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Biomedicina Estética aula 2 disfunções estéticas

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DESCRIÇÃO
Abordagem de conceitos básicos de semiologia e avaliações estéticas. Estudo da anatomia e fisiologia da pele. Descrição das principais
disfunções estéticas faciais e corporais.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos relacionados à semiologia, à anatomia e à fisiologia da pele e as disfunções estéticas faciais e corporais. Trata-se
de algo de grande importância para definição de quais procedimentos são os mais indicados para cada caso e para minimizar e saber como
proceder em intercorrências estéticas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever a morfofisiologia da pele e a anamnese para tratamentos estéticos
MÓDULO 2
Reconhecer as principais disfunções estéticas faciais
MÓDULO 3
Identificar as principais disfunções estéticas corporais
INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa jornada sobre as disfunções estéticas faciais e corporais abordando todas as etapas do atendimento estético. Para isso,
devemos estar aptos para um bom atendimento, pois, seja qual o motivo que tenha levado o seu paciente/cliente a procurar um tratamento
estético, ele deseja sair da sua clínica satisfeito com os resultados. Assim, devemos saber fazer uma avaliação correta, analisando as
disfunções estéticas e todas as particularidades clínicas, para indicar os protocolos de tratamentos mais adequados em cada caso.
Também devemos, durante a avaliação, determinar quais características do indivíduo não podem ser tratadas por você e orientá-lo a procurar
um profissional adequado para a terapêutica daquela queixa.
Como exemplo, consideremos um paciente que procura um biomédico esteta para o tratamento de varizes. Nesse caso, devemos saber
identificar os microvasos, que são a disfunção que estamos aptos a tratar, e diferenciá-los de possíveis varizes. Em seguida, devemos sugerir
ao paciente que procure um médico angiologista para tratar as varizes.
Vamos, juntos, conhecer cada uma dessas etapas?
MÓDULO 1
 Descrever a morfofisiologia da pele e a anamnese para tratamentos estéticos
INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA, À ANAMNESE E À
INVESTIGAÇÃO ESTÉTICA
A anamnese é uma etapa fundamental no processo de atendimento e montagem de protocolos de tratamento, sendo uma das fases mais
importantes no seu primeiro contato com o paciente. Por meio de várias perguntas, você pode conhecer melhor histórico clínico, estilo de
vida, medicamentos em uso e alergias do paciente, e isso vai direcionar o seu tratamento, podendo até mesmo restringir alguns tipos de
procedimentos ou eliminar alguns produtos contraindicados.
ANAMNESE
Do grego ana = trazer de novo e mnesis = memória.
Uma avaliação estética feita de forma correta determinará o sucesso do tratamento. Entretanto, se algum item não for respondido, isso
poderá resultar em falhas terapêuticas.
REFLITA UM POUCO SOBRE O ASSUNTO!
UM PACIENTE COM HISTÓRICO DE HIPERTENSÃO E QUE FAZ USO
REGULAR DE ANTI-HIPERTENSIVOS PODE FAZER TRATAMENTO COM
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ATIVOS QUE CAUSEM ACELERAÇÃO DE SEU METABOLISMO, COMO A
CAFEÍNA?
RESPOSTA
No caso de paciente hipertenso não é indicado o uso desse tipo de ativo, uma vez que a cafeína aumenta a
pressão arterial e a frequência cardíaca e, quando ingerida em grandes quantidades, desregula o controle
realizado pelo anti-hipertensivo. Esse é um exemplo típico de como é importante ter cautela durante a
anamnese.
É importante sempre lembrar que o seu paciente é único, do ponto de vista biológico, e por isso a avaliação permite a montagem de um
protocolo personalizado para o tratamento. Não existe receita de bolo em procedimentos estéticos, e sim o que será mais indicado para a
queixa apresentada.
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Fonte: Shutterstock.com
 Avaliação estética com atenção aos detalhes do paciente.
A avaliação estética compreende algumas etapas, e você será responsável por montar o perfil da sua avaliação. De preferência, realize-as
com calma, sempre atento às perguntas do seu paciente e sanando todas as suas dúvidas. As etapas são:
ANAMNESE
Dados pessoais: nome, idade, profissão e endereço.
Hábitos sociais e alimentares.
Dados clínicos: histórico de doenças, alergias, medicamentos em uso, alterações em exames laboratoriais.
Realização de procedimento estético anterior.
Queixa principal: motivo da consulta.
AVALIAÇÃO FACIAL
Informações sobre a pele, como textura, grau de envelhecimento, fototipo, presença ou não de acnes e manchas, presença ou não de
rugas e sulcos.
Rotina de cuidados diários do paciente.
AVALIAÇÃO CORPORAL
Quando a queixa resultar em procedimentos corporais, sua ficha de avaliação deve ser complementada com informações sobre peso, locais
de acúmulo de gordura, presença de manchas, flacidez e grau de celulite.
EXAME FÍSICO
Para melhor avaliação facial (hidratação ou ressecamento da pele) e corporal (regiões de acúmulo de gordura), podemos utilizar alguns
equipamentos, como luz de Wood (Facial) , balança e adipômetro (Corporal) , que ajudam nessa análise.
EXAMES LABORATORIAIS
Podemos solicitar ao paciente que realize alguns exames laboratoriais (Bioquímicos, hormonais, hematológicos e
imunológicos) complementares. Esses exames podem ser feitos pelo paciente antes do tratamento ou, então, ele pode levar algum exame
recente.
CONDUTA TERAPÊUTICA
Após a avaliação de tudo o que foi apresentado, é traçado um plano de tratamento estético, contemplando o tipo de tratamento, tempo e o
intervalo entre as sessões. O paciente deve estar ciente de tudo o que será feito e dos cuidados antes e depois dos procedimentos.
REGISTRO FOTOGRÁFICO
Tudo deve ser guardado como informação sobre seu paciente. É muito comum as pessoas não se lembrarem de determinadas
características que tinham antes do procedimento estético, e a foto permite mostrar ao paciente que aquela característica já existia. Além
disso, as fotos são importantes para a avaliação da evolução do tratamento, seja corporal, seja facial. O registro fotográfico deve ser feito
apenas como uma ferramenta de acompanhamento durante o tratamento. Para utilização dessas fotos em redes sociais, lembre-se das
condutas éticas existentes no artigo V da RDC N° 330, de 5 de novembro de 2020, que regulamente o código de ética do profissional
biomédico.
PELE: ESTRUTURAS E CAMADAS, FUNÇÕES E
COMPORTAMENTO FISIOLÓGICO
A pele é o maior órgão do nosso corpo e atua no controle da temperatura corporal, como uma barreira física contra a ação de
microrganismos e mantendo nosso equilíbrio hídrico. No entanto, para a estética, a pele vai além dessas funções, sendo essencial conhecer
a fundo esse órgão, garantindo resultados satisfatórios nos nossos atendimentos.
A pele é composta por três camadas, denominadas epiderme, derme e hipoderme, e por estruturas anexas conforme ilustrado na imagem a
seguir.
 
Fonte: Daniel de Souza Telles / wikimedia commons / licença (CC BY-SA 4.0)
 Esquema ilustrando a pele.
Cada camada da pele e as estruturas anexas têm funções e composição distintas. Vamos conhecê-las?
EPIDERME
A epiderme é a camada mais externa e superficial da pele, visível a olho nu, que atua como:
BARREIRA FÍSICA
Contra possíveis patógenos
BARREIRA MECÂNICA
Contra danos externos
BARREIRA HIDROELETROLÍTICA
Responsável pelo controle hídrico e da temperatura corporal, produzindo mais ou menos suor para equilibrá-la com a temperatura externa.
Essa camada é subdivida em cinco subcamadas (também chamados de estratos) formadas por células denominadas queratinócitos, que se
originam na camada basal, sofrem diferenciação celular e vão sendo “empurradas” para as camadas mais superficiais. À medida que isso
ocorre, elas perdem o núcleo e as organelas citoplasmáticas e produzem queratina. Além dessas células, estão presentes também os
melanócitos (Responsáveis pelo pigmento da pele.) , as células de Merkel (Responsáveis pela sensação de tato.) e as células de
Langerhans.
CÉLULAS DE LANGERHANS:
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Responsáveis pela resposta imune.
 
