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Resumo de antibióticos 2018

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Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
1 
 
@medresumosoficial 
interMEDRESUMOS 2018 
Arlindo Ugulino Netto 
 
ANTIBIÓTICOS 
 
RESUMO DE MICROBIOLOGIA 
Principais bactérias GRAM POSITIVAS de importância médica 
Cocos Gram Positivos 
Staphylococcus - Coagulase positivos: S. aureus (foliculites, abscessos, celulite, endocardites, pneumonia grave, etc.). 
- Coagulase negativos: S. epidermidis (endocardite precoce em valva protética); S. saprophyticus (causa ITU). 
Streptococcus - Beta-hemolíticos: 
 Grupo A: S. pyogenes (causa faringite, escarlatina, piodermite, febre reumática, glomerulonefrite). 
 Grupo B: S. agalactiae (causa infecções em neonatos: meningite, bacteremia, sepse). 
- Não beta-hemolíticos: S. pneumoniae / Pneumococo (são alfa-hemolíticos; causadores clássicos da 
pneumonia); S. bovis. 
- Grupo viridans: são alfa-hemolíticos ou não hemolíticos frequentes nos dentes; podem causar abscessos 
dentários ou endocardite subaguda (em valva nativa). Ex: S. milleri; S. mitis; S. mutans; S. salivarius. 
Enterococcus E. faecalis; E. faecium. 
Bacilos Gram Positivos 
Aeróbicos - Bacillus: B. anthracis; B. cereus. 
- Listeria: Listeria monocytogenes (causadora de meningite em recém-nascidos, pacientes após 55 anos, 
gestantes, imunossuprimidos, após neurocirurgias ou com infecção de shunts). 
- Corynebacterium: C. diphtheriae; Corynebacterium sp. 
- Nocardia: N. asteoides; N. brasiliensis; N. farcinica. 
Anaeróbicos - Clostridium: C. tetani (causador do tétano); C. botulinum (causador do botulismo); C. difficile (causador da 
colite pseudomembranosa); C. perfrigens (causador da gangrena gasosa). 
- Actinomyces: A. israeli. 
 
 
Principais bactérias GRAM NEGATIVAS de importância médica 
Cocos Gram Negativos 
Neisseria - Ex: N. meningitidis / meningococo (causador da meningite meningocócica); N. gonorrhoeae / gonococo 
(causador da uretrite gonocócica ou gonorreia). 
Bordetella - Ex: B. pertussis (causador da coqueluche); B. parapertussis (coqueluche com sintomas mais brandos). 
Bacilos Gram Negativos entéricos 
Aeróbicos - Ex: Escherichia coli (principal causa de ITU); Klebsiella pneumoniae (causador de pneumonia grave); 
Enterobacter sp.; Citrobacter sp.; Proteus sp.; Salmonella sp. (causador de diarreia aguda e osteomielite em 
falcêmicos); Shigella sp. (principal causa de disenteria em nosso meio); Yersina pestis; Helicobacter pylori 
(relacionada com gastrite); Pseudomonas aeruginosa (causadora de infecções hospitalares); Acinetobacter 
baumannii; Stenotrophomonas maltophilia; Burkholdelia cepacia; Aeromonas sp.; etc. 
Anaeróbicos - Ex: Campylobacter jejuni (principal causa de disenteria nos países desenvolvidos); Bacteroides; etc. 
Bacilos Gram Negativos não-entéricos 
Aeróbicos - Ex: Bordetella; Haemophilus influenzae (causador de otite média aguda e sinusite aguda); C. granulomatis. 
Anaeróbicos - Ex: Actinobacilus. 
 
 
Outros 
Espiroquetas - Ex: Borrelia burgorferi (doença de Lyme); Leptospira (leptospirose); Treponema pallidum (sífilis). 
Bacilos álcool-
ácido resistentes 
- Ex: Mycobacterium avium-intracellulare; Mycobacterium tuberculosis (tuberculose); Mycobacterium 
kansasii; Mycobaterium leprae (hanseníase); Mycobacterium marinum. 
Miscelânea - Ex: Chlamydya trachomatis (cervicite); Chlamydya pneumoniae (pneumonia atípica); Mycoplasma 
pneumoniae (pneumonia atípica); Pneumocystis carinii; Ureaplasma urealyticum, etc. 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
2 
 
@medresumosoficial 
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS 
- Quanto à farmacodinâmica: para melhor acertar a posologia e os intervalos de tempo necessários para a terapia antibiótica, 
essas drogas podem ser classificadas de duas formas: 
 Tempo-dependente: o feito antibiótico depende do tempo acima da concentração inibitória mínima bacteriana. Neste 
caso, os antibióticos necessitam de uma ação constante acima da concentração inibitória mínima para realizar sua ação 
bactericida. Ex: β-lactâmicos; Macrolídeos. 
 Concentração-dependente ou Dose-dependente: dependente da concentração durante o pico sérico. Neste caso, não 
há uma relação temporal muito forte, e o antibiótico pode ser administrado em dose única diária, de forma que haja 
um pico evidente em sua concentração. Ex: Aminoglicosídeos (inclusive, a administração em dose única diária desta 
classe de antibióticos é preferível à administração fracionada, pois reduz os riscos de nefrotoxicidade); Quinolonas. 
 
OBS: Concentração inibitória mínima (MIC) é a concentração (em µg/ml) necessária para um antibiótico inibir o crescimento 
bacteriano in vitro. Quando atinge uma concentração plasmática 4x superior a MIC, diz-se que o antibiótico é eficaz na prática. 
 
- Quanto ao efeito antimicrobiano: 
 Bactericidas: Beta-lactâmicos; Glicopeptídeos; Aminoglicosídeos; Quinolonas; Rifampicina (BIZU: β-Glico-Amino-Quino). 
 Bacteriostáticos: Macrolídeos; Tetraciclinas; Sulfonamidas; Oxazolidinonas; Anfenicois; Lincosaminas. 
 
- Quanto ao mecanismo de ação (farmacocinética): 
 Parede celular: 
o Beta-lactâmicos: Penicilinas; Cefalosporinas; Carbapenêmicos; Monobactâmicos. 
o Glicopeptídeos: Vancomicina; Teicoplanina. 
 
 Membrana plasmática: 
o Polimixina B. 
o Colistina (Polimixina E). 
 
 Síntese proteica: 
o Tetraciclinas (30S): Tetraciclina, Doxiciclina. 
o Aminoglicosídeos (30S): Gentamicina. 
o Macrolídeos (50S): Eritromicina; Claritromicina; Azitromicina. 
o Lincosamidas (50S): Clindamicina. 
o Anfenicois (50S): Cloranfenicol. 
o Oxazolidinonas (50S): Linezolida. 
o Estreptograminas: Quinupristina. 
o Glicilciclinas: Tigeciclina. 
 
 Ácido nucleico: 
o Quinolonas: Cipro; Norflox; Levo; Moxifloxacino. 
o Metronidazol. 
o Rifampicina: inibe a RNA polimerase dependente do DNA. 
 
 Competição com PABA: 
o Sulfonamidas (Sulfadiazina, Sulfametoxazol): inibem a formação do ácido fólico. 
 
 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
3 
 
@medresumosoficial 
 
1. BETA-LACTÂMICOS 
Mecanismo de ação Bloqueio da fase de transpeptidação do peptidoglicando: atuando sobre as PBPs (proteínas ligadoras 
de penicilina), impedem a ligação cruzada entre os proteoglicanos e inibem a síntese da parede 
celular. 
Farmacodinâmica Tempo-dependentes 
Efeito antimicrobiano Ação bactericida 
Resistência - Alteração das PBPs, determinando diminuição da afinidade pelos beta-lactâmicos (Ex: pneumococo 
resistente à penicilina; S. aureus MRSA, Enterococcus fecalis); 
- Produção de beta-lactamases, que inativam o antimicrobiano (Ex: alguns S. aureus, Gram -, ESBL); 
- Redução de porinas, com consequente diminuição da permeabilidade (Ex: P. aeruginosa). 
1.1. Penicilinas 
- Classificação: 
 Penicilinas naturais ou Benzilpenicilinas: não cobrem a maioria das cepas de S. aureus (produtoras de penicilinases). 
o Penicilina G cristalina: reservada para infecções mais graves que indicam internação (ex: neurossífilis). 
o Penicilina G procaína: para infecções de gravidade intermediária (ex: erisipela). 
o Penicilina G benzatina (Benzetacil®): atualmente, tem uso reservado para as seguintes infecções: 
faringoamigdalite (e profilaxia da febre reumática), piodermites estreptocócicas e sífilis que não envolva SNC. 
 Aminopenicilinas: Ampicilina e Amoxicilina. Conseguem atravessar as porinas da membrana externa dos Gram-
negativos, tendo, portanto, relativa eficácia contra várias cepas delas (H. influenzae, M. catarrhalis, E. coli, P. mirabilis, 
Salmonella sp. e Shigella sp.). Mantém também a eficácia contra os Gram positivos (como o estreptococo), porém não 
superior a da penicilina G. O Enterococcus fecalis mantém um certo grau de sensibilidade à ampicilina/amoxicilina. 
 Penicilinas resistentes às penicilinases: Oxacilina e Meticilina. Atualmente, a oxacilina é considerada a droga maiseficaz contra o S. aureus, excluindo-se apenas as cepas MRSA (por isso, é comum diferenciar dois tipos de cepas de S. 
aureus: as cepas oxacilino-sensíveis e as cepas oxacilino/meticilino-resistentes – MRSA; estas bactérias são sensíveis 
apenas aos antibióticos glicopeptídeos, como a Vancomicina e a Teicoplanina). 
 
