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CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO Métodos de Controle Microbiano: Químicos: · Álcool; · Soluções de Iodo; · Hipoclorito de Sódio; · Clorexidina; · Glutaraldeído; · Formaldeído; · Óxido de Etileno. Métodos químicos: Características ideais: · Alta eficácia germicida (matem bactérias/vírus/fungos); · Estabilidade química (preferível solúvel em água e líquidos orgânicos); · Fácil preparo e aplicação; · Não tóxico, não corrosivo; · Efeito residual prolongado (agir no momento e ter uma ação prolongada – ex: clorexidina). Mecanismo de ação: · Lesão nas membranas celulares (desnaturação proteica; solubilização de lipídeos); · Inativação de proteínas (enzimas); · Danos ao material genético. Classificação dos agentes químicos: · Esterilização química: formaldeído (18h), glutaraldeído (10h), ácido peracético (30 min). · Desinfetantes de Alto nível: destruição de todas as formas de microrganismos, exceto esporos (ex: glutaraldeído, ácido peracético, formaldeído). · Desinfetantes de Nível intermediário: destroem o bacilo da tuberculose, mas não todos os vírus hidrofílicos (Ex: álcool, compostos iodóforos, hipoclorito de sódio, fenóis sintéticos, etc). · Desinfetantes de Baixo nível: não agem sobre o bacilo da tuberculose. Agem em algumas bactérias vegetativas e vírus (Ex: compostos de amônia quaternária, etc). Controle microbiano: · Artigos críticos: atingem os tecidos subepiteliais. Devem ser esterilizados; · Artigos semicríticos: em contato com pele não íntegra ou com a mucosa íntegra. Devem ser esterilizados; · Artigos não críticos: Instrumentos ou dispositivos que entram em contato apenas com a pele intacta. Podem sofrer desinfecção de nível intermediário. Métodos Químicos: Álcoois: · Ação: desnaturação proteica, solubilização de lipídeos; · Desinfecção de superfícies; antissepsia da pele (nível intermediário) · [ ] 70% → maior eficácia; · Não é aplicável para: materiais acrílicos, borrachas e tubos plásticos. Soluções de Iodo: · Ação: inativação proteica; · Antissepsia da pele (nível intermediário); · Álcool iodado: 0,5-1,0% iodo + álcool 70%; · Não é aplicável para: plásticos e materiais não resistentes à oxidação. Algumas pessoas têm alergia ao Iodo, sendo substituída pela Clorexidina (1%). Hipoclorito de Sódio: · Ação: inativação proteica; · Desinfecção de superfícies e artigos; descontaminação localizada; · 1,0% de cloro ativo: 10 min; · Alta ação corrosiva e descolorante. Clorexidina: · Ação: lesão na membrana plasmática; · Antissepsia da pele (a 1%) e membranas mucosas (0,12%). Formaldeído: · Ação: inativação proteica; · Esterilização: tempo mín. 18h (solução aquosa 10% ou solução alcoólica 8%); · Vapores irritantes, carcinogênico. Não possui mais tanta aplicação. Glutaraldeído: · Ação: inativação proteica; · Esterilização de artigos termossensíveis – 10h; · Desinfecção – 30min. Ácido Peracético: · Ação: desnaturação proteica; alteração na permeabilidade da parede celular; · Alternativa para o glutaraldeído; não é poluente e não é carcinogênico; · Atóxico, biodegradável; · Esterilizante químico (30min); · Desinfecção de alto nível em produtos termossensíveis (10 min); · Irritação leve. É caro. Passos de esterilização/desinfecção: · Primeiramente deve estar lavado com água e sabão, e posteriormente seco; · Imergir o artigo em solução adequada; · Tempo ideal de exposição e múltiplos enxágues; · Secagem e acondicionamento adequados. Lavagens das mãos: Em pesquisas bacteriológicas cuidadosas, Price verificou a eficiência do método de antissepsia das