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Desenvolvimento embrionário: Mesoderma e suas diferenciações

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Camada que se encontra entre o Ectoderma e o 
Endoderma, e que irá gerar diferentes tipos de 
tecidos; células, como: 
• Tecido Esquelético cartilaginoso; 
• Células Musculares; 
• Forma os Rins e as Gônadas; 
• Forma o Coração. 
 
Diferenciação do 
Mesoderma 
Os diferentes tipos de Mesoderma estarão 
localizados em posições distintas dentro do 
embrião. 
Lembrando: O Mesoderma é formado, a partir 
de células que migram do Epiblasto, que 
ingressam pela Linha Primitiva, para diferentes 
regiões do embrião. 
As células que irão ingressar pelo Nó Primitivo, 
irão se posicionar na região medial do embrião, 
migrando cefalicamente, para formar a 
Notocorda, que é considerada Mesoderma Axial 
(Processo Notocordal). 
Células que irão migrar lateralmente 
cefalicamente, irão formar o Mesoderma 
Cardiogênico, que irá formar o Coração. 
As células que irão ingressar e ficar próximas a 
Linha Primitiva, ou ao lado da Notocorda, irão 
formar o Mesoderma Paraxial (Somitos). 
Todas as células irão ingressar pela Linha 
Primitiva, mas elas irão migrar e se posicionar 
em diferentes regiões no embrião. 
 
Gastrulação: Formação 
das 3 Camadas 
Germinativas 
O Mesoderma irá se diferenciar Médio-
Lateralmente, o que será espelhado. Logo, tudo 
o que estiver se diferenciando no lado direito do 
embrião, também se diferenciará no lado 
esquerdo de forma espelhada. 
No centro, na região mais medial do embrião, 
teremos a formação do Mesoderma Axial, que é 
a Notocorda. 
De maneira espelhada, nos lados direito e 
esquerdo da notocorda, será formado 1º o 
Mesoderma Paraxial, e adjacente a ele haverá a 
formação do Mesoderma Intermediário. E na 
porção mais lateral do embrião, será formado o 
Mesoderma Lateral. 
 
O Ectoderma, é a camada mais dorsal do 
embrião no momento. Ele irá se diferenciar; a 
sua porção mais medial vai formar a Placa 
Neural, que irá se invaginar e formar o Tubo 
Neural, que é o precursor de todo o SNC. 
Esse Tubo Neural poderá ser encontrado na 
região medial, e também será um centro de 
sinalização que irá estimular a diferenciação do 
Mesoderma. 
No momento da Gastrulação, durante o 
desenvolvimento embrionário, encontraremos 
o Tubo Neural já fechado; a Notocorda logo 
abaixo dele; o Mesoderma Paraxial se 
diferenciando de ambos os lados deles (tubo 
neural e notocorda); em amarelo bem pequeno 
(mesoderma intermediário – seta preta); e 
lateralmente o Mesoderma Lateral. 
 
 
 
Morfógenos: Especificação 
Dorsoventral do 
Mesoderma 
É importante destacar que existem várias 
moléculas e morfógenos, que irão estimular a 
diferenciação do Mesoderma. 
Todos vieram de uma fonte comum e estarão 
localizados entre o Ectoderma e o Endoderma, 
mas irão se diferenciar em estruturas diferentes. 
Existem vários motivos para a explicação disso, 
sendo um deles, por exemplo, a concentração 
de BMP. 
Sabe-se que no Nó Primitivo (lembrando que a 
Linha Primitiva na sua região mais cefálica 
possui o Nó Primitivo, que irá regredindo junto 
dela, quando a mesma regride depois de 
alcançar o seu máximo) é um sinalizador 
importante, e enquanto ele está regredindo, a 
parte anterior do embrião já sofreu Gastrulação 
(já ingressaram as células para formar o 
Endoderme Mesoderma, assim como o 
Ectoderma já está se diferenciando). 
 
