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aula 11 imuniza sus

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Prévia do material em texto

MÓDULO II
//curso de
APERFEIÇOAMENTO 
FORTALECIMENTO 
DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO 
NOS TERRITÓRIOS 
MUNICIPAIS
Aula 
11
// O SUS - VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA
C
r
é
d
i
t
o
s
 
/
/
Todos os direitos reservados. É permitida a 
reprodução parcial ou total desta obra, desde 
que citada a fonte e que não seja para venda 
ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta 
publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado pela 
equipe MaisCONASEMS e Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Material de Referência. Mais CONASEMS. Curso de 
Aperfeiçoamento Fortalecimento das Ações de Imunização nos 
Territórios Municipais. Módulo II: Bases Imunológicas, 
Epidemiológicas, Vigilância Epidemiológica e Cuidado em 
Saúde. Aula 11: O SUS - Vigilância Epidemiológica.
F ic ha 
C at al ogr áf ic a 
Ficha 
Técnica
Curadoria e Produção de Conteúdos 
Mandic 
André Ricardo Ribas Freitas
Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira 
Giuliano Dimarzio
Laura Andrade Lagoa Nóbrega 
Márcia Fonseca
Regina Célia de Menezes Succi
Gestor Educacional
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação Técnica e Pedagógica
Cristina Crespo
Valdívia Marçal
Coordenação Pedagógica – Faculdade 
São Leopoldo Mandic
Fabiana Succi
Patricia Zen Tempski
Especialista em Educação a Distância
Kelly Santana
Priscila Rondas
Designer instrucional 
Alexandra Gusmão
Carla Cristini Justino de Oliveira
Juliana de Almeida Fortunato
Pollyanna Micheline Lucarelli
Simone Ferreira de Assis
Web Desenvolvedor 
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Cristina Perrone 
Paloma Eveir
Vitor Almas de Moura
Este material foi 
elaborado e desenvolvido 
pela equipe técnica e 
pedagógica do Mais 
CONASEMS em parceria 
com a Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Coordenação Geral 
Conexões Consultoria em 
Saúde Ltda.
Revisão textual 
Gehilde Reis Paula de Moura
Olá!
Este é o seu Material de 
Referência da Aula 11 do Módulo 
II que apresenta de forma mais 
aprofundada o conteúdo referente ao 
tema O SUS – Vigilância 
Epidemiológica. A proposta é agregar 
mais conhecimento à sua 
aprendizagem, por isso leia-o com 
atenção e consulte-o sempre que 
necessário!
Objetivos de 
aprendizagem
Refletir sobre a importância da saúde como direito.
Identificar as áreas da vigilância em saúde 
(epidemiológica, sanitária, ambiental e saúde do 
trabalhador).
Conhecer os princípios e diretrizes do SUS e refletir 
sobre seu impacto social.
Compreender o conceito de vigilância 
epidemiológica: propósitos, funções, fonte de 
dados e informações.
Conhecer a lista nacional das doenças e agravos de 
notificação compulsória e os parâmetros utilizados 
para inclusão de novas doenças e agravos de saúde.
Reconhecer a importância da integração da vigilância 
em saúde e atenção básica.
Identificar as principais medidas de saúde coletiva e 
compreender a importância de se mensurar o estado de 
saúde da população para subsidiar as políticas públicas 
de saúde.
01
02
03
04
05
06
07
Intro
dução
Na Aula 8, você iniciou os estudos sobre as Bases 
Epidemiológicas enfatizando outros aspectos como: a 
História Natural das Doenças; Elos da Cadeia de 
Transmissão; Níveis de Prevenção; Surto; Epidemia e 
Pandemia. 
Na Aula 11, você dará continuidade ao estudo sobre o 
Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, determinantes 
sociais de saúde, Promoção da saúde, vigilância em 
saúde e vigilância epidemiológica, doenças e agravos 
de notificação compulsória, indicadores em saúde, 
integração vigilância em saúde e atenção básica.
B oa lei tur a!
