Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 1 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG Acesso às vias aéreas Importância: • Suporte avançado a vida • Adequado adestramento • Técnica apropriada • 34% dos processos judiciais ocorrem contra anestesistas • 85% com danos cerebrais – efeito colateral devido ao acesso inadequado • Definição: manutenção da permeabilidade das vias áreas através de um tubo ou cânulas. Intubação traqueal Indicações • Orotraqueal ou nasotraqueal • Conduto livre à passagem do ar; • Para fazer aspirações de secreções de origem pulmonar (DPOC) • Evitar que conteúdo da orofaringe/esôfago/estomago regurgite (pois se isso ocorrer pode haver pneumonia) • Pacientes com oxigenação inadequada (hiposaturando) ou ventilação insuficiente • Falência dos mecanismos de proteção: paciente comatoso, com Glasgow abaixo de oito ou oito, sem reflexos de tosse, uma broncoaspiração, mesmo ventilando normal, por isso se ele regurgitar ou vomitar irá fazer fatalmente uma broncoaspiração. • Trauma das vias aéreas como queimaduras Avaliação das vias áreas • Exame físico Anatomia Nariz Faringe (nasofaringe/orofaringe) Laringe: passar a cânula pelas cordas vocais. • Dividida em supraglote, glote e infraglote • O objetivo é introduzir a cânula na glote • Epiglote • Prega epiglótica • Cordas vocais • Seio piriforme: vai dar origem ao esôfago. Se introduzir a cânula aqui não irá ventilar o paciente. Traqueia • Nariz → orifício nasal → fossa nasal → faringe → laringe → palato duro → palato mole → epiglote → glote → cordas vocais. • É onde a ponta do tubo vai estar posicionada • 18 anéis • 2,5cm de diâmetro • 10/12 cm de comprimento Brônquios • Ângulo direito menor que o esquerdo – se introduzir muito o tubo ele vai para o brônquio D - seletiva • Brônquio direito mais curto • Cuidado para não colocar só em um lado e ventilar só um dos lobos do pulmão Nariz • Desvio do septo: pode ocasionar dificuldade na pré-oxigenação feita com a máscara ou dificuldade na intubação nasotraqueal • Ventilação adequada • Ventilação pré intubação pode ser prejudicada Boca • Abertura mínima de 3 dedos: algumas pessoas não tem uma abertura adequada – dificulta a intubação • Estado geral dentição: dentes grandes dificulta a intubação. • Tamanho da língua: macroglossia Ex.: síndrome de Down Pescoço • Distancia tireomentoniana: min 3-4 dedos o Pessoas com pescoços mais curtos e obesas é mais difícil • Mobilidade da coluna: indivíduos com perda na mobilidade da coluna, com dificuldade de extensão da coluna, não faz hiperextensão da coluna cervical → dificulta intubação o Ex.: idosos com artrose na coluna ou pessoas com artrite reumatoide o A hiperextensão da coluna ajuda na intubação traqueal • Estenose sub-glótica Exames da orofaringe 1.0 Escala de mallampati • Exame feito na consulta com o anestesista – para a avaliar como será a intubação - 4 classes 2 2 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG 1. Palato mole, pilares, úvula, tonsilas palatinas anteriores e posteriores e parede posterior da orofaringe visíveis 2. Palato mole, pilares e úvulas visíveis. 3. Palato mole e base da úvula visíveis. 4. Palato mole parcialmente visível (geralmente tem pescoço curto e língua. Muito difícil de entubar) • Se muito difícil de entubar, tem que achar outra maneira pois o paciente não pode ficar em hipoxia, nesse caso tem que tentar uma Máscara laríngea ou bronquioscópio 2.0 Escala de Cormak & Lehane: Visão da laringe – faz laringoscopia I. Visão completa de toda a abertura laríngea II. Somente da comissura posterior III. Somente da epiglote IV. Somente do palato mole 3.0 Critério de Benumof 1. Tamanho dos dentes: quanto maior mais difícil é posicionar o laringoscópio 2. Retrognatismo: a mandíbula é mais posterior/para trás – dificuldade 3. Protusão da mandíbula: a mandíbula é mais anterior – capacidade de subluxação(deslocar) da mandíbula 4. Distância interincisivo: se o dente é maior, a distância entre eles vai ser menor, diminuindo o espaço, ↓ 4cm ideal 5. Escala de Mallampati: a partir do estágio II já é dificultosa. 