Logo, podemos ter uma região mais cefálica do 
embrião já bastante avançada na diferenciação, 
enquanto a região caudal ainda está sofrendo 
Gastrulação. 
Além do Nó Primitivo ser esse centro importante 
de sinalização, a notocorda também vai 
expressar diversas moléculas importantes para 
a organização do embrião. Logo, tanto a 
notocorda quanto o nó primitivo vão secretar 
alguns inibidores de BMP, o que significa que a 
região mais medial do embrião não terá uma 
expressão grande de BMP. Por conta disso, 
quando mais longe dessa fonte de inibidores, 
maior será a expressão de BMP, o que irá ajudar 
na diferenciação. 
O Mesoderma Paraxial, que estará próximo a 
essas fontes de inibidores; antagonistas de BMP, 
irá apresentará baixas concentrações de BMP 
para estimular a sua diferenciação. 
 
 
Mesoderma Paraxial 
Será formado tanto no lado direito quando no 
lado esquerdo da notocorda e do tubo neural. 
 
➔ Diferenciação: 
1. Região Cranial: O Mesoderma Paraxial 
será chamado de Mesoderma da 
Cabeça, o qual não irá se segmentar e 
que dará origem aos músculos 
estriados da face, mandíbula e 
garganta. Irá ajudar a formar estruturas 
da região da cabeça. 
2. Região do Tronco (da base do crânio 
até a extremidade caudal): Chamado 
de Mesoderma Paraxial Segmentado. É 
segmentado pois irá formar uns blocos 
de mesodermas (bilaterais), chamados 
de Somitos, na direção crânio-caudal 
em todo o mesoderma paraxial. Serão 
assim pares de somitos, visto que serão 
formados ao lado da notocorda e do 
tubo neural na porção direita e 
esquerda. Esses somitos irão formar 
todo o esqueleto axial; costelas; 
vértebras; musculaturas do pescoço, 
tronco (parede corporal) e membros; e 
a derme das costas. 
 
Logo, podemos ver que irão existir 
diferenciações e regulações dentro dos somitos, 
que possibilitará a formação dos diferentes tipos 
de estruturas. 
 
Somitos: Transição 
Mesênquima-Epitélio 
São células isoladas; com pouca adesão umas às 
outras, que se encontravam no Epiblasto e que 
faziam parte de um tecido de epitélio coeso, e 
que ao se soltarem desse tecido, elas migravam 
de maneira individual no embrião. 
Para que essas células possam formar esses 
somitos; blocos de mesoderma, elas precisam 
voltar a ter uma adesão forte entre elas, 
expressar moléculas de adesão específicas, ter 
uma polaridade celular. Para isso, elas sofrerão 
a transição mesênquima-epitélio, formando 
blocos de células epiteliais (somitos). 
Como essa diferenciação dos somitos ocorre 
crânio-caudal, isso significa que enquanto 
algumas dessas regiões mais cranial do embrião 
já possuem somitos prontos, as regiões mais 
caudais ainda possuem um mesoderma paraxial 
não segmentado, que ainda irá gerar 
(mesoderma pré-somítico). 
 
 
Somitogênese: 
a) Frente de Determinação 
Derivada de processos bastantes complexos de 
regulações gênicas, que vão fazer com que os 
somitos sejam gerados em um padrão ordenado 
crânio-caudal. 
Um dos processos importantes para a formação 
dos somitos é a chamada de Frente de 
Determinação ou Ondas de Determinação, a 
qual é derivada de gradientes de morfógenos. 
Quando as células vão ingressar pela Linha 
Primitiva, elas estarão expressando altas 
quantidades de FGF. Além disso, o broto caudal, 
que é aquela região mais caudal da linha 
primitiva, também é uma fonte importante de 
FGF. Isso significa que na região mais caudal do 
embrião vai ter uma expressão forte de FGF, e 
ela vai reduzindo em direção a porção cranial. 
Importante: O FGF será degradado com o 
tempo. 
Além disso, na região cranial, a uma importante 
expressão de Ácido Retinóico (RA), que 
antagoniza a expressão de FGF. Sendo que os 
somitos expressam uma grande quantidade de 
RA, então a cada novo somito que está sendo 
formado, as quantidades de RA irão 
aumentando na direção caudal. 
Regiões craniais: + RA e - FGF 
Regiões caudais: - RA e + FGF 
 
Nas regiões limitantes, que há um limiar 
importante de RA e FGF, ela passará a expressar 
o fator MESP2, que é necessário para que o 
mesoderma pré-somítico possa começar a se 
diferenciar em somito. 
 