// SAÚDE COMO 
DIREITO
/ / S a ú d e c o m o d i r e i t o
Segundo o conceito da Organização Mundial da Saúde 
(OMS, 1947), de ampla divulgação e conhecimento em 
nossa área, a saúde é definida como “um estado de 
completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas 
a ausência de doença ou enfermidade”. Essa definição é 
válida oficialmente até os dias de hoje, e tem recebido, 
desde sua formulação, críticas e reflexões de muitos 
profissionais, pesquisadores e outros protagonistas da 
área da saúde. Esses, de modo geral, classificam-na 
como “utópica” e “não-operacional”, caracterizando-a 
mais como uma “declaração” do que propriamente uma 
definição.
O que é 
saúde?
Do ponto de vista “coletivo”, a saúde é encarada não 
como a simples soma das condições orgânicas e 
sociais de cada indivíduo isoladamente, mas sim como 
a expressão de um processo social mais amplo, que 
resulta de uma complexa trama de fatores e relações, 
representados por condicionantes ou determinantes 
do fenômeno nos vários níveis de análise: 
Família Domicílio Microárea
Bairro Município Região
País Continente
Enxergando-se a condição de “saúde” segundo esse 
plano mais amplo e coletivo, compreendemos melhor 
porque somente em situações muito específicas, a 
“saúde” resulta apenas da disponibilidade e do acesso 
aos serviços de saúde. Assim, o “direito à saúde” 
deveria ser entendido de forma mais abrangente do 
que apenas o “direito ao acesso aos serviços de 
saúde”. 
/ / S a ú d e c o m o d i r e i t o
A nossa própria Constituição Federal de 1988, em 
sua seção da saúde (Art. 196), define-a nesses 
termos: “a saúde é um direito de todos e dever do 
Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de 
doenças e outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação”.
Constituição Federal
Assim, o SUS insere-se em um 
contexto mais amplo da política 
pública à seguridade social que 
abrange, além das políticas de 
saúde, as políticas de previdência 
e assistência social. 
/ / S a ú d e c o m o d i r e i t o
A definição do modelo de seguridade social no
Brasil significou a formulação, pela primeira vez na
história do país, de uma estrutura de proteção
social abrangente (universalidade da cobertura e do
atendimento); justa (uniformidade e equivalência
dos benefícios e serviços às populações urbanas e
rurais); equânime (equidade na forma de
participação do custeio) e democrática (caráter
democrático e descentralizado na gestão
administrativa), na qual cabe ao Estado a provisão e
o dever de atenção (Brasil, 1988, art. 194). Com
esse modelo, rompe-se definitivamente com o
padrão político anterior excludente e baseado no
mérito e afirma-se o compromisso com a
democracia.
O SUS foi peça-chave no processo de luta e
construção do modelo protetor brasileiro. Com a
sua instituição, o Estado assumiu a saúde como um
direito de todos e um dever do Estado, assegurado
mediante políticas sociais e econômicas que visem
à redução do risco de doença e de outros agravos,
uma política setorial de saúde capaz de garantir o
acesso universal e igualitário às ações e serviços
para promoção, proteção e recuperação da saúde
da população (Brasil, 1988, art. 196).
/ / S a ú d e c o m o d i r e i t o
// PRINCÍPIOS E 
DIRETRIZES 
DO SUS
/ / P r i n c í p i o s e D i r e t r i z e s d o S U S
Baseado nos preceitos constitucionais, a 
construção do SUS norteia-se pelos seguintes:
Princípios 
Doutrinários
UNIVERSALIDADE
EQUIDADE 
INTEGRALIDADE
Universalidade
É a garantia de atenção à saúde por 
parte do sistema, a todo e qualquer 
cidadão. Com a universalidade, o 
indivíduo passa a ter direito de acesso 
a todos os serviços públicos de saúde, 
assim como àqueles contratados pelo 
poder público. Saúde é direito de 
cidadania e dever do Governo: 
municipal, estadual e federal.