Fonte: Shutterstock.com à esquerda; Fonte: BruceBlaus / wikimedia commons / licença (CC BY 3.0) à direita. Subcamadas da epiderme (esquerda) e sua visão microscópica (direita).
CAMADA BASAL OU GERMINATIVA
Camada celular fina, presa à membrana basal, que representa a camada mais profunda da epiderme, onde ocorre a formação dos
queratinócitos, com intensa multiplicação celular.
CAMADA ESPINHOSA
Formada por células cuboides, pouco achatadas e com núcleo central que se sobrepõe. Nessa camada, as células começam a apresentar
projeções citoplasmáticas, com produção de queratina, e isso permite, por meio dos desmossomos, a união entre essas células.
CAMADA GRANULAR
As células são mais achatadas, com núcleo central e citoplasma rico em:
Grânulos basófilos, que darão origem à queratina.
Grânulos lamelares, que darão origem ao conteúdo lipídico no interior da célula, que impede a perda de água.
Nessa camada, tem início, efetivamente, o processo de queratinização.
CAMADA LÚCIDA
As células são completamente achatadas e planas (Células pavimentosas.) , mas vivas. Essa camada é uma subdivisão do estrato córneo
e está presente apenas em regiões de pele mais espessa, como na palma das mãos e na sola dos pés. Alguns autores classificam a
epiderme em 4 camadas apenas.
CAMADA CÓRNEA
Subcamada mais externa, formada por sobreposição de células mortas, com grande quantidade de queratina e que sofre intenso e constante
processo de descamação. Está presente nos poros das glândulas sudoríparas e na abertura das glândulas sebáceas. Esses anexos formam
um manto hidrolipídico, com produção de água e lipídios, de forma a manter a pele protegida contra bactérias e fungos, e mantêm o pH ideal
da pele.
Nessa camada, originam-se alguns anexos, como unhas, pelos, glândulas sudoríparas e sebáceas.
DERME
Localizada logo abaixo da epiderme, a derme é a camada intermediária da pele. É composta por tecido conjuntivo denso, formado por 70%
de água e 30% de fibras colágenas, elastina e mucopolissacarídeos, que conferem flexibilidade, elasticidade e tônus à pele. Também
apresenta inúmeros vasos sanguíneos, responsáveis pela nutrição e oxigenação da epiderme, e terminações nervosas, que transmitem ao
cérebro as informações que são recebidas do ambiente externo, como frio e calor.
Além disso, a derme garante proteção contra traumas mecânicos, sendo a segunda linha de proteção contra possíveis patógenos, pela
presença de macrófagos e mastócitos. A presença de fibroblastos permite a regeneração de lesões. Nessa camada, encontram-se os
folículos pilosos, os vasos linfáticos e as glândulas sebáceas e sudoríparas.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Estrutura da derme.
DERME RETICULAR
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Mais profunda e grossa, formada por tecido conjuntivo denso, que está em contato com a camada da hipoderme. Nela, encontram-se
capilares, fibras elásticas e colágenas, fibroblastos, vasos linfáticos e nervos.
DERME PAPILAR
Mais superficial, formada por tecido conjuntivo frouxo, mantém comunicação com a epiderme. Nela, estão presentes capilares, fibras
colágenas, elásticas e reticulares.
HIPODERME
Camada mais profunda da pele, composta por adipócitos (Células de gordura.) , fibras de colágeno que unem os adipócitos e vasos
sanguíneos. Tem como funções manter a temperatura corporal, acumular lipídeos que servem de fonte de energia para as funções
fisiológicas, defender contra choques físicos e estabelecer a conexão da derme com músculos e ossos.
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Neste vídeo, a especialista Allyne Macedo fala sobre a estrutura e as funções da pele.
ANEXOS EPIDÊMICOS: PELOS E GLÂNDULAS
Na pele, temos estruturas que são conhecidas como anexos epidérmicos. Estes são os pelos, as glândulas (Sudoríparas e sebáceas.) e as
unhas.
PELOS
Pelos são estruturas presentes em várias regiões do corpo, podendo estar em maior ou menor quantidade, dependendo das características
hormonais e físicas de cada indivíduo. Os pelos se desenvolvem a partir dos folículos pilosos, que são invaginações da epiderme. Eles são
formados a partir do empilhamento de células no interior desses folículos, que sofrem queratinização e formam a haste pilar. A haste pilar, por
sua vez, é formada por três partes:
CUTÍCULA
Camada mais externa do pelo, com células altamente queratinizadas e sem pigmento.
CÓRTEX
Camada intermediária, com células epiteliais com alta concentração de melanina, o que confere cor aos pelos.
MEDULA
Camada mais interna, com células grandes e anucleadas.
A imagem a seguir ilustra a estrutura do pelo.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Estrutura do pelo.
O ciclo de crescimento do pelo é lento e apresenta três fases:
FASE ANÁGENA (ESTÁGIO DE CRESCIMENTO)
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Ocorre intensa produção e queratinização do pelo na região do bulbo, no interior do folículo piloso. Essa fase é a mais longa, durando cerca
de dois a cinco anos, e é a fase em que a maioria dos pelos se encontra durante a vida.
FASE CATÁGENA (ESTÁGIO DE TRANSIÇÃO)
O pelo já está totalmente formado e queratinizado, a atividade celular é reduzida e o bulbo começa a atrofiar. Essa fase pode durar cerca de
um ano e é a fase ideal para depilação à laser, pois o pelo é arrancado com sua bainha epitelial, deixando a camada germinativa à mostra.
FASE TELÓGENA (ESTÁGIO DE REPOUSO)
Fase final do crescimento do pelo, em que ocorre total atrofia do bulbo e o pelo se desprende do folículo. Nessa etapa, ocorre a formação de
um novo pelo dentro do folículo e, à medida que ele cresce, empurra o mais velho para fora (fase telógena exógena). Em seguida, o ciclo se
reinicia (nova fase anágena). Essa fase dura de três a quatro meses.
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Fonte: Shutterstock.com
 Fases de crescimento do pelo.
UNHAS
As unhas são estruturas queratinizadas que se localizam na superfície dorsal dos dedos. A essa superfície, damos o nome de leito ungueal.
A parte proximal da unha é denominada matriz da unha e é onde ocorre sua formação, pela proliferação de células epiteliais que sofrem
queratinização ao longo do seu crescimento. A parte esbranquiçada, próxima à matriz da unha, é chamada de lúnula.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Estrutura da unha.
O crescimento das unhas tem alguns fatores que interferem em sua velocidade, como:
LOCALIZAÇÃO
As unhas das mãos crescem mais rápido que as dos pés.
DIFERENCIAÇÃO ENTRE OS DEDOS
Nem todos os dedos têm a mesma velocidade de crescimento das unhas.
Geralmente, a mão dominante tem um crescimento maior das unhas quando comparado ao da outra.
GLÂNDULAS SEBÁCEAS E SUDORÍPARAS
As glândulas sebáceas são localizadas na derme, mas seus ductos se encontram junto aos folículos pilosos. Estão bem distribuídas por
toda a pele, mas são mais numerosas na face, na testa, dentro da orelha, na linha mediana das costas e na região anogenital. Cada glândula
tem um ducto por onde sai a secreção, uma substância oleosa, rica em lipídios, denominada sebo, que se deposita sobre o pelo e toda a
pele.
 
Fonte: OpenStax College / wikimedia commons / licença (CC BY-SA 3.0)
 Estrutura da glândula sebácea.
As glândulas sudoríparas são encontradas em toda a extensão corporal, com exceção de algumas regiões, como partes da região genital.
São responsáveis pela produção e secreção de suor, funcionando como reguladoras da temperatura corporal. Em dias mais quentes ou
durante a prática de atividade física intensa, há maior atividade e secreção dessas glândulas.
Esse tipo glandular pode ser:
MERÓCRINA OU ÉCRINAS
As glândulas merócrinas estão distribuídas por toda a pele e encontram-se mais especificamente na palma das mãos, solas dos pés e nas
axilas. Elas lançam sua secreção diretamente na pele, sem que nenhuma parte do citoplasma da célula seja perdida, e apresentam função
excretora. São as principais responsáveis pela regulação térmica e produzem secreções que são constituídas de água, cloreto de sódio,
ureia, ácido úrico, amônia e pouca quantidade de proteínas. São estimuladas pelo calor.
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APÓCRINA
As glândulas apócrinas liberam a secreção junto ao folículo piloso, ocorrendoperda do citoplasma. São consideradas odoríferas, pois
produzem um fluido viscoso, leitoso e rico em lipídeos e aminoácidos, os quais, sob a ação das bactérias, produzem em sua decomposição
odores desagradáveis. São estimuladas principalmente pelos hormônios e pelo sistema nervoso, mas também por meio de estímulos
emocionais. Sua maior atividade ocorre na puberdade.
A imagem a seguir ilustra as glândulas merócrina e apócrinas.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Estrutura da glândula sudorípara e seus tipos.
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 SAIBA MAIS
O suor constitui a porção aquosa do filme hidrolipídico (FHL), uma emulsão que reveste todo o corpo de forma invisível, apresenta diferentes
funções, como proteção contra a desidratação, auxilia na proteção contra a entrada de microrganismos, manutenção da acidez da pele e
permite a manutenção da microbiota da pele.
ANATOMIA FACIAL
Conhecer bem a anatomia facial é de extrema importância para a realização de procedimentos estéticos, principalmente no que diz respeito
aos procedimentos injetáveis, como toxina botulínica e preenchimento. Entender sobre a anatomia facial também garante menor risco de
intercorrências e melhor entendimento das alterações cutâneas relacionadas ao envelhecimento.
SISTEMA MUSCULAR
Os músculos da face estão localizados logo abaixo da hipoderme e consistem em uma fina e delicada camada que tem grande função na
mímica facial, como mastigação, fonação e expressão facial. São divididos em: músculos cutâneos da face — região peribucal, região
orbitária , região nasal (Nasal e prócero.) e região da boca (Orbicular da boca.) ; músculos cutâneos do crânio — músculos auriculares
e occipitofrontal.
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REGIÃO PERIBUCAL
Platisma, bucinador, mentoniano, depressor do lábio inferior, depressor do ângulo da boca, risório, levantador do ângulo da boca,
zigomático maior e menor, levantador do lábio superior e da asa do nariz e levantador do lábio superior.
REGIÃO ORBITÁRIA
Corrugador do supercílio e orbicular do olho.
 Visão frontal e lateral dos músculos da face.
Os músculos faciais são diferentes dos outros músculos corporais, pois têm inserção direta na pele por meio de feixes isolados, não têm
tendões, apresentam apenas fibras musculares, não têm aponeurose e são dependentes de neurotransmissores secretados na junção
neuromuscular.
APONEUROSE
Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em
forma de lâminas ou em leques.
Vamos, agora, conhecer um pouco melhor cada músculo.
 
Fonte: Shutterstock.com
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PLATISMA
Localizado na região anterior do pescoço, apresenta origem na porção subcutânea da parte superior do tórax e do ombro e inserção na
porção inferior da mandíbula e nos músculos ao redor da boca. Sua função é elevar e tracionar a pele do pescoço e do ombro e promover a
depressão da mandíbula, movendo também para baixo o lábio inferior e o ângulo da boca.
 
Fonte: Shutterstock.com
BUCINADOR
Localizado lateralmente à cavidade bucal, formando as bochechas; apresenta origem no processo alveolar na região molar (Maxila e
mandíbula.) e no ligamento pterigomandibular e inserção na pele do ângulo da boca. Sua função é comprimir as bochechas contra os
dentes molares, o que permite a mastigação e possibilita tocar instrumentos de sopro.
 
Fonte: Shutterstock.com
MENTONIANO
Localizado no queixo; apresenta origem na fossa mentoniana (Mandíbula.) , inserção na pele do mento e função de elevação e
movimentação para as partes de trás e da frente do lábio inferior, enrugando e elevando a pele do mento.
 
Fonte: Shutterstock.com
DEPRESSOR DO LÁBIO INFERIOR
Localizado abaixo da boca, apresenta sua origem na base da mandíbula, inserção na pele do lábio inferior e tem a função de abaixar o lábio
inferior e movimentar o lábio para baixo e para o lado.
 