- Posologia das penicilinas: 
 Penicilinas G benzatina: 6-12 milhões U/dia 
 Penicilina V (Pen-ve-Oral®) 250-500mg VO 6/6h 
 Oxacilina 1-2g IV 4/4h 
 Ampicilina 1-2g IV 6/6h 
 Amoxicilina: 500mg VO 8/8h; 1g IV 8/8h (Velamox®) 
 Amoxicilina-Clavulanato (Clavulin®, Sigma Clav®): 1g 
(875 + 125mg) VO/IV 8/8h ou 12/12h 
 Ampicilina-Sulbactam (Unasyn®) 1,5-3g IV 6/6h 
 Ticarcilina-Clavulanato (Timentin®) 3,1g IV 6/6h 
 Piperacilina-Tazobactam (Tazocin®) 4,5 IV 6/6h 
 
1.2. Cefalosporinas 
- Classificação e espectro de ação: 
 1ª geração (Cefazolina, Cefalotina, Cefalexina e Cefadroxila): Gram positivos (incluindo o S. aureus oxacilina-sensível) 
e alguns Gram-negativos (como a E. coli). A cefalotina e a cefazolina são muito utilizadas para profilaxia antibiótica intra-
operatória e podem ser usadas para tratamento de infecções de pele e tecido celular subcutâneo. 
 2ª geração (Cefuroxima, Cefaclor): Gram positivos e alguns Gram negativos. 
 3ª geração (Cefotaxima, Cetriaxona, Ceftazidima): Reduzido para Gram positivos e amplo para Gram negativos. A 
Ceftriaxone, Cefotaxim e Cefodizima têm uma excelente cobertura contra S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis e 
Enterobacteriaceae (E. coli, Klebsiella pneumoniae, etc.). Por isso, são drogas amplamente utilizadas para o tratamento de 
pneumonia comunitária, meningite bacteriana e infecções nosocomiais não causadas por P. aeruginosa, Acinetobacter 
sp. ou S. aureus (a Ceftriaxona, em especial, é um dos antibióticos mais prescritos em enfermarias). A Ceftazidime é 
uma das poucas cefalosporinas de 3ª geração que possui boa atividade contra Pseudomonas aeruginosa. 
 4ª geração (Cefepima): Amplo para Gram positivos e negativos, inclusive resistentes a beta-lactâmicos. Algumas cepas 
de P. aeruginosa são resistentes ao Ceftazidime, mas não às de 4ª geração (são, portanto, “drogas anti-pseudomonas”). 
 
- Posologia das cefalosporinas: 
1ª Geração 
 Cefalotina (Keflin®) 1g IV 6/6h 
 Cefazolina (Kefazol®) 1,5g IV 6/6h 
 Cefalexina (Keflex®) 0,5-1g VO 6/6h 
 Cefadroxil (Cefamox®) 0,5-1g VO 12/12h 
 
2ª Geração 
 Cefuroxime (Zinacef®) 0,75-1,5g IV 8/8h 
 Cefaclor (Ceclor®) 250-500mg VO 8/8h 
3ª Geração 
 Ceftriaxone (Rocefin®) 1-4g IV 1 a 2x/dia 
 Cefotaxima (Claforam®) 1g IV 8/8h a 2g IV 4/4h 
 Ceftazidime (Fortaz®) 1-2g IV 8/8h 
 
4ª Geração 
 Cefepime (Maxcef®) 1-2g IV 12/12h 
 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
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1.3. Carbapenêmicos 
- Principais representantes: Imipeném; Meropenem; Ertapeném. 
- São extremamente resistentes à clivagem pelas beta-lactamases das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, incluindo os 
anaeróbios (incluindo Bacteroides fragilis). Além disso, são eficazes contra Pseudomonas aeruginosa (também são drogas “anti-
pseudomonas”) e germes ESBL (produtores de betalactamase de espectro estendido). 
- As bactérias resistentes ao Imipenem/Meropenem são basicamente cinco: (1) S. pneumoniae com resistência alta à penicilina, 
(2) S. aureus MRSA, (3) Enterococcus faecium, (4) Stenotrophomonas maltophilia, (5) Burkholderia cepacia. 
- Complicação clássica: crise convulsiva (particularmente o imipenem). 
- Posologia dos carbapenêmicos: 
 Imipenem (Tienam®) 500mg IV 6/6h 
 Meropenem (Meronem®) 0,5 – 1g IV 8/8h 
 
1.4. Monobactâmicos 
- O único monobactâmico é o Aztreonam. 
- Trata-se de um antibiótico beta-lactâmico monocíclico com atividade apenas contra Gram-negativos aeróbicos (semelhante ao 
espectro dos aminoglicosídeos). Não é eficaz contra nenhum Gram-positivo ou anaeróbio. 
- Posologia dos monobactâmicos: 
Aztreonam (Azactam®) 1g IV 8/8h a 2g IV 6/6h 
 
 
2. GLICOPEPTÍDEOS 
Mecanismo de ação Liga-se aos peptidoglicanos que compõem a parede celular (N-metilglicosamina e ácido N-
acetilmurâmico) e aos peptídeos que fazem as ligações cruzadas entre essas moléculas, inibindo a 
síntese da parede celular em bactérias Gram positivas. Não têm ação contra Gram negativos. 
Efeito antimicrobiano Ação bactericida; Ação bacteriostática com Enterococcus. 
Resistência - Resistência intrínseca: relação com genes do tipo vanC (espécies E. gallinarum e E. caseliflavus). 
- Resistência adquirida: relação com os genes vanA e vanB (cepas de E. faecium e E. faecalis). 
Comentários São os antibióticos mais confiáveis para o tratamento de infecções por S. aureus MRSA e por S. 
epidermidis (coagulase negativo) nosocomial, muito incriminado na infecção de próteses e cateteres. 
Infelizmente, surgiram cepas de S. epidermidis e S. aureus com resistência intermediária - o S. aureus 
VIRSA, além do grupo conhecido como enterococo resistente à Vancomicina - VRE (para estes, podemos lançar 
mão das Oxazolidinonas, representadas pela Linezolida). 
Representantes - Vancomicina: atinge boas concentrações terapêuticas no fígado, pulmão, rins, partes moles, etc. 
Tem penetração limitada no SNC. É classicamente indicada para as cepas de S. aureus MRSA. Causa 
nefrotoxicidade. Efeito colateral clássico: eritrodermia difusa (“síndrome do homem vermelho”). 
- Teicoplanina: boa concentração tecidual prolongada, mas sem penetração liquórica. É uma boa 
alternativa para casos de MRSA em pacientes nefropatas. 
Posologia dos 
Glicopeptídeos 
 Vancomicina (Vancocina®) 1g IV 12/12h 
 Teicoplanina (Targocid®) 6mg/kg IV 12/12h 
 
3. AMINOGLICOSÍDEOS 
Mecanismo de ação Inibem a síntese proteica por se ligar irreversivelmente à subunidade 30S do ribossoma bacteriano, 
impedindo a inicialização da síntese peptídica. 
Farmacodinâmica Concentração-dependentes. 
Efeito antimicrobiano Ação bactericida. 
Resistência Alteração do sítio de ação ribossômico; Síntese de enzimas inativadoras. 
Comentários - São drogas bastante eficazes contra a maioria dos aeróbios Gram-negativos, mas com pouca ou 
nenhuma ação contra Gram positivos e anaeróbios (clássico). 
- São contraindicados na gestação devido ao risco de toxicidade fetal. 
- Os aminoglicosídeos estão entre os antibióticos com maior potencial de toxicidade. São basicamente 
nefrotóxicos e ototóxicos. Um conceito de extrema importância: a toxicidade dos aminoglicosídeos pode 
ser bastante reduzida quando administramos a dose total diária em apenas uma tomada, sem entretanto 
comprometer a sua eficácia antibacteriana (pois são “concentração-dependentes”). 
Representantes Ex: Estreptomicina; Neomicina (uso limitado a formulações tópicas associadas a outros 
antimicrobianos e/ou corticoides, apresentando ação contra cocos Gram-positivos, como S. aureus); 
Gentamicina (tem maior penetração placentária; piora crise miastênica); Amicacina; Tobramicina. 
Posologia dos 
aminoglicosídeos 
 Gentamicina 5mg/Kg IV 1x/dia 
 Amicacina 15mg/Kg IV 1x/dia 
 Estreptomicina 15mg/Kg IM 1x/dia 
 Tobramicina 5mg/Kg IV 1x/dia 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
5 
 
@medresumosoficial 
 
4. POLIMIXINAS 
Mecanismo de ação Ação sobre a membrana plasmática de bactérias Gram negativas. Ligam-se aos LPS da membrana 
externa e se integram à estrutura fosfolipídica da membrana plasmática, gerando a lise bacteriana. 
Comentários - O espectro da polimixina é amplo, podendo eliminar qualquer germe Gram negativo. No entanto, 
devido a sua intensa toxicidade (irritabilidade, sonolência ataxia, parestesias, nefrotoxicidade, 
rubor facial, distúrbios eletrolíticos, parada respiratória, etc.), ela é reservada para bactérias mais 
resistente (ex: Stenotrophomonas maltophilia, Acinetobacter spp, Pseudomonas aeruginosa). 
- Pode ser opçãono tratamento de bactérias KPC (“Klebsiella pneumoniae carbapenemase”: tipo de 
enzima que atua inibindo carbapenêmicos; pode ser encontrada em bactérias como K. pneumoniae, 
Pseudomonas sp., E. coli, etc.). 
 