Equidade
É assegurar ações e serviços de todos 
os níveis de acordo com a 
complexidade que cada caso requeira, 
sem privilégios e sem barreiras. Todo 
cidadão é igual perante o SUS e será 
atendido conforme suas necessidades 
até o limite do que o sistema puder 
oferecer para todos. Significa também 
oferecer a cada um conforme a sua 
necessidade.
/ / P r i n c í p i o s e D i r e t r i z e s d o S U S
Integralidade
É o reconhecimento na prática dos 
serviços de que: cada pessoa é um 
todo indivisível e integrante de uma 
comunidade; as ações de promoção, 
proteção e recuperação dasaúde 
formam também um todo indivisível e 
não podem ser compartimentalizadas; 
as unidades prestadoras de serviço, 
com seus diversos graus de 
complexidade, formam também um 
todo indivisível configurando um 
sistema capaz de prestar assistência 
integral.
Enfim: “O homem é um ser 
integral, biopsicossocial e deverá 
ser atendido com esta visão integral 
por um sistema de saúde também 
integral, voltado a promover, 
proteger e recuperar sua saúde.”
/ / P r i n c í p i o s e D i r e t r i z e s d o S U S
Princípios 
Organizacionais
P
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IN
C
ÍP
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S 
O
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G
A
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IZ
A
C
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N
A
IS
Regionalização e 
Hierarquização 
Resolubilidade
Descentralização
Participação dos cidadãos e 
controle social
Complementariedade do 
setor privado
/ / P r i n c í p i o s e D i r e t r i z e s d o S U S
01 Regionalização e 
Hierarquização 
Os serviços devem ser organizados em níveis de 
complexidade tecnológica crescente, dispostos numa 
área geográfica delimitada e com a definição da 
população a ser atendida. Isso implica na capacidade 
dos serviços em oferecer a uma determinada 
população todas as modalidades de assistência, bem 
como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, 
possibilitando um ótimo grau de resolubilidade 
(solução de seus problemas).
O acesso da população à rede deve se dar através dos 
serviços de nível primário de atenção que devem estar 
qualificados para atender e resolver os principais 
problemas que demandam os serviços de saúde. Os 
demais, deverão ser referenciados para os serviços de 
maior complexidade.
A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada 
e regionalizada, permite um conhecimento maior dos 
problemas de saúde da população da área delimitada, 
favorecendo ações de vigilância epidemiológica, 
sanitária, controle de vetores, educação em saúde, 
além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar 
em todos os níveis de complexidade. 
/ / P r i n c í p i o s e D i r e t r i z e s d o S U S
02 Resolubilidade 
É a exigência de que, quando um indivíduo busca o 
atendimento ou quando surge um problema de 
impacto coletivo sobre a saúde, o serviço 
correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo 
e resolvê-lo até o nível da sua competência.
03 Descentralização 
É entendida como uma pactuação das 
responsabilidades quanto às ações e aos serviços 
de saúde entre as várias esferas de governo, a 
partir da ideia de que quanto mais perto do fato a 
decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. 
Assim, o que é abrangência de um município deve 
ser de responsabilidade do governo municipal; o 
que abrange um estado ou uma região estadual 
deve estar sob responsabilidade do governo 
estadual, e o que for de abrangência nacional será 
de responsabilidade federal. Deverá haver uma 
profunda redefinição das atribuições dos vários 
níveis de governo com um nítido reforço do poder 
municipal sobre a saúde - é o que se chama 
municipalização da saúde.
Aos municípios cabe, portanto, a maior 
responsabilidade na promoção das ações de saúde 
diretamente voltadas aos seus cidadãos.
/ / P r i n c í p i o s e D i r e t r i z e s d o S U S
04 Participação dos 
cidadãos e controle 
social 
É a garantia constitucional de que a população, através 
de suas entidades representativas, participará do 
processo de formulação das políticas de saúde e do 
controle da sua execução, em todos as esferas de 
governo.
Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, 
com representação paritária de usuários, governo, 
profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra 
forma de participação são as conferências de saúde, 
periódicas, para definir prioridades e linhas de ação 
sobre a saúde.
Deve ser também considerado como elemento do 
processo participativo, o dever de as instituições 
oferecerem as informações e conhecimentos 
necessários para que a população se posicione sobre 
as questões que dizem respeito à sua saúde.