Fonte: Shutterstock.com
DEPRESSOR DO ÂNGULO DA BOCA
Localizado abaixo e lateralmente à boca, apresenta sua origem na linha oblíqua da base da mandíbula, com inserção no ângulo da boca, e
tem como função abaixar o ângulo da boca.
 
Fonte: Shutterstock.com
RISÓRIO
Localizado próximos aos lábios, na lateral do canto da boca, apresenta origem na fáscia do masseter, inserção no ângulo da boca e função
de retração lateral do ângulo da boca.
 
Fonte: Shutterstock.com
LEVANTADOR DO ÂNGULO DA BOCA
Apresenta sua origem na fossa canina da maxila, tem inserção na pele do ângulo da boca e apresenta como função elevar o ângulo da boca.
 
Fonte: Shutterstock.com
ZIGOMÁTICO MAIOR
Localizado na bochecha, apresenta origem no osso zigomático, inserção no ângulo da boca e tem função de movimentar o ângulo da boca
para cima e lateralmente.
 
Fonte: Shutterstock.com
ZIGOMÁTICO MENOR
Também localizado na bochecha, ao lado do zigomático maior, com origem no osso zigomático, inserção no lábio superior e função de elevar
o lábio superior, com exposição dos dentes e aprofundamento do sulco nasogeniano.
 
Fonte: Shutterstock.com
LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR E ASA DO NARIZ
Localizado entre os músculos nasal e levantador do lábio superior, apresenta origem no processo frontal da maxila, inserção na asa do nariz
e lábio superior e função de elevar o lábio superior e dilatar a asa do nariz.
 
Fonte: Shutterstock.com
LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR
Localizado lateralmente ao músculo levantador do lábio superior e à asa do nariz, tem origem na margem inferior da órbita ocular, inserção no
lábio superior e a função de elevar e movimentar o lábio superior.
 
Fonte: Shutterstock.com
CORRUGADOR DO SUPERCÍLIO
Localizado na região das sobrancelhas, apresenta origem na margem supraorbital do frontal, inserção na parte lateral do supercílio e função
de abaixar e movimentar lateralmente a pele frontal e do supercílio, criando rugas na região da glabela.
 
Fonte: Shutterstock.com
ORBICULAR DO OLHO
Localizado ao redor da órbita ocular, tem origem na parte nasal do osso frontal, crista lacrimal e ligamentos palpebrais, inserção nas
pálpebras e pele periorbital e função de fechar a pálpebra e comprimir os olhos, possibilitando a formação de “pés de galinha” na região.
 
Fonte: Shutterstock.com
NASAL
Composto de duas porções — alar e transversa. Tem origem no processo alveolar da maxila e narina, inserção nas narinas (Alar.) e dorso
nasal (Transversal.) transversal e função de dilatar as narinas e comprimir o nariz.
 
Fonte: Shutterstock.com
PRÓCERO
Localizado entre as sobrancelhas, tem origem no osso nasal e na cartilagem nasal; tem inserção na pele da glabela e função de abaixar e
contrair essa região.
 
Fonte: Shutterstock.com
ORBICULAR DA BOCA
Localizado ao redor da boca, tem origem na pele e nas mucosas dos lábios, fóveas incisivas da maxila e mandíbula, inserção na pele e
mucosa dos lábios, septo nasal e função de fechar a boca e comprimir os lábios.
 
Fonte: Shutterstock.com
AURICULARES
Estão localizados na região auricular; dividem-se em anterior, superior e posterior. Têm origem na fáscia temporal (Anterior.) , gálea
aponeutórica (Superior.) e processo mastoide (Posterior.) , inserção na raiz da orelha externa (Anterior.) , raiz da orelha (Superior.) e raiz
do pavilhão (Posterior.) e função de movimentar o pavilhão auricular para frente e para cima (Anterior e superior.) e movimentar o pavilhão
auricular para trás (Posterior.) .
 
Fonte: Shutterstock.com
OCCIPITOFRONTAL
Está localizado no couro cabeludo. Divide-se em ventre frontal e occipital, tem origem na aponeurose epicraniana (Ventre frontal.) e na linha
nucal superior e na base do processo mastoide (Ventre occipital) ; apresenta inserção na pele do supercílio e raiz nasal (Ventre frontal.) e
aponeurose epicraniana (Ventre occipital.) e função de elevar as sobrancelhas, enrugando a pele da testa (Ventre frontal.) , e de retrair o
couro cabeludo (Ventre occipital.) .
SISTEMA ESQUELÉTICO
O esqueleto humanoé formado por 206 ossos, que, unidos, permitem a movimentação e a postura corporal. Cada osso tem sua importância
para o nosso organismo e é dependente de nutrientes e oxigenação para um bom funcionamento. Os ossos são formados por uma camada
externa (Córtex.) , que é mais rígida devido à presença de cálcio, e por uma camada mais interna, que é responsável pela produção das
células sanguíneas. Além de permitir a movimentação do corpo e a postura ereta, o sistema esquelético também tem o objetivo de proteger
os órgãos internos.
O nosso esqueleto é dividido em:
AXIAL
Inclui os ossos da cabeça, do pescoço e tronco.
APENDICULAR
Formado por ossos dos membros superiores e inferiores.
A cabeça é a parte do sistema esquelético que estudaremos de forma mais detalhada. Essa região do corpo pode ser dividida em crânio e
face e é formada pelos seguintes ossos: maxilares, palatinos, zigomáticos, lacrimais, nasais, vômer, conchas nasais inferiores, mandíbula,
frontal, parietal, temporal, occipital, esfenoide, etmoide e ossículos de audição. Eles são unidos por junturas que não têm mobilidade.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Sistema esquelético do crânio e da face.
O crânio é uma caixa formada por ossos que confere proteção ao encéfalo e aos órgãos internos e tem cavidade para a saída de nervos
cranianos e medula espinhal. O osso frontal está localizado na porção superior do crânio e forma as cavidades nasal e orbital. O osso parietal
se encontra na porção lateral superior do crânio. Os ossos temporais, que são dois, estão localizados nas laterais do crânio e formam a fossa
mandibular e o processo estiloide e zigomático. O osso occipital encontra-se na base do crânio e forma os côndilos occipitais e o forame
magno. O osso esfenoide se situa na porção lateral inferior do crânio.
A face é formada por ossos unidos entre si, e apenas um deles tem movimentação, a mandíbula. Nessa região, temos os seguintes ossos:
ZIGOMÁTICO
Constitui as maçãs do rosto, forma as cavidades oculares e o forame zigomático para a passagem de nervos.
LACRIMAL
Também está envolvido na formação da órbita ocular.
NASAL
Formação do dorso nasal.
CONCHA NASAL
Participa do processo respiratório.
VÔMER
Formação do septo nasal.
MANDÍBULA
Responsável pela mastigação.
MAXILAR
Permite a fixação dos dentes.
PALATINO
Formação do aporte superior do palato duro; também participa na constituição da órbita ocular e da cavidade nasal.
A imagem a seguir ilustra a concha nasal e o vômer.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 11: Concha nasal e vômer.
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
Como todo o nosso corpo, a região facial tem sua vascularização garantida pela ação cardíaca. O sistema venoso da região facial é formado
por veias faciais, veias tireóideas inferior, média e superior, veias vertebrais e veias jugulares internas e externas. As veias jugulares
conduzem o sangue para as veias braquioencefálicas direita e esquerda, que, por sua vez, levam o sangue para a veia cava superior,
responsável pelo transporte do sangue através da cabeça e do pescoço.
A veia jugular externa é responsável pela drenagem do sangue do couro cabeludo, da face e do pescoço, e a veia jugular interna é
responsável pela drenagem do encéfalo, do pescoço e da face.
 
Fonte: OpenStax College - Anatomy & Physiology, Connexions Web site / Wikimedia commons / Licença (CC BY 3.0)
 Sistema venoso da cabeça e do pescoço.
 
Fonte: OpenStax College - Anatomy & Physiology, Connexions Web site / Wikimedia commons / Licença (CC BY 3.0)
 Artérias da cabeça.
O sistema arterial da região facial é formado por duas artérias que são originadas na aorta: carótida comum e artéria subclávia.
 
A partir da artéria carótida comum, partem ramos ascendentes para a região do pescoço e a lateral da traqueia. Essa artéria se subdivide em:
ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA
A artéria carótida interna possui ramificações que têm por objetivo vascularizar as regiões do cérebro, da fronte e dos olhos. São elas:
artérias caroticotimpânica e vidiana, artérias tentorial basal, tentorial marginal, meníngea, clival, hipofisária inferior, artérias oftálmica e
hipofisária superior, artéria comunicante posterior, coroideia anterior, cerebral anterior e cerebral média.
ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA
A artéria carótida externa apresenta ramificações importantes que têm por objetivo suprir com oxigênio regiões do crânio e da face.
Algumas delas se direcionam para o suprimento do pescoço. São elas: a artéria tireóidea superior, faríngea ascendente, lingual, facial,
occipital, auricular posterior, maxilar e temporal superficial.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Ramificações da artéria carótida externa.
A partir da artéria subclávia, que é um ramo da artéria carótida vertebral, partem ramos ascendentes (Vascularização do pescoço.) e ramos
descendentes (Vascularização do tórax e do abdômen.) . Essa artéria é responsável pelo suprimento sanguíneo da porção posterior
cerebral.
As artérias vertebrais se originam das artérias subclávias e situam-se no interior dos forames transversos ao longo do pescoço até chegarem
ao cérebro. Ao longo de seu curso, emitem ramificações musculares, espinhais e meníngeas adjacentes.
O tronco tireocervical é uma importante artéria na região do pescoço e também tem origem na artéria subclávia. Essa artéria emite os
seguintes ramos: artéria tireóidea inferior, artéria cervical ascendente, artéria cervical transversa, artéria supraescapular. Essas são
responsáveis pelo suprimento sanguíneo da tireoide e de alguns músculos do corpo.
 
