescoço, tronco (parede corporal) e membros; e a derme das costas. Logo, podemos ver que irão existir diferenciações e regulações dentro dos somitos, que possibilitará a formação dos diferentes tipos de estruturas. Somitos: Transição Mesênquima-Epitélio São células isoladas; com pouca adesão umas às outras, que se encontravam no Epiblasto e que faziam parte de um tecido de epitélio coeso, e que ao se soltarem desse tecido, elas migravam de maneira individual no embrião. Para que essas células possam formar esses somitos; blocos de mesoderma, elas precisam voltar a ter uma adesão forte entre elas, expressar moléculas de adesão específicas, ter uma polaridade celular. Para isso, elas sofrerão a transição mesênquima-epitélio, formando blocos de células epiteliais (somitos). Como essa diferenciação dos somitos ocorre crânio-caudal, isso significa que enquanto algumas dessas regiões mais cranial do embrião já possuem somitos prontos, as regiões mais caudais ainda possuem um mesoderma paraxial não segmentado, que ainda irá gerar (mesoderma pré-somítico). Somitogênese: a) Frente de Determinação Derivada de processos bastantes complexos de regulações gênicas, que vão fazer com que os somitos sejam gerados em um padrão ordenado crânio-caudal. Um dos processos importantes para a formação dos somitos é a chamada de Frente de Determinação ou Ondas de Determinação, a qual é derivada de gradientes de morfógenos. Quando as células vão ingressar pela Linha Primitiva, elas estarão expressando altas quantidades de FGF. Além disso, o broto caudal, que é aquela região mais caudal da linha primitiva, também é uma fonte importante de FGF. Isso significa que na região mais caudal do embrião vai ter uma expressão forte de FGF, e ela vai reduzindo em direção a porção cranial. Importante: O FGF será degradado com o tempo. Além disso, na região cranial, a uma importante expressão de Ácido Retinóico (RA), que antagoniza a expressão de FGF. Sendo que os somitos expressam uma grande quantidade de RA, então a cada novo somito que está sendo formado, as quantidades de RA irão aumentando na direção caudal. Regiões craniais: + RA e - FGF Regiões caudais: - RA e + FGF Nas regiões limitantes, que há um limiar importante de RA e FGF, ela passará a expressar o fator MESP2, que é necessário para que o mesoderma pré-somítico possa começar a se diferenciar em somito. b) Relógio Molecular da Segmentação Foi observado inicialmente em embriões de galinhas, que os somitos são gerados em períodos determinados. Nas galinhas, a cada 90 mim era gerado um novo somito. Durante esse período de formação de somitos, foi percebido que alguns genes também possuem um padrão dinâmico de expressão. Enquanto os somitos estão sendo formados, a região mais caudal vai expressar uma das proteínas relacionadasa proteínas NOTCH inicialmente caudalmente, e depois vai passar a ser mais cefálica, até que será formado um novo somito e ela voltará a ser expressa caudalmente. O que acontece é uma expressão cíclica nas células, que provavelmente estão relacionadas com o mecanismo de retroalimentação. Então aumentou a expressão; vai estimular a produção de antagonistas que vão reduzir a expressão; quando a expressão estiver reduzida o antagonista será bloqueado e ela será novamente expressa. Depois que os somitos são formados, existe uma expressão diferente dentro do próprio somito impedindo que ele se misture - expressa proteínas diferentes nas regiões rostral e caudal. - frente de determinação. Depois que os somitos são formados eles já vão sofrer a diferenciação, ocorrendo então a separação da porção mais dorsal, que vai formar o Dermatomiótomo, da porção mais ventral que vai formar o Esclerótomo, essa última vai sofrer novamente a transição epitélio-mesênquima, para virar células individuais capazes de migrar e se movimentar individualmente. Essa diferenciação também ocorrerá crânio-caudal. Diferenciação Somítica Na imagem acima, na região caudal do embrião, é possível observar as células ingressando enquanto a linha primitiva está regredindo. Assim se fizermos um corte em A, podemos observar as células ingressando no processo de gastrulação, formando os 3 folhetos germinativos. Um corte em B, conseguimos observar um mesoderma entre o endoderma e ectoderma, mas ainda não diferenciado. Já um corte em C vemos a formação do somito, e em D a diferenciação em Dermatomiótomo e Esclerótomo. E em E (mais