/ / P r i n c í p i o s e D i r e t r i z e s d o S U S
05 Complementariedade 
do setor privado
A Constituição definiu que, quando, por insuficiência 
do setor público, for necessária a contratação de 
serviços privados, isso deve se dar sob três condições:
1ª - a celebração de contrato, conforme as normas de 
direito público, ou seja, interesse público prevalecendo 
sobre o particular;
2ª - a instituição privada deverá estar de acordo com 
os princípios básicos e normas técnicas do SUS. 
Prevalecem, assim, os princípios da universalidade, 
equidade e integralidade, como se o serviço privado 
fosse público, uma vez que, quando contratado, atua 
em nome deste;
3ª - a integração dos serviços privados deverá se dar 
na mesma lógica organizativa do SUS, em termos de 
posição definida na rede regionalizada e hierarquizada 
dos serviços. Dessa forma, em cada região, deverá 
estar claramente estabelecido, considerando-se os 
serviços públicos existentes e os serviços privados 
contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em 
que lugar.
Dentre os serviços privados, devem ter preferência os 
serviços não lucrativos, conforme determina a 
Constituição Federal.
/ / P r i n c í p i o s e D i r e t r i z e s d o S U S
// IMPACTO SOCIAL 
PELO SUS
DETERMINANTES SOCIAIS 
E PROMOÇÃO DA SAÚDE 
A promoção da saúde foi nominada, pela primeira vez, 
pelo sanitarista Henry Siegrist, ainda no início do 
século XX. Ele elaborou as quatro funções da Medicina: 
Promoção da Saúde, Prevenção das Doenças, 
Tratamentos dos Doentes e Reabilitação. Segundo sua 
concepção, a promoção da saúde envolveria ações de 
educação em saúde e ações estruturais do Estado para 
melhorar as condições de vida da população.
Um conceito mais contemporâneo de promoção da 
saúde surgiu em 1986, quando a Organização Mundial 
da Saúde (OMS) promoveu a Primeira Conferência 
Internacional sobre Promoção da Saúde, em Ottawa, 
Canadá. Consistiu numa resposta à crescente demanda 
por uma nova concepção de Saúde Pública no mundo, 
a qual pudesse responder à complexidade emergente 
dos problemas de saúde, cujo entendimento não era 
mais possível através do enfoque “preventivista” 
tradicional – vinculação de determinada doença a 
determinado agente ou grupo de agentes – mas que se 
relaciona a questões como as condições e modos de 
vida. Como produto da Conferência, foi emitida a Carta 
de Ottawa para a Promoção da Saúde.
A Carta reforça o conceito ampliado de saúde e seus 
determinantes para além do setor saúde, englobando 
conjuntamente as condições biológicas, sociais, 
econômicas, culturais, educacionais, políticas e 
ambientais. Ficaram definidos como condições e 
recursos fundamentais para a saúde: a paz, habitação, 
educação, alimentação, renda, ecossistema estável, 
recursos sustentáveis, justiça social e equidade.
/ / I m p a c t o S o c i a l p e l o S U S
A concepção mais moderna de “promoção da saúde” 
é, então, o processo de fortalecimento e capacitação 
de indivíduos e coletividades (municípios, associações, 
escolas, entidades do comércio e da indústria, 
organizações de trabalhadores, meios de 
comunicação), no sentido de que ampliem suas 
possibilidades de controlar os determinantes ou 
condicionantes do Processo Saúde-Adoecimento (PSa) 
e, com isso, ensejem uma mudança positiva nos níveis 
de saúde. Implica na identificação dos obstáculos à 
adoção das políticas públicas de saúde e num modo de 
removê-los, além de considerar a intersetorialidade 
das ações, a implementação de ações coletivas e 
comunitárias e a reorientação dos serviços de saúde.
Assim, a “nova” promoção da saúde consiste em 
proporcionar às pessoas e comunidades os meios 
necessários para melhorar sua saúde e exercer um 
maior controle sobre ela. 
