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Luiza Lorenzoni Grillo – 102 Sistema hemolinfopoiético Hemocitopoese: Produção de células do sangue; envolve renovação celular, proliferação, diferenciação e maturação celular; Etapas: Fase mesoblástica: Ao 19° dia surgem as primeiras células sanguíneas do embrião no mesoderma do saco vitelino. Caracterizada pelo desenvolvimento dos eritoblastos primitivos no interior dos vasos sanguíneos. Fase hepática: Hemocitopoese definitiva. Caracterizada pelo desenvolvimento de eritoblastos, granulocitos e monócitos, e das primeiras células linfoides e megacariocitos. O fígado funciona temporariamente como órgão hemolinfopoietico. Fase medular: No segundo mês de vida intrauterina a clavícula começa a ossificar e há início da formação da medula óssea vermelha (hematógena). No período pós-natal as células tronco da medula originam, diferenciam e maturam eritrócitos, granulocitos, linfócitos, monócitos e plaquetas. Esses processos são denominados eritropoese, granulocitopoese, linfocitopoese, monocitopoese e megacariocitopoese. Células-tronco: Citoplasma corado por hematoxilina, pois não tem muita organela; quando diferencia investe em organelas. Origina células filhas que seguem dois destinos: manter a população original (auto-renovação) e diferenciar certa parte, o que se chama modelo estocástico. A diferenciação posterior se chama modelo indutivo e é influenciada por outros agentes. A matriz está cheia de fatores que induzem à diferenciação, os fatores de transcrição, os quais são moléculas que se prendem ao DNA e disparam a transcrição de certos genes, por interações célula-célula. Também existem fatores secretados, que são os fatores de crescimento e as citocinas. Células-tronco pluripotentes: Derivam todas as células do sangue e formam duas linhagens: linhagem linfoide e linhagem mieloide – precursora dos eritrócitos, granulocitos, monócitos e plaquetas. Células progenitoras: Vem das pluripotentes; potencialidade menor, auto renovação – manutenção da população inicial (reserva para toda a vida) – e gera células efetoras. Células precursoras (blastos): Não tem capacidade de diferenciação, mas prolifera. Comprometimento final com a linhagem. Fatores de crescimento hemolinfopoiético = IL (interleucinas) e CSF (fatores estimuladores de colônia); regulam a proliferação, diferenciação e apoptose de células imaturas, e a atividade funcional das maduras. No processo de hemocitopoese o potencial de diferenciação e a capacidade de auto renovação diminuem gradualmente. A resposta mitótica aos fatores de Luiza Lorenzoni Grillo – 102 crescimento alcança seu máximo nomeio do processo. Daí em diante, acentuam-se as características morfológicas da célula e aumenta sua atividade funcional. Modificações nas propriedades das células hemopoeticas durante a diferenciação Células-tronco Células progenitoras Células precursoras (blastos) Células maduras Potencialidade Máxima Pouca Inexistente Inexistente Atividade mitótica Pouca Media Máxima Inexistente Morfologia típica Inexistente Inexistente Pouca Máxima Capacidade autorrenovadora Máxima Pouca Inexistente Inexistente Influencias dos fatores de crescimento Pouca Máxima Media Pouca Atividade funcional diferenciada Inexistente Inexistente Inexistente Máxima Medula óssea • Órgão difuso, volumoso e muito ativo; • Tecido conjuntivo vascular; • Sinusoides são fundamentais para as células ganharem o sangue; • Presente no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. Medula óssea vermelha: presença de numerosos eritrócitos em diferentes estágios de maturação; hamatogena; ativa; é constituída por células reticulares, associadas a fibras reticulares (colágeno tipo III) que formam um arcabouço de sustentação. Medula óssea amarela: pouco ativa; possui muito adipócito – células reticulares adventiciais, as quais eram células do sangue e acumularam gordura em gotas, se tornando adipócito; ainda retém células-tronco e, em certos casos, como hemorragias, intoxicações e irradiação pode se transformar em medula óssea vermelha e voltar a produzir células do sangue. *Corte histológico por esfregaço (perde a arquitetura do tecido) ou congelamento. Maturação de eritrócitos: Proeritroblasto: célula grande, núcleo