 
 
b) Relógio Molecular da 
Segmentação 
Foi observado inicialmente em embriões de 
galinhas, que os somitos são gerados em 
períodos determinados. Nas galinhas, a cada 90 
mim era gerado um novo somito. Durante esse 
período de formação de somitos, foi percebido 
que alguns genes também possuem um padrão 
dinâmico de expressão. 
 
Enquanto os somitos estão sendo formados, a 
região mais caudal vai expressar uma das 
proteínas relacionadasa proteínas NOTCH 
inicialmente caudalmente, e depois vai passar a 
ser mais cefálica, até que será formado um novo 
somito e ela voltará a ser expressa caudalmente. 
O que acontece é uma expressão cíclica nas 
células, que provavelmente estão relacionadas 
com o mecanismo de retroalimentação. Então 
aumentou a expressão; vai estimular a produção 
de antagonistas que vão reduzir a expressão; 
quando a expressão estiver reduzida o 
antagonista será bloqueado e ela será 
novamente expressa. 
Depois que os somitos são formados, existe uma 
expressão diferente dentro do próprio somito 
impedindo que ele se misture - expressa 
proteínas diferentes nas regiões rostral e caudal. 
- frente de determinação. 
Depois que os somitos são formados eles já vão 
sofrer a diferenciação, ocorrendo então a 
separação da porção mais dorsal, que vai formar 
o Dermatomiótomo, da porção mais ventral que 
vai formar o Esclerótomo, essa última vai sofrer 
novamente a transição epitélio-mesênquima, 
para virar células individuais capazes de migrar 
e se movimentar individualmente. Essa 
diferenciação também ocorrerá crânio-caudal. 
 
 
Diferenciação Somítica 
 
Na imagem acima, na região caudal do embrião, 
é possível observar as células ingressando 
enquanto a linha primitiva está regredindo. 
Assim se fizermos um corte em A, podemos 
observar as células ingressando no processo de 
gastrulação, formando os 3 folhetos 
germinativos. 
Um corte em B, conseguimos observar um 
mesoderma entre o endoderma e ectoderma, 
mas ainda não diferenciado. Já um corte em C 
vemos a formação do somito, e em D a 
diferenciação em Dermatomiótomo e 
Esclerótomo. E em E (mais cranial) são as 
estruturas diferenciadas a mais, ou seja, o 
esclerótomo já envolveu o tubo neural e 
notocorda, enquanto o dermatomiótomo se 
separou formando a derme e o músculo. 
Essa diferença entre o Dermatomiótomo e o 
Esclerótomo também vai depender de 
sinalização, por exemplo, o BMP que irá afetar o 
esclerótomo o qual depende de Pax1 para ser 
gerado, e para que esse Pax1 seja expresso 
precisa de expressão de BMP. A notocorda e a 
placa do assoalho (tubo neural) vão expressar 
inibidores de BMP que vão ajudar na expressão 
de Pax1. Ao contrário, a região do 
dermomiótomo vai sofrer influência de BMP, 
que será expresso pelo ectoderma cutâneo e 
pela região mais dorsal do tubo neural (que 
expressa o INT facilitando a expressão). 
 