mãos geralmente usada pelos cirurgiões, chegando às seguintes conclusões de grande interesse prático: · Escovar as mãos com água e sabão (detergente), reduz a flora bacteriana em 50% a cada 6 minutos. Pode-se calcular, conhecido o número de microrganismos pré-existentes nas mãos, que seria necessário escova-la durante 2-3 h para se obter uma antissepsia satisfatória. · Álcool 70ª mostrou grande eficácia, produzindo em 1 minuto o mesmo efeito que a água e sabão (detergente) em 6-10 minutos. Métodos Físicos: Calor: · Úmido: fervura, autoclavação, pasteurização; Tyndalização; · Seco: flambagem; incineração; forno de Pasteur; Baixas temperaturas: · Refrigeração, congelamento, liofilização Pressão osmótica; Filtração; Radiação: · Ionizante: raios-x; raios gama; · Não ionizante: raios UV. Calor úmido: Fervura: · Ação: desnaturação proteica; · Mata bactérias, fungos e alguns vírus em 10-15 minutos; · Não é eficaz para endósporos; · Utilização caseira: alimentos e água. Autoclavação: · Ação: desnaturação de proteínas e ácidos nucleicos; · Usa vapor saturado sob pressão; · Esterilização: 15 libras/polegada² (1atm) a 121°C por 15min; · Utilização: meios de cultura, soluções, utensílios resistentes à altas temperaturas, gaze, panos; · Cuidados: eliminar todo o ar do interior da autoclave; disposição do material deve permitir a penetração do vapor; · Indicadores químicos para autoclave: fitas (crepes), tiras adesivas; · Indicadores biológicos: autoclave – bacillus stearothermophilus, frequência: avaliação semanal). Calor seco: Forno de pasteur (estufa): · Ação: oxidação molecular, desnatura proteínas; · Temperaturas x Tempo: 170°C por 1h ou 160°C por 2h; · Utilização: vidrarias, materiais resistentes à altas temperaturas, objetos de metal, pó, óleos; · Cuidados: observas a temperatura no termômetro; contagem do tempo. Flambagem: · Ação: oxidação cinzas; · Utilização: alça de platina, agulha de platina, etc. Incineração: · Ação: oxidação cinzas; · Utilização: resíduos hospitalares, carcaças de animais, etc. Baixas temperaturas: Refrigeração: · Reduz as taxas das reações controladas por enzimas; · Uso: manter alimentos por alguns dias (5°C); · Não mata microrganismos. Congelamento: · Reduz grandemente as taxas das reações controladas por enzimas; · Uso: conservar alimentos por meses (-20°C); · Não mata microrganismos. Pressão osmótica: · Maior concentração de sal, açúcar; · Criação de meio hiperosmótico; · Provoca a morte dos microrganismos presentes e inibe crescimento de novos; · Há o crescimento de organismos halofílicos. Filtração: · Passagem de um líquido ou gás através de um material semelhante à uma tela, com poros pequenos o suficiente para reter os microrganismos. · Remoção mecânica de microrganismos em meios ou soluções líquidas (celulose, polímeros plásticos) e o ar (HEPA – High Efficiency Particulate Air); · 0,20 a 0,45um para maioria das bactérias; 0,01um para vírus; · Utilização: produtos líquidos termolábeis (vacinas, enzimas, drogas, etc); filtração do ar em câmaras e salas; capelas de fluxo laminar. Radiação: Ionizante: · Raios X e Raios Gama; · Ação: destroem o DNA, formam radicais livreis superativos; · Alto custo (raios gama); · Utilização: esterilizar plásticos, equipamentos médicos (seringas, sondas, equipos) e alimentos (frutas). Não ionizante: · Raios UV (mais ou menos 260nm); · Ação: danifica o DNA ligações entre timinas; · Utilização: redução microbiana no ar em salas de cirurgia, biotérios, laboratórios; · Baixo poder de penetração: ação em superfícies.
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