esférico, citoplasma basófilo, região perinuclear clara, muito ativa e proliferativa e ocorre assimilação de ferro. Eritroblasto basófilo: célula menor, cromatina condensada e citoplasma basofilico. Luiza Lorenzoni Grillo – 102 Eritroblasto policromático: célula menor, hemoglobina mais abundante e citoplasma cinzento. Eritroblasto ortocromático: citoplasma acidófilo, rico em hemoglobina, restos de RNA (basofilia) e elimina o núcleo. Reticulocito: célula anucleada, vestígios de RNA e maior que hemácia. *O processo envolve síntese de hemoglobina e perda de organelas; durante o processo a célula diminui, o núcleo fica com a cromatina muito condensada (picnótico) e a basofilia reduz muito, ficando mais rosa; próximo ao fim emite prolongamentos e joga o citoplasma e o núcleo fora, se tornando um reticulocito, esse sai da medula óssea e vai pro sangue, tronando-se eritrócito. Obs.: Em caso de não dar tempo de produzir as hemácias, os reticulocitos fazem o seu papel de forma compensatória. Obs. 2: Na PROVA ele irá cobrar os processos que determinam uma hemácia de forma bem geral (muda a coloração, perde o núcleo e diminui). Granulocitopoese: • Quando o núcleo esta arredondado e grande e aparecem grânulos específicos, há formação do promielocito. • A maturação dos eosinófilos é a que possui o número médio de fases. Luiza Lorenzoni Grillo – 102 • Na maturação do neutrófilo existe uma fase a mais, neutrófilo com núcleo em bastão, já que ele possui o núcleo muito segmentado. • Na maturação do basófilo existe uma fase a menos, pois o núcleo é menos segmentado, então não existe o metamielócito basófilo. Obs.: Em caso de não dar tempo de produzir os neutrófilos e houver um grande processo infeccioso, os neutrófilos com núcleo em bastão fazem o seu papel de forma compensatória. Isso se chama desvio para a direita. Maturação dos linfócitos: há redução do tamanho da célula e condensação do núcleo. O linfoblasto, forma o pró-linfócito, que forma o linfócito maduro. O linfócito B sofre maturação na medula óssea e o linfócito T no timo. Origem das plaquetas: se originam pela fragmentação do citoplasma do megacariócito, o qual se origina do megacarioblasto. Parte mais importante para a prova começa agora. Timo: • Possui uma cápsula de TCD, rica em colágeno tipo I; essa capsula emite septos que dividem o parênquima em partes irregulares (lóbulos); • Não apresenta nódulos linfáticos; • Formado por uma zona cortical – repleta de linfócitos e, por isso, bem corada pela hematoxilina – e uma zona medular – presença de corpúsculos de Hassall (formados por células reticulares epiteliais, organizadas em camadas concêntricas e unidas por desmossomos); • Seus linfócitos tem origem de células mesenquimatosas que invadem o endoderma; • A cortical e a medular possuem os mesmos tipos celulares, porem em proporções diferentes; linfócitos T, células reticulares epiteliais e macrófagos; • Célula reticular epitelial forma o arcabouço, porem elas não produzem fibras reticulares, mas emitem prolongamentos unidos por desmossomos = trama; possuem núcleo grande e cromatina fina; produz fatores de crescimento proteicos para os linfócitos T; essa camada de células reticulares se estende por todas as partes do órgão; • Os linfócitos se multiplicam incessantemente na zona cortical, migram para a medular e entram na corrente sanguínea. Vascularização: • As artérias penetram pela capsula e ramificam-se seguindo os septos, onde originam arteríolas (e depois capilares) e penetram o parênquima entrea cortical e a medular, o sangue desemboca nas vênulas na medular, de onde é drenado; • Barreira hematotímica exclusivamente no córtex para proteger os linfócitos em maturação de antígenos; formada por: células reticulares epiteliais, lamina basal dessas células, pericitos, lamina basal do endotélio (muito espessa) e células endoteliais (sem poros); Luiza Lorenzoni Grillo – 102 • Não filtra a linfa, contém apenas vasos linfáticos eferentes. • Produção de hormônio sexual na puberdade = fator de involução; • Corpúsculos de Hassall e células reticulares epiteliais resistem, alguns linfócitos também permanecem, e tecidos conjuntivo e adiposo; • Cerca de 95% dos linfócitos T maturados no timo sofrem apoptose; • Ao entrarem na