Assim, o esclerótomo vai sofrer transição 
epitélio-mesênquima, migrando e envolvendo a 
notocorda (vira núcleo pulposo dos corpos 
vertebrais) e o tubo neural, que nesta região vai 
formar a medula espinal, e a partir do 
esclerótomo teremos a formação dos arcos 
vertebrais, e também será fossas das costelas e 
vértebras. 
O dermatomiótomo contribui para a formação 
da derme da pele ao longo do tronco, formação 
do miótomo que origina os músculos da parede 
do corpo Epaxial (musculatura segmentar 
profunda das costas), e Hipaxial (musculatura 
lateral do corpo e dos membros). 
 
Importante: Foi observado que alterações nos 
genes que estão relacionados ao relógio 
molecular ou ao RA/FGF, podem gerar mau 
formações ao esqueleto axial. 
 
 
Mesoderma Intermediário 
Responsável por gerar as estruturas néfricas do 
embrião, como algumas porções das glândulas 
suprarrenais; gônadas e o sistema ducto genital. 
Irá sofrer a ação de uma concentração 
intermediária de BMP para sua diferenciação. 
Vale lembrar que a parte mais medial axial do 
embrião tem a expressão de antagonistas de 
BMP, como a Cordina e a Longina, que são 
liberados, por exemplo, pela notocorda e que 
vão fazer com que o mesoderma próximo a 
região axial (paraxial) esteja sob a influência de 
baixa quantidade de BMP, enquanto o 
mesoderma intermediário está sob influência de 
uma quantidade intermediária. Isso ocorre, pois 
todo o mesoderma expressa BMP, o que seria 
constante, mas como existem antagonistas, se 
tem um gradiente médio lateral. 
 
Nefrótomo 
Desenvolvimento do Sistema Renal. 
Desenvolvido um pouco antes das gônadas e 
possui 3 fases. São formadas 3 estruturas 
néfricas, sendo duas transitórias até formar o 
rim definitivo. 
Parte II
Na foto abaixo tem o embrião lateralmente, 
onde o mesoderma lateral não está na região 
cranial que vai formar a cabeça, está sendo 
formado na região tronco caudal do embrião. 
 
O sistema urinário surge antes de qualquer 
desenvolvimento gonadal seja evidente. 
O sistema renal no mamífero inclui 3 fases 
sucessivas: pronefro, mesonefro e metanefro. 
 
Pronefro – 4ª Semana 
É a primeira estrutura transitória. 
Surge na parte mais cefálica do mesoderma 
intermediário, no início da 4 semana, surgindo 
como túbulos que vão se conectar com os 
Ductos Pronéfrico. 
No final da 4 semana essa estrutura vai se 
degenerar, não sendo funcional, mas vai ser 
importante para induzir a formação da próxima 
estrutura néfrica, que é o Mesonefro, o qual 
também será túbulos conectados a um ducto 
que vai ser formado cefálico caudalmente. 
 
O Ducto Mesonéfrico vai chegar até a região da 
Cloaca, onde irá interagir com essa estrutura 
caudal do embrião, que inicialmente é uma 
região de saída do trato digestório com o trato 
urogenital, e depois será dividida por um septo 
que irá separar essas duas saídas. 
Na região onde o ducto mesonéfrico vai 
interagir com a cloaca, vai ser formada a Parede 
Posterior da Bexiga. 
Então se tem a formação crânio caudal das 
estruturas nefríticas, sendo primeiro o Pronefro, 
que só existe durante a 4ª semana. 
 
Mesonefro – 5ª-12ª Semanas 
Será funcional, ou seja, tem alguma atividade 
excretora (de filtração) em algum momento do 
desenvolvimento embrionário. 
Possui formação crânio caudal, formando os 
túbulos que vão se conectar ao ducto 
mesonéfrico. 
Na imagem abaixo temos os túbulos sendo 
formados a partir de uma Vesícula Mesonéfrica 
(mais medial), e um ducto sendo formado em 
uma região mais lateralmente. Depois temos a 
união das vesículas com os ductos, sendo 
formado o Túbulo Mesonéfrico que estará 
conectado ao ducto; e medialmente temos a 
Aorta que vai gerar uma ramificação que é o 
Vaso Glomerular Aferente, que vai ser 
conectado com os túbulos mesonéfrico, 
permitindo a funcionalidade temporária. Depois 
vão degenerar e parar de funcionar como parte 
do sistema néfrico. 
Assim o mesonefro vai estar na Região Torácica 
Lombar do embrião. 
 