6. Conformação do palato: palato ogival é mais difícil 7. Distancia tireomentoniana: maior que 6cm é mais fácil de intubar e visualizar a glote 8. Tamanho do pescoço: curto é mais difícil e longo é mais fácil 9. Largura do pescoço: quanto mais largo, dificulta alinhamento laringe-faringe-boca 10. Extensão adequada: facilita posicionamento 4.0 Critério de Wilson • É baseada no peso do indivíduo e no ângulo de extensão do pescoço. Quanto maior o peso, maior o ponto negativo. Quanto menor a mobilidade da cabeça ou pescoço mais difícil é. Laringoscopia Equipamento básico • Laringoscópio: cabo + lamina (de Macintosh). Na ponta fica uma lâmpada (pode ser LED). A lâmina pode ter até 5 tamanhos, maior n°= maior lâmina Materiais de segurança durante a intubação: • Fonte de oxigênio 100%; • Fonte de aspiração se o indivíduo sangrar ou tiver vomitado, cateter de aspiração traqueal; • Ambu – bolsa de ventilação, • Máscaras e cânulas de diversos tamanhos. Usar máscara laríngea se você não conseguir intubar; • Equipamentos de proteção individual para a equipe toda: máscara/óculos/luvas. EPI Lâminas: • Lâmina de Macintosh: curvas no nº 1 ao 4 • Laminas de Miller: retas do nº 0 ao 3 Técnica de posicionamento da lâmina para intubação orotraqueal • posicionar a ponta do instrumento na valécula, que está localizada lateralmente a base da língua - haverá exposição da epiglote para visualização da glote. 3 3 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG • Pinça de Magil: geralmente utilizada para fazer intubação nasotraqueal para auxiliar a colocação da cânula com mais facilidade, mas pode ser usada na intubação orotraqueal Tubos endotraqueais - Cânulas (tubos) • Traqueais: o Com balonete: insufla pela seringa e serve para manter a intubação bem posicionada, logo abaixo da glote. Mais utilizado em adultos. o Sem balonete: mais utilizados em crianças para evitar lesões na mucosa. O diâmetro das cânulas varia conforme a idade e o peso. o Tem capacidade máxima de insuflar o balonete para não causar isquemia e estenose. • Medidas dos tubos o Prematuro (abaixo de 1000g): 2,5 o Prematuro (mais de 1000g): 3,0 o Neonato/ 6 meses: 3,0 a 3,5 o Lactente (6 meses/1 ano): 3,5 a 4,0 o Lactente (1 a 2 anos): 4,0 a 5,0 o Adulto: 7,5 a 8,0 Equipamentos e materiais • Jaleco, Pinça de Magil, Aspirador, Estetoscópio, Abaixador de língua, Oxímetro, Capnógrafo: dá a certeza de que foi entubado certo (mede CO2)e Fonte de oxigênio Preparo de acesso as vias aéreas • Pré oxigenação: ↑ PO2 , ↑ o tempo para fazer a laringoscopia • Monitorização o Oximetria de pulso o Capnografia (confirmação) • Medicação: o Sedativo o Relaxamento muscular o Metoclopramida o Cimetinida o Omeprazol • Maioria das vezes o paciente está em jejum e é feita a sedação → relaxante muscular • Alguns pacientes na emergência, estão com o estomago cheio tendo risco da sedação e relaxamento fazerem com que ele vomite, a intubação deverá ocorrer com o paciente acordado, para preservação dos reflexos de tosse e impedir possível broncoaspiração. • Usar Lidocaína (xilocaína) em spray ou gel para diminuir o esforço na via aérea, colocados na canula para facilitar o deslizamento e diminuir a dor no pós operatório • Medicamentos na pré intubação: relaxantes musculares, sedativos, anti-eméticos, bloqueadrores de bomba. o Metoclopramida: anti-emético o Cimetidina: bloqueia a secreção de ácido gástrico o Omeprazol: bloqueador da bomba Intubação orotraqueal Critérios de intubação • Insuficiência respiratória aguda: paO2<60mmhg/pCo2>50mmhg • PCR (Parada cardiorrespiratória) • Instabilidade hemodinâmica • TCE-Glasgow<8- coma •Ventilação Mecânica • Anestesia Geral Contraindicações IOT (intubação orotraqueal) • Abscesso de faringe na via aérea você não vai conseguir; • Algum edema, algum processo inflamatório na epiglote, como uma epiglotite epidêmica; • Traumatismo de face, alguma alteração anatômica; • Tumores com deformidade de vias aéreas alta, como na faringe ou laringe. O tubo não vai conseguir passar, impossibilita a intubação. • Obs.: nesses casos procura-se algum outro acesso, como