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Guia de Estudos da Unidade 2 - Direito Empresarial

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Direito Empresarial
UNIDADE 2
1
UNIDADE 2 - DIREITO TRIBUTÁRIO APLICADO À PESSOA JURÍDICA 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL
Apresentação da Disciplina
Este segundo módulo que compõe a disciplina de Direito Empresarial tem como prin-
cipal foco o regime tributário nacional. E será dividido em três etapas, onde discuti-
remos o regime tributário nacional, os riscos do inadimplemento e as situações de 
bitributação.
Recomenda-se mais uma vez, como principal material de apoio doutrinário, a segun-
da parte do livro Direito Empresarial, do autor George Niaradi, publicado pela editora 
Pearson e disponível na biblioteca virtual. 
Caso ainda tenha dúvidas e precise de mais apoio, utilize nossos fóruns e demais 
obras disponíveis na BUP. Caso deseje algo fora desse material de apoio, procure a 
leitura da parte geral do Curso de Direito Tributário, escrito por Hugo de Brito Machado 
e editado pela Malheiros Editores (não disponível na BUP). Nessa etapa, você deverá 
ser estimulado a procurar, nos sítios oficiais dos Tribunais Superiores, produção juris-
prudencial complementar aos seus estudos.
 
Uma segunda série de recomendações é necessária, ela se refere à consulta da 
legislação pátria como comentamos na parte anterior. Aqui se torna especialmente 
importante a consulta aos artigos seguintes ao 145 da atual Constituição Brasileira. 
Também como o Código Tributário Nacional (Lei 5.172/66) e a Lei de Crimes Contra a 
Ordem Tributária (Lei 8.137/90). 
 
Iniciamos sedimentando alguns conceitos jurídicos tributários básicos. Após uma rápi-
da visão do que seria o Direito tributário e suas fontes, como por exemplo, a doutrina, 
jurisprudência e lei tributária, passa-se a análise do que seria obrigação tributária. 
Para tanto, utilizaremos a Constituição da República para dar gênese ao Sistema 
Constitucional Tributário e o Código Tributário nacional como definidor do conceito 
legal de tributo. Nessa etapa verificam-se os tipos de tributo, a competência para sua 
instituição e a finalidade dos mesmos.
 
Uma vez feita essa análise, passaremos ao entendimento do que seria a obrigação 
tributária em seu polo passivo e ativo. Ou seja, quem seria o credor e o devedor da 
referida obrigação. Assim, entendem-se as diversas modalidades de lançamento do 
crédito tributário, de sua extinção e suas consequências legais.
 
Em seguida, passaremos ao estudo dos riscos do inadimplemento. Uma vez separa-
das as espécies de obrigações tributárias, o foco será transferido para a administra-
ção pública e a sua capacidade de fiscalização tributária. A autoridade administrativa 
2
é responsável pela apuração dos ilícitos tributários, definidos na lei 8.137/90. 
 
Como parte final do estudo do inadimplemento, analisamos a possibilidade desse pro-
duzir efeitos na esfera penal. Verificamos a punibilidade e sua extinção, bem como a 
diferença entre elisão, evasão e conluio, ressaltando a licitude da primeira e a ilicitude 
das duas últimas. 
1. O sistema tributário no Brasil
Tributar é retirar do patrimônio particular para o patrimônio público com o intuito de fi-
nanciar este poder. Nesse sentido, verificando a constituição, seria necessária a exis-
tência de previsão dessa possibilidade em seu texto (já que o direito a propriedade 
também é constitucionalmente descrito) e, como aparece mais adiante, de lei que crie 
esta obrigação de pagar o tributo. 
Para simplificar essa análise, vamos fazer a seguinte construção: 
3
E como fica isso na legislação?
Constituição: 
1. Cria os tributos
2. Determina seu complemento no CTN
Glossário legal
O Código Tributário traz uma série de conceitos que são imprescindíveis para a com-
preensão do sistema tributário. Aqui está uma pequena lista dos mais importantes 
conceitos:
•	 Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em 
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
4
•	 Fato Gerador:
Uma vez criado o tributo pela lei, existirá a hipótese tributária. Uma vez ocorrendo, 
no mundo real, a hipótese tributária, haverá o fato gerador. Existindo o fato gerador 
existirá também a obrigação tributária. Ou seja: 
 