Desenvolvimento Gonadal 
Tem as formações dos túbulos 
mesonéfricos no sentido Crânio Caudal, e já 
começa o aparecimento das gónadas. 
Elas iniciam seu processo de diferenciação 
quando as células germinativas primordiais 
chegam lá. 
Relembrando: As Células Germinativas 
Primordiais são precursoras dos gametas, 
elas vão sair do saco vitelínico (região 
ventral) e vão migrar para a parede 
posterior do embrião, onde está o 
Mesoderma Intermediário. Elas vão então, 
iniciar a diferenciação da Crista Genital que 
serão os precursores das gônadas. 
Junto com a diferenciação do Ducto 
Mesonéfrico (sistema renal), também vai 
ocorrer a formação do Ducto 
Paramesonéfrico (mais lateral) - Esses 
ductos serão importantes para a formação 
de algumas estruturas do sistema 
reprodutor feminino e masculino. 
 
Depois que o ducto mesonéfrico para de ter sua 
função (função transitória de sistema renal 
primitivo), eles podem em alguns casos fazer 
parte do sistema reprodutor. 
Existe uma diferença na diferenciação das 
gônadas femininas e masculinas. A chegada das 
CGP nas cristas genitais vai induzir a 
diferenciação em gônada masculina e feminina. 
Os Ductos Mesonéfricos e os Túbulos 
Mesonéfricos em homens vão interagir com a 
crista genital. Os Túbulos Mesonéfricos vão se 
diferenciar em Ductos Eferentes, e o Ducto 
Mesonéfrico vai virar o Canal Deferente, 
fazendo parte do sistema masculino. Já o Ducto 
Paramesonéfrico vai sedegenerar. 
Nas mulheres ocorre o contrário, ou seja, os 
Túbulos e o Ducto Mesonéfrico vão degenerar, 
enquanto o Ducto Paramesonéfrico vai formar o 
Oviduto (tubas uterinas) que vão se associar ao 
ovário. 
 
 
 
Metanefro: Os Rins definitivos 
A última estrutura néfrica é o Metanefro (Rim 
Definitivo). 
O Ducto Mesonéfrico foi sendo gerado até 
chegar na Cloaca, onde formará um brotamento 
chamado de Broto Uretérico, o qual irá interagir 
com o Mesoderma Intermediário que está nessa 
região formando o Blastema Metanefrogênico, 
o qual vai formar o Mesênquima Metanéfrico. 
Resumo: O Broto Uretérico formado a partir do 
Ducto Mesonéfrico que se associou a Cloaca e 
brotou, vai formar todo o sistema coletor dos 
rins, enquanto o Blastema vai formar o 
Mesênquima Excretor. 
O Broto Uretérico durante o desenvolvimento 
vai sofrer diversas ramificações e diferenciações 
para formar o Rim Definitivo. 
Todo o Processo: Inicialmente, temos a 
formação da Primeira Estrutura, que é o 
Pronefro, o qual não funciona, sendo assim 
transitória. Depois teremos a formação do 
Mesonefro, que se forma Cefalo-caudal e vai ter 
uma funcionalidade transitória. Alguns de seus 
ductos e túbulos no sexo masculino vão fazer 
parte do sistema reprodutor masculino. Já o 
Metanefro, que vai ser formado a partir do 
brotamento, vai formar o Rim Definitivo. 
 
Na imagem abaixo, é possível ver melhor o 
brotamento do Broto Uretérico, o qual vai se 
associar ao Mesênquima e que não estavam 
formando o Ducto nem o Túbulo, mas que 
estavam formando o Blastema, ocorrendo todo 
o processo de ramificação. 
 