circulação os linfócitos T se estabelecem em áreas timodependentes (zona paracortical dos linfonodos, bainhas periarteriais na polpa branca do baço e etc.). PROVA: córtex X medula “O córtex apresenta tipos celulares diferentes da medula.” F “Tem folículo (nódulo linfático)” F Texto com informações corretas e falsas para consertar as falsas. Linfonodos • Funciona como um filtro para a linfa – a linfa passa dos vasos aferentes até os eferentes; • Possui uma parte convexa e a outra com uma reentrância, o hilo, por onde penetram artérias e saem veias; • Sustentado por um arcabouço de células e fibras reticulares; • Capsula de TCD que envia trabéculas dividindo o parênquima em partes incompletas; • Região cortical é constituída por tecido linfoide frouxo, que forma os seio subcapsular e peritrabecular – delimitados por células endoteliais, reticulares e macrófagos e encaminham a linfa para a medula, e por folículos linfáticos com seus centros germinativos; predominância de linfócitos B; • Antígenos drenados para linfonodos com a ajuda das células foliculares dendríticas; • Região paracortical é timo dependente = linfócito T; não possui nódulos; • Região medular – cordões medulares + seios (recebem a linfa que vem da região cortical e enviam para os vasos linfáticos eferentes); predominância de linfócitos B e plasmócitos; • Vênula de endotélio alto (formada por endotélio cuboide) = recirculação de linfócitos; os linfócitos possuem glicoproteínas que se ligam a receptores das células endoteliais, assim se ligam fracamente e conseguem atravessar por diapedese. Baço • Atua como filtro fagocitário e imunológico para o sangue, defendendo-o contra microrganismos e é o principal órgão destruidor de hemácias desgastadas pelo uso; • Células musculares lisas + TCD na cápsula; ela emite trabéculas que dividem o parênquima em compartimentos incompletos; Luiza Lorenzoni Grillo – 102 • Apresenta um hilo na superfície medial onde penetram nervos e artérias, e saem veias e vasos linfáticos originados na trabécula, pois a polpa esplênica não contem vasos linfáticos; • BACO NÃO TEM CÓRTEX E MEDULA; • Pontos esbranquiçados = nódulos linfáticos da polpa branca; • Tecido vermelho-escuro ao redor é rico em sangue e forma a polpa vermelha, formada por cordões esplênicos (de Billroth) – constituídos por uma rede de células e fibras reticulares e outras células, como linfócitos e macrófagos – e entre eles pelos seios esplênicos (sinusoides) – revestidos por células endoteliais alongadas, lamina basal descontinua e fibras reticulares em sentido transversal; • Entre a polpa branca e a vermelha existe uma zona com seios marginais, onde encontram-se linfócitos, macrófagos e células apresentadoras de antígenos, que retém e processam os antígenos trazidos pelo sangue; • Toda a polpa contem células e fibras reticulares (arcabouço), macrófagos, células apresentadoras de antígenos e células linfáticas. Circulação sanguínea: 1. Artéria esplênica 2. Artéria trabecular 3. Artéria central – se chamam assim ao deixarem as trabéculas e penetrarem o parênquima, sendo envolvidas pela bainha linfática periarterial; durante seu trajeto espessa-se formando nódulos = acumulo de linfócitos T e ao redor linfócitos B; ao redor dos nódulos formam-se bolsas de sangue, os seios da zona marginal (tudo que é envolto por linfócito é polpa branca); 4. Arteríolas peniciladas – ao deixarem a polpa branca; 5. Capilares sanguíneos sinusoides; 6. Veias da polpa vermelha. Obs.: No nódulo pode existir uma área ainda mais esbranquiçada, o centro germinativo (linfócitos B amadurecidos) envolto pela zona do manto. Luiza Lorenzoni Grillo – 102 PROVA PRÁTICA: • A. central; • Célula reticular epitelial; • Seio subcapsular ou peritrabecular; • Sinusoide. PROVA TEÓRICA: • Amadurecimento dos linfócitos – proliferar; • Destino dos eritrócitos. Tecido linfático associado à mucosas (MALT) Coleção de folículos que realizam defesa local; Esses nódulos linfáticos tem centros germinativos (frouxa e organizada); zona do manto (condensação de linfócitos B); possuem várias invaginações epiteliais que penetram no parênquima formando criptas que acumulam cáseos (células descamadas, linfócitos vivos ou mortos).
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