Fonte: Häggström, Mikael (2014). ‘Medical gallery of Mikael Häggström 2014’. WikiJournal of Medicine 1 / wikimedia commons / Domínio
público
 Tronco tireocervical e artérias vertebrais.
 DICA
A vascularização da face é bastante complexa e é muito importante que ela seja estudada. Para entender e conhecer mais esse assunto, não
deixe de visitar o Explore+!
Uma rede nervosa nessa região, formada pelos nervos cranianos e plexo cervical, que se ramificam, também constitui o complexo sistema
vascular de suprimento facial.
 DICA
Para ver mais sobre a inervação do rosto, não deixe de visitar o Explore+!
Os nervos cranianos são 12, conforme observamos na imagem a seguir.
 
Fonte: Patrick J. Lynch, medical illustrator & derivative work: Beao *derivative work: Angelito7 (talk) / wikimedia commons / Licença (CC BY
2.5)
 Os 12 nervos cranianos.
Esses nervos podem ser divididos em:
MOTORES
Movimentam olho e língua e auxiliam no movimento do pescoço.
SENSITIVOS
Inervam os órgãos dos sentidos.
MISTO
Tem função motora e sensitiva.
 SAIBA MAIS
Os nervos olfatório e óptico têm origem na porção anterior do cérebro; o restante se origina no tronco encefálico.
Dentro dos nervos cranianos, o nervo facial é um dos nervos de maior importância em relação à expressão facial. Tem fibras eferentes,
motoras, aferentes e sensitivas, sendo ramificado em auricular, marginal, mandibular, bucal, zigomático e temporal. Dessa forma, consegue
inervar todos os músculos da expressão facial.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Nervo facial e suas ramificações.
Outro nervo craniano de grande importância é o nervo trigêmeo, que tem dupla função, sendo sensitivo em relação aos músculos da face e
motor em relação aos músculos da mastigação. Apresenta três ramificações: ramo oftálmico, ramo maxilar e ramo mandibular.
1. RAMO OFTÁLMICO
Responsável pela inervação das regiões frontal nasal e oftálmica da face e tem sua origem na fissura orbitária superior.
2. RAMO MAXILAR
Responsável pela inervação das regiões orbitária inferior, maxilar e dentes da arcada dentária superior na cavidade oral, por meio de uma
ramificação do nervo alveolar superior.
3. RAMO MANDIBULAR
Responsável pela inervação das regiões mandibular, assoalho da cavidade oral, músculos mandibulares e língua, por meio de uma
ramificação do nervo lingual.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Nervo trigêmeo e suas ramificações. 1. Nervo oftálmico, 2. Nervo maxilare 3. Nervo mandibular.
O plexo cervical é formado por nervos espinhais que emitem ramos sensitivos e motores para as regiões da cabeça e do pescoço.
RAMOS SENSITIVOS
Occipital menor, auricular maior, cervical transverso, supraclavicular.
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RAMOS MOTORES
Alça cervical, nervo frênico, nervo para os romboides, nervo para o serrátil anterior.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONHECEMOS AS CAMADAS DA PELE, SUAS ESTRUTURAS, SEUS ANEXOS E SUAS FUNÇÕES. ACERCA
DESSE ASSUNTO, MARQUE A ALTERNATIVA INCORRETA.
A) A epiderme funciona como um isolante térmico, garantindo a regulação da temperatura corporal. Assim, em dias quentes, transpiramos a
fim de manter equilíbrio térmico.
B) A epiderme funciona como uma barreira mecânica contra danos externos, como barreira física contra a entrada de microrganismos e
como barreira hídrica, controlando a quantidade de água entre meio interno e externo.
C) A epiderme tem intensa vascularização, sendo responsável pela nutrição da derme.
D) A epiderme tem células de Merkel, que são responsáveis por garantir a sensação de tato e percepção do meio ao redor.
E) A epiderme tem os queratinócitos, que são responsáveis pela produção de queratina.
2. UM PACIENTE DE 52 ANOS, DO SEXO FEMININO, APÓS PROCEDIMENTO ESTÉTICO COM
BIOESTIMULADOR DE COLÁGENO, TEVE ALGUMAS REAÇÕES MUSCULARES: QUEDA DO ÂNGULO
ESQUERDO DA BOCA E DO LÁBIO SUPERIOR ESQUERDO. PODE-SE SUSPEITAR QUE OCORREU
COMPROMETIMENTO DE FORMA INCORRETA DE QUAL NERVO FACIAL?
A) Ramo mandibular do nervo facial.
B) Ramo maxilar do nervo trigêmeo.
C) Ramo temporal do nervo facial.
D) Ramo auricular do nervo facial
E) Ramo olfatório do nervo trigêmeo.
GABARITO
1. Conhecemos as camadas da pele, suas estruturas, seus anexos e suas funções. Acerca desse assunto, marque a alternativa
INCORRETA.
A alternativa "C " está correta.
 
A epiderme não tem vascularização, e sua nutrição é garantida pelo sistema vascular presente na derme, camada abaixo da epiderme.
2. Um paciente de 52 anos, do sexo feminino, após procedimento estético com bioestimulador de colágeno, teve algumas reações
musculares: queda do ângulo esquerdo da boca e do lábio superior esquerdo. Pode-se suspeitar que ocorreu comprometimento de
forma incorreta de qual nervo facial?
A alternativa "A " está correta.
 
O ramo mandibular, que tem origem no nervo facial, tem por função a inervação de músculos da mímica facial, como o depressor do ângulo
da boca, levantador do ângulo da boca e levantador do lábio superior, que são os músculos envolvidos nesse caso.
MÓDULO 2
 Reconhecer as principais disfunções estéticas faciais
INTRODUÇÃO
Vamos, agora, aprender um pouco mais sobre a avaliação facial e as principais disfunções faciais. Após preenchimento adequado da
avaliação geral de seu paciente, você deve analisar algumas características faciais.
QUAL O FOTOTIPO DO SEU PACIENTE?
O fototipo da pessoa é uma classificação de acordo com a coloração da pele após exposição solar. É definido pela genética do indivíduo, e a
forma mais comum de classificação é a escala de Fitzpatrick.
De acordo com essa escala, existem seis fototipos diferenciados pela capacidade de bronzeamento, assim como sensibilidade e vermelhidão
após exposição ao sol, sendo assim definidos:

 
Fonte: Shutterstock.com
FOTOTIPO I
É representado pelos indivíduos de pele muito clara, ruivos ou loiros, de olhos claros, que, após exposição à luz solar, ficam sempre com a
pele avermelhada, mas não conseguem se bronzear e têm bastante sensibilidade ao sol.
FOTOTIPO II
Engloba os indivíduos de pele clara, cabelos loiros ou castanho-claros e olhos claros, que, após exposição à luz solar, ficam com a pele
avermelhada, mas conseguem se bronzear, mesmo com dificuldade, e têm sensibilidade ao sol.
 
Fonte: Shutterstock.com

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Fonte: Shutterstock.com
FOTOTIPO III
É representado pelos indivíduos de pele clara ou um pouco morena, cabelos e olhos castanhos, que, após exposição à luz solar, ficam com a
pele ligeiramente avermelhada, mas conseguem um bronzeamento moderado e têm sensibilidade normal ao sol.
FOTOTIPO IV
É composto pelos indivíduos de pele morena e cabelos e olhos castanhos ou pretos, que, após exposição à luz solar, ficam com a pele
ligeiramente avermelhada, mas se bronzeiam com facilidade e têm sensibilidade normal ao sol.
 
Fonte: Shutterstock.com

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Fonte: Shutterstock.com
FOTOTIPO V
Refere-se aos indivíduos de pele morena ou negra e cabelos e olhos pretos, que, após exposição à luz solar, raramente ficam com a pele
avermelhada e sempre se bronzeiam e têm pouca sensibilidade ao sol.
FOTOTIPO VI
Inclui os indivíduos de pele negra e cabelos e olhos pretos, que, após exposição à luz solar, nunca ficam com a pele avermelhada e sempre
se bronzeiam e são insensíveis ao sol.
 
Fonte: Shutterstock.com

É importante ressaltar que, quanto menor o fototipo da pessoa, maiores devem ser os cuidados na exposição solar e mais importante é o uso
de protetor solar, já que essas pessoas apresentam maior sensibilidade ao sol e aos danos que a radiação causará à pele delas.
 DICA
Para ficar mais fácil a identificação do fototipo do seu paciente, você pode usar o quadro que está disponível no Explore+.
QUAL O SEU TIPO DE PELE?
O nosso tipo de pele é determinado geneticamente. No entanto, existem fatores internos, como a ação hormonal, e externos, como a ação do
ambiente, que podem alterá-lo temporariamente. Existem quatro tipos básicos de peles saudáveis:
 
Fonte: Shutterstock.com
PELE NORMAL
É o tipo de pele típico dos bebês, com textura suave e delicada, e que apresenta um equilíbrio entre a quantidade de secreção sebácea e
sudorípara presente na superfície. A região de zona T (Testa, nariz e queixo.) pode ser levemente oleosa, mas a pele, no geral, não é nem
oleosa nem seca; apresenta poros finos e pouco visíveis e uniformidade na cor.
 
Fonte: Shutterstock.com
PELE SECA
Tem textura áspera, opaca, pouca elasticidade, com poros pouco visíveis e geralmente é muito sensível. A menor retenção de água nesse
tipo de pele é resultado da ação reduzida das glândulas sebáceas, com menor produção de lipídeos. Assim, a barreira da pele fica
comprometida, sendo mais propensa à vermelhidão, à descamação e ao aparecimento de rugas. É muito comum a pele tornar-se seca
conforme a pessoa envelhece. Isso tem relação com a ação hormonal, mas também pode ser causado por fatores externos, como tempo
muito seco.
 
Fonte: Shutterstock.com
PELE OLEOSA
Apresenta uma textura mais grossa, brilhante, com grande quantidade de produção sebácea, poros visíveis e aumentados. Tem maior
tendência à formação de cravos e acnes. Esse tipo de pele pode ter relação com fatores hormonais, excesso de sol, uso de medicamentos e
dermocosméticos.
 