Como é definido onde vai surgir o 
broto uretérico/ o que induz? 
Foi observado, que o ducto mesonéfrico 
expressa alguns fatores importantes para esse 
brotamento, como o RetFGR1α, que é um 
correceptor de RET. Quando ele encontra o 
ligante, no caso o Gdnf, se tem o brotamento na 
região. Então, o Gdnf será expresso pelo 
blastema, o que irá estimular o brotamento 
uretérico em uma região específica. 
Porém, em outras regiões haverá a inibição do 
RET pelo Bmp 4 (expresso no mesênquima 
intermediário – inibe o ret: brotamento em 
outras regiões). No entanto, na região do 
blastema, haverá um inibidor de Bmp 4 que é o 
Gremlin, o qual devido a não inibição de Bmp 4 
sobre o Ret, permitirá o brotamento. 
Inicialmente, os rins se formam na região 
pélvica, porém, eles se deslocam para a região 
lombar. Esse deslocamento pode ocorrer por 2 
motivos, que são: 
• Migração dos rins 
• Crescimento da região caudal. 
Durante o deslocamento, o rim vai sendo 
revascularizado por ramos da aorta dorsal até 
sua posição final. 
 
Existem diversos tipos de anomalias no sistema 
urinário, como a Agenesia Unilateral (falha na 
sinalização de Ret com Gdnf - não estimula 
brotamento); Hipoplasia (rim não cresceu de 
maneira suficiente); Duplicação de Ureter; 
Problemas de Deslocamento do Rim (não sai da 
região pélvica); Rim em forma de ferradura e 
outros. 
 
O Mesoderma Lateral vai se posicionar mais 
lateralmente no embrião, ele será formado 
pelas células que irão ingressar a partir de 
células do epiblasto, que ingressam pela linha 
primitiva, e vão migrar para as porções laterais 
do embrião. Algumas dessas células irão migrar 
mais cefalicamente, se posicionando na região 
mais anteriormente do embrião, formando o 
Mesoderma Cardiogênico que dará origem ao 
coração. 
 
 
Ao fazer um corte transversal no 
Mesoderma Lateral, é possível observar que 
na porção medial estaria o tubo neural e 
notocorda, e ao lado dessas estruturas 
teremos o Mesoderma Paraxial. 
Posteriormente, teremos o Mesoderma 
Intermediário (em vermelho), e mais 
lateralmente o Mesoderma da Placa Lateral 
(azul e verde - não esquecer que elas estão 
espelhadas [direito e esquerdo]). 
Também existe uma cavidade no 
Mesoderma Lateral dividindo-o, e quando 
ocorrer o dobramento do embrião, essa 
cavidade irá formar a Cavidade 
Intraembrionário (celoma 
intraembrionário). 
 
Na figura abaixo, é mostrada as sinalizações 
onde a porção mais medial do embrião sofrerá 
ação de antagonistas do BMP - vai formar 
estruturas que dependem pouco do BMP como 
o Mesênquima Paraxial. Enquanto no 
Mesoderma da Placa Lateral haverá uma 
dependência maior da ação do BMP, o que vai 
ser importante para a diferenciação das 
estruturas, diferentemente do que acontece na 
região mais mediais. 
 
Existe uma divisão do mesoderma lateral que vai 
dividi-lo em: 
• Mesoderma Somático – Que estará 
mais próximo ao ectoderma (região 
mais dorsal do embrião); 
• Mesoderma Esplâncnico/Visceral – 
Que está mais próximo do endoderma, 
que é a camada mais interna. 
Entre os dois tem uma cavidade. 
 
Quando ocorrer o fechamento do embrião, o 
Ectoderma Cutâneo, que é a porção mais 
externa do embrião, vai se fechar formando um 
tubo, dentro haverá a formação do Endoderma 
que formará outro túbulo, e os mesodermas vão 
se encontrar ventralmente. 
 