Atenção: o fato gerador é o centro de todo entendimento tributário. Se ele não acon-
tecer, não haverá obrigação de pagar tributo, bem como é ele quem define que es-
pécie de tributo estamos tratando (imposto, taxa...). Assim, não há como a lei dizer 
que algo é taxa se o fato gerador (que é algo do mundo real) é de imposto. Isto atribui 
estabilidade a todo o sistema tributário. 
•	 Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação inde-
pendente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
Vamos chamar esta situação independente de qualquer atividade estatal es-
pecífica de “desvinculação”. Significa, simplesmente, que uma vez que se 
paga o imposto, não existe uma contraprestação específica para seu paga-
mento.
• As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pe-
los Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato 
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou 
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte 
ou posto à sua disposição. Ou seja, a taxa é o tributo vinculado ao exercício 
regular do poder de polícia ou serviço público específico e divisível (ex. taxa 
de bombeiros e taxa de licenciamento de automóvel).
5
• A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é 
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valori-
zação imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite 
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel bene-
ficiado. Ou seja, se uma obra pública valorizou um imóvel particular, pode-se 
cobrar (havendo lei específica e autorização orçamentária) contribuição de 
melhoria. 
Competência tributária:
A regra geral determina quem poderá cobrar que tributo no nosso sistema. Deve-se 
ater às seguintes regas, sabendo que quem cobra aproveita o produto arrecadado, 
exceto nos casos previstos na Constituição (arts. 157-161 da Constituição):
6
Limites à atividade tributária (art. 150 – 152 da Constituição Federal)
Os limites à atividade tributária encontram-se presentes entre os artigos 150 e 152 da 
Constituição federal. Nesse sentido, fica mais fácil encontrar esses limites se deslo-
carmos os artigos para dentro da seguinte tabela:
7
Ainda existe no sistema tributário uma importante limitação chamada de imunidade 
que se aplica exclusivamente aos impostos. O que significa que nos casos abaixo não 
se pode cobrar nenhum imposto.
 
8
Crédito tributário
O crédito tributário surge com o seu lançamento. Vamos tirar do CTN as partes mais 
importantes e em seguida construir um fluxograma para facilitar nossa compreensão:
1. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário 
pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verifi-
car a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a maté-
ria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, 
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. (art. 142 do CTN)
 
2. O lançamento é efetuado:
• Com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou 
outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa 
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
•	 De ofício (e revisto) pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
1. quando a lei assim o determine;
2. quando a declaração nãoseja prestada, por quem de direito, no prazo 
e na forma da legislação tributária;
3. quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado decla-
ração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na 
forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado 
pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste 
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
4. quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer ele-
mento definido na legislação tributária como sendo de declaração obri-
gatória;
5. quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa le-
galmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo 
seguinte;
6. quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro 
legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniá-
ria;
7. quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício 
daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
8. quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por oca-
sião do lançamento anterior;
9. quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou 
falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma 
autoridade, de ato ou formalidade especial.
9
• Por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da auto-
ridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, toman-
do conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente 
a homologa.
 
Suspensão do crédito: 151 CTN
A suspensão do Crédito Tributário é a situação onde aquele crédito, apesar de existir, 
não pode ser cobrado. Ou seja, ele existe, mas está temporariamente inexigível, como 
se vê abaixo:
Art. 151 do CTN:
Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação ju-
dicial; 
VI – o parcelamento.
Extinção do crédito 156 do CTN
A extinção do crédito acontece, via de regra, pelo seu pagamento. Contudo existem 
outras hipóteses onde ela pode ocorrer. O resultado da extinção é o fim do crédito 
tributário e de sua exigibilidade. 
10
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no 
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrati-
va, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado;
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Responsabilidade Tributária
Sujeito passivo da responsabilidade tributária (121 - 138 CTN)
11
Terceiros:
Fiscalidade e extrafiscalidade:
Os tributos de fato são a principal parcela de receita financeira do Estado, essa ca-
racterística chama-se de fiscalidade. Contudo, em alguns casos os tributos têm ca-
racterísticas que vão além do simples gerar receita, eles têm a função de estimular 
condutas ou de desestimular as mesmas (extrafiscalidade). 
A CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico) é um importante exemplo 
dessas extrafiscalidade. 
Verifique o link abaixo, do site da Receita Federal e identifique esta característica:
http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/cidecomb/default.htm
12
Atenção! Aproveite o link e verifique os tributos federais aos quais estão vinculadas às 
empresas, na barra de exploração que fica acima do texto.
 