a traqueostomia eletiva • Amigdalite não é uma contraindicação • São contraindicações quando há alguma alteração na anatomia do local onde vai passar o tubo Posicionamento boca-faringe-laringe • 3 eixos o Eixo oral: ângulo de 90º com a mesa o Eixo faringe: ângulo de 60 a 70° o Eixo laringe • Paciente em decúbito dorsal, hiperestendendo o pescoço, para deixar o mais paralelo possível → situação C da figura • Facilita a passagem da cânula • Pacientes com lesão na cervical não pode fazer hiperextensão PaO2 normal (ou pO2) é de 80 a 100 mmHg ao nível do mar. A pO2 diminui no idoso; o valor de indivíduos de 60 a 80 anos de idade varia de 60 a 80 mmHg. Refere-se à quantidade de oxigênio ligado à hemoglobina. A saturação normal de hemoglobina varia de 93 a 99%. 4 4 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG Região glótica • Visão da glote → Epiglote → prega direita e esquerda • Cordas vocais frente a glote • Introdução do laringoscópio pela boca → elevação da valécula → base da língua • Deve-se evitar contato com os dentes, pois se fizer uma alavanca há grandes riscos de fratura dos dentes. • Distancia da cavidade oral até logo abaixo da glote → 22/23cm Insuflação de cuffin • Insufla o cuffin → coloca o estetoscópio no pulmão → ventila → escutar murmúrio vesicular simétrico → normal • Caso não ausculte o múmurio vesícula e sim um murmúrio gástrico → intubação errada → estômago Intubação Nasotraqueal Características • Menos comum • Introdução da cânula pelo nariz → orofaringe → procurar visão da laringe com larigoscopio → uso da pinça de Magil para posicionar na glote. • Em suspeita de fratura de base de crânio → NÃO SE FAZ Via aérea difícil • Quando há dificuldade de ventilação sob máscara, dificuldade de intubação traqueal ou ambas. • Intubação sob máscara: na intubação eletiva pré oxigenar o paciente (com a fonte de oxigênio 100% há o aumento da p02 e ↑ tempo para a instrumentalização com laringoscópico e introdução da cânula) - manobra chamada de ventilação • Ventilação (com máscara) x intubação • Alguns pacientes impossibilitam a pré-oxigenação por alguma alteração anatômica. Causas de dificuldade de ventilação sob máscara: • Operador único: precisa-se de pelo menos um auxiliar. Ex.: enfermeira, técnico, fisioterapeuta. • Cianose • Ausência de CO2 exalado • Ausência de expansibilidade torácica • Distensão gástrica • Obstrução intestinal • Gestantes • Obesos Vias áreas reconhecidas difíceis: • Fratura na coluna cervical • Tumores na cabeça e pescoço • Trauma de face • Sequela de queimaduras • Anquilose de ATM • Síndromes congênitas • Fenda palatina • Prognatismo • Hipoplasia maxilar • Obesidade mórbida 5 5 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG Alternativas para manuseio de intubação difícil: • Despertar o paciente: se for cirurgia eletiva, ex colicistectomia, acordar o paciente e dar um sedativo de ação + rápida • Mascara laríngea: não passa através da glote, por cima da laringe. Não precisa de laringoscópio. • Estilete luminoso: por dentro da cânula passa uma fonte de luz - observar pela trans iluminação se está no local certo, na laringe. Se estiver no esôfago, não haverá iluminação. • Broncoscópia: exame feito para a endoscopia da via aérea. É flexível, possibilitando a visão. Deve-se colocar o broncoscópio via oral, ver e ter a mobilidade dentro do paciente para chegar na glote. Cânula → passa a glote → empurra a cânula via traqueal. Mais utilizado. • Intubação retrógrada: mais invasiva. É feito uma punção logo abaixo da narina e através da agulha, coloca-se um fio guia que vai sair na orofaringe. Risco de sangramento da via aérea. Menos indicado. • Intubação com paciente acordado: preservar reflexo da tosse • Bougie Situações Paciente com estomago cheio: • Risco de regurgitação/broncoaspiração o ideal é passar uma sonda nasogastrica. • Anti-emético / antagonista h2 • SNG • Não se usa mascara • Intubação acordado – não vai pré ventilar • Trauma/emergência/gestantes/abdome agudo Obstrução instestinal/abdome hiperestendido • Necessária anestesia geral • Não se faz uso de máscara para