“PROMOÇÃO DA SAÚDE”
VERSUS
“PREVENÇÃO DE DOENÇAS”
/ / I m p a c t o S o c i a l p e l o S U S
Você sabe 
qual a 
diferença 
entre 
Promoção da Saúde e 
Prevenção de doenças?
/ / I m p a c t o S o c i a l p e l o S U S
Promoção da Saúde
É importante salientarmos a diferença 
entre“prevenção de doenças” e 
“promoção da saúde”, lembrando que 
ambas são importantes para a condição 
de “saúde”.
Quadro 1- Diferenças principais entre Promoção da Saúde e 
Prevenção de Doenças.
Promoção de Saúde
A Promoção da saúde 
mais moderna visa 
incrementar a saúde e o 
bem-estar gerais, 
promovendo mudanças 
nas condições de vida e 
de trabalho capazes de 
beneficiar a saúde de 
camadas mais amplas 
da população, ou seja, 
facilitar o acesso às 
escolhas mais 
saudáveis. 
Prevenção de Doenças
Trabalha no sentido de 
garantir proteção a 
doenças específicas, 
reduzindo suas 
incidência e prevalência 
nas populações.
/ / I m p a c t o S o c i a l p e l o S U S
A promoção da saúde deve possuir enfoque mais 
amplo e abrangente, pois deve trabalhar a partir da 
identificação e enfrentamento dos 
macrodeterminantes ou macrocondicionantes do 
Processo Saúde Adoecimnetos, procurando 
transformá-los favoravelmente na direção da 
saúde. Para a prevenção, evitar a doença é o 
objetivo final. Para a promoção, o objetivo 
contínuo é um nível ótimo de vida e de saúde, 
portanto a ausência de doenças não é suficiente.
Quadro 2: As principais diferenças entre “promoção da saúde” e 
“prevenção de doenças”.
CATEGORIA PROMOÇÃO DA 
SAÚDE
PREVENÇÃO DE 
DOENÇAS
Conceito de 
Saúde
Positivo, 
multidimensional
Ausência de doença
Modelo de 
Intervenção
Participativo, 
intersetorial
Profissional de saúde
Alvo População e 
Ambiente
Grupos de alto risco
/ / I m p a c t o S o c i a l p e l o S U S
// VIGILÂNCIA EM 
SAÚDE E VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA
/ / V i g i l â n c i a e m S a ú d e e V i g i l â n c i a 
E p i d e m i o l ó g i c a
A vigilância em saúde é caracterizada como um conjunto 
articulado de ações destinadas a controlar 
determinantes, riscos e danos à saúde de populações 
que vivem em determinados territórios sob a ótica da 
integralidade do cuidado, o que inclui tanto a 
abordagem individual quanto a coletiva dos problemas 
de saúde.
As ações específicas de vigilância epidemiológica, 
vigilância sanitária, vigilância ambiental e vigilância em 
saúde do trabalhador fazem parte da vigilância em 
saúde, ao lado das ações de caráter individual 
organizadas sob a forma de consultas e procedimentos. 
Portanto, a vigilância em saúde busca contemplar os 
princípios da integralidade e da atenção, combinando 
diversas tecnologias para intervir sobre a realidade da 
saúde. 
Saiba 
mais!
COSEMS-RJ, LAPPIS/IMS/UERJ –
Rio de Janeiro: 
CEPESC/IMS/UERJ, 
organizadores. – 2.ed. revisada, 
ampliada. – Rio de Janeiro: 
CEPESQ, 2019.424p.
// VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA: 
PROPÓSITOS, FUNÇÕES, FONTE 
DE DADOS E INFORMAÇÕES
A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei n.°
8.080/90 como “um conjunto de ações que 
proporciona o conhecimento, a detecção ou 
prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde 
individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e 
controle das doenças ou agravos”.