Como o mesoderma lateral é divido, no 
momento em que ele se encontrar 
ventralmente haverá a formação do Celoma 
Intraembrionário, formando as cavidades que 
vão abrigar os órgãos internos como o Peritônio. 
O nome do mesoderma lateral, que é a 
associação entre o ectoderma e o mesoderma 
somático é chamado de Somatopleura - forma 
os ossos, tecido conjuntivo dos membros e o 
esterno. 
O mesoderma esplâncnico associado ao 
endoderma é chamado de Esplancnopleura - 
lâmina visceral que reveste a cavidade 
embrionária e órgãos. Juntamente com o 
endoderma forma a parede do tubo digestório. 
Dessa forma, o mesoderma lateral vai formar 
estruturas vasculares; de tecido conjuntivo; 
musculares, que vão envolver o trato intestinal 
e respiratório (derivado do endoderma), além 
de formar o revestimento da cavidade corporal, 
uma vez que está associado ao endoderma. 
 
Fechamento do embrião: 
No final da 3ª semana, já terá acabado a 
gastrulação e o embrião será trilaminar 
(Ectoderma, Mesoderma e Endoderma), 
possuindo algumas estruturas diferenciadas 
como os somitos e tubo neural em 
diferenciação. No final da 4ª semana, temos um 
embrião bem diferente, que se dobrará 
cefalicamente, caudalmente e lateralmente 
para se fechar e assim formar uma estrutura de 
um tubo externo com um tubo interno dentro. 
 
 
Para entender o fechamento iremos analisar 2 
cortes: Transversal (figura A abaixo), onde se vê 
o ectoderma mais dorsal, endoderma mais 
ventral e mesoderma intermediário. Em cima do 
ectoderma tem a cavidade amniótica e embaixo 
do endoderma tem o saco vitelínico. 
 
O plano Sagital: Onde também é possível ver o 
endoderma e ectoderma. 
 
 
4ª semana do desenvolvimento 
Os dobramentos do embrião são lateral, cefálica 
e caudal. 
• Dobramento lateral – No corte 
transversal vai ser nas laterais do 
embrião, e quando ocorrer o 
dobramento, as camadas vão se 
encontrar ventralmente formando os 
tubos. As regiões que estão na porção 
axial medial vão ser dorsais, e o que 
estava lateral vai ocupar a região 
medial do embrião. 
• Dobramento cefálico caudal – Forças 
que vão estimular o dobramento na 
região da cabeça, e também na região 
caudal. Antes do dobramento, o saco 
vitelínico está em contato com o 
endoderma em uma grande região, e 
depois do dobramento esse contato é 
reduzido e vai ficar apenas no ducto 
vitelínico que depois vai se degenerar e 
desaparecer. 
Esses dobramentos acontecem devido a 2 
fatores como: 
1. Crescimento do disco trilaminar - As 
células do endoderma, mesoderma, 
ectoderma estão proliferando, e 
mostrando um desenvolvimento que 
favorece o crescimento do embrião, 
que é acompanhado pelo crescimento 
da cavidade amniótica. 
2. Crescimento da cavidade amniótica – 
Acompanha o crescimento do embrião. 
No entanto, o saco vitelínico não 
acompanha o crescimento, ele se 
mantém estável, o quevai gerar uma 
força na região ventral do embrião, que 
vai estimular esse dobramento. 
Na região medial axial do embrião tem a 
formação de estruturas mais rígidas como a 
notocorda, tubo neural, somitos que vão 
favorecer o dobramento da estrutura lateral. 
 
Dobramento cefálico - 22º dia 
É uma resposta ao crescimento cefálico 
contínuo do tubo neural e da flexura da parte 
cefálica da placa neural. Também irá depender 
do crescimento da cavidade amniótica, que irá 
formar essa força de dobramento cefálico. 
O tubo neural além de estar se proliferando, ele 
também está sofrendo flexuras; ele está se 
dobrando, o que acaba contribuindo para o 
dobramento. 
 