cranial) são as estruturas diferenciadas a mais, ou seja, o esclerótomo já envolveu o tubo neural e notocorda, enquanto o dermatomiótomo se separou formando a derme e o músculo. Essa diferença entre o Dermatomiótomo e o Esclerótomo também vai depender de sinalização, por exemplo, o BMP que irá afetar o esclerótomo o qual depende de Pax1 para ser gerado, e para que esse Pax1 seja expresso precisa de expressão de BMP. A notocorda e a placa do assoalho (tubo neural) vão expressar inibidores de BMP que vão ajudar na expressão de Pax1. Ao contrário, a região do dermomiótomo vai sofrer influência de BMP, que será expresso pelo ectoderma cutâneo e pela região mais dorsal do tubo neural (que expressa o INT facilitando a expressão). Assim, o esclerótomo vai sofrer transição epitélio-mesênquima, migrando e envolvendo a notocorda (vira núcleo pulposo dos corpos vertebrais) e o tubo neural, que nesta região vai formar a medula espinal, e a partir do esclerótomo teremos a formação dos arcos vertebrais, e também será fossas das costelas e vértebras. O dermatomiótomo contribui para a formação da derme da pele ao longo do tronco, formação do miótomo que origina os músculos da parede do corpo Epaxial (musculatura segmentar profunda das costas), e Hipaxial (musculatura lateral do corpo e dos membros). Importante: Foi observado que alterações nos genes que estão relacionados ao relógio molecular ou ao RA/FGF, podem gerar mau formações ao esqueleto axial. Mesoderma Intermediário Responsável por gerar as estruturas néfricas do embrião, como algumas porções das glândulas suprarrenais; gônadas e o sistema ducto genital. Irá sofrer a ação de uma concentração intermediária de BMP para sua diferenciação. Vale lembrar que a parte mais medial axial do embrião tem a expressão de antagonistas de BMP, como a Cordina e a Longina, que são liberados, por exemplo, pela notocorda e que vão fazer com que o mesoderma próximo a região axial (paraxial) esteja sob a influência de baixa quantidade de BMP, enquanto o mesoderma intermediário está sob influência de uma quantidade intermediária. Isso ocorre, pois todo o mesoderma expressa BMP, o que seria constante, mas como existem antagonistas, se tem um gradiente médio lateral. Nefrótomo Desenvolvimento do Sistema Renal. Desenvolvido um pouco antes das gônadas e possui 3 fases. São formadas 3 estruturas néfricas, sendo duas transitórias até formar o rim definitivo. Parte II Na foto abaixo tem o embrião lateralmente, onde o mesoderma lateral não está na região cranial que vai formar a cabeça, está sendo formado na região tronco caudal do embrião. O sistema urinário surge antes de qualquer desenvolvimento gonadal seja evidente. O sistema renal no mamífero inclui 3 fases sucessivas: pronefro, mesonefro e metanefro. Pronefro – 4ª Semana É a primeira estrutura transitória. Surge na parte mais cefálica do mesoderma intermediário, no início da 4 semana, surgindo como túbulos que vão se conectar com os Ductos Pronéfrico. No final da 4 semana essa estrutura vai se degenerar, não sendo funcional, mas vai ser importante para induzir a formação da próxima estrutura néfrica, que é o Mesonefro, o qual também será túbulos conectados a um ducto que vai ser formado cefálico caudalmente. O Ducto Mesonéfrico vai chegar até a região da Cloaca, onde irá interagir com essa estrutura caudal do embrião, que inicialmente é uma região de saída do trato digestório com o trato urogenital, e depois será dividida por um septo que irá separar essas duas saídas. Na região onde o ducto mesonéfrico vai interagir com a cloaca, vai ser formada a Parede Posterior da Bexiga. Então se tem a formação crânio caudal das estruturas nefríticas, sendo primeiro o Pronefro, que só existe durante a 4ª semana. Mesonefro – 5ª-12ª Semanas Será funcional, ou seja, tem alguma atividade excretora (de filtração) em algum momento do desenvolvimento embrionário. Possui formação crânio caudal, formando os túbulos que vão se conectar ao ducto mesonéfrico. Na imagem abaixo temos os túbulos sendo formados a partir de uma Vesícula Mesonéfrica (mais medial), e um ducto sendo formado em uma região mais lateralmente. Depois temos a união das vesículas com os ductos, sendo formado o Túbulo Mesonéfrico que estará conectado ao ducto; e medialmente temos a Aorta que vai gerar uma ramificação que é o Vaso Glomerular Aferente, que vai ser conectado com os túbulos mesonéfrico, permitindo