5. QUINOLONAS 
Mecanismo de ação Bloqueio da atividade da topoisomerase tipo II (DNA girase) em Gram negativos e tipo IV em Gram 
positivos; atuação em bactérias em fase de crescimento estacionário. 
Farmacodinâmica Concentração-dependentes. 
Efeito antimicrobiano Ação bactericida. 
Resistência - Mutações cromossômicas determinando menor afinidade da DNA-girase; 
- Redução das porinas com consequente diminuição de permeabilidade. Isso dificulta a penetração da 
droga na célula bacteriana e o contato com seu alvo de ação. 
Comentários - As fluoroquinolonas possuem um excelente espectro contra aeróbios Gram-negativos, como o H. 
influezae, M. catarrhalis, Neisseria sp., Enterobacteriaceae (E. coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus sp.), 
Shigella sp., Salmonella sp. e Pseudomonas aeuroginosa. 
- As “antigas” fluoroquinolonas (Norfloxacina e Ciprofloxacina) são consideradas as drogas de escolha 
para o tratamento de diarreia por gastroenterite bacteriana e infecção urinária. 
- Em relação aos Gram-positivos, esta classe de antibióticos possui moderada eficácia contra S. aureus 
oxacilina-sensível. No entanto, apenas as “novas” flouroquinolonas (Levofloxacina, Gatifloxacina e 
Moxifloxacina), também chamadas de “quinolonas respiratórias”, são ativas contra o restante dos 
cocos Gram-positivos, incluindo o S. pneumoniae (pneumococo) com alta resistência à penicilina. 
- Estudos ainda não comprovaram com eficácia a segurança das fluorquinolonas na gestação. 
- Em crianças, as fluoroquinolonas devem ser evitadas, se possível, pelo seu provável efeito prejudicial 
na maturação da cartilagem articular (embora tal efeito só tenha acontecido em cobaias de 
laboratório). Entretanto, algumas sociedades de pediatria já consideram o uso da Ciprofloxacino por 
um curto período de tempo (3 dias, por exemplo) como a primeira opção no tratamento de diarreia 
infecciosa em crianças. 
Representantes - “Antigas” fluoroquinolonas: Norfloxacina, Ofloxacina, e Ciprofloxacina (tem baixa concentração 
pulmonar, apesar de ser utilizada como uma das drogas para a pneumonia por P. aeruginosa). 
- “Novas” fluoroquinolonas (“respiratórias”): Levofloxacina (sua maior eliminação renal faz com que 
seja droga de escolha na pielonefrite), Gatifloxacina e Moxifloxacina. 
Posologia das 
quinolonas 
 Norfloxacina (Floxacin®) 400mg VO 12/12h (ITU baixo: 400mg VO 12/12h por 3 a 5 dias) 
 Ofloxacina (Floxtat®) 200-400mg VO/IV 12/12h 
 Ciprofloxacina (Cipro®) 200-400mg IV 12/12h ou 500mg VO 12/12h (ITU alta: 250-500mg VO 
12/12h por 7 a 14 dias) 
 Levofloxacina (Tamiran®) 250, 500 e 750mg VO, 1x/dia. 
 
6. TETRACICLINAS 
Mecanismo de ação Inibem a síntese proteica bacteriana, por se ligar na subunidade ribossomal 30S (tal como os 
aminoglicosideos), bloqueando a ligação do RNA transportador no complexo RNA mensageiro. 
Efeito antimicrobiano Ação bacteriostática. 
Resistência Alteração do sítio de ação ribossômico; Bombas de efluxo. 
Comentários - As tetraciclinas são ativas contra S. pneumoniae e H. influenzae, podendo ser utilizadas como drogas 
alternativas (no caso, a Doxiciclina) no tratamento da sinusite e pneumonia sem complicações. 
- A doxiciclina é o antibiótico de escolha para o tratamento das ricketsioses (ex.: febre maculosa), 
infecções por C. trachomatis (uretrite e cervicite), e uma excelente alternativa aos macrolídeos para 
infecções por M. pneumoniae e C. pneumoniae (germes causadores de pneumonia “atípica”). 
Posologia das 
tetraciclinas 
 Tetraciclina 250-500mg VO 6/6h. 
 Doxiciclina (Vibramicina®) 100mg VO/IV 12/12h 
 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
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7. MACROLÍDEOS 
Mecanismo de ação Ligação à subunidade 50S dos ribossomos, inibindo a síntese proteica. 
Farmacodinâmica Tempo-dependentes. 
Efeito antimicrobiano Ação bacteriostática; Ação bactericida (dependendo de sua concentração). 
Resistência - Resistência intrínseca de enterobactérias; 
- Resistência adquirida: mediada por plasmídios que codificam uma enzima capaz de modificar o RNA; 
- Induzível: na presença do antibiótico; 
- Constitutiva: cruzada para macrolídeos e clindamicina. 
Comentários - A Eritromicina é ativa contra a maioria dos Gram-positivos (S. pyogens, estreptococos do grupo 
viridians, S. pneumoniae, S. aureus, etc.), germes “atípicos” da pneumonia (Legionella, M. pneumoniae, 
C. pneumoniae, C. trachomatis), cocos Gram-negativos (N. gonorrhoeae, N. meningitidis), o agente da 
coqueluche (B. pertussis), da sífilis (T. pallidum), etc. Tem eficácia limitada contra H. influenzae, 
reduzida contra E. fecalis e praticamente inexistente contra B. fragilis, P. aeruginosa e Acinobacter sp. 
- A Azitromicina e Claritromicina possuem o mesmo espectro da Eritromicina, mas com uma eficácia 
maior contra certos germes Gram-positivos, como H. influezae, M. catarrhalis e L. pneumophila. Por 
outro lado, a Azitromicina é menos eficaz contra Gram-positivos (como o S. pyogenes, S. pneumoniae e 
S. aureus) do que a Claritromicina e do que a própria Eritromicina. 
- São considerados como droga de primeira escolha para pneumonia sem complicações, cuja decisão 
terapêutica tenha sido por regime ambulatorial. 
- O Estearato de Eritromicina pode ser utilizado na gestação (diferentemente do Estolato). 
Posologia dos 
macrolídeos 
 Azitromicina (Astro®) 500mg VO no 24/24h. 
 Claritromicina (Klaricid®) 500mg VO/IV 12/12h. 
 Eritromicina (Eritromicina®, Eritrex®) 250-500mg VO 6/6h. 
 
8. LINCOSAMIDAS 
Mecanismo de ação Ligação à subunidade 50S dos ribossomos, inibindo a síntese proteica. 
Efeito antimicrobiano Ação bacteriostática. 
Comentários - A Clindamicina possui uma atividade contra cocos Gram-positivos semelhante ao da Eritromicina, 
incluindo S. pyogenes, estreptococos do grupo viridians, S. pneumoniae e S. aureus. 
- A grande importância clínica da Clindamicina se baseia no fato desta droga ser ativa contra a maioria 
dos germes anaeróbios (sendo uma opção ao Metronidazol). 
- Ao inibir a produção de exotoxinas do S. pyogenes, a Clinda possui vantagem sobre a Penicilina G no 
combate às infecções importantes de partes moles (ex: fasciíte necrosante, pé diabético infectado). 
- A Clindamicina é o antibiótico mais associado à ocorrência de diarreia. A colite pseudomembranosa, 
causada pela toxina do Clostridium difficile, pode ser precipitada por uma série de antibióticos, mas a 
Clindamicina é o principal agente incriminado. 
Posologia Clindamicina (Dalacin®) 150-900mg IV 8/8h ou 150-450mg VO 6/6h. 
 
9. SULFONAMIDAS 
Mecanismo de ação Inibição, de forma competitiva, da enzima bacteriana diidropteroato-sintetase, responsável pela 
incorporação do PABA ao ácido diidrofólico, prejudicando a síntese de ácidos nucleicos bacteriana. 
Resistência Aumento da produção de PABA; Aquisição de diidropteroato-sintetase de baixa afinidade. 
Comentários - O espectro antibacteriano do SMZ-TMP é bastante amplo: a maioria dos Gram-positivos e Gram-
negativos são sensíveis ao fármaco. Está indicado: cistite bacteriana, gastroenterite, infecções 
respiratórias altas, etc. A grande limitação ao seu uso é o aparecimento de cepas resistentes. 
- Certos Gram-negativos são resistentes a todos os beta-lactâmicos, porém mantêm a sensibilidade à 
associação SMZ-TMP (Ex: Stenotrophomonas maltophila e a Burkholderia cepacia). 
- Germes resistentes: P. aeruginosa; B. fagilis, S. pneumoniae resistente à penicilina e Campylobacter sp. 
Posologia  Sulfametoxazol-trimetroprim (Bactrim®) 400/80mg 
 Sulfametoxazol-tremetroprim (Bactrim® F) 800/160mg 12/12h por 10 a 14 dias 
 
10. OXAZOLIDIONAS 
Mecanismo de ação Ligação à subunidade 50Sdo ribossomo bacteriano, impedindo a formação do complexo com a 30S. 
Efeito antimicrobiano Ação bacteriostática especialmente contra Gram positivos, incluindo cepas VIRSA. 
Resistência Rara. 
Comentários Possuem um excelente espectro de cobertura para germes Gram-positivos, incluindo o S. aureus 
MRSA, S. aureus VIRSA, o pneumococo resistente à penicilina e o enterococo VRE. 
Posologia Linezolida 600mg IV/VO, 12/12h. 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
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RESUMÃO DE MICROBIOLOGIA 
Gram 
positivos 
Cocos  Staphylococcus: S. aureus; S. epidermidis. 
 Streptococcus: S. pyogenes; S. agalactieae; S. pneumoniae. 
 Enterococus: E. faecalis; E. faecium. 
Bacilos aeróbicos Bacillus ahtracis; Listeria monocytogenes; Corynebacterium diphttheriae. 
Gram 
negativos 
Cocos N. meningitidis; N. gonorrhoeae; H. influenzae; B. pertussis. 
Bacilos  Entéricos: E. coli; Klebsiella; Proteus; Salmonella; H. pylori; C. jejuni; P. aeruginosa 
 Não-entéricos: Bordetella; Haemophilus sp.; C. granulomatis; Actinobacilus. 
Anaeróbios Bacteroides fragilis; Clostridium tetani; C. botulinum; C. difficile; C. perfrigens. 
Associações 
clássicas 
 Germes causadores de doenças da pele: S. pyogenes (GBA) e S. aureus. 
 Germes da neonatologia: S. agalactiae (GBS), Gram negativos entéricos, Listeria, Klebsiela. 
 Germes da ginecologia: Gonococo, Clamídia e Anaeróbios. 
 Germes atípicos (não coram pelo método Gram): Mycoplasma pneumoniae (Micoplasma); 
Chlamydia/Chlamydophila pneumoniae; Legionella pneumophila; Moraxella catarrhalis. 
 Pneumonia “típica”: Pneumococo / Pneumonia “atípica”: Micoplasma. 
 Germes “hospitalares”: S. aureus, S. epidermidis (coagulase negativo), Gram negativos hospitalares 
(Pseudomonas, Klebsielas), Fungos (Candida). 
 