Fonte: Shutterstock.com
PELE MISTA
Geralmente apresenta características oleosas (Poros mais dilatados e visíveis, presença de cravos e acnes.) na zona T, que pode se
estender até as bochechas, e pele normal a seca no restante do rosto. É o tipo de pele mais comum.
QUAL O GRAU DE ENVELHECIMENTO DA PELE?
O envelhecimento da pele pode estar relacionado tanto a fatores intrínsecos (Internos.) como extrínsecos (Externos.) . Nosso corpo e pele
refletem aquilo que comemos. Assim como tudo o que fazemos tem uma ação direta sobre nosso corpo e, consequentemente, sobre a nossa
pele, esse é um exemplo de fator intrínseco ao envelhecimento. A exposição aos raios UVA e IVB do sol por tempo prolongado, sem proteção
solar eficiente, é o fator extrínseco mais prejudicial, causando envelhecimento precoce da pele.
 
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 Envelhecimento natural da pele.
Definir o grau de envelhecimento da pele é de grande importância para traçar os procedimentos para rejuvenescimento facial e para o
processo de harmonização facial. Segundo o sistema desenvolvido por Richard Glogau, conhecido como escala de Glogau, temos definidos
quatro níveis de fotoenvelhecimento,com características referentes à idade e à presença ou não de alterações faciais. Vamos conhecê-los?

TIPO 1 (DISCRETO)
Representa mínimas rugas ou ausência de rugas, discretas alterações na pigmentação e sem ceratoses (Lesões na pele.) . Geralmente, é
notado em pessoas de 20 a 30 anos de idade.
TIPO 2 (MODERADO)
Aparecimento de rugas dinâmicas, aquelas que só se apresentam quando falamos, presença de alguns lentigos senis (Manchas solares que
aumentam com o envelhecimento.) precoces e ausência de ceratoses visíveis, mas já se tornam palpáveis. Geralmente, é notado em
pessoas de 30 a 40 anos de idade.
 
Fonte: Shutterstock.com

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Fonte: Shutterstock.com
TIPO 3 (AVANÇADO)
Aparecimento de rugas estáticas, aquelas que se apresentam mesmo durante repouso da musculatura, presença de lentigos senis, ceratoses
visíveis, telangiectasias (Microvasos na superfície da pele.) e alterações na coloração da pele. Geralmente, é notado em pessoas com 50
anos ou mais.
TIPO 4 (GRAVE)
Surgimento de rugas em toda a região facial, alteração da coloração da pele para amarelo-acinzentado devido ao aumento do estrato córneo,
ceratoses visíveis e possibilidade de lesões na pele. Geralmente, é notado em pessoas com 60 anos ou mais.
 
Fonte: Shutterstock.com

 VOCÊ SABIA
Existem outras formas de classificação quanto ao envelhecimento da pele, mas a escala de Glogau é considerada o padrão na área da
estética.
A pele apresenta algumas características durante o envelhecimento natural, com modificações histológicas de suas camadas e dos anexos
cutâneos, a saber:
EPIDERME
Torna-se mais fina, há aumento da produção de queratina e alteração na quantidade e distribuição de melanócitos.
DERME
Tem redução na produção de fibras de colágeno, e as existentes tornam-se mais finas e fragmentadas, aumentando a flacidez. O processo
de desidratação da pele se agrava e ocorre aumento de alterações vasculares.
HIPODERME
Nela, é possível observar a redução da quantidade e o tamanho dos adipócitos, o que diminui a sustentação da pele e favorece o
aparecimento de lesões cutâneas.
GLÂNDULAS SEBÁCEAS
Diminuem sua secreção, e isso provoca maior ressecamento da pele.
UNHAS
Têm crescimento, força e brilho comprometidos, assim como os cabelos têm perda de volume e aparecimento de fios esbranquiçados.
 
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 Degradação dos componentes da pele ao longo do envelhecimento.
QUAL O TIPO DE RUGA QUE A PELE APRESENTA?
O envelhecimento da pele é causado pelo envelhecimento celular, ou seja, a renovação celular está deficiente. Além disso, não existe mais a
substituição das células que morreram por células somáticas novas de forma tão rápida, como acontece durante a juventude. Por esse
motivo, um dos sinais de envelhecimento da pele é o aparecimento de linhas de expressões e rugas.
POR QUE ISSO ACONTECE?
A redução na produção de colágeno e elastina, responsáveis pela sustentação e pelo tônus da pele, pelas expressões que fazemos ao falar,
sorrir e outros movimentos faciais, faz com que pequenas linhas (marcas) apareçam na pele em determinadas regiões de forma lenta e
progressiva. Além disso, alguns fatores, como exposição solar, alimentação, consumo de bebida alcoólica e tabagismo, têm grande influência
sobre o aparecimento das rugas. Temos dois tipos principais de rugas:
 
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RUGAS DINÂMICAS
São as primeiras que aparecem e estão relacionadas ao movimento muscular facial, não ficam evidentes na musculatura em repouso e são
mais superficiais. Por exemplo, quando sorrimos, formamos linhas ao redor dos olhos. Entretanto, elas não são percebidas sem a
movimentação dessa musculatura.
 
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RUGAS ESTÁTICAS
São as que aparecem com o tempo, mesmo sem o movimento muscular, e geralmente estão presentes em peles mais maduras. Entretanto,
isso varia de acordo com algumas características da pele do indivíduo e está relacionado à mímica facial. Afinal, quanto mais expressões
fazemos ao falar, mais forçamos a musculatura da região; dessa forma, existe uma tendência maior para aprofundamento das linhas de
expressão.
A diferença básica entre os dois tipos de rugas é a profundidade de acometimento delas, o que pode variar muito de acordo com o tipo de
pele, exposição solar, além de predisposição genética.
 Ainda podemos ter o tipo de ruga gravitacional, ocasionado pela ação natural da gravidade ao longo dos anos, com o aumento da
flacidez facial e as rugas mistas, que são uma junção de rugas gravitacionais e de movimento.
Saber diferenciar esses tipos de rugas é muito importante para definição do tratamento estético.
Por exemplo, a aplicação de toxina botulínica tem ótimos resultados sobre rugas dinâmicas, mas não tem ação sobre as rugas estáticas.
Dessa forma, é preciso avaliar se aquele tipo de procedimento vai satisfazer as queixas do seu paciente e pensar em um protocolo de
tratamento caso precise tratar mais de um tipo de ruga no mesmo paciente.
QUAL O GRAU DE ACNE PRESENTE NA PELE?
A acne é uma condição inflamatória das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos da pele que provoca lesões principalmente no
rosto, mas que pode se estender por outras regiões do corpo, como as costas. Esse processo inflamatório tem como principal causa a
alteração dos hormônios sexuais e tem sua maior expressão durante a adolescência, mas pode ocorrer também na fase adulta. Existem
outros fatores associados ao aparecimento de acne, como oleosidade exacerbada da pele, período menstrual, alimentação, exposição
prolongada ao sol e uso de alguns medicamentos.
A acne pode se apresentar como:
 
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COMEDÃO
Cravo.
 
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PÁPULAS
Lesões elevadas, endurecidas e avermelhadas.
 
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PÚSTULAS
Lesões com pus.
 
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NÓDULOS
Lesões que atingem camadas mais profundas da pele.
 
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CISTOS
Lesões que atingem camadas mais profundas da pele e que contêm pus.
Os nódulos e os cistos têm maior facilidade de gerar cicatriz na pele.
Podemos classificar a acne em graus, de acordo com sua evolução. São eles:
GRAU I
Existência apenas de comedões, sem processo inflamatório (acúmulo de sebo e queratina).
GRAU II
Presença de comedões, pápulas e pústulas.
GRAU III
Presença de comedões, pústulas e cistos.
GRAU VI
Presença de comedões, pústulas e cistos que podem ter um aspecto mais inflamatório e até mesmo desfigurante.
A imagem a seguir ilustra a evolução da acne.
 
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 Evolução da acne.
 ATENÇÃO
É de grande importância orientar os pacientes sobre o uso correto de produtos indicados para cada tipo de pele, assim como sobre a
higienização diária e, principalmente, sobre a importância de não “espremer” os famosos cravos, pois isso pode gerar sérias consequências
para a pele, como infecção bacteriana.
QUAL TIPO DE DISCROMIA A PELE APRESENTA?
A cor da pele é determinada por alguns fatores, sendo o principal deles a quantidade e a forma de distribuição da melanina. Essa variação
forma as diferentes etnias com tons de pele característicos.
Discromia é o nome dado às alterações na coloração da pele, seja por modificações na produção ou distribuição da melanina, seja por
depósito de substâncias. A discromia é classificada em:
ACROMIA
HIPOCROMIA
HIPERCROMIA
ACROMIA
Quando há ausência de pigmentação, com formação de manchas brancas na pele, ocasionadas pela diminuição ou ausência da ação da
melanina. Condição comum no albinismo e no vitiligo.
HIPOCROMIA
Quando há redução da pigmentação da pele em relação à coloração normal, em algumas regiões, por distribuição irregular da melanina,
como nos casos de leucodermia solar. Nessa condição, formam-se manchas mais claras em áreas expostas ao sol.
HIPERCROMIA
Quando há aumento da pigmentação da pele em relação à coloração natural, ocasionada pela ação excessiva de melanina. Condição
comum em efélides (Sardas.) , nevus (Pintase sinais.) , melasmas , melanoses solares e fitofotodermatoses.
MELASMAS
Manchas escuras na face, principalmente em mulheres, relacionadas a vários fatores.
MELANOSES SOLARES
Manchas resultantes de exposição solar.
FITOFOTODERMATOSES
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Após queimaduras ou consumo de frutas cítricas simultâneos à exposição solar.
Geralmente, as manchas que são o motivo de queixa dos pacientes são melasmas e melanoses solares. O melasma é uma condição que
atinge principalmente mulheres, em regiões delimitadas do rosto, e que pode ter causas variadas, como uso de anticoncepcional, exposição
solar e variação hormonal durante a gestação. Infelizmente, não existe cura para esse tipo de problema, mas existem tratamentos eficientes
para minimizar as manchas e dar um aspecto mais homogêneo à coloração do rosto.
 