a funcionalidade temporária. Depois vão degenerar e parar de funcionar como parte do sistema néfrico. Assim o mesonefro vai estar na Região Torácica Lombar do embrião. Desenvolvimento Gonadal Tem as formações dos túbulos mesonéfricos no sentido Crânio Caudal, e já começa o aparecimento das gónadas. Elas iniciam seu processo de diferenciação quando as células germinativas primordiais chegam lá. Relembrando: As Células Germinativas Primordiais são precursoras dos gametas, elas vão sair do saco vitelínico (região ventral) e vão migrar para a parede posterior do embrião, onde está o Mesoderma Intermediário. Elas vão então, iniciar a diferenciação da Crista Genital que serão os precursores das gônadas. Junto com a diferenciação do Ducto Mesonéfrico (sistema renal), também vai ocorrer a formação do Ducto Paramesonéfrico (mais lateral) - Esses ductos serão importantes para a formação de algumas estruturas do sistema reprodutor feminino e masculino. Depois que o ducto mesonéfrico para de ter sua função (função transitória de sistema renal primitivo), eles podem em alguns casos fazer parte do sistema reprodutor. Existe uma diferença na diferenciação das gônadas femininas e masculinas. A chegada das CGP nas cristas genitais vai induzir a diferenciação em gônada masculina e feminina. Os Ductos Mesonéfricos e os Túbulos Mesonéfricos em homens vão interagir com a crista genital. Os Túbulos Mesonéfricos vão se diferenciar em Ductos Eferentes, e o Ducto Mesonéfrico vai virar o Canal Deferente, fazendo parte do sistema masculino. Já o Ducto Paramesonéfrico vai sedegenerar. Nas mulheres ocorre o contrário, ou seja, os Túbulos e o Ducto Mesonéfrico vão degenerar, enquanto o Ducto Paramesonéfrico vai formar o Oviduto (tubas uterinas) que vão se associar ao ovário. Metanefro: Os Rins definitivos A última estrutura néfrica é o Metanefro (Rim Definitivo). O Ducto Mesonéfrico foi sendo gerado até chegar na Cloaca, onde formará um brotamento chamado de Broto Uretérico, o qual irá interagir com o Mesoderma Intermediário que está nessa região formando o Blastema Metanefrogênico, o qual vai formar o Mesênquima Metanéfrico. Resumo: O Broto Uretérico formado a partir do Ducto Mesonéfrico que se associou a Cloaca e brotou, vai formar todo o sistema coletor dos rins, enquanto o Blastema vai formar o Mesênquima Excretor. O Broto Uretérico durante o desenvolvimento vai sofrer diversas ramificações e diferenciações para formar o Rim Definitivo. Todo o Processo: Inicialmente, temos a formação da Primeira Estrutura, que é o Pronefro, o qual não funciona, sendo assim transitória. Depois teremos a formação do Mesonefro, que se forma Cefalo-caudal e vai ter uma funcionalidade transitória. Alguns de seus ductos e túbulos no sexo masculino vão fazer parte do sistema reprodutor masculino. Já o Metanefro, que vai ser formado a partir do brotamento, vai formar o Rim Definitivo. Na imagem abaixo, é possível ver melhor o brotamento do Broto Uretérico, o qual vai se associar ao Mesênquima e que não estavam formando o Ducto nem o Túbulo, mas que estavam formando o Blastema, ocorrendo todo o processo de ramificação. Como é definido onde vai surgir o broto uretérico/ o que induz? Foi observado, que o ducto mesonéfrico expressa alguns fatores importantes para esse brotamento, como o RetFGR1α, que é um correceptor de RET. Quando ele encontra o ligante, no caso o Gdnf, se tem o brotamento na região. Então, o Gdnf será expresso pelo blastema, o que irá estimular o brotamento uretérico em uma região específica. Porém, em outras regiões haverá a inibição do RET pelo Bmp 4 (expresso no mesênquima intermediário – inibe o ret: brotamento em outras regiões). No entanto, na região do blastema, haverá um inibidor de Bmp 4 que é o Gremlin, o qual devido a não inibição de Bmp 4 sobre o Ret, permitirá o brotamento. Inicialmente, os rins se formam na região pélvica, porém, eles se deslocam para a região lombar. Esse deslocamento pode ocorrer por 2 motivos, que são: • Migração dos rins • Crescimento da região caudal. Durante o deslocamento, o rim vai sendo revascularizado por ramos da aorta dorsal até sua posição final. Existem diversos tipos de anomalias no sistema urinário, como a Agenesia Unilateral (falha na sinalização de Ret com Gdnf - não estimula brotamento); Hipoplasia (rim não cresceu de maneira suficiente); Duplicação de Ureter; Problemas de Deslocamento do Rim (não sai da região