Administração dos tributos
De acordo com o art. 37, XXII da Constituição Brasileira, as administrações tributárias 
dos entes federativos são atividades essenciais ao Estado, devendo ser exercidas por 
servidores de carreiras específicas.
O site da Secretaria da Fazenda do Estado do Pará tem uma apresentação interes-
sante sobre esse sistema. Siga o link, baixe a apresentação em PowerPoint e verifi-
que as informações lá descritas: http://sereduc.com/q8K0uL
Se preferir, também pode consultar o texto abaixo: http://sereduc.com/cy7oMa
Crimes contra a ordem tributária
Entenda que uma vez que o agente que deve o tributo e é responsável pelo seu lan-
çamento deixa de fazê-lo, ele estará praticando um ato ilícito. Contudo, existe na lei 
8.137 de 1990 (http://sereduc.com/NxwCtR), uma série de atos que constituem infra-
ções penais, que são os crimes de sonegação fiscal. 
Transcrevi os artigos abaixo, recomendando que (como se faz na análise penal) você 
preste atenção aos verbos que descrevem as condutas penais.
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contri-
buição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo 
operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qual-
quer outro documento relativo à operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou 
deva saber falso ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento 
equivalente, relativa à venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetiva-
mente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 
(dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor comple-
xidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, caracteriza 
a infração prevista no inciso V.
13
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou 
empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento 
de tributo;
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição so-
cial, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e 
que deveria recolher aos cofres públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qual-
quer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de 
contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo 
fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvol-
vimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao 
sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa 
daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
O terceiro artigo identifica conduta que se atribui a funcionário público:
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no De-
creto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha 
a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, 
acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,ainda que fora da função, ou antes, de iniciar seu exercício, mas em razão 
dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar 
de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa;
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a adminis-
tração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Quanto à aplicação das penas, o código penal (http://sereduc.com/MudrQ8) indica: 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de 
liberdade, quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime 
não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que 
seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso;
14
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa 
substituição seja suficiente.
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita 
por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena 
privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos 
e multa ou por duas restritivas de direitos.
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, 
desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente re-
comendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do 
mesmo crime.
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quan-
do ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da 
pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da 
pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de deten-
ção ou reclusão. 
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o 
juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-
-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior.
Entende-se, portanto, que com exceção a pena de 5 anos do artigo primeiro da lei 
8.137/90, as demais penas serão convertidas em restritivas de direitos e multa, não 
impedindo, contudo a cobrança do valor do tributo devido.
Parcelamento dos débitos:
No lugar de sonegar, portanto, e/ou cometer um ato ilícito quando não se pode pagar 
o debito tributário, a melhor recomendação é fazer o seu parcelamento. O processo é 
bastante simples e está descrito no site da Receita Federal. Siga o link e veja como é 
fácil: http://sereduc.com/Yuqh37
Dica! Para dúvidas quanto ao sistema tributário e tributos federais, procure a respos-
ta no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br). A maioria das perguntas 
pode ser respondida pelos informativos que lá estão. 
As situações de Bitributação Nacional e Internacional
• Bitributação: quando dois entes tributários cobram dois tributos sobre o mes-
mo fato gerador, ocorrendo a invasão de competência tributária. Nossa cons-
tituição não veda a bitributação expressamente, mas proíbe a invasão de um 
ente na esfera tributária de outro.
• Bitributação internacional: ocorrerá quando existir:
• identidade do objeto; 
• identidade do sujeito(contribuinte);
15
• identidade do período tributário; 
• identidade de imposto.
Sobre a bitributação internacional recomendo a leitura do artigo abaixo, que define de 
forma rápida e simples esse fenômeno:
http://sereduc.com/NuhUqI
Finalização da etapa
Acredito que ao concluir o estudo, você já terá capacidade para entender melhor o sis-
tema tributário brasileiro e aplicá-lo em sua atividade profissional. Lembre-se, surgirão 
muitas dúvidas quando você estiver aplicando esse conhecimento em sua atividade 
profissional. Quando isso acontecer, o primeiro lugar onde você deve fazer a consul-
ta é no nosso Código Tributário. Em seguida, visite a página da Receita Federal. Se 
mesmo assim a dúvida persistir, não deixe de buscar nossa ajuda nos fóruns!
Bons estudos e sucesso.
Estudo de caso:
Como Estudo de Caso proposto, um case de confisco fiscal onde competências tribu-
tárias de vários Estados soberanos mostravam-se capazes para o tributo. O referido 
case encontra-se na página 62 do livro de Niaradi, publicado pela editora Pearson, 
antes menciona

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