O objetivo principal é fornecer orientação técnica 
permanente para os gestores e profissionais de 
saúde, que têm a responsabilidade de planejar e 
executar as ações de controle de doenças e 
agravos, tornando disponíveis, para esse fim, 
informações atualizadas sobre a ocorrência deles, 
bem como dos fatores que os condicionam, numa 
área geográfica ou população definida. Ainda, 
constitui-se importante instrumento para o 
planejamento, a organização e a operacionalização 
dos serviços de saúde, como também para a 
normatização de atividades técnicas afins.
/ / V i g i l â n c i a E p i d e m i o l ó g i c a
São funções 
da Vigilância 
Epidemiológica:
/ / V i g i l â n c i a E p i d e m i o l ó g i c a
Dentro do Programa Nacional de Imunizações 
(PNI), a Vigilância Epidemiológica juntamente 
com a Atenção Primária tem a responsabilidade 
pelo planejamento, organização, supervisão e 
operacionalização de ações de imunização, 
incluindo a vacinação de rotina, de campanhas e 
bloqueio em situações de surto, além da 
capacitação e orientação dos profissionais 
envolvidos. Além disso, a Vigilância 
Epidemiológica acompanha as notificações de 
eventos adversos pós-vacinação (EAPV), monitora 
os indicadores de coberturas vacinais, faz a 
gestão do estoque municipal de insumos do 
Programa, armazenamento e distribuição de 
imunobiológicos de rotina e especiais, capilariza
as normas técnicas, define fluxo de informação 
entre os níveis, dentre outras atividades 
pertinentes.
/ / V i g i l â n c i a E p i d e m i o l ó g i c a
// LISTA NACIONAL DAS 
DOENÇAS E AGRAVOS DE 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
E OS PARÂMETROS 
UTILIZADOS PARA INCLUSÃO 
DE NOVAS DOENÇAS E 
AGRAVOS DE SAÚDE
SISTEMA DE 
INFORMAÇÃO DE 
AGRAVOS DE 
NOTIFICAÇÃO - SINAN
Características
Coleta dados sobre agravos de notificação 
compulsória. Foi instituído em 1996. Pode ser 
ativado a partir do município ou estado. A 
notificação compulsória tem sido a principal fonte 
usada pela Vigilância Epidemiológica para 
desencadear medidas de controle.
/ / L i s t a N a c i o n a l d a s D o e n ç a s 
Os dados trabalhados referem-se às 
seguintes doenças: 
1. (a) Acidente de trabalho com exposição a 
material biológico; (b) Acidente de trabalho grave 
fatal e em crianças e adolescentes; 
2. Acidente por animal peçonhento;
3. Acidente por animal potencialmente transmissor 
da raiva; 
4. Botulismo; 
5. Cólera; 
6. Coqueluche; 
7. (a) Dengue- casos; (b) Dengue – óbitos; 
8. Difteria; 
9. (a) Doença de Chagas Aguda; (b) Doença de 
Chagas Crônica; 
10. Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ); 
/ / L i s t a N a c i o n a l d a s D o e n ç a s 
11. (a) Doença Invasiva por "Haemophilus 
Influenza”; (b) Doença Meningocócica e outras 
meningites; 
12. Doenças com suspeita de disseminação 
intencional: (a) Antraz pneumônico; (b) Tularemia; 
(c) Varíola; 
13. Doenças febris hemorrágicas 
emergentes/reemergentes: (a) Arenavírus; (b) 
Ebola; (c) Marburg; (d) Lassa; (e) Febre purpúrica 
brasileira; 
14. (a) Doença aguda pelo vírus Zika; (b) Doença 
aguda pelo vírus Zika em gestante; (c) Óbito com 
suspeita de doença pelo vírus Zika; 
15. Esquistossomose; 
16. Evento de Saúde Pública que se constitua 
ameaça à saúde pública (definição no artigo 2º 
desta portaria); 
17. Eventos adversos graves ou óbitos pós-
vacinação; 
18. Febre Amarela; 
19. (a) Febre de Chikungunya; (b) Febre de 
Chikungunya em áreas sem transmissão; (c) Óbito 
com suspeita de Febre de Chikungunya; 
/ / L i s t a N a c i o n a l d a s D o e n ç a s 
20. Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de 
importância em saúde pública; 
21. Febre maculosa e outras Riquetsioses; 
22. Febre tifoide; 
23. Hanseníase;