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 Pessoa com manchas hipercrômicas, características do melasma.
Cada mancha do paciente deve ser avaliada separadamente, de preferência com equipamentos que permitem a identificação de sua
profundidade, para um tratamento eficiente. É importante lembrar ao seu paciente que o tratamento para manchas, assim como qualquer
procedimento estético, exige dedicação, disciplina e tempo. As manchas demoram para evoluir e levam um tempo para serem tratadas. É de
extrema necessidade o uso de produtos homecare para um resultado melhor.
Neste vídeo, a especialista Allyne Macedo explica o processo de melanogênese no desenvolvimento de melasma.
EXISTE ALGUMA ANORMALIDADE DE PELOS NO PACIENTE?
O crescimento de pelos é modulado pela ação hormonal. Assim, temos regiões com pelos mais grossos e escuros e outras com pelos mais
finos e delicados. Além disso, existe diferença nas características e na distribuição de pelos entre homens e mulheres.
Entretanto, distúrbios hormonais ou outras causas, como questões genéticas e o uso de certos tipos de medicamentos, podem causar
alteração na quantidade, estrutura e localização desses pelos. Os desequilíbrios mais comuns dos pelos são:
 
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HIPERTRICOSE
Quando ocorre crescimento anormal de pelos, podendo ser em todo o corpo (generalizada) ou restrita a determinada área (localizada). Pode
também ser congênita ou adquirida.
 
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HIRSUTISMO
Quando ocorre crescimento de pelos mais grossos e escuros em mulheres, em regiões comuns de crescimento de pelos masculinos, como
buço e na região de barba. Geralmente, tem relação com descontrole hormonal.
Também deve ser observado se o paciente tem presença de foliculite, condição que causa inflamação dos folículos pilosos, de origem viral,
bacteriana ou fúngica, que geralmente causa incômodo na região acometida.
EXISTE ALGUM PROBLEMA DE VASCULARIZAÇÃO?
O caso mais comum de problema de vascularização facial é a presença de telangiectasias, que são pequenos vasos sanguíneos dilatados na
superfície da pele ou nas mucosas. As regiões mais acometidas por esses capilares são malar e lateral do nariz. Essa disfunção é causada
por diferentes fatores, como idade, exposição prolongada ao sol, genética, uso de alguns medicamentos, como corticoides, gestação e
consumo de bebida alcoólica.
 
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 Pessoa com telangiectasia.
 ATENÇÃO
Procedimentos estéticos, como os que utilizam o vácuo para tratamento, nos pacientes com essa condição requerem maior cuidado a fim de
evitar o rompimento desses vasinhos.
Devemos também saber identificar se o paciente tem rosácea, uma doença inflamatória muito comum que está associada às telangiectasias.
Essa disfunção é um problema de origem vascular, que atinge principalmente mulheres entre 30 e 50 anos, sendo mais raro em homens. Não
existem causas específicas para o surgimento da rosácea, mas estudos demonstram maior prevalência em indivíduos brancos e
descendentes de europeus, geralmente com histórico familiar da doença, o que reforça um caráter genético. Um dos fatores associados ao
surgimento ou que funciona como um gatilho para a exacerbação do quadro é o estresse.
 
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 Pessoa apresentando característica de rosácea na região central da face.
A rosácea acomete, geralmente, a região central da face de pessoas com pele seca e sensível, que fica avermelhada em algumas
circunstâncias. Esse eritema (vermelhidão) torna-se persistente ao longo do tempo, com intervalo mais curto entre os episódios e tempo de
duração maior. Podem existir outros acometimentos faciais associados à rosácea, como telangectasias, alterações oculares, surgimento de
pápulas e pústulas, como se fosse acne.
 SAIBA MAIS
Não há cura para esse tipo de doença, mas alguns tratamentos estéticos podem auxiliar, como o uso de terapias de laser, para diminuir o
eritema na região.
QUAL O GRAU DE FLACIDEZ DA PELE?
A partir dos 25 anos de idade, nosso corpo começa a reduzir a produção de colágeno, o que resulta no início de flacidez e no aparecimento
de rugas na pele. Esse processo pode ser agravado e acelerado por maus hábitos, como sedentarismo, alimentação desequilibrada,
consumo de álcool e tabagismo. Com o passar dos anos, além do colágeno, também temos perda da elastina e de gordura em pontos
importantes da pele que dão sustentação à face.
 
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 Pessoa com grau de flacidez facial.
É importante saber diferenciar o tipo de flacidez existente. Para isso, vamos conhecê-los.
TISSULAR
MUSCULAR
TISSULAR
A flacidez de pele é o processo mais superficial, que tem início pelos motivos citados anteriormente. Ocorre redução de fibras de colágeno e
sua desorganização na pele, associada aos maus hábitos ao longo da vida e ao efeito gravitacional natural que a pele sofre.
MUSCULAR
A flacidez do músculo é o processo mais profundo; acomete a musculatura com o desgaste de suas fibras de sustentação. Geralmente, o
tratamento para esse tipo de flacidez é mais difícil.
Os dois tipos podem estar associados, e apenas uma avaliação correta poderá definir o tipo de flacidez existente e o melhor tratamento.
Todos os procedimentos utilizados devem ter como objetivo a indução da produção de colágeno, mas vale ressaltar que os resultados podem
ser variáveis e lentos devido ao grau de comprometimento da pele e à variação entre os organismos.
QUAL O TIPO DE OLHEIRA PRESENTE?
Uma marca presente na pele de muitas pessoas e que causa grande incômodo, principalmente para as mulheres, são as olheiras. Muitos
hábitos ruins podem acelerar o processo de formação das olheiras, como pouco tempo de sono, consumo de álcool em excesso e hidratação
insuficiente, dando à pele um aspecto mais cansado.
As olheiras são causadas pelo acúmulo de pigmento, marrom ou arroxeado, na região abaixo dos olhos e que pode ter mais de uma origem.
Elas podem ser de vários tipos. São elas:
OLHEIRAS VASCULARES
Quando existe aumento da vascularização da região periocular ou alguma congestão dos vasos nessa região, originando pigmento de
coloração que pode variar entre rosa e arroxeada.
OLHEIRAS PIGMENTARES
Causadas pelo acúmulo de melanina nessa região da pele, aparecendo tons de castanho, variando do claro ao escuro. Podem ter uma
aparência mais evidente em pessoas com tendência a processos alérgicos.
OLHEIRAS ESTRUTURAIS
Surgem em virtude da anatomia óssea facial, dando um aspecto mais profundo aos olhos, provocando o surgimento de uma sombra nessa
região, tornando-a mais escurecida.
OLHEIRAS MISTAS
São uma associação de mais de um tipo de olheira, sendo a forma mais comum.
É importante destacar que algumas práticas podem contribuir para a formação de olheiras, como não retirar maquiagem de forma correta e
coçar constantemente os olhos. Vale lembrar que, para cada tipo de olheira, existe um tratamento específico; no caso de olheira mista, há
uma associação de tratamentos para amenizar a queixa do paciente.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS FAZEM PARTE DO DIA A DIA DO PROFISSIONAL DA ÁREA. SABER
IDENTIFICÁ-LAS DEFORMA CORRETA GARANTE UM TRATAMENTO EFICAZ. EM RELAÇÃO ÀS
DISCROMIAS, CORRELACIONE AS COLUNAS E MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA. 
 
1. MELASMA (A) HIPOCROMIA
2. VITILIGO (B) HIPERCROMIA
3. LEUCODEMIA SOLAR (C) ACROMIA
A) A-1, B-2 e C-3.
B) A-1, C-3 e B-2.
C) A-2, B-1 e C-3.
D) A-3, B-1 e C-2.
E) A-3, B-2 e C-3.
2. AMANDA, 25 ANOS, FAZ USO DE MEDICAMENTOS PARA CONTROLE HORMONAL POR RECOMENDAÇÃO
MÉDICA, MAS OBSERVA ALGUMAS MUDANÇAS EM SEU CORPO, COMO O APARECIMENTO DE PELOS MAIS
ESCUROS E GROSSOS EM REGIÕES INCOMUNS, COMO PESCOÇO E LATERAL DA FACE, E AUMENTO DE
PELOS NO BUÇO. QUAL A POSSÍVEL DISFUNÇÃO ESTÉTICA APRESENTADA PELA PACIENTE?
A) Foliculite.
B) Hirsutismo.
C) Hipertricose.
D) Triconodose.
E) Rosácea.
GABARITO
1. As disfunções estéticas fazem parte do dia a dia do profissional da área. Saber identificá-las de forma correta garante um
tratamento eficaz. Em relação às discromias, correlacione as colunas e marque a alternativa correta. 
 
1. Melasma (A) Hipocromia
2. Vitiligo (B) Hipercromia
3. Leucodemia solar (C) Acromia
A alternativa "D " está correta.
 
Acromia é um distúrbio causado pela ausência de pigmentação (vitiligo); hipercromia é um distúrbio por excesso de pigmentação em
determinada região (melasma); hipocromia é um distúrbio por redução da pigmentação em determinada região (leucodermia solar).
2. Amanda, 25 anos, faz uso de medicamentos para controle hormonal por recomendação médica, mas observa algumas mudanças
em seu corpo, como o aparecimento de pelos mais escuros e grossos em regiões incomuns, como pescoço e lateral da face, e
aumento de pelos no buço. Qual a possível disfunção estética apresentada pela paciente?
A alternativa "B " está correta.
 
O hirsutismo é um distúrbio em que ocorre o crescimento de pelos mais grossos e escuros em mulheres, em regiões comuns de crescimento
de pelos masculinos, como o buço e a região de barba. Geralmente, tem relação com descontrole hormonal.
MÓDULO 3
 Identificar as principais disfunções estéticas corporais
INTRODUÇÃO
Vamos entender um pouco mais sobre a avaliação corporal e o que é necessário para o sucesso no tratamento estético. Após o
preenchimento adequado da avaliação geral de seu paciente, você deve analisar algumas características corporais. Entretanto, é preciso
muita cautela, pois o paciente pode ter expectativas irreais em relação ao tratamento.
Por exemplo, uma pessoa obesa, sedentária e que não tem uma alimentação saudável, não apresentará bons resultados após os
procedimentos estéticos corporais. Devemos, assim, orientar o paciente sobre os cuidados necessários para um resultado eficaz, como
também indicar um médico ou nutricionista para alterar seu padrão de vida.
O resultado em estética só existe com comprometimento do paciente aliado aos procedimentos corretos!
INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E
PLICOMETRIA
Além das características informadas pelo seu paciente, precisamos desenvolver algumas técnicas de avaliação, como palpação de
determinadas áreas, medição, análise do peso corporal e altura. Vamos conhecê-las?
INSPEÇÃO
A inspeção permite a análise do biotipo. Existem basicamente três tipos. São eles:
BIOTIPO
O tipo de corpo do indivíduo, de acordo com a distribuição de gordura corporal, massa muscular, composição óssea e metabolismo do
paciente.
 