pélvica); Rim em forma de ferradura e outros. O Mesoderma Lateral vai se posicionar mais lateralmente no embrião, ele será formado pelas células que irão ingressar a partir de células do epiblasto, que ingressam pela linha primitiva, e vão migrar para as porções laterais do embrião. Algumas dessas células irão migrar mais cefalicamente, se posicionando na região mais anteriormente do embrião, formando o Mesoderma Cardiogênico que dará origem ao coração. Ao fazer um corte transversal no Mesoderma Lateral, é possível observar que na porção medial estaria o tubo neural e notocorda, e ao lado dessas estruturas teremos o Mesoderma Paraxial. Posteriormente, teremos o Mesoderma Intermediário (em vermelho), e mais lateralmente o Mesoderma da Placa Lateral (azul e verde - não esquecer que elas estão espelhadas [direito e esquerdo]). Também existe uma cavidade no Mesoderma Lateral dividindo-o, e quando ocorrer o dobramento do embrião, essa cavidade irá formar a Cavidade Intraembrionário (celoma intraembrionário). Na figura abaixo, é mostrada as sinalizações onde a porção mais medial do embrião sofrerá ação de antagonistas do BMP - vai formar estruturas que dependem pouco do BMP como o Mesênquima Paraxial. Enquanto no Mesoderma da Placa Lateral haverá uma dependência maior da ação do BMP, o que vai ser importante para a diferenciação das estruturas, diferentemente do que acontece na região mais mediais. Existe uma divisão do mesoderma lateral que vai dividi-lo em: • Mesoderma Somático – Que estará mais próximo ao ectoderma (região mais dorsal do embrião); • Mesoderma Esplâncnico/Visceral – Que está mais próximo do endoderma, que é a camada mais interna. Entre os dois tem uma cavidade. Quando ocorrer o fechamento do embrião, o Ectoderma Cutâneo, que é a porção mais externa do embrião, vai se fechar formando um tubo, dentro haverá a formação do Endoderma que formará outro túbulo, e os mesodermas vão se encontrar ventralmente. Como o mesoderma lateral é divido, no momento em que ele se encontrar ventralmente haverá a formação do Celoma Intraembrionário, formando as cavidades que vão abrigar os órgãos internos como o Peritônio. O nome do mesoderma lateral, que é a associação entre o ectoderma e o mesoderma somático é chamado de Somatopleura - forma os ossos, tecido conjuntivo dos membros e o esterno. O mesoderma esplâncnico associado ao endoderma é chamado de Esplancnopleura - lâmina visceral que reveste a cavidade embrionária e órgãos. Juntamente com o endoderma forma a parede do tubo digestório. Dessa forma, o mesoderma lateral vai formar estruturas vasculares; de tecido conjuntivo; musculares, que vão envolver o trato intestinal e respiratório (derivado do endoderma), além de formar o revestimento da cavidade corporal, uma vez que está associado ao endoderma. Fechamento do embrião: No final da 3ª semana, já terá acabado a gastrulação e o embrião será trilaminar (Ectoderma, Mesoderma e Endoderma), possuindo algumas estruturas diferenciadas como os somitos e tubo neural em diferenciação. No final da 4ª semana, temos um embrião bem diferente, que se dobrará cefalicamente, caudalmente e lateralmente para se fechar e assim formar uma estrutura de um tubo externo com um tubo interno dentro. Para entender o fechamento iremos analisar 2 cortes: Transversal (figura A abaixo), onde se vê o ectoderma mais dorsal, endoderma mais ventral e mesoderma intermediário. Em cima do ectoderma tem a cavidade amniótica e embaixo do endoderma tem o saco vitelínico. O plano Sagital: Onde também é possível ver o endoderma e ectoderma. 4ª semana do desenvolvimento Os dobramentos do embrião são lateral, cefálica e caudal. • Dobramento lateral – No corte transversal vai ser nas laterais do embrião, e quando ocorrer o dobramento, as camadas vão se encontrar ventralmente formando os tubos. As regiões que estão na porção axial medial vão ser dorsais, e o que estava lateral vai ocupar a região medial do embrião. • Dobramento cefálico caudal – Forças que vão estimular o dobramento na região da cabeça, e também na região caudal. Antes do dobramento, o saco vitelínico está em contato com o endoderma em uma grande região, e depois do dobramento esse contato é reduzido e vai ficar apenas no ducto vitelínico que depois vai se degenerar e desaparecer. Esses dobramentos acontecem devido a 2 fatores como: 1. Crescimento do disco trilaminar - As células do endoderma, mesoderma, ectoderma estão proliferando, e mostrando um desenvolvimento que favorece o crescimento do embrião, que é acompanhado pelo crescimento da cavidade amniótica. 