Quando ocorre o dobramento cefálico, algumas 
estruturas que foram geradas na porção mais 
cefálicas do embrião trilaminar vão para a 
posição ventral. Essas estruturas importante s 
formadas na região cefálica irão para a região 
final, por exemplo: 
- Tubo Neural crescendo, que faz a força de 
crescimento; 
- Anterior a ele tem a Membrana Orofaríngea, 
que vai derivar a boca (nesse momento ela 
estaria localizada depois do SNC); 
- Mais anterior tem o primórdio do coração, que 
é o Coração Primitivo; 
- Anterior a ele tem o Septo Transverso, que irá 
formar o Diafragma. 
É necessário que essas estruturas ocupem a 
posição correta, assim o dobramento cefálico 
faz com que essas regiões vão para suas 
posições corretas. 
 
O diafragma é um derivado importante do septo 
transverso, e quando dobrar, ele vai se 
posicionar na posição ventral dividindo a 
cavidade em Cavidade Pericárdica e Peritoneal. 
Outra estrutura formada devido a esse 
dobramento cefálico é o Intestino Primitivo, 
onde o endoderma vai se fechar em um tubo, 
que vai desde a membrana orofaríngea até a 
membrana cloacal (elas não possuem 
mesoderma, são formadas unicamente pela 
conexão do endoderma com o ectoderma, e 
estão inicialmente fechadas e depois se abrem). 
Quando ocorrer o dobramento cefálico, haverá 
a formação do Intestino Primitivo Anterior. 
Quando o endoderma é fechado durante os 
processos de dobramento, ele vai ser divido em 
3 porções: 
• Anterior: Da membrana orofaríngea 
até o broto hepáticos 
• Medial: Em contato com o saco 
vitelínico 
• Caudal: Vai até a membrana cloacal 
 
Dobramento caudal - 23º dia 
É um resultado do crescimento da parte distal 
(região mais caudal) do tubo neural - Primórdio 
da Medula Espinal. 
Pedículo de conexão – Dará origem ao Cordão 
Umbilical. 
A região da cauda se projeta sobre a Membrana 
Cloacal. 
Forma-se o intestino posterior, que se dilata 
formando a Cloaca. 
O Pedículo do Embrião (conexão do embrião 
com a placenta em desenvolvimento) é carreado 
em direção anterior e entra em contato com o 
Saco Vitelínico. 
 
Alantoide – Derivado do endoderma; irá se 
projetar para dentro do Pedículo de conexão, a 
fim de fazer parte dele. 
Com o crescimento do Tubo Neural e da 
Cavidade Amniótica, teremos uma força que 
provocará o dobramento caudal, que vai 
posicionar a Membrana Cloacal mais 
ventralmente, e vai mover o Pedículo de 
conexão até próximo ao Ducto Vitelínico. 
 
A Cavidade Amniótica está crescendo e vai 
ocupar toda a Cavidade Coriônica. O Âmnio vai 
entrar em contato com o Pedículo de Conexão 
se fundindo a ele, e assim o Cordão Umbilical 
terá membrana da cavidade amniótica nas suas 
bordas. 
 
 
Dobramento Lateral: 
Vai depender da força de crescimento das 
estruturas do embrião, considerando que o saco 
vitelínico não vai crescer, e que a região mais 
central axial será mais rígida, forçando apenas as 
regiões laterais a se dobrarem. 
 
Haverá o fechamento das estruturas 
ventralmente, que irão fechar o embrião, o 
endoderma, o ectoderma cutâneo e promoverá 
a formação do celoma. 
É simultâneo ao dobramento cefálico caudal. 
Contrição e estreitamento do saco vitelínico 
Fusão dos folhetos embrionários 
correspondentes de ambos os lados 
O ectoderma cobre todo o embrião, exceto na 
área umbilical, de onde emergem o saco 
vitelínico e o pedículo do embrião. 
 
Obs: A área umbilical ainda vai estar aberta onde 
vai ter o Ducto Vitelino e o Cordão Umbilical, o 
que é importante para a formação do Intestino.

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