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ENDOMORFO
Pessoas que têm o corpo mais largo, com membros mais curtos. Têm grande facilidade para ganho de massa muscular e aumento de peso
pelo seu metabolismo mais lento.
 
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MESOMORFO
Pessoas que têm equilíbrio entre as características corporais, com corpo mais magro e musculoso, pouca gordura abdominal, boa
capacidade de queima de gordura e ganho de massa muscular.
 
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ECTOMORFO
Pessoas que têm o corpo mais fino, alongado, com membros mais compridos. Têm dificuldade de ganhar massa muscular e peso por causa
do seu metabolismo acelerado.
PALPAÇÃO
A palpação consiste no toque da pele para identificação de suas características, como tônus, presença de nódulos, telangectasias,
microvasos e condições da pele (seca, lisa, áspera, hidratada e ondulada).
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
A avaliação antropométrica inclui a perimetria e o cálculo do IMC (Índice de massa corpórea.) . A perimetria consiste na verificação das
medidas do corpo com auxílio de uma fita métrica. As medidas devem ser realizadas e anotadas na ficha de avaliação para o
acompanhamento ao longo do tratamento. As áreas onde geralmente é feita essa medição são: braços, busto/tórax, abdômen, quadril, culote,
coxas e pernas.
Já o cálculo do IMC, um padrão adotado pela OMS (Organização Mundial da Saúde.) para definir o peso ideal de cada indivíduo de acordo
com suas características físicas, é feito usando-se peso e altura do paciente na seguinte fórmula: 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim, um paciente com peso corporal de 80 kg e altura de 1,65 m terá um IMC de 29,38, o que o coloca na posição de sobrepeso.
IMC =
peso
(altura)²
 
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 Gráfico do IMC.
Para essa fase, você precisará de balança, que pode ser comum ou de bioimpedância, que agrega muito mais valor ao seu atendimento.
PLICOMETRIA
A plicometria é a avaliação das pregas cutâneas utilizando um adipômetro para análise do percentual de gordura corporal. Nos homens, essa
medição é normalmente feita nas áreas peitoral, tricipital e subescapular; nas mulheres, nas áreas tricipital, abdominal e suprailíaca. Esses
valores são somados e analisados juntamente a outros índices para ter o valor ideal de acordo com a idade do paciente.
 
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 Avaliação das pregas cutâneas por meio do adipômetro.
 DICA
Estabeleça sempre um horário para pesagem do seu paciente, assim como locais definidos para medição, a fim de evitar resultados
alterados, e não se esqueça do registro fotográfico, que é de grande importância para a comparação de antes e depois e análise da eficácia
do tratamento.
DISFUNÇÕES CORPORAIS
LIPODISTROFIA
A lipodistrofia localizada, popularmente conhecida como gordura localizada, é definida como o acúmulo de tecido adiposo em regiões
específicas e limitadas do corpo. Existem alguns fatores associados a esse acúmulo, que podem ser:
EXTERNOS
Postura do indivíduo, sedentarismo, alimentação desequilibrada, ganho de peso e uso de medicamentos.
INTERNOS
Fatores genéticos, hormonais, biotipo corporal.
Essa disfunção acomete tanto homens como mulheres, o que os diferencia é a localização e a quantidade de gordura em cada região do
corpo. Basicamente, as regiões mais comuns de acúmulo de gordura no homem são abdômen e membros superiores. Já nas mulheres, o
acúmulo ocorre no abdômen, no quadril e nos membros inferiores. Porém, isso não é regra. Pode haver variação de pessoa para pessoa, de
acordo com vários fatores mencionados anteriormente.
Alguns indivíduos têm maior tendência de acúmulo de gordura em uma região específica do corpo:
 
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TENDÊNCIA ANDROIDE
Acúmulo de gordura na região abdominal.
 
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TENDÊNCIA GINOIDE
Acúmulo de gordura na região do quadril.
Os procedimentos estéticos serão escolhidos de acordo com toda a análise corporal. Atualmente, existem diversos procedimentos, sejam
injetáveis, sejam com uso de aparelhos, que visam à redução de peso, medidas e gordura localizada. É importante estar atento às indicações
e contraindicações de cada tratamento estético corporal para evitar intercorrências.
Neste vídeo, a especialista Allyne Macedo fala sobre lipodistrofia localizada.
FIBROEDEMA GELOIDE
Ocorre aumento da quantidade de gordura, água e toxinas no interior da célula, causando sua inflamação. Alguns fatores influenciam no
desenvolvimento da celulite, a saber:
FATORES PREDISPONENTES AO APARECIMENTO
Fatores genéticos, sexo, idade e biotipo corporal.
FATORES DESENCADEANTES
Alteração hormonalou uso de medicamentos.
FATORES AGRAVANTES
Sedentarismo, alimentação desequilibrada, aumento de peso, estresse, fumo e consumo de bebidas alcoólicas.
A imagem a seguir ilustra a formação da celulite na pele.
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Fonte: Shutterstock.com
 Formação da celulite na pele.
Essa disfunção pode ser classificada de acordo com o grau de acometimento:
TIPO 1
TIPO 2
TIPO 3
TIPO 4
TIPO 1
A celulite não é visível, aparece apenas quando há apalpação da pele ou sua compressão. Existe pequena alteração celular, sem
comprometimento dos vasos sanguíneos ou do tecido de sustentação local.
TIPO 2
As ondulações e os “furinhos” já são aparentes mesmo sem compressão da pele. As células gordurosas têm um pequeno aumento de
volume, o que começa a gerar no local um comprometimento circulatório e o início de um processo de inchaço, sendo possível perceber
pequenas irregularidades na pele.
TIPO 3
As ondulações são claramente visíveis e existe aumento celular com aparecimento dos nódulos mais profundos. A circulação local fica mais
comprometida, e as fibras do tecido de sustentação se tornam endurecidas. A pessoa pode sentir dor na região acometida e podem surgir
varizes nas pernas. A pele fica com um aspecto de “casca de laranja”.
TIPO 4
Existem vários nódulos visíveis, o inchaço celular é grande, as celulites são “duras” e ocorre maior comprometimento circulatório e do
aspecto da pele. A sensação de dor no local e o cansaço nas pernas é maior por conta da alteração vascular na região.
Os quatro tipos de acometimento estão ilustrados a seguir.
 
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 Celulite dos tipos 1, 2 e 3 (esquerda) e do tipo 4 (direita).
As celulites também podem ser classificadas de acordo com a consistência da pele:
CELULITE DURA OU COMPACTA
Apresenta um aspecto mais regular, geralmente em pessoas jovens e que têm hábito de praticar atividade física. O contorno corporal e a
anatomia estética são mantidos; só é possível perceber a celulite com compressão da pele.
CELULITES FLÁCIDAS
Acontecem geralmente em pessoas acima de 35 anos, sedentárias ou que tiveram grande perda de peso de forma rápida, levando ao
processo de flacidez na região.
CELULITES EDEMATOSAS
Acometem principalmente mulheres que fazem uso regular de anticoncepcional. Existe grande inflamação local, com edema e, até mesmo,
dor à palpação, pelo grande acúmulo de líquido no interior das células.
CELULITES MISTAS
Podem unir mais de um tipo de celulite ao mesmo tempo.
Assim como as demais disfunções corporais, a celulite precisa de uma avaliação criteriosa para definir qual o melhor procedimento, as
indicações e contraindicações de cada um. Quanto maior o grau de comprometimento da célula, mais difícil será o tratamento. Entretanto,
todos os tipos de celulite podem ser tratados; em alguns casos, haverá reversão e, em outros, ocorrerá a melhora do aspecto na pele.
ESTRIAS E FLACIDEZ
Estria é uma alteração tegumentar que surge por rompimento das fibras de colágeno e elastina, que são responsáveis pela sustentação e
pela elasticidade da pele. Quando essas fibras são esticadas de forma excessiva, ocorre o seu rompimento, formando um tipo de cicatriz, que
é a estria.
 
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 Processo de formação de estrias.
 
Não existe idade nem sexo determinantes para o aparecimento das estrias, que acometem da mesma forma homens e mulheres, desde a
adolescência até a fase adulta. As regiões em que é mais comum o seu aparecimento são quadril, coxas, glúteos e mamas.
Alguns fatores podem favorecer o seu surgimento, como ganho e perda de peso de forma repetida (efeito sanfona), aumento excessivo de
peso, gravidez, crescimento muito rápido na adolescência, colocação de prótese mamária e uso de alguns medicamentos.
Existem dois tipos diferentes de estrias, que são descritos a seguir:
 
Fonte: Shutterstock.com
ESTRIAS VERMELHAS
São as estrias recentes, que surgem por extensão da epiderme, deixando a derme à mostra. Como a derme tem muitos vasos sanguíneos,
confere à estria uma coloração avermelhada. É de mais fácil tratamento, e sua chance de regeneração também é maior.
 