 
RESUMÃO DE ANTIBIÓTICOS 
Mecanismo 
de ação 
Classe Exemplos Espectro Comentários 
 
 
 
Parede 
celular 
Penicilinas Pen (V, G), Amoxicilina, 
Oxacilina, Piperacilina... 
Gram (+); S. aureus (Oxacilina); 
Pseudomonas (piperacilina) 
Reações de hipersensibilidade, 
NIA, anemia imune 
Cefalosporinas Cefalexina, Cefuroxima, 
Ceftriaona, Cefepime 
Gram (+); Pseudomonas 
(Ceftazidime, Cefepime) 
Semelhante às penicilinas 
Carbapenêmicos 
Monobactâmicos 
Meropenem, Imipenem... 
Aztreonam 
Carba.: Gram (+), anaeróbios 
Aztreonam: Gram (-) 
Convulsão com imipenem 
Glicopeptídeos Vancomicina, 
Teicoplanina 
MRSA, S. epidermidis, 
Enterococo 
Nefrotoxicidade, síndrome do 
“homem vermelho” (Vanco) 
 
Membrana 
plasmática 
Polimixina Polimixina B Gram (-) resistentes Nefro e neurotoxicidade 
Anfotericina Anfotericina B Infecções fúngicas graves, 
calazar 
Nefrotoxicidade (desoxicolato) 
Azol Fluconazol, itraconazol... Cândida, micoses pulmonares, 
aspergilose invasiva 
Resistência ao Fluconazol: C. 
glabatra e C. krusei. 
 
 
 
 
 
Síntese 
proteica 
Tetraciclina (30S) Tetraciclina, Doxiciclina Gram (+), Germes atípicos Não usar em gestantes e 
crianças < 8 anos 
Aminoglicosídeos 
(30S) 
Gentamicina, Amicacina, 
Estreptomicina... 
Gram (-); inativos contra 
anaeróbios 
Nefro e ototoxicidade; crise 
miastênica (gentamicina) 
Lincosamida 
(50S) 
Clindamicina Gram (+) incluindo S. aureus, 
Anaeróbios 
Associação com colite 
pseudomembranosa 
Macrolídeos 
(50S) 
Eritromicina, 
Azitromicina, 
Claritromicina 
Gram (+), Germes atípicos Intolerância gastrointestinal, 
aumento do intervalo QT, 
colestase 
Cloranfenicol Cloranfenicol Gram (+), (-) e anaeróbios Aplasia medular, Sd. do bebê 
cinzento 
Oxazolidinona Linezolida MRSA VSRA, VRE Opção para MRSA sem 
nefrotoxicidade da Vanco 
 
Ácido 
nucleico 
Quinolona Cipro, Gatiflox, Norflox, 
Levo, Moxifloxacino... 
Gram (-), Gram (+) e atípicos: 
Levo e Moxi 
Aumento do intervalo QT, 
ruptura do tendão de Aquiles, 
convulsão, disglicemias (Gati) 
Metronidazol Metronidazol Anaeróbios, protozoários Neuropatia periférica, gosto 
metálico, efeito antabuse 
Competição 
com PABA 
Sulfas Sulfametoxazol, 
Sulfadiazina 
Stenotrophomonas, 
Burkholderia, PCP, neurotoxo 
Hipersensibilidade, anemia 
imune 
 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
8 
 
@medresumosoficial 
 
USO PRÁTICO DOS ANTIBIÓTICOS 
 
ESCOLHA BASEADA NO AGENTE ETIOLÓGICO 
Agente etiológico Droga de escolha 
Gram (+), Cocos Gram (-), Espiroquetas Peniclinas; Macrolídeos; Tetraciclinas. 
Estafilococo produtor de penicilinase Oxacilina; Cefalosporina de 1ª (Cefalexina); Clindamicina. Outros: 
Rifampicina, Aminoglicosídeo. 
Estafilococo resistente à meticilina (MRSA) Vancomicina e Teicoplanina; Quinupristina e Dalfopristina. 
Estafilococo resistente à vanco (VIRSA) Linezolida, Tigeciclina, Daptomicina, Ceftaroline. 
Enterococo Penicilina G + Aminoglicosídeo; Ampicilina + Aminoglicosídeo; Vancomicina e 
Teicoplanina; Linezolida, Tigeciclina, Daptomicina. Outros: Tetraciclina, 
Cloranfenicol. 
Bacilos Gram (-) Aminoglicosídeos; Cloranfenicol; Tetraciclinas; Aztreonam. 
Pseudomonas aeruginosa Penicilinas (Piperacilina); Cefalosporina de 3ª (Ceftadizima) e 4ª (Cefepime); 
Aminoglicosídeos; Carbapenêmicos; Polimixina B. 
Anaeróbios Clindamicina; Metronidazol; Penicilina (exceto B. fragilis); Cloranfenicol; 
Cefoxitina; Carbapenêmicos. 
Tétano Penicilina G; Metronidazol. 
Clamídias, riquétsias e micoplasma Macrolídeos; Cloranfenicol. 
ESBL (beta-lactamase de espectro estendido) Carbapenêmicos 
 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
Patologia Antibióticos de escolha 
DST 
Cancro mole 
(Haemophilus ducreyi) 
1ª escolha: Azitromicina 1g VO dose única OU Ciprofloxacina 500mg VO 
12/12h por 3 dias; 
2ª escolha: Ceftriaxona 500mg IM dose única. 
Gonorreia (Neisseria gonorrheae) 1ª escolha: Ceftriaxona 500mg IM dose única; 
2ª escolha: Ciprofloxacino 500 mg VO dose única. 
Donovanose / Granuloma inguinal 
(Calymmatobacterium granulomatis) 
1ª escolha: Eritromicina 500mg VO 6/6h por 7 dias OU Doxiciclina 100mg VO 
12/12h por 7 dias; 
2ª escolha: SMZ-TMP 800/160mg VO 12/12h por 7 dias OU Azitromicina 1g 
VO dose única. 
Linfogranuloma venéreo 
(Chlamydia trachomatis) 
1ª escolha: Azitromicina 1g VO dose única OU Doxiciclina 100mg VO 12/12h 
por 7 dias; 
2ª escolha: Eritromicina (estearato) 500mg VO 6/6h por 7 dias OU 
Tetraciclina 500mg VO 6/6h por 7 dias. 
Uretrite/cevicite não-gonocócica 1ª escolha: Doxiciclina OU Tetraciclina; 
2ª escolha: Azitromicina 1g VO. 
Sífilis (Treponema pallidum) 
 Primária 
 
 Secundária 
 
 Terciária / Latente tardia 
 
 Neurossífilis 
 
- Penicilina benzatina 2.400.000 UI IM em dose única; Opção: Tetraciclina ou 
Eritromicina ou Doxiciclina (todos VO). 
- Penicilina benzatina 2.400.000 UI IM em dose única; Opção: Tetraciclina ou 
Eritromicina ou Doxiciclina (todos VO). 
- Peniclina benzatina 2.400.000 UI IM, 3 doses, 7/7 dias; Opção: Tetraciclina 
ou Eritromicina ou Doxiciclina (todos VO). 
- Penicilina cristalina EV; Opção: Ceftriaxona. 
Sífilis congênita (T. pallidum) 
 LCR normal, sem alterações clínica 
 LCR normal, com alteração clínica 
 
 LCR anormal 
 
- Penicilina benzatina IM 
- Penicilina cristalina 100.000 U/kg/dia EV dividido em 2 ou 3 vezes ou 
Penicilina G procaína 50 mil UI/kg IM 1x ao dia, por 10 dias 
- Penicilina G cristalina 150.000 U/kg/dia EV em 2 ou 3 vezes, por 10 dias 
 Endocardite com valva nativa (S. 
viridans, S. aureus, etc.) 
 Endocardite com valva proteica (agentes 
hospitalares, germes de valva nativa) 
Penicilina (ou ampicilina) + Oxacilina (ou cefalotina) + Gentamicina; Opção: 
Vancomicina + Gentamicina. 
Vancomicina + Gentamicina + Rifampicina; Opção: Vancomicina + 
Gentamicina + Cefalosporina de 3ª geração. 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS2018 
9 
 
@medresumosoficial 
Mama 
Mastite pós-parto (com ou sem abscesso) (S. 
aureus) 
1ª escolha: Cefalexina 1g VO, 6/6h por 7 dias; 
2ª escolha: Clindamicina 600mg VO por 7 dias. 
Abscesso não puerperal 1ª escolha: Cefalotina 1g IV 6/6h por 7-14 dias; 
2ª escolha: Amoxicilina-clavulanato 500-1000g IV ou VO por 7-14 dias. 
Ossos e articulações 
Osteomielite 
 RN 
 
 
 Anemia falciforme 
 Adultos (osteomielite hematogênica) 
 
 Adultos (pós-fixação de fratura exposta) 
 
 
 Germe isolado por cultura 
 
- Oxacilina ou Vancomicina (dependendo do risco de MRSA) + drogas com 
ação contra germes Gram-negativos (Gentamicina) e cobertura anti-
Pseudomonas (Ceftazidime ou Cefepime). 
- Ciprofloxacina 400mg IV 12/12h OU Levofloxacina 750 mg IV 1x/dia 
- Se baixo risco para MRSA: Oxacilina 2g IV 6x/dia ou Cefazolina 2g IV 3x/dia; 
Se alto risco para MRSA: Vancomicina 15mg/kg IV 12/12h 
- Vancomicina 15mg/kg IV 12/12h + Drogas com ação contra germes Gram-
negativos (Gentamicina) e cobertura anti-Pseudomonas (Ceftazidime ou 
Cefepime); Associar Rifampicina (300mg VO 2x/dia) se houver materiais 
exógenos de fixação interna. 
- Duração de 4 a 6 semanas: 
 MSSA: Oxacilina ou Cefazolina. 
 MRSA: Vancomicina. 
 Estreptococo: Penicilina G cristalina ou Ceftriaxone. 
 Enterococo: Penicilina G cristalina ou Ampicilina (pode-se associar 
Gentamicina nas primeiras 1-2 semanas). 
 Enterobactérias: Ceftriaxone. 
 Pseudomonas aeruginosa: Cefepime. 
Artrite séptica 
 RN (estafilococos, S. agalactiae e Gram-
negativos entéricos) 
 Crianças entre 1 mês e 5 anos (cobrir 
também Haemophylus) 
 Crianças > 5 anos ou adultos 
 
 Gonocócica 
 No caso de dúvida (entre estafilocócica 
ou gonocócica) 
 Usuários de drogas EV (pensar em 
Pseudomonas) 
 
- Oxacilina + Gentamicina. 
 
- Oxacilina + Ceftriaxona. 
 