24. Hantavirose; 
25. Hepatites virais; 
26. HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da 
Imunodeficiência Humana ou Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida; 
27. Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou 
puérpera e criança exposta ao risco de transmissão 
vertical do HIV; 
28. Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência 
Humana (HIV); 
29. Influenza humana produzida por novo subtipo 
viral; 
30. Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, 
incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais 
pesados); 
/ / L i s t a N a c i o n a l d a s D o e n ç a s 
31. Leishmaniose Tegumentar Americana; 
32. Leishmaniose Visceral; 
33. Leptospirose; 
34. (a) Malária na região amazônica; (b) Malária na 
região extra-amazônica; 
35. Óbito: (a) infantil; (b) materno; 
36. Poliomielite por poliovírus selvagem; 
37. Peste; 
38. Raiva humana; 
39. Síndrome da Rubéola Congênita; 
40. Doenças Exantemáticas: (a) Sarampo; (b) 
Rubéola; 
41. Sífilis: (a) adquirida; (b) congênita; (c) em 
gestante; 
42. Síndrome da Paralisia Flácida Aguda; 
43. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada 
ao Coronavírus: (a) SARS-CoV; (b) MERS- CoV; 
/ / L i s t a N a c i o n a l d a s D o e n ç a s 
44. Tétano: (a) acidental; (b) neonatal;45. Toxoplasmose gestacional e congênita; 
46. Tuberculose; 
47. Varicela - caso grave internado ou óbito; 
48. (a) Violência doméstica e/ou outras violências; 
(b) Violência sexual e tentativa de suicídio. 
Segundo a legislação: “... todo e 
qualquer surto ou epidemia, assim 
como a ocorrência de agravo inusitado, 
independente de constar na lista de 
doenças de notificação compulsória, 
deve ser notificado, imediatamente, às 
Secretarias Municipal e Estadual de 
Saúde”.
I
m
p
o
r
t
a
n
t
e !
/ / L i s t a N a c i o n a l d a s D o e n ç a s 
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(Sinan) é alimentado, principalmente, pela notificação 
e investigação de casos de doenças e agravos que 
constam da lista nacional de doenças de notificação 
compulsória (Portaria de Consolidação n.º 4, de 28 de 
Setembro de 2017, anexo V - Capítulo I), mas é 
facultado a estados e municípios incluir outros 
problemas de saúde importantes em sua região, 
como varicela no estado de Minas Gerais ou 
difilobotríase no município de São Paulo. Sua 
utilização efetiva permite a realização do diagnóstico 
dinâmico da ocorrência de um evento na população, 
podendo fornecer subsídios para explicações causais 
dos agravos de notificação compulsória, além de vir a 
indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, 
contribuindo assim, para a identificação da realidade 
epidemiológica de determinada área geográfica. O 
seu uso sistemático, de forma descentralizada, 
contribui para a democratização da informação, 
permitindo que todos os profissionais de saúde 
tenham acesso a ela e tornem-na disponível para a 
comunidade. É, portanto, um instrumento relevante 
para auxiliar o planejamento da saúde, definir 
prioridades de intervenção, além de permitir que seja 
avaliado o impacto das intervenções.
Saiba 
mais!
Conteúdo extraído de: 
http://www.portalsinan.saude.go
v.br/ Acesso em: 26 abr. 2021
Portaria: 
http://www.portalsinan.saude.go
v.br/images/documentos/Legislac
oes/Portaria_Consolidacao_4_28
_SETEMBRO_2017.pdf
/ / L i s t a N a c i o n a l d a s D o e n ç a s 
// INTEGRAÇÃO 
VIGILÂNCIA EM 
SAÚDE E ATENÇÃO 
BÁSICA 
A integração das ações da vigilância em saúde (VS) com a 
atenção básica (AB)¹ pode ser considerada um dos grandes 
desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, em 
todas as esferas de gestão. Embora diversas normativas e 
estratégias tenham sido elaboradas no sentido de estimