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Transtornos de humor - síndromes depressivas

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 Humor triste; 
 Desânimo; 
 Há uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos, neurovegetativos, ideativos e cognitivos. 
 Em formas graves de depressão, há a presença de sintomas psicóticos (delírios e alucinações), alteração 
psicomotora (lentidão e estupor) e fenômenos biológicos (neuronais e neuroendócrinos). 
 
Sintomas das síndromes depressivas nas diferentes esferas psicopatológicas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações Cognitivas 
Afetivo e de humor 
Alterações ideativas 
Autovaloração 
Neurovegetativo 
Psicomotricidade 
Jéssica Alves - Psicologia 
 
Desânimo, anedonia, lentidão, 
estupor/catatonia, mutismo, 
negativismo. 
Fadiga, hipersonia ou insônia, 
diminuição da libido, 
diminuição ou aumento do 
apetite. 
Déficit de atenção e 
concentração, déficit 
secundário da memória, 
dificuldade de tomar 
decisões, pseudodemência 
depressiva. 
Autoestima diminuída, 
sentimentos de insuficiência, 
incapacidade e vergonha, 
autodepreciação. 
Ideação negativa, 
pessimismo, 
arrependimento, culpa, 
ruminações, tédio, realismo 
depressivo, ideias de morte, 
planos e atos suicidas. 
Tristeza/melancolia, choro, 
apatia, “falta de sentimento”, 
tédio, irritabilidade, angústia, 
ansiedade, desespero, 
desesperança. 
 
 Sintomas Psicóticos 
 
• Ideias delirantes de conteúdo negativo: 
 
↪ Delírio de ruína ou miséria 
↪ Delírio de culpa 
↪ Delírio hipocondríaco e/ou de negação de 
órgãos. 
↪ Delírio de inexistência (de si ou do mundo). 
 
• Alucinações, geralmente auditivas. 
• Ilusões auditivas e visuais. 
• Ideação paranoide e outros sintomas psicóticos 
humor-incongruentes. 
 
 Aspectos neurobiológicos da depressão 
 
• Alterações estruturais do cérebro 
 
↪ Redução do volume do hipocampo 
 
 
 
↪ Redução de áreas cinzentas em: cíngulo anterior, 
striatum, ínsula, amígdala e córtex pré-frontal. 
 
 
• Alterações funcionais do cérebro 
 
↪ Alterações em circuitos pré-frontal�límbicos, 
modulados por serotonina, e circuitos striatum-
frontais, modulados por dopamina. 
 
↪ Aumento de atividades em sistemas neurais de 
base para o processamento de emoções e redução em 
sistemas neurais de apoio à regulação de emoções. 
 
 
 
• Episódio de depressão e transtorno depressivo 
maior recorrente 
 
↪ Os sintomas devem ser apresentados por pelo 
menos duas semanas e não mais do que dois anos de 
forma ininterrupta. 
↪ Humor deprimido, anedonia (ausência de prazer), 
fatigabilidade (cansaço, fadiga), distúrbio do sono e do 
apetite. 
 
• Transtorno depressivo persistente e transtorno 
distímico 
 
↪ O paciente desenvolve a maneira crônica da 
depressão durante 2 anos ininterruptos, podendo ser 
de intensidade leve (distimia), moderado ou grave. 
 
↪ Começa geralmente na adolescência ou no início da 
vida adulta e persiste por vários anos. 
 
↪ Humor triste na maior parte do dia, acompanhado 
de pelo menos dois desses sintomas: diminuição da 
autoestima, fatigabilidade aumentada, insônia, 
apetite alterado, dificuldade de concentração, 
dificuldade na tomada de decisão, e desesperança. 
 
↪ Na distimia (forma crônica da depressão, porém 
leve) ocorre o mau humor crônico e irritabilidade (o 
humor básico ao invés da tristeza é a irritabilidade). 
 
• Depressão atípica ou depressão com características 
atípicas 
 
↪ Pode ocorrer em episódios depressivos de 
intensidade leve a grave, em transtorno unipolar ou 
bipolar. 
 
↪ Há uma reatividade de humor aumentada 
(melhora rapidamente com eventos positivos e piora 
rapidamente com eventos negativos). 
 
↪ Ganho de peso ou aumento do apetite. 
 
↪ Paralisia de chumbo (horas sem se mover, 
paralisado. A pessoa tem a sensação de que os 
membros estão pesados). 
 
↪ Aumento do sono (hipersonia). 
 
↪ Percebe facilmente ou exagera na percepção de 
rejeição interpessoal, e reage de forma 
impulsiva/intensa. 
 
• Depressão tipo melancólica ou endógena 
 
↪ Há predominância de sintomas endógenos (peso 
maior na natureza biológica da doença). 
 
↪ A pessoa deve apresentar: perda de prazer ou 
incapacidade de sentir prazer (anedonia) ou falta de 
reatividade a estímulos em geral prazerosos. 
 
↪ Também deve apresentar três dos sintomas: humor 
depressivo, lentificação psicomotora, sentimento de 
culpa, perda do apetite ou peso, depressão pior pela 
manhã. 
 
↪ Também se pode constatar a chamada tristeza 
vital, que é uma tristeza diferente, um peso, uma 
agonia “sentida no corpo”. 
 
• Depressão psicótica ou depressão com sintomas 
psicóticos 
 
↪ Trata-se de depressão muito grave, associado a um 
ou mais sintomas psicóticos, como delírios e/ou 
alucinações. 
 
↪ Há presença de delírios de ruína ou culpa, 
hipocondríaco (sempre achar que está doente), ou de 
negação de órgãos (ex: síndrome de cottard – os 
pacientes relatam que seus órgãos estão podres, 
mesmo não sendo verdade). Além de alucinações 
auditivas com humor de “punição merecida” (ex: 
ouvir vozes afirmando “você não é digno de viver”). 
 
** A grande maioria das alucinações em surtos 
psicóticos são auditivos. 
 
** Para diagnosticar deve haver a presença de pelo 
menos dois sintomas psicóticos (ex: alucinações e 
delírios). 
 
↪ Os sintomas psicóticos na depressão são: 
 
Humor-congruente: Delírios ou alucinações cujo 
conteúdo é inteiramente coerente com os temas 
maníacos ou depressivos típicos (culpa, doença, 
morte, etc.). 
 
Humor-incongruente: Delírios ou alucinações cujo 
conteúdo não envolve os temas maníacos ou 
depressivos típicos (delírios de perseguição, inserção 
de pensamentos, etc.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
↪ Cabe notar que a depressão psicótica revela mais 
alterações cerebrais do que a não psicótica, o que 
indica maior gravidade fisiopatológica dessa forma de 
doença. 
 
 
• Estupor depressivo ou depressão com catatonia 
 
↪ O paciente passa dias sentado em estado de 
catalepsia (imóvel, em geral rígido). 
 
↪ Apresenta o negativismo. 
 
↪ Mutismo (não fala com as pessoas, apesar de estar 
consciente e não ter afasia). 
 
• Depressão ansiosa ou agitada ou com sintomas 
ansiosos proeminentes e transtorno misto de 
depressão e ansiedade 
 
↪ Há uma queixa de angustia ou ansiedade 
acentuada (nervoso, preocupado, irritado, inquieto 
desesperado) 
 
↪ Pode ter o sentimento de perda do controle de si 
mesmo. 
 
↪ Há um maior risco de suicídio. 
 
↪ É muito semelhante ao transtorno bipolar (TB). 
 
• Depressão unipolar ou depressão bipolar 
 
↪ A recorrência do transtorno depressivo ao longo da 
vida é denominada de depressão “unipolar”. 
 
↪ E quando é o início do TB, a depressão é 
denominada de “bipolar”. 
 
↪ Deve haver o cuidado no diagnóstico diferencial do 
paciente. 
 
• Depressão como transtorno disfórico pré-
menstrual 
 
↪ Uma forma grave de depressão associado á 
síndrome pré-menstrual. 
 
↪ Sintomas intensos de humor: tristeza marcante, 
nervosismo/ansiedade acentuada, sentimento de 
estar “no limite para explodir”, oscilações de humor, 
labilidade afetiva, irritabilidade. 
 
 
↪ Outros sintomas: dificuldade de concentração, 
interesse diminuído, alteração do sono e/ou apetite, 
sensibilidade e inchaço das mamas, dores nas 
articulações ou musculares e sensação de inchaço no 
corpo. 
 
• Depressão mista ou depressão com características 
mistas 
 
↪ É marcadamente percebida como sintomas 
maníacos encavalados com sintomas depressivos. 
 
↪ Há presença do humor deprimido na maioria dos 
dias, porém com o surgimento de sintomas 
maníacos, pelos menos três dos seguintes: humor 
elevado ou expansivo, autoestima elevada, loquaz, 
fuga das ideias, aumento da energia no trabalho ou a 
vida sexual ou envolvimento em atividades excitantes, 
redução da necessidade de sono. 
 
• Depressão secundária ou orgânica (transtorno 
depressivo devido a outra condição médica ou 
induzido por substância ou medicamento) 
 
↪ O desencadeamento de síndromes depressivas 
após o surgimento
de doenças de base orgânica. Entre 
tais doenças é possível encontrar: câncer, HIV/AIDS, 
Parkinson entre outras. 
 
↪ Pode ocorrer também o transtorno depressivo 
induzido por substância ou medicamento, 
intimamente associado durante ou logo após a 
intoxicação por substâncias ou fármacos. 
 
• Depressão como fator de risco para doenças físicas 
 
↪ A depressão pode ser um fator de risco: obesidade, 
doenças coronarianas, AVC e diabetes. 
 
↪ Encurtamento dos telômeros. As pessoas com o 
transtorno, sobretudo grave, têm envelhecimento 
celular acelerado e possível aumento de condições e 
doenças associadas ao envelhecimento. 
 
• Depressão em crianças, adolescentes e idosos 
 
↪ É mais comum nas meninas. 
 
↪ Comum comportamentos disruptivos 
(irritabilidade, oposição aos adultos, agressividade e 
transgressões). 
 
↪ Queda do rendimento escolar. 
 
↪ Na infância há duas classificações: a pura (sem 
sintomas disruptivos) e com sintomas disruptivos. 
 
↪ Prevalência de depressão entre idosos (15 % – 20 
%) 
 
•
 
↪ Pessoas que apresentam episódios depressivos 
moderados ou graves tendem a apresentar o perfil de 
personalidade, com base no Big-Five, aumentado 
para Neuroticismo e diminuído para extroversão. 
 
↪ Transtornos de personalidade ocorrem em 
pacientes depressivos por cerca de 14 a 44%, sendo os 
mais frequentes: bordeline, obsessivo-compulsivos, 
paranoide, esquizoide, evitativa e antissocial. 
 
 
 
 
Referência 
Dalgalarrondo, P. (2019). Psicopatologia e Semiologia 
dos Transtornos Mentais. Porto Alegre : Artmed, 
2019.

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