- Oxacilina; se risco de artrite séptica por pneumococo (ex: anemia 
falciforme): Oxacilina + Ceftriaxona. 
- Ceftriaxona 
- Oxacilina + Ceftriaxona 
 
- Ceftazidime + Gentamicina (em caso de disfunção renal: Ciprofloxacino) 
Ouvido 
Otite média aguda (S. pneumoniae, H. influenzae, 
M. catarrhalis) 
1ª escolha: Amoxicilina 500mg VO 8/8h por 7-10 dias; 
2ª escolha: Amoxicilina-clavulanato 1g VO 12/12h por 7-10 dias OU Cefaclor 
500 mg VO 8/8h por 7-10 dias OU Azitromicina. 
Mastoidite aguda em adultos 1ª escolha: Cefaclor 500mg VO 8/8h por 10-14 dias OU Cefadroxil 100mg VO 
12/12h por 10-14 dias; 
2ª escolha: Ceftriaxona IM ou IV 12/12h por 10-14 dias. 
Pele e partes moles 
Impetigo 
 Crostoso (Streptococcus pyogens) 
 
 
 Bolhoso (S. aureus) 
 
- Penicilina G Benzatina IM dose única ou Penicilina V oral; pela possibilidade 
de S. aureus associado, recomenda-se também cobrir esta bactéria. 
- Cefalexina 500mg VO 6/6h por 7-10 dias; Tópico: Mupirocina. 
Furúnculo (S. aureus) - Cefalexina, Clindamicina ou Doxicilcina. 
Celulite (S. pyogenes) Grave: Penicilina G cristalina OU Ceftriaxona OU Cefazolina; Leve/moderado: 
penicilina G procaína OU penicilina V oral OU Amoxicilina. 
Erisipela (S. pyogenes e S. aureus) Graves: Oxacilina OU Cefazolina; Leve/moderado: Cefalexina. 
Fasciíte necrotizante / Gangrena gasosa (S. 
pyogenes, Clostridium, Enterococos, 
Estafilococos coagulase negativo, etc.) 
1ª escolha: Ampicilina 2g IV 4/4h por até 6 semanas OU Penicilina cristalina 
4.000.000 U IV 4/4h por até 6 semanas ASSOCIADOS A: Clindamicina 600mg 
IV 6/6h por até 6 semanas OU Metronidazol 500mg IV 6/6h por até 6 
semanas. 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
10 
 
@medresumosoficial 
Pé diabético 
 Casos leves, infecção superficial, celulite 
ou úlcera rasa (< 2 cm); 
 
 
 Casos moderados, com infecção de 
úlcera profunda (celulite > 2 cm); 
 
 Casos graves, com comprometimento 
ósseo. 
 
- Oxacilina 2g IV 4/4h ± Ciprofloxacino 400mg IV 12/12h por 14 dias; Opção: 
Cefalotina 1g IV 6/6h por 14 dias ± Gentamicina 350 IV 1x/dia; Clindamicina 
600mg IV 6/6h por 14 dias; Levofloxacino 500-750mg VO ou IV 1x/dia por 14 
dias. 
- Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h por 14-21 dias + Clindamicina 300mg VO 
8/8h a 6/6h por 14-21 dias; Opção: Clindamicina + Levofloxacino 500-750mg 
1x/dia; Amoxacilina-clavulanato. 
- Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h por 4-6 semanas + Clindamicina 300mg 
VO 8/8h a 6/6h por 4-6 semanas ou Metronidazol 400mg VO 6/6h por 4-6 
semanas. 
Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) 
Tratamento ambulatorial: 
 RN até 2 meses 
 > 2 meses 
 Adulto hígido 
 
 Adulto com comorbidade (ICC, diabetes, 
DPOC, insuficiência renal ou hepática) 
 
- Ver tratamento hospitalar 
- Amoxicilina VO OU Penicilina Procaína IM. 
- Cobrir Gram-positivos e Micoplasma: Doxiciclina OU Macrolídeo 
(Azitromicina) OU Amoxicilina (somente no Brasil). 
- Cobrir também o H. influenzae e a Klebsiella  Fluorquinolona respiratória 
(Moxi, Levo, Gemifloxacino) OU Macrolídeo + β-lactâmico (Amoxicilina em 
dose dobrada ou Amoxicilina-clavulanato ou Ceftriaxona ou Cefuroxima). 
Tratamento hospitalar: 
 RN < 2 meses 
 
 Crianças > 2 meses 
 
 
 Adultos internados em enfermaria 
(CURB-65 = 2) 
 
 Adultos com necessidade de internação 
em UTI (CURB-65 ≥ 3 ou necessidade de 
tubo ou drogas vasopressoras) 
 
 
 
 Pneumonia aspirativa 
 
- Penicilina Cristalina ou Ampicilina + Aminoglicosídeo (Amicacina ou 
Gentamicina) 
- Pneumonia grave: Penicilina cristalina EV; Pneumonia muito grave (cianose 
/ dependência de O2): Oxacilina, para cobrir S. aureus + Ceftrixona (ou 
Cloranfenicol), para cobrir Gram-positivos (S. pneumoniae) e outros Gram-
negativos. 
- Fluorquinolona respiratória (Levofloxacino) OU Macrolídeo + β-lactâmico 
(Cefotaxima ou Ceftriaxona ou Ampicilina-sulbactam / evitar o uso da 
amoxicilina) 
- Mínimo recomendado: β-lactâmico + Azitromicina OU β-lactâmico + 
Fluorquinolona respiratória (optar pelos seguintes β-lactâmicos: Cefotaxima 
ou Ceftriaxona ou Ampicilina-sulbactam); Se pensar em P. aeruginosa: β-
lactâmico antipneumocócico e antipseudomonas (Piperacilina-tazobactam 
ou Cefepime ou Imipenem ou Meropenem) + Fluorquinolona com ação 
antipseudomonas (Levofloxacino); Se pensar em MRSA: adicionar 
Vancomicina OU Linezolida. 
- Preferir por antibióticos que cobrem anaeróbios, S. aureus e pneumococo, 
como a Clindamicina (opção: Amoxicilina-Clavulanato). Evitar o 
Metronidazol (pois além de penetrar pouco no pulmão, ela não cobre 
aeróbios). 
Pneumonias nosocomiais 
 Início precoce (< 5 dias) / Sem fatores de 
risco: pensar sempre em germes da 
comunidade: Pneumococo, 
Haemophilus, Enterobactérias não-MDR 
(multi-droga-resistentes). 
 Início tardio (≥ 5 dias) / Com fatores de 
risco para germes MDR: Pseudomonas 
aeruginosa; MRSA; Enterobactérias ESBL 
(que apresentam betalactamases de 
espectro estendido e não respondem às 
cefalosporinas); Acinetobacter. 
- Tratamento é semelhante à PAC (mas pensando em germes mais 
resistentes): β-lactâmico + Inibidor de betalactamase (Ampicilina-sulbactam) 
OU Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxona) OU Fluorquinolona 
respiratória. 
 
- Pseudomonas: β-lactâmico + Inibidor de betalactamase (Ticarcilina-
Clavulanato ou Piperaciclina-Tazobactam) OU Cefalosporina de 4ª geração 
(Cefepime) OU Carbapenêmicos (Meropenem, Imipenem) ASSOCIADOS A: 
Levofloxacino ou Amicacina; Se houver possibilidade de MRSA: acrescentar 
Vancomicina ou Linezolida. 
 
Sepse (antibioticoterapia empírica de amplo espectro) 
 RN (< 2 meses) 
 
 Criança 
 
- Se precoce (< 48h): Ampicilina + Aminoglicosídeo (Gentamicina); Se tardia 
(> 7 dias): Vancomicina + Cefepime. 
- Cefotaxima ou Ceftriaxona; Opção: Amoxicilina-clavulanato ou Ampicilina-
sulbactam. 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
11 
 
@medresumosoficial 
 Adultos Esplenectomizados 
 Foco definido 
- Oxacilina + Gentamicina/Ciprofloxacino + Clindamicina/Metronidazol; 
Opção: Amoxicilina-clavulanato ou Ampicilina-sulbactam. 
- Cefotaxima ou Ceftriaxona; Opção: Amoxicilina-clavulanato. 
- Opções: 
 Infecção urinária: Ciprofloxacino. 
 Pneumonia: Ceftriaxona + Azitromicina 
 Cutânea: Oxacilina + Clindamicina. 
SNC 
Abscesso cerebral 
 Primário ou por contiguidade 
 Pós-cirúrgico ou pós-traumático 
 
- Ceftriaxona 2g IV 12/12h + Metronidazol 500mg IV 8/8h por 6 semanas. 
- Meropenem 2g IV 8/8h + Vancomicina 30mg/kg a primeira dose e depois, 
20mg/kg 12/12h por 6 semanas. 
Meningite 
 RN 
 4 semanas a 3 meses 
 
 3 meses a 55 anos 
 Após 55 anos, gestantes, 
imunossuprimidos 
 Após neurocirurgias, infecção de shunts 
 
 Após TCE ou fístula liquórica 
 
- Cobrir S. agalactiae; E. coli; Listeria: Ampicilina + Cefotaxima 
- Cobrir os mesmos do RN, S. agalactiae; E. coli; Listeria; Pneumococo; 
Haemophilus: Ampicilina + Ceftriaxona 
- Cobrir Meningococo; Pneumococo: Ceftriaxona +/- Vancomicina 
- Cobrir Meningococo; Pneumococo; Listeria: Ampicilina + Cefepime ± 
Vancomicina 
- Cobrir S. aureus; S. epidermidis; Pseudomonas e enterobacterias; Listeria: 
Ampicilina + Cefepime + Vancomicina 
- Cobrir Pneumococo; Outros estreptococos: Ceftriaxona +/- Vancomicina 
Trato digestivo 
Diarreia aguda 
 Febre > 72 horas, sem indicação de 
internação 
 Febre < 72 horas, com indicação de 
internação 
 Agente determinado 
 
- Cobrir S. enteritidis, S. typhimurium, Campylobacter jejuni: Norfloxacino 
400mg VO 12/12h por 5-7 dias. 
- Cobrir S. enteritidis, S. typhimurium, Campylobacter jejuni: Ciprofloxacino 
400mg IV OU Ceftriaxona 2g 1x/dia IV/IM 
- Opções: 
 Shigella spp.: SMZ-TMP 160-800mg VO 12/12h por 3-5 dias. 
 Salmonella não-typhi: SMZ-TMP OU Ciprofloxacino 500mg VO 
12/12h por 5-7 dias OU Ceftriaxona. 
 Campylobacter: Eritromicina 500mg VO 6/6h por 5 dias. 
 E. coli: SMZ-TMP VO 12/12h por 3 dias OU Ciprofloxacino OU 
Ceftriaxona. 
 Yersina sp.: SMZ-TMP OU Ciprofloxacino. 
 Giardia: Metronidazol 250-750mg VO/IV 8/8h por 7-10 dias. 
Peritonite 
 Peritonite bacteriana espontânea 
 
 
 
 Peritonite pós-trauma com perfuração 
de víscera oca 
 
 Peritonite pós-diálise 
 
 
- Ceftriaxona 1-2g IV 12/12h por 10-14 dias OU Cefotaxima 1-2g IV 6/6h por 
10-14 dias; Opções: Clindamicina 600mg IV 6/6h + Ciprofloxacino 400mg IV 
12/12h por 10-14 dias OU Piperacilina-tazobactam 4,5g IV 8/8h por 10-14 
dias OU Imipenem-cilastatina 500mg IV 6/6h por 10-14 dias. 
- Ceftriaxona 1-2g IV 12/12h por 10-14 dias OU Cefotaxima 1-2g IV 6/6h por 
10-14 dias OU Cefepime 1-2g IV 12/12h; ASSOCIADOS A: Metronidazol 
500mg IV 6/6h por 10-14 dias. 
- Oxacilina 2g IV 4/4h por 10-14 dias OU Vancomicina 1g IV 12/12h por 10-
14 dias; Opção: Teicoplanina 400mg IV 12/12h por 10-14 dias OU Linezolida 
600mg IV 12/12h por 10-14 dias. 
Abscesso hepático (E. coli, Proteus spp. Klebsiella 
spp., etc.) 
Ceftriaxona 1-2g IV 12/12h por 10-14 dias OU Cefotaxima 1-2g IV 12/12h 
ASSOCIADOS A: Metronidazol 500mg IV 6/6h por 10-14 dias. 
Colangite, Colecistite, Sepse biliar Ampicilina 1-2g IV 4/4h + Gentamicina 3-5 mg/kg dose única diária + 
Metronidazol 500mg IV 6/6h por 10-14 dias. 
Trato reprodutor feminino 
Corioamnionite / Aborto séptico Ampicilina 2g IV de 6/6h + Gentamicina 240-350mg IV 1x/dia + Metronidazol 
500mg IV 6/6h por até 24h afebril; Opção: Clindamicina 600mg IV 6/6h + 
Amicacina 1g IV 1x/dia por até 24h afebril. 
Endometrite Ampicilina 2g de 6/6h + Gentamicina 240-350mg IV 1x/dia + Metronidazol 
500mg IV 6/6h. Após 48h afebril, iniciar Amoxicilina-clavulanato 1g VO 8/8h. 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
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Doença inflamatória pélvica 
 Tratamento ambulatorial 
 
 Tratamento hospitalar 
 
- Ceftriaxone IM dose única + Doxiciclina VO de 12/12h por 14 dias + 
Metronidazol VO de 12/12h por 14 dias. 
- Clindamicina 900mg EV 8/8h + Gentamicina 240mg EV 24/24h. Se após 24h 
a paciente estiver bem, liberar para tratamento ambulatorial com 
Doxiciclina 100mg VO por 14 dias. 
Trato reprodutor masculino 
Prostatite bacteriana aguda 
 Não complicada 
 
 Complicada 
 
 
- Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h ou Ofloxacina 200mg VO 12/12h por 4 
semanas; Opção: Ceftriaxona 1g IV ou IM 12/12h. 
- Ciprofloxacino 400mg IV ou Ofloxacino 200mg IV de12/12h, trocando para 
VO quando houver melhora do quadro (duração: 4 semanas); Opção: 
Ceftriaxona 1g IV 12/12h + Gentamicina 80mg IV 8/8h por 10 dias e 
completar com Ciprofloxacino VO 12/12h (duração: 4 semanas). 
Prostatite crônica Ciprofloxacino 500mg VO ou Ofloxacino 200mg VO 12/12h por 6 semanas; 
Opção: SMZ-TMP VO 12/12h por 6 semanas. 
Trato urinário 
Cistite (ITU baixa) 
 Homens 
 
 Mulheres 
 
 
 Gestante 
 
 Crianças (7-14 dias) 
 
- Norfloxacino 400mg, 12/12h por 7 a 10 dias; ou Ciprofloxacino 500mg, 
12/12h por 7-10 dias; ou SMZ-TMP (800-160 mg) VO 12/12h. 
- Fosfomicina 3g VO em dose única (1ª escolha); Nitrofurantoína 100 mg VO 
6/6h por 3-7 dias; Ciprofloxacino 500mg, VO, 12/12h por 3 dias; ou 
Levofloxacino 500mg, 1x/dia por 3 dias. 
- Fosfomicina 3g VO dose única; Cefalexina 500mg VO 6/6h por 3 a 5 dias; 
Amoxicilina-Clavulanato (875mg+125mg) VO 8/8h por 3 dias. 
- SMZ-TMP 200mg+40mg/5ml: fazer 1 ml/kg/dia 12/12h; Cefalexina 30 
mg/kg/dia VO 6/6h (duração: 7-14 dias) 
Pielonefrite (ITU alta) 
 Não complicada (sem sinais e sintomas 
de sepse ou desidratação) 
 Complicada (com sinais e sintomas de 
sepse e/ou desidratação, ou na 
presença de litíase renal) 
 Gestante 
 
- Levofloxacino 500mg VO dose única diária por 10 a 14 dias OU 
Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h por 10 a 14 dias. 
- Ciprofloxacino 200 a 400 mg EV, a cada 8 ou 12 horas; Opções: Ampicilina + 
Gentamicina; Piperacilina-tazobactam. 
 
- Ceftriaxona 1g IV 12/12h por 14-21 dias. 
Vias aéreas superiores 
Faringoamigdalite estreptocócica (S. pyogenes) 1ª escolha: Penicilina benzatina IM dose única; 
2ª escolha: Amoxicilina 500mg VO 8/8h por 7-10 dias; 
3ª escolha: Azitromicina 500mg VO 1x/dia por 3 dias OU Amoxicilina-
clavulanato (875+125) VO 12/12h por 5 dias. 
Laringite / Epiglotite (H. influenzae) Ampicilina 500mg VO 6/6h por 7-10 dias OU Cloranfenicol 500mg VO 6/6h 
por 7-10 dias OU Amoxicilina-clavulanato 1g VO 8/8h por 7-10 dias. 
Sinusite bacteriana (S. pneumoniae, H. 
influenzae, M. catarrhalis) 
Amoxicilina 500mg VO 8/8h por 7-14 dias OU SMZ-TMP VO 12/12h por 7-10 
dias OU Amoxicilina-clavulanato 1g VO 8/8h por 7-14 dias. 
 
 
AJUSTE DA DOSE DE ACORDO COM A FUNÇÃO RENAL 
- Um número substancial de medicamentos usados na prática clínica é constituído por drogas que apresentam a peculiaridade 
de serem eliminadas do organismo através dos rins, por meio de seus próprios princípios ativos ou de seus produtos de 
metabolização. Em situações de déficit das funções renais, o balanço corporal dessas substâncias pode alterar-se, resultando em 
quadros clínicos de intoxicação medicamentosa. A prescrição de drogas em insuficiência renal, para ser mais racional e segura, 
deve objetivar a individualização terapêutica, baseando-se em parâmetros farmacocinéticos. 
 
Clearance de Creatinina (Fórmula de Cockcroft-Gault) 
ClCreatinina = (140 – idade) x Peso 
 72 x Crplasmática 
Na mulher, multiplica-se o resultado por 0,85. 
 
 
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13 
 
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Droga Clearance de Creatinina (ml/kg/1,73m
2
) 
Antibióticos >50 50 - 10 <10 
Amicacina 1000mg 24/24h 500mg 24/24h 500mg 48/48h 
Amoxicilina 500mg 8/8h 500mg 12/12h 500mg 24/24h 
Amoxicilina/clavulanato 500/125mg 8/8h 500/125mg 12/12h 500/125mg 24/24h 
Ampicilina 500mg 6/6h 500mg8/8h 500mg 12/12h 
Ampicilina 1000mg 6/6h 1000mg 8/8h 1000mg 12/12h 
Ampicilina/sulbactam 1000/500mg 6/6h 1000/500mg 12/12h 1000/500mg 24/24h 
Aztreonam 1000mg 8/8h 500mg 8/8h 250mg 8/8h 
Cefazolina 1000mg 8/8h 1000mg 12/12h 1000mg 24/24h 
Cefepima 1000mg 8/8h 1000mg 12/12h 1000mg 24/24h 
Cefotaxima 2000mg 8/8h 2000mg 12/12h 2000mg 24/24h 
Ceftazidima 2000mg 8/8h 2000mg 12/12h 2000mg 24/24h 
Ceftobiprole 500mg 8/8h 500mg 12/12h 500mg 24/24h 
Ceftriaxona Sem ajuste de dosagem 
Cefuroxima 750mg 8/8h 750mg 12/12h 750mg 24/24h 
Cefuroxima 500mg 12/12h 500mg 24/24h 500mg 24/24h 
Ciprofloxacino 500mg 12/12h 500mg 24/24h 250mg 24/24h 
Ciprofloxacino 400mg 12/12h 400mg 24/24h 200mg 24/24h 
Claritromicina 500mg 12/12h 375mg 12/12h 500mg 24/24h 
Claritromicina 500mg 12/12h 375mg 12/12h 500mg 24/24h 
Clindamicina Sem ajuste de dosagem 
Cloranfenicol Sem ajuste de dosagem 
Colistina 160mg 12/12h 160mg 24/24h 160mg 36/36h 
Daptomicina 500mg 24/24h 500mg 48/48h 500mg 48/48h 
Doripenem 500mg 8/8h 250mg 8/8h Sem dados 
Doxiciclina Sem ajuste de dosagem 
Eritromicina 500mg 6/6h 500mg 6/6h 500mg 12/12h 
Ertapenem 1000mg 24/24h 500mg 24/24h 500mg 24/24h 
Estreptomicina 1000mg 24/24h 1000mg 48/48h 1000mg 72/72h 
Gentamicina 240mg 24/24h 120mg 24/24h 120mg 48/48h 
Imipenem+cilastatina 500mg 6/6h 250mg 6/6h 250mg 12/12h 
Levofloxacino 750mg 24/24h 750mg 48/48h 500mg 48/48h 
Levofloxacino 750mg 24/24h 750mg 48/48h 500mg 48/48h 
Linezolida 600mg 12/12h 600mg 12/12h 600mg 12/12h 
Linezolida 600mg 12/12h 600mg 12/12h 600mg 12/12h 
Meropenem 1000mg 8/8h 1000mg 12/12h 1000mg 24/24h 
Metronidazol 500mg 8/8h 500mg 8/8h 250mg 8/8h 
Metronidazol 500mg 8/8h 500mg 8/8h 250mg 8/8h 
Moxifloxacino Sem ajuste de dosagem 
Nitrofurantoína 100mg 6/6h Não usar Não usar 
Penicilina cristalina 6.000.000 UI 4/4h 4.000.000 UI 4/4h 2.000.000 UI 4/4h 
Penicilina V 500mg 6/6h 500mg 12/12h 500mg 24/24h 
Piperacilina/tazobactam 4500mg 8/8h 2250mg 6/6h 2250mg 8/8h 
Polimixina 500.000UI 8/8h 500.000UI 12/12h 500.000UI 24/24h 
Rifampicina Sem ajuste de dosagem 
Sulfametoxazol/trimetoprim 800/160mg 12/12h 800/160mg 18/18h 800/160mg 24/24h 
Sulfametoxazol/trimetoprim 1200/240mg 6/6h 1200/240mg 8/8h 1200/240mg 12/12h 
Teicoplanina 400mg 24/24h 400mg 48/48h 400mg 72/72h 
Tetraciclina 250mg 6/6h 250mg 12/12h 250mg 24/24h 
Tigeciclina Sem ajuste de dosagem 
Tobramicina 240mg 24/24h 120mg 24/24h 120mg 48/48h 
Vancomicina 1000mg 12/12h 1000mg 48/48h 1000mg 5/5d 
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PRINCIPAIS POSOLOGIAS EM PEDIATRIA 
Ampicilina - Indicações: infecções respiratórias, otite média aguda, rinossinusites, faringites bacterianas, etc. Junto 
com a Amoxicilina, é a droga de escolha na maioria das infecções enterocócicas. Nas infecções 
respiratórias, em geral, prefere-se a Amoxicilina. 
- Posologia: 
 RN: 25 - 50 mg/kg/dose 12/12 h (= 50-100mg/kg/dia divididos em duas tomadas) EV 
 Crianças maiores: 100 - 200 mg/kg/dia 6/6 h. 
Amoxicilina - Indicações: rinossinusite, otite média aguda, infecções respiratórias, febre tifoide e profilaxia da 
endocardite bacteriana. 
- Idade para o uso: recém-nascido (recomenda-se uso a partir do 2º mês de vida). 
- Dose: 50 (até 90) mg/kg/dia (tomar VO, 8-8h ou 12-12h) 
- Apresentações: Novocilin® (250mg/5ml; 400mg/5ml); Velamox® (400mg/5ml); Sinot® (400mg/5ml). 
 Suspensão 250mg/5ml: Peso ÷ 3 ou Peso ÷ 2; 
 Suspensão 400mg/5ml: Peso ÷ 5; 
 Comprimido: 500mg (a partir de 40kg de massa corporal). 
 
 
Amoxicilina + 
Clavulanato 
- Indicações: tratamento de infecções de vias aéreas superiores e inferiores, exacerbações da bronquite 
crônica e otites. 
- Apresentações: Clavulin® BD (200+28,5mg/5ml e 400+57mg/5ml), Clavutrex® (250mg+62,5mg/5ml), 
Novamox® (400+57mg/5ml), Sinot Clav® (400mg+57mg/5ml). 
- Dose: a dose usual recomendada é de 25mg/kg/dia, em doses divididas de 8/8h. 
 1 a 6 anos (13 – 21kg): 
Susp. oral 250+62,5mg/5ml: 2,5ml, 3x ao dia. 
Susp. oral 400+57mg/5ml: 2,5 a 5ml, 2x ao dia. 
 6 a 12 anos (22 – 40kg): 
Susp, oral 250+62,5mg/5ml: 5ml, 3x ao dia. 
Susp. oral 400+57/5ml: 5 a 10ml, 2x ao dia. 
 Acima de 12 anos: 
Cpr. 500+125mg: 1 cp, 3x ao dia. 
Cpr. 875+125mg: 1 cp, 2x ao dia. 
Ácido nalidíxico - Indicações: infecções urinárias não complicadas. 
- Dose: 50mg/kg/dia (tomar VO, 4x ao dia, por 10 dias). 
Azitromicina - Indicações: infecções bacterianas de vias aéreas, de pele e em casos de sinusites agudas; etc. 
- Apresentações: Azitron®, Astro®, etc. 
- Dose: 10-12 mg/kg (1x ao dia) 
 Suspensão: 200mg/5ml (Peso÷4) 
 < 15kg (frasco de 600mg com 15ml): 10mg/kg em dose única diária, por 3 dias. 
 15 a 25kg (frasco de 600mg com 15ml): 5ml em dose única diária, por 3 dias. 
 26 a 35kg (frasco de 900mg com 22,5ml): 7,5ml em dose única diária, durante 3 dias. 
 36 a 45kg (dois frascos de 600mg com 15ml cada): 10ml em dose única diária, durante 3 
dias. 
 Comprimido: 500mg (a partir de 45kg de massa corporal). 
Cefalotina - Principais indicações: pneumonias, infecções da pele e tecidos moles, infecções das vias aéreas 
superiores, profilaxia cirúrgica. 
- Dose: 100mg/kg/dia (1,0 g + 10ml de água destilada) 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
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Cefaclor - Principais indicações: infecções da pele e tecidos moles, infecções de vias aéreas, etc. 
- Dose: 30 mg/kg/dia (tomar VO, 12-12h) 
- Apresentações: 
 Suspensão: 250mg/5ml (Peso ÷ 3) 
 Suspensão: 375mg/5ml (Peso ÷ 5) 
 Comprimido: 250, 375, 500 e 750 mg 
Cefalexina - Principais indicações: infecções da pele e tecidos moles, infecções de vias aéreas, etc. 
- Dose: 50 (até 100) mg/kg/dia VO 6-6 h 
- Apresentações: 
 Suspensão: 250mg/5ml (Peso ÷ 4) 
 Comprimido: 500mg (a partir de 40kg de massa corporal) 
Ceftriaxona - Principais indicações: pneumonias, infecções urinárias, meningites, infecções intra-abdominais. 
- Dose: 50-100 mg/kg/dose 12/12 h (=100 – 200mg/kg/dia). 
Claritromicina - Principais indicações: infecções das vias aéreas, dos seios da face, da pele e partes moles. 
- Idade para uso: 6 meses 
- Dose e apresentações: 7,5 mg/kg/dose (administrar VO ou IV, de 12/12h) 
 Suspensão: Clamicin® 125mg/5ml 
 Suspensão: Clamicin® 250mg/5ml 
 Comprimido: Claritromicina-EMS 500mg (a partir de 50 kg de massa corporal) 
Eritromicina - Principais indicações: muito usada para tratar infecções estreptocócicas, gonocócicas e treponêmicas 
(sífilis) em pacientes alérgicos à Penicilina. É a droga de escolha para o tratamento de infecções por 
Mycoplasma pneumoniae (por ser 50 vezes mais potente que as tetraciclinas), da coqueluche e da 
angiomatose bacilar. A Eritromicina é ativa ainda contra a maioria das cepas de S. aureus oxacilina-
sensível, porém, o seu uso induz uma rápida resistência desta bactéria. 
- Idade para uso: 6 meses 
- Dose e apresentações: 30-50 mg/kg/dia (tomar VO, 6-6 h) 
 Suspensão: Eritrex® 125mg/5ml (Peso ÷ 2) - não se usa muito esta apresentação 
 Suspensão: Eritrex® 250mg/5ml (Peso ÷ 4) – apresentação mais usual. 
 Comprimido: Eritex®: (500mg) (a partir de 40 kg de massa corporal) 
Nitrofurantoína - Indicações: ITU. 
- Dose e apresentações: 5-7mg/kg/dia (tomar VO, 4x ao dia, por 10 dias). 
 Solução: 5mg/ml (para lactentes). 
 Solução: 250mg/5ml (idade para uso: 6 meses). 
Penicilina G 
Benzatina 
(Benzetacil®) 
- Principais indicações: faringoamigdalite estreptocócica, impetigo estreptocócico e sífilis sem 
acometimento do SNC. 
- Doses e apresentações: atualmente, só estão disponíveis no mercado frasco-ampolas de 1200000 UI. 
 Crianças com até 20 kg: ½ ampola (600.000U) IM (região glútea), dose única. 
 Crianças com mais de 20 kg: 1 ampola (1200000U) IM (região glútea), dose única. 
Sulfametoxazol + 
Trimetoprima- Principais indicações: cistite bacteriana, gastroenterite, infecções respiratórias altas, exacerbações do 
DPOC e das bronquiectasias. 
- Idade de uso: a partir de 6 semanas de vida. 
- Apresentações: suspensão oral com 40mg/ml + 200mg/ml (Bactrim®) e com 80mg/ml + 400mg/ml 
(Bactrim® F); Frascos com 50 ou 100ml. Comprimidos de 80mg+400mg (Bactrim®) e de 160mg+800mg 
(Bactrim® F). 
- Dose: duração do tratamento: cerca de 7 a 14 dias. 
 6 semanas a 5 meses: 2,5ml da suspensão a cada 12 horas. 
 6 meses a 5 anos: 5ml da suspensão pediátrica a cada 12 horas ou 2,5ml da suspensão F a cada 
12 horas. 
 6 a 12 anos: 10ml da suspensão pediátrica a cada 12 horas ou 5ml da suspensão F a cada 12 
horas. 
 > 12 anos: 1 a 2 cp de Bactrim ou ½ a 1 cp de Bactrim F, de 12/12h. 
 
