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Pressão arterial Quando há aumento de pressão nos vasos, a tendência é que eles se dilatem. Artérias - Conduzem sangue sob alta pressão - Calibre decrescente Tipos: Grandes artérias elásticas - artérias condutores - Atuam como reservatório de pressão (energia potencial) - muitas camadas elásticas - Ex: aorta Artérias musculares médias - artérias distribuidoras - paredes contém mais fibras musculares lisas - ajustam o fluxo sanguíneo Arteríolas e metarteríolas - lúmen relativamente pequenos e estreitos - paredes musculares com pouca fibra elástica (orientação circular) - controlam enchimento nos leitos capilares e nível da pressão arterial no sistema vascular (resistência vascular periférica, que regula a pressão arterial) Capilares Tubos endoteliais simples, unem as arteríolas e vênulas. Permitem troca de materiais com o líquido extracelular e intersticial. Ditam o ritmo de filtração e reabsorção de determinado tecido. Tipos de capilares: contínuo, fenestrado, sinusoidal. Circulações sistêmica e pulmonar Maior pressão: ventrículo esquerdo. A aorta é quem recebe esse volume sistólico ventricular. A maior queda de pressão ocorre no leito arteriolar, em que cai de 100mmHg para 25mmHg. Portanto o sistema arteriolar é quem dita nossa resistência vascular periférica. O sistema venoso é responsável por armazenar de 60% a 70% do volume sanguíneo, porém as pressões nesse sistema são mínimas. Se houver aumento de pressão e consequente dilatação da veia, as válvulas venosas não mais conseguem se fechar quando o sangue tenta retornar. O mau funcionamento de válvulas levam a edema, veias varicosas, mau funcionamento cardíaco e linfático. O sistema pulmonar é de baixa pressão. Por isso, na maioria das vezes há infarto no coração esquerdo ao invés do coração direito. A área de secção transversa é muito maior nos capilares, permitindo a distribuição do sangue e baixa pressão, portanto o volume de sangue também é maior. Por isso, nos capilares há menor velocidade de fluxo, ocorrendo trocas entre os tecidos e o sangue. Lei de Poiseuille: o fluxo é diretamente proporcional à variação de pressão e ao raio à sua quarta potência. Inversa ao comprimento do vaso e à viscosidade do líquido. Isso determina se o fluxo será lamelar ou turbilhonar. Troca de líquidos através dos capilares O soluto passa tanto via intercelular (entre células) quanto via transcelular (por dentro da célula). O processo de filtração ocorre quando o soluto passa do lúmen do vaso para o interstício. O contrário é chamado reabsorção. Esses processos são dependentes da pressão hidrostática e da pressão oncótica (forças de Starling). A filtração ocorre normalmente nos capilares arteriais e a reabsorção ocorre normalmente nos capilares venosos. PEF (pressão efetiva de filtração): delta P - delta pi (variação da pressão hidrostática - variação da pressão oncótica) PUF: pressão de ultra filtração Forças atuantes no retorno venoso Vis a tergo: força que vem de trás, que empurra o sangue. Gerada principalmente pela força do VE. Vis a fronte: força que vai à frente. Conjunto de forças que favorecem o retorno venoso, como o plexo plantar de Lejars, a ventilação (a inspiração negativa a pressões do interior da caixa torácica, favorecendo o retorno venoso), veias acompanhantes (acompanham as artérias, as quais permitem certo bombeamento das veias através de seu próprio bombeamento), valvas e coração periférico de Barrow (músculo gastrocnêmio bombeia sangue venoso e linfático de volta ao coração). Mecanismos de controle do fluxo sanguíneo Mecanismo miogênico A distensão da parede vascular promove abertura reflexa de canais de sódio e cálcio. Encontrado na maioria das arteríolas do nosso corpo. Mecanismo metabólico Quando o metabolismo tecidual aumenta, alguns resíduos são gerados: O2, CO2, H+, K+. Consequentemente, o pH cai nessas regiões, fazendo com que ocorra vasodilatação. A falta desses resíduos causa vasoconstrição. Endotélio vascular - Vasodilatação: O NO atua nas células musculares lisas, hiperpolarizando a células e atuando na SERCA (transporte de cálcio para o interior do retículo sarcoplasmático, diminuindo o cálcio no interior da célula muscular lisa). Tudo isso culmina com vasodilatação. O fator hiperpolarizante derivado do endotélio (EDHF) é produzido toda vez que ocorre aumento de cálcio no interior do endotélio. Age na musculatura lisa, na bomba de sódio e potássio (trazendo mais potássio para dentro da célula) e atua no canal de potássio dependente de cálcio (trazendo mais potássio para dentro), além de atuar em canais de potássio voltagem-dependentes que provocam a hiperpolarização da célula e relaxamento celular. A prostaglandina I2 (PGI2) age em receptores específicos na célula muscular lisa que ativam a adenilato-ciclase, produzindo AMPc, que promove o aumento na condutância de canais de potássio dependentes de ATP, hiperpolarizando as células. - Vasoconstrição: A endotelina 1 (ET-1) age em receptores de endotelina dos tipos A e B e atua principalmente promovendo a abertura de canais de cálcio, aumentando o cálcio intracelular. A angiotensina do tipo II (Angio II), quando atua em receptores do tipo AT1 nas células musculares lisas, promove vasoconstrição, pois há ativação da proteína Gq (liberação de cálcio). Entretanto, quando a angiotensina do tipo II atua em receptores do tipo AT2 no endotélio promove vasodilatação por conta do aumento de NO. A prostaglandina H2 (PGH2) atua em receptores específicos que ativam a proteína Gq, culminando com o aumento dos estoques de cálcio intracelular e abertura dos canais de cálcio (aumentando o cálcio intracelular), promovendo vasoconstrição. - Angiotensina: a angiotensina II age nos terminais simpáticos (secretores de noradrenalina) a nível pré-sináptico, nos receptores AT1, aumentando a concentração de cálcio no interior do botão pré-sináptico e então, aumento da secreção de noradrenalina, promovendo vasoconstrição. - Simpático e nitrérgico: o SNA simpático, através da secreção de noradrenalina, promove vasoconstrição. O sistema nitrérgico (sistema de NO) é responsável pela produção de NO, que se difunde facilmente e age na célula muscular lisa dos vasos, promovendo o relaxamento muscular. Além disso, existem receptores colinérgicos do tipo M2, ligados à proteína Gi. Assim, toda vez que a acetilcolina age nesses receptores, inibe a atividade dos botões pré- sinápticos, diminuindo a liberação de NO e noradrenalina. Pressão arterial Força que o sangue exerce contra as paredes dos vasos sanguíneos. Ess força é gerada pela bomba cardíaca. Pressão sistólica: pressão máxima (em torno de 120mmHg) Pressão diastólica: pressão mínima (em torno de 80mmHg) Ponto dicrótico: breve refluxo que fecha a válvula aórtica quando o ventrículo relaxa PA = DC x RP RP: resistência periférica DC = FC x VS Mecanismos de regulação da PA Curto prazo Mecanismos neurais. Regulam o diâmetro dos vasos, frequência cardíada e contratilidade cardíaca. Controle através de barorreflexo, quimiorreflexo, reflexos cardíados e reflexo cardio- pulmonar. Cada vez que o coração se contrai o barorreflexo é ativado. O SN tem funções gerais sobre o sistema circulatório, tais como redistribuição do fluxo sanguíneo, aumento ou diminuição da atividade de bombeamento cardíaco, controle muito rápido da PA. O tronco encefálico constantemente manda sinais através da atividade simpática que promove semicontração dos vasos (tônus vascular). Sem esse tônus o vaso fica dilatado. Portanto, a área vasoconstritora possui disparos permanentes e não precisa de estímulos, garantindo o tônus do vaso. A estimulação simpática aumenta a PA por aumento de débito cardíaco. O sistema parassimpático não tem influência grande na vasoconstrição e vasodilatação. Atua no controle da PA através da diminui da FC, que diminui o DC (se a resistência vascular periférica for mantida, diminui a PA). No tronco encefálico existe uma região chamada centro vasomotor, localizado na formaçãoreticular. Possui dois núcleos vasodilatadores e dois vasoconstritores, além de um núcleo central cardioinibidor. A área vasoconstritora realiza disparo basal (contínuo), enquanto a área vasodilatadora não faz isso. O núcleo do trato solitário (NTS) é o principal quanto ao controle dos vasos e do coração, que são os efetores no controle da PA. Os barorreceptores controlam a PA momento a momento e são os principais receptores no controle da PA. Estão localizados no arco aórtico e no seio carotídeo. A partir disso, os nervos vago e glossofaríngeo levam as informações para o núcleo do trato solitário, que promove o controle do aumento ou diminuição da PA. A resposta máxima dos barorreceptores encontram-se na faixa dos 160mmHg. Quando há aumento da PA o resultado é a inibição da ação cardíaca e vasodilatação. O aumento da PA é percebido pelos barorreceptores. A informação chega ao NTS. Duas vias se dividem para núcleo ambíguo e núcleo dorsal do vago (que fazem parte do sistema nervoso autônomo parassimpático). Então as informações de controle da PA são enviadas perifericamente para o coração. Além disso, a região bulbar ventrolateral caudal (centro vasodilatador) é ativada pelo NTS, e essa região inibe a área vasoconstritora (responsável por aumentar a PA), diminuindo o tônus simpático nos vasos e fazendo vasodilatação e queda de PA. Com o pinçamento das carótidas comuns há diminuição da pressão no seis carotídeo. Assim, a informação de pressão não chega aos barorreceptores, que não enviam informação ao NTS, que não ativa núcleo ambíguo nem dorsal do vago. Assim, a PA não é alterada e não há estímulo para a área vasodilatadora. Dessa forma, o centro vasoconstritor continua fazendo o tônus através do sistema simpático e age no seu máximo, havendo aumento da resistência periférica e do débito cardíaco. Os barorreceptores reajustam-se, em 1 a 2 dias, a qualquer nível de pressão a que sejam expostos, respondendo normalmente a pressões elevadas, por exemplo. Em relação ao quimiorreflexo, as alterações químicas (como queda na pressão parcial de oxigênio, queda do pH) são percebidas também no arco aórtico e seio carotídeo. São importantes para o controle da ventilação nos centros respiratórios, havendo principalmente aumento da ventilação. As células glomus são responsáveis por detectar a diminuição da pressão de oxigênio. Para essas células, o oxigênio é necessário para abrir canais de potássio (fazendo com que potássio saia da célula). O quimiorreflexo promove também ajustes da PA, aumentado-a através de sinais que excitam o centro vasomotor. Os reflexos cardiopulmonares estão localizados nos átrios, ventrículos, vasos pulmonares e cardíacos, além de veias. Quando ocorre diminuição do enchimento cardíacos, esses mecanorreceptores não são ativados e assim levam informação de que menos sangue está chegando ao coração (menor distensão cardíaca). Então, através de aferentes vagais, as informações chegam ao NTS e medula espinal até os neurônios da coluna intermeiolateral. O resultado é o aumento do tônus simpático, ocorrendo vasoconstrição, e o sangue é direcionado ao coração. Dessa forma há aumento do retorno venoso cardíaco, e o coração se distende. A distensão é detectada pelos mecanorreceptores, que, por feedback negativo, deixam que ativar esse reflexo. Longo prazo Mecanismos humorais. Regulam a volemia. Papel predominante dos rins (sistema renina-angiotensina-aldosterona), que diminui ou aumenta o volume de sangue (através da retenção hídrica ou excreção de água). Os osmorreceptores detectam o aumento de sódio no organismo. Quando as células começam a murchar por conta do aumento de sódio, elas despolarizam. Há, então, resposta de sede. O mau funcionamento renal implica no aumento da PA. A aldosterona age nos canais de sódio. A vasopressina promove vasoconstrição. O aumento da PA é fator inibitório para o sistema renina-angiotensina-aldosterona. O peptídeo netriurético atrial (ANP) é liberado pelos átrios toda vez que existe distensào atrial (aumenta o volume de sangue). Há aumento da angiotensina II circulante (cujo papel é aumenta a PA). Tem ação direta nos vasos, reduzindo resistência periférica. Diminui também o débito cardíaco. Realiza vasodilatação renal e, assim, inibe o sistema renina-angiotensina- aldosterona. Tudo isso leva a um aumento na diurese, diminuição da volemia e diminuição da PA.
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