pré ventilar → alto risco de regurgitação e cair na via aérea • É indicado intubação acordada → reflexo de tosse, caso o conteúdo caia conteúdo gastrointestinal na via aérea. Paciente obeso • Dificuldade técnica de laringoscopia: cavidade oral mais difícil de manipular, pescoço curto • Dificuldade de ventilação máscara facial • Tendência hipóxia • Redução da capacidade residual funcional (atelectasia): pressão abdominal tem maior tendência a fazer atelectasia. • Retardo de esvaziamento gástrico • Pré oxigenação não aumenta tempo de apneia antes do aparecimento de hipoxemia. Paciente pediátrico • Peculiaridades anatômicas e fisiológicas • RN e lactente • Cabeça e língua maiores • Traqueia curta • Estreitamento infraglótico – escolha da cânula • Epiglote em ômega – pode dificultar a visualização • Cuidados com os dentes de leite Gestante • Dificuldade de ventilação e intubação • Tendência a hipoxemia/regurgitação/aspiração • Redução da capacidade funcional residual • Alta taxa metabólica de O2 – 20% • Progesterona • Constipação devido a trânsito intestinal mais vagaroso • Maior acidez gástrica • Fácil relaxamento do esfíncter esofágico → mais chances de regurgitação Problemas para entubar • Chamar ajuda • Cirurgião faz traqueostomia • Alguém pode fazer uma bronquioscopia Traqueostomia Definição • Operação que realiza uma abertura e exteriorização da luz traqueal • Usada em pacientes de via aérea difícil • Não é a primeira escolha, a primeira é a cricostomia • É feita a partir do segundo/terceiro anel traqueal → demanda de uma unidade cirúrgica maior Anatomia cirúrgica Laringe • Esqueleto cartilaginoso rígido • As três principais cartilagens envolvidas na função respiratória, vocal e 1ª e 2ª fase da deglutição são: cartilagem tireóide, cartilagem cricóide e par de cartilagens aritenóides. 6 6 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG • A membrana cricotireóidea faz a ligação da borda inferior da cartilagem tireóide à cartilagem cricóide → “vezinho”, local em que se faz a cricostomia devido ao pequeno número de vasos. • Espaço subglótico Traqueia • Anteriormente ao esôfago • Borda inferior da cricóide → carina • 2º anel traqueal → istmo tireóide • Parede post-membranáceo • Flexibilidade (flexão-extensão) • Vascularização-rede anastomótica submucosa Indicações • Disfunção laríngea • Paralisia das cordas vocais • Pós AVC • Pós Trauma ou traumatismo • Queimaduras/corrosivos • Edema glote das vias aéreas • Anomalias congênitas • Corpos estranhos • Infecções • Neoplasias • Manejo pós-operatório: a gente faz muita traqueostomia profilática, protetora. Às vezes você faz alguma cirurgia extensa na cavidade oral em que pode sangrar e entrar na via aérea, então você faz a profilática. • Apneia do sono em casos severos • Idade avançada • Perda muscular • Suporte ventilatório: Indivíduos que estão muito tempo na UTI ou que vão ficar muito tempo na ventilação mecânica. Obstrução das vias aéreas • Disfunção laríngea – paralisia das cordas vocais, pós AVC, pós tireoidectomias. • Trauma – traumatismos maxilofaciais graves, traumatismosdo pescoço/laringe/hipofaringe/traqueia/lesões medula cervical (impossibilidade de movimentação do pescoço – EOT) • Queimaduras e corrosivos – edema de glote das cias aéreas • Corpos estranhos • Anomalias congênitas – estenose de glote ou subglótica • Infecções – epiglote, difteria • Neoplasias • Manejo pós-operatório → cirurgias cavidade oral/laringe • Apneia do sono → casos severos. Limpeza das vias aéreas • Idade avançada • Fraqueza • Doença neuromusculares: dificuldade em expelir secreções traqueobrônquicas. Suporte ventilatório • Complicações de intubação endotraqueal (EOT) prolongada o Lesões na mucosa o Estenose glótica subglótica o Estenose traqueal o Abcesso cricóide • Após 7-10 dias EOT considerar traqueostomia (TQT) • Casos que prevê antecipadamente tempo maior 14 dias – TQT Tipos de cânulas • Tubos com cuffin de baixa pressão o Mole → diminui o risco de lesão na mucosa o Permitem ventilação mecânica com pressão o Pressão ideal cuff 25 mmHg o Não evitam estenose