Fonte: Shutterstock.com
ESTRIAS BRANCAS
São estrias mais antigas, que surgem por rompimento das fibras elásticas e colágenas após extensão da pele de forma excessiva. Uma vez
formadas, não desaparecem, mas podem ter suas marcas atenuadas.
O tratamento para estrias é um grande desafio na área estética, uma vez que elas devem ser tratadas assim que surgem para completa
reversão. Todos os protocolos envolvem estímulo de colágeno na região.
A flacidez acontece pelo processo natural de envelhecimento da pele, o que leva à redução da produção de colágeno e ácido hialurônico,
mas pode ser agravada pelo estilo de vida da pessoa — por exemplo, pela falta da prática de atividade física, pela alimentação
desequilibrada e pelo tabagismo.
Assim como na flacidez facial, a flacidez corporal também pode ser muscular ou tissular, com diferentes níveis de acometimento. O grau de
flacidez pode ser leve ou severo.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Processo de flacidez corporal.
Durante a avaliação, é muito importante a apalpação local, por meio do pinçamento da pele, para análise correta do grau de flacidez.
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FLACIDEZ CORPORAL MUSCULAR
Ocorre por redução da força muscular pelo desgaste das suas fibras de sustentação.
FLACIDEZ CORPORAL TISSULAR
Ocorre redução das fibras de colágeno e sua desorganização.
 DICA
Uma ótima dica para melhorar o aspecto da flacidez ou sua prevenção é mudar o estilo de vida, realizar procedimentos estéticos com uso de
produtos homecare e ingerir água. A água promove a renovação das fibras de colágeno, auxiliando na elasticidade da pele, além de melhorar
a circulação local, impedindo inchaço.
CICATRIZES
Geralmente após a pele sofrer algum tipo de lesão, como um corte, ou após um processo cirúrgico, é comum o aparecimento de cicatrizes.
Esse é um processo natural no organismo e consiste em regeneração com formação de tecido fibroso, um tecido mais duro que a pele
íntegra e que é caracterizado pela perda da função.
 SAIBA MAIS
A cicatrização é uma sequência coordenada de eventos celulares e moleculares que promovem a reconstituição do tecido. Existem dois tipos
de cicatrização: a cicatrização por primeira intenção e a cicatrização por segunda intenção.
No primeiro tipo, considerado o mais simples, a pele é cortada de maneira asséptica e as bordas são aproximadas por suturas ou outros
meios. 
Essas feridas geralmente cicatrizam-se sem complicações, a partir da formação de discreto tecido cicatricial, em que estão presentes as três
fases do processo de cicatrização, com modesta reparação e regeneração tecidual.
No segundo tipo de cicatrização, observa-se o processo que ocorre em feridas abertas de grande espessura ou com perda tecidual total, em
que os tecidos são danificados. A cicatrização por segunda intenção demanda mais tempo do que a de primeira intenção e causa cicatrizes
exuberantes, irregulares e de aspecto inestético.
As cicatrizes podem ser:
 
Fonte: Shutterstock.com
 
Fonte: Shutterstock.com
HIPERTRÓFICAS
Quando o organismo produz tecido cicatricial (Tecido fibroso.) em excesso, o que faz com que a região tenha um aspecto mais elevado e
uma textura diferente em relação ao restante da pele ao redor.
 
Fonte: Shutterstock.com
QUELOIDES
Quando o organismo produz tecido cicatricial em excesso, mas esse crescimento ocorre além do local da lesão e pode continuar em
crescimento mesmo após cicatrização total — o queloide não regride e geralmente tem um aspecto mais avermelhado ou mais escuro do que
a pele ao redor.
 
Fonte: Shutterstock.com
ATRÓFICA
Quando o organismo produz menos tecido cicatricial do que o necessário, o que faz com que a região tenha um aspecto mais profundo em
relação ao restante da pele — muito comum em casos em que há dificuldade de reparação, como cicatrizesde acne.
 
Fonte: Shutterstock.com
NORMOTRÓFICA
Quando a pele na região da cicatriz fica muito parecida com a pele íntegra.
As cicatrizes são classificadas também pela coloração, podendo ser hipercrônicas (Tecido cicatricial pigmentado.) ou hipocrônicas (Tecido
cicatricial despigmentado.) .
Alguns fatores devem ser levados em conta quanto ao processo de cicatrização, como localização da cicatriz, idade, espessura da pele,
tipo de pele, origem étnica, existência de doenças prévias, uso de medicamentos contínuos e exposição solar (Maior risco de
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hiperpigmentação.) .
Todos esses fatores devem ser avaliados de forma cautelosa, principalmente se o procedimento proposto for algo com uso de agulhas, para
evitar o surgimento de marcas indesejadas na pele.
O melhor tratamento para um paciente que se queixe de cicatrizes é o uso de ativos corretos.
LOCALIZAÇÃO DA CICATRIZ
Áreas de muita movimentação tendem a ter pior recuperação ou aspecto indesejado.
IDADE
Com o passar dos anos, o processo se torna mais lento e irregular.
ESPESSURA DA PELE
A pele mais fina tende a formar cicatrizes atróficas.
ORIGEM ÉTNICA
Algumas etnias têm cicatrização mais intensa, com maior tendência à formação de queloides.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AS ESTRIAS SÃO COMO CICATRIZES NA PELE QUANDO ESTA SOFRE UM ESTIRAMENTO EXCESSIVO,
COM ROMPIMENTO DE SUAS FIBRAS COLÁGENAS E ELÁSTICAS. SOBRE ESSA DISFUNÇÃO, MARQUE A
ALTERNATIVA CORRETA.
A) Existem dois tipos de estrias, as vermelhas, que são mais antigas, e as brancas, que são as recém-formadas.
B) As estrias acometem apenas mulheres na fase adulta e que fazem uso contínuo de corticoides.
C) Existem algumas situações que podem favorecer o surgimento de estrias, como aumento de peso, gravidez, rápido crescimento muscular
e uso de alguns medicamentos.
D) As estrias não têm tratamento estético e, por isso, uma vez formadas, não podem ser revertidas nem amenizadas.
E) As estrias brancas normalmente são sempre revertidas com os tratamentos estéticos.
2. O FIBROEDEMA GELOIDE, MAIS CONHECIDO COMO CELULITE, É UM PROBLEMA QUE AFETA
PRINCIPALMENTE MULHERES E DEIXA A PELE DE ALGUMAS REGIÕES DO CORPO COM O FAMOSO
ASPECTO DE “CASCA DE LARANJA”. SOBRE ESSA DISFUNÇÃO, MARQUE A ALTERNATIVA INCORRETA.
A) A única causa do surgimento das celulites é a alteração hormonal que o paciente sofre ao longo dos anos e, por isso, deve ser tratado
com o endocrinologista.
B) A celulite é classificada em graus, de acordo com o seu comprometimento, podendo ser de grau I, II, III ou IV, que variam do leve ao
grave.
C) A celulite pode ser classificada também como mista, edematosa, flácida ou compacta.
D) Na celulite, ocorre aumento dos adipócitos locais, com comprometimento vascular e do tecido de sustentação.
E) Existem fatores predisponentes, desencadeantes e agravantes que favorecem o aparecimento de celulites.
GABARITO
1. As estrias são como cicatrizes na pele quando esta sofre um estiramento excessivo, com rompimento de suas fibras colágenas e
elásticas. Sobre essa disfunção, marque a alternativa CORRETA.
A alternativa "C " está correta.
 
Os tipos existentes de estrias são as vermelhas (novas) e brancas (antigas), que podem acometer ambos os sexos, em qualquer idade. As
estrias têm tratamento, que pode revertê-las ou amenizá-las, dependendo do caso. As estrias vermelhas são as estrias de mais fácil
tratamento e de maior chance de regeneração.
2. O fibroedema geloide, mais conhecido como celulite, é um problema que afeta principalmente mulheres e deixa a pele de
algumas regiões do corpo com o famoso aspecto de “casca de laranja”. Sobre essa disfunção, marque a alternativa INCORRETA.
A alternativa "A " está correta.
 
Existem fatores predisponentes para o aparecimento de celulites (fatores genéticos, sexo, idade e biótipo corporal), fatores desencadeantes
(alteração hormonal ou uso de medicamentos) e fatores agravantes (sedentarismo, alimentação desequilibrada, aumento de peso, estresse,
fumo, consumo de bebidas alcoólicas).
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acabamos de ter uma visão ampla da importância das etapas de anamnese, avaliação facial e corporal de forma minuciosa e conseguimos
entender mais profundamente as principais disfunções estéticas.
Percebemos que existem muitos procedimentos que podem ser aplicados à mesma disfunção e que cabe a nós escolher o que é mais
adequado ao quadro do paciente, reconhecer suas indicações e contraindicações e sempre evitar as intercorrências. Agora, você está
preparado para avançar ainda mais dentro da área da estética, com a certeza de que o conhecimento adquirido aqui será aplicado na rotina
de atendimento de seus pacientes!
Ouça o podcast com a especialista Allyne Macedo, que fala sobre os tipos de olheiras e o tipo de tratamento para cada uma delas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BOLOGNIA, J.; JORIZZO, J. L.; SCHAFFER, J. V. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2015.
DE MAIO, M. Tratado de medicina estética. 2. ed. São Paulo. Editora Roca, 2011.
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre. Artmed, 2002.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA.
TORTORA, G. J; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. São Paulo: Artmed, 2007.
EXPLORE+
Assista ao vídeo Aprenda todos os músculos da face de uma vez só, disponível no canal Anatomia Fácil, com Rogério Gozzi.
Aprendemos sobre as cicatrizes e vimos que a cicatrização é um processo altamente complexo. Para conhecer um pouco mais sobre
esses dois processos, leia os artigos de revisão Inflamação: entre a regeneração e a cicatrização, de RUH e colaboradores (2013), e
Mecanismos envolvidos na cicatrização: uma revisão, de Balbino e colaboradores (2005), disponíveis na Scielo.
A vasculariazação e invervação da face é altamente complexa. Para entender mais sobre esse assunto, visite os sites Anatomia online
e Paralisia fácil. Nesses sites, temos disponíveis imagens ilustrativas desses dois sistemas, indicando as principais veias, artérias e os
nervos da cabeça e do pescoço. Vale a pena a visita!
Leia e assista à reportagem Tecnologia e inteligência artificial na estética e dermatologia, disponível no site Biomedicina Padrão.
Leia o artigo Celulite: artigo de revisão, de autoria de Afonso e colaboradores, publicado em 2010, na Surg Cosmet Dermatology, e
disponível no site Surgical Cosmetic.
Saiba mais sobre o fototipo dos pacientes, as alterações fisiológicas e clínicas dos tipos de pele e as alterações da pele com o
envelhecimento.
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CONTEUDISTA
Allyne Fandiño Martinez dos Santos Macedo
 CURRÍCULO LATTES
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