2. Crescimento da cavidade amniótica – Acompanha o crescimento do embrião. No entanto, o saco vitelínico não acompanha o crescimento, ele se mantém estável, o quevai gerar uma força na região ventral do embrião, que vai estimular esse dobramento. Na região medial axial do embrião tem a formação de estruturas mais rígidas como a notocorda, tubo neural, somitos que vão favorecer o dobramento da estrutura lateral. Dobramento cefálico - 22º dia É uma resposta ao crescimento cefálico contínuo do tubo neural e da flexura da parte cefálica da placa neural. Também irá depender do crescimento da cavidade amniótica, que irá formar essa força de dobramento cefálico. O tubo neural além de estar se proliferando, ele também está sofrendo flexuras; ele está se dobrando, o que acaba contribuindo para o dobramento. Quando ocorre o dobramento cefálico, algumas estruturas que foram geradas na porção mais cefálicas do embrião trilaminar vão para a posição ventral. Essas estruturas importante s formadas na região cefálica irão para a região final, por exemplo: - Tubo Neural crescendo, que faz a força de crescimento; - Anterior a ele tem a Membrana Orofaríngea, que vai derivar a boca (nesse momento ela estaria localizada depois do SNC); - Mais anterior tem o primórdio do coração, que é o Coração Primitivo; - Anterior a ele tem o Septo Transverso, que irá formar o Diafragma. É necessário que essas estruturas ocupem a posição correta, assim o dobramento cefálico faz com que essas regiões vão para suas posições corretas. O diafragma é um derivado importante do septo transverso, e quando dobrar, ele vai se posicionar na posição ventral dividindo a cavidade em Cavidade Pericárdica e Peritoneal. Outra estrutura formada devido a esse dobramento cefálico é o Intestino Primitivo, onde o endoderma vai se fechar em um tubo, que vai desde a membrana orofaríngea até a membrana cloacal (elas não possuem mesoderma, são formadas unicamente pela conexão do endoderma com o ectoderma, e estão inicialmente fechadas e depois se abrem). Quando ocorrer o dobramento cefálico, haverá a formação do Intestino Primitivo Anterior. Quando o endoderma é fechado durante os processos de dobramento, ele vai ser divido em 3 porções: • Anterior: Da membrana orofaríngea até o broto hepáticos • Medial: Em contato com o saco vitelínico • Caudal: Vai até a membrana cloacal Dobramento caudal - 23º dia É um resultado do crescimento da parte distal (região mais caudal) do tubo neural - Primórdio da Medula Espinal. Pedículo de conexão – Dará origem ao Cordão Umbilical. A região da cauda se projeta sobre a Membrana Cloacal. Forma-se o intestino posterior, que se dilata formando a Cloaca. O Pedículo do Embrião (conexão do embrião com a placenta em desenvolvimento) é carreado em direção anterior e entra em contato com o Saco Vitelínico. Alantoide – Derivado do endoderma; irá se projetar para dentro do Pedículo de conexão, a fim de fazer parte dele. Com o crescimento do Tubo Neural e da Cavidade Amniótica, teremos uma força que provocará o dobramento caudal, que vai posicionar a Membrana Cloacal mais ventralmente, e vai mover o Pedículo de conexão até próximo ao Ducto Vitelínico. A Cavidade Amniótica está crescendo e vai ocupar toda a Cavidade Coriônica. O Âmnio vai entrar em contato com o Pedículo de Conexão se fundindo a ele, e assim o Cordão Umbilical terá membrana da cavidade amniótica nas suas bordas. Dobramento Lateral: Vai depender da força de crescimento das estruturas do embrião, considerando que o saco vitelínico não vai crescer, e que a região mais central axial será mais rígida, forçando apenas as regiões laterais a se dobrarem. Haverá o fechamento das estruturas ventralmente, que irão fechar o embrião, o endoderma, o ectoderma cutâneo e promoverá a formação do celoma. É simultâneo ao dobramento cefálico caudal. Contrição e estreitamento do saco vitelínico Fusão dos folhetos embrionários correspondentes de ambos os lados O ectoderma cobre todo o embrião, exceto na área umbilical, de onde emergem o saco vitelínico e o pedículo do embrião. Obs: A área umbilical ainda vai estar aberta onde vai ter o Ducto Vitelino e o Cordão Umbilical, o que é importante para a formação do Intestino.
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