completamente, mas diminuem consideravelmente. • Permitem higiene pelo próprio paciente – canula metálica, quando o paciente já esta indo para o quarto – não tem cuff - Cânula intermediária • Antigamente eram usados tubos que precisavam ser trocados de 7 a 10 dias, pois a pressão no cuffin era muito grande, fazendo estenose, lesão nas mucosas. Obs.: traqueostomia é uma opção de facilidade, até para higiene e manipulação do paciente. Ex.: paciente que teve AVC isquêmico e vai precisar usar por muito tempo. Contraindicações relativas • Evitar traqueostomias de urgências - Complicações 2 a 5 vezes maiores 7 7 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG • Evitar TQT à beira do leito - Exceção – ambiente de UTI Técnica operatória • Paciente hiperestendido com um coxim embaixo dos ombros para não mexer a cabeça; • Assepsia e anti-sepsia do campo operatório • Infiltração anestésica do campo operatório. • A incisão deve ser transversal logo acima da fúrcula, com 3 a 5 cm, a uma polpa digital abaixo da cartilagem cricóide. • Musculatura prétraqueal (esternohióideo e esternotireóideo) é separada. • O istmo tireoideano é deslocado cranialmente por dissecção romba • Incisão horizontal é então realizada entre o terceiro e quarto anel traqueal • Abertura traqueia o Corte transversal em T ou - o Corte em cruz + o U invertido • Introdução da cânula → introdução do cuffin → insufla → colocação do ventilador ou ambu. Tipos de acesso a via aérea 1. Cricotireoidostomia: Via de acesso provisória. • Acesso cirúrgico pela região da membrana cricotireóidea. • Secçao: incisão com colocação da cânula • Situação emergencial • Contraindicado para menores de 10 anos • Acesso rápido e seguro • Converter para TQT (trico) em 24hrs • Complicações: morbi motarlidade pequena, menor que 1%. • Não fazer muito perto da cartilagem cricoide 2. Cricotireoidostomia percutânea (agulha): • Mais fácil • Acesso cirúrgico pela região da membrana cricotireóidea. Duas dormas de se fazer: o Acesso cirugico por punção: acesso as vias areas, através da membrana cricotireoidea, através da punção desta membrana com um abocath (jelco) de grosso calibre. ▪ Indicada para criancas menores de 10 anos → não tem complicação de estenose pós procedimento ▪ Funciona bem em crianças e individuos magros • Ventilação com alto fluxo de O2-10l/min • Ventilação por pouco tempo 3. Traqueostomia alta 4. Traqueostomia transístimica 5. Traqueostomia baixa 6. Traqueostomia mediastinal anterior 7. Traqueostomia percutânea: • Execução mais rápida • Pode ser realizado por não especialista • Deve ser realizada em condições eletivas • > 16 anos • Evitar: Aumento da glândula tireoide, anéis traqueais calcificados, cuidar pacientes com bócio Complicações traqueostomia: • Década 20 – mortalidade de 25% • Metodização: redução morte 1% • Atualmente: Morbidade de 6%, mortalidade menor 1% Complicações intra-operatórias: • Sangramento: manter dissecção na linha média evita lesão das artérias carótidas e veias jugulares • Mau posicionamento do tubo -falso trajeto – acesso alto ou baixo • Laceração traqueal e fístula traqueoesofágica -Dissecção lateral • Lesão do nervo laríngeo recorrente • Dissecção lateral • Pneumotórax e pneumomediastino • Parada cardiorrespiratória: perda de controle das vias aérea-Considerar sempre anestesia local ou sedação mínima Complicações precoces: • Sangramento: maior causa de complicações precoce, sangramento vultuosos são raros • Infecção da ferida 8 8 Marceli Bernardon TXIX Medicina FAG • Enfisema subcutâneo: incidência 5%, verificar pneumotórax/pneumomediastino • Obstrução da cânula • Desposicionamento • Disfagia Complicações tardias: • Estenose traqueal e subglótica-cânula próxima a glote/1º anel traqueal (estenose subglótica) - isquemia causada pelo cuff • Fístula arterial traqueoinominada: incidência menos de 1%-correção deve ser imediata • Fístula traqueoesofágica: incidência 1% - pressão cuff x SNG • Fístula traqueocutânea: tratamento: ressecção do trato epitelial • Dificuldade de extubação: tratamento: diminuição gradativa do diâmetro da cânula
Compartilhar