 
 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
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ANOTAÇÕES 
- Resumo para uso prático dos antibióticos: 
Gram + Cefalexina, Ceftriaxona, Amoxicilina / OBS: Listeria  Ampicilina. 
Strepto Penicilina; Ceftriaxone; Amoxicilina; Azitromicina / OBS: Pneumococo  Não usar penicilina! 
S. aureus S. aureus oxacilina/meticilina sensível adquirida na comunidade (CA-MSSA) ou infecção leve: Cefalexina. 
S. aureus oxacilina/meticilina resistente da comunidade (CA-MRSA): SMZ-TMP, Clindamicina, Doxiciclina. 
S. aureus oxacilina/meticilina sensível nosocomial (MSSA) ou infecção grave: Oxacilina, Ceazolina, 
Nafcilina. 
S. aureus oxacilina/meticilina resistente nosocomial (MRSA) ou alergia (anafilática) a penicilinas: 
Vancomicina (nefrotóxica) ou Linezolida (plaquetopenia) ou Teicoplanina. 
S. aureus resistente à vancomicina (VIRSA): Linezolida, Daptomicina (não tem penetração pulmonar). 
Gram - Cipro ou Genta 
Anaeróbios Metronidazol ou Clinda... Aminoglicosídeos não! 
Pseudomonas Ceftazidima, Cefepime, Levofloxacina, Carbapenêmicos, Piperacilina-Tazobactam. 
Esquemas de 
largo espectro 
em cirurgia 
- Pencilinas (Ampicilina) / Cefalosporinas (Cefalotina): para Gram positivos 
- Cipro/Genta: Gram negativos 
- Metronidazol/Clinda: Anaeróbios 
Infecções 
ginecológicas 
- Pensar em: Gonococo, Clamídia e Anaeróbios. 
- Clindamicina + Gentamicina. 
Neonatologia - Pensar em: S. agalactiae (GBS), Gram negativos entéricos, Listeria, Klebisiela. 
- Ampicilina + Gentamicina 
Hospitalar Pensar em: S. aureus, S. epidermidis (coagulase negativo), Gram negativos hospitalares (Pseudomomas, 
Klebsielas), Fungos (Candida). 
- Vancomicina + Cefepime + Anfotericina B 
VRE - “Enterococo resistente à vancomicina”. 
- Principal opção: Linezolida. 
ESBL - “Beta-lactamase de espectro estendido” / Também apresentam resistência a aminoglicosídeos e 
quinolonas / São mais frequentes em amostras de enterobactérias, como K. pneumoniae e E. coli. 
- Principal opção: Carbapenêmicos (meropenem, imipenem, doripenem e ertapenem). 
KPC - “Klebsiella pneumoniae carbapenemase”: tipo de enzima que atua inibindo carbapenêmicos. Pode ser 
encontrada em bactérias como K. pneumoniae, Pseudomonas sp., E. coli, etc. 
- Opções: Tigeciclina e Polimixina B (seu efeito nefrotóxico limita muito seu uso na prática). 
 
Beta-lactâmicos - Penicilinas: Gram + (menos S. aureus, que são produtores de penicilinases). O benzetacil tem uso 
restrito em faringoamigdalites, profilaxia de febre reumática, piodermites estreptocócicas e sífilis sem 
acometimento do SNC. 
- Amoxicilina e Ampicilina: pneumococo, listeria (ampicilina), etc. 
- Oxacilina: droga mais eficaz contra S. aureus adquirido na comunidade (sensível à meticilina). Usar em 
casos de infecções de pele mais simples, mas que exijam internação. 
- Cefalosporinas: 
 1ª geração (Cefalexina, Cefalotina): Gram +. 
 2ª geração (Cefuroxime): Gram + e alguns Gram -. 
 3ª geração (Ceftriaxona, Ceftazidime): Gram - (principalmente) e, em menor proporção, Gram +. 
A Ceftadizime cobre pseudomonas. 
 4ª geração (Cefepime): amplo para Gram + e Gram - (incluindo pseudomonas). 
- Carbapenêmicos (Imipenem e Meropenem): Gram +, Gram -, anaeróbios, pseudomonas e germes 
ESBL. O imipenem pode causar convulsão (o meropenem causa menos). 
- Monobactâmicos (Aztreonam): = aminoglicosídeos. 
- β-lactâmicos + inibidores de beta-lactamase: 
 Ampicilina-sulbactam: infecções graves por Gram + e anaeróbios. 
 Amoxicilina-clavulanato: = ampicilina (Gram +), anaeróbios e Gram -. 
 Piperacilina-tazobactam: bom para Gram + (inclusive enterococos), Gram - (inclusive 
pseudomonas) e anaeróbios. 
Glicopeptídeos - (Vancomicina e Teicoplanina): antibióticos de escolha para o tratamento de MRSA. Não cobrem o S. 
aureus VIRSA nem o VRE (estes são cobertos pela Linezolida). 
Aminoglicosídeos - (Gentamicina, Neomicina): ótimos para Gram -, péssimos para Gram + e pior ainda para anaeróbios. 
São nefrotóxicos e contraindicados na gestação. 
Polimixinas - Cobrem Gram -. Reservados para germes da grande resistência. Muito nefrotóxicas! 
Imipenem: Gram negativos e anaeróbios 
Arlindo Ugulino Netto • interMEDRESUMOS 2018 
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@medresumosoficial 
Quinolonas - (Cipro, Moxi, Norflo, Levofloxacino): cobrem Gram – e um pouco de Gram + (Fluorquinolonas). 
Tetraciclinas - Cobre pneumococo e Haemophilus. A doxiciclina cobre rickettsioses e clamídia (uretrites e cervicites). 
Macrolídeos - (Azitromicina, Eritromicina, Claritromicina): cobre bem Gram +, germes atípicos da pneumonia, cocos 
Gram - (gonococo e meningococo), Treponema pallidum (agente da sífilis). 
Lincosamidas - (Clindamicina): cobre germes anaeróbios. Causa diarreia (colite pseudomembranosa, por exemplo). 
Sulfonamidas - (SMZ/TMP, Sulfadiazina): Gram + e -. 
Oxazolidonas - (Linezolida): MRSA, VIRSA, VRE (germes resistentes à vancomicina). 
 
- Um a mais sobre antibióticos indicáveis para MRSA... 
 A daptomicina tem baixa penetração pulmonar; 
 A linezolida apresenta boa penetração pulmonar, porém pode associar-se a desenvolvimento ou piora de 
plaquetopenia; 
 A vancomicina possui boa atividade para pneumonia, porém pode estar implicada no desenvolvimento de 
nefrotoxicidade; 
 A tigeciclina tem melhor ação em infecções abdominais e de pele e partes moles, com penetração pulmonar 
questionável, além de poder associar-se a trombocitopenia. 
 A teicoplanina apresenta efetividade para pneumonia sem implicar em redução da contagem de plaquetas ou piora de 
função renal. 
 
- Guarde a seguinte regra para infecções por germes anaeróbios: acima do diafragma, preferir clindamicina (só se usa 
metronidazol em abscesso cerebral); abaixo do diafragma, preferir o metronidazol. Em infecções cutâneas e respiratórias, 
preferir clindamicina. Outros antibióticos com cobertura para anaeróbios são: Meropenem (não são utilizados com esse intuito 
pois são guardados para infecções mais graves com cepas resistentes) e Vancomicina (uso restrito para bactérias Gram positivas 
resistentes à Meticilina/Oxacilina). OBS: Os aminoglicosídeos, em contrapartida, classicamente não são ativos contra 
anaeróbios. 
- Os bacilos gram-negativos produtores de betalactamases de amplo espectro (ESBL) geralmente acometem pacientes com 
internação prolongada em UTI, portadores de sonda vesical de demora e tratados com cefalosporinas de amplo espectro. Entre 
as bactérias mais associadas a esse tipo de resistência, estão: Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. 
- A cefoxitina tem boa ação contra anaeróbios, sendo indicada para profilaxia de cirurgia do cólon para reduzir a infecção pór-
cirúrgica. 
- Os enterococos são organismos comensais e colonizam o trato gastrointestinal humano e genital feminino. O paciente, uma 
vez colonizado por enterococo resistente a vancomicina (VRE), pode permanecer portador do VRE por anos (diferentemente de 
outras bactérias multirresistentes). O uso prévio de antibióticos como a vancomicina e a cefalosporina está relacionado com o 
surgimento do VRE.- Pensar em pneumonia por pseudomonas quando o paciente for portador de DPOC grave e/ou tiver histórico de internação 
recente com uso de antibióticos. 
- Vários antibióticos tópicos são utilizados em dermatologia visando germes Gram positivos. O mais comumente aplicado é a 
neomicina que pode induzir reações de hipersensibilidade local e, quando aplicada em áreas extensas e lesadas, ocasionar 
náuseas, vômitos, diarreia, oto ou nefrotoxicidade. Atualmente, existe preferência à mupirocina e ao ácido fusídico, que são 
mais ativos e menos sensibilizantes. A gentamicina é utilizada no tratamento de infecções por gram-negativos. 
- O deescalonamento consiste na troca do antibiótico, reduzindo o espectro de tratamento. Ele é realizado após o resultado das 
culturas obtidas no primeiro momento, antes da utilização inicial da antibioticoterapia empírica. 
- Dentre os fatores que favorecem a indução de resistência aos antibióticos, os dois principais são as doses baixas, ineficazes 
para debelar a infecção, e o tempo prolongado de tratamento, que permite um tempo maior depressão seletiva sobre a 
população bacteriana, A união desses dois fatores fornece um cenário que facilita ainda mais a indução da resistência. 
- Antibióticos que não precisam de ajuste posológico na insuficiência renal: 
 Oxacilina 
 Ceftriaxone 
 Clindamicina 
 Cloranfenicol 
 Azitromicina 
 Doxiciclina 
 Moxifloxacina 
 Linezolida 
 
 
FONTES 
- MEDGRUPO. Apostila MED CLÍNICA MÉDICA: Grandes síndromes bacterianas. Rio de Janeiro: MedyKlin Editora, 2015. 
- MEDGRUPO. Apostila MEDCURSO: Manual de Antibioticoterapia. Rio de Janeiro: MedyKlin Editora, 2014. 
- MEDCEL. Guia de Bolso: Antibioticoterapia. Material de divulgação. 2013. 
- Site da Anvisa. Antimicrobianos – Bases teóricas e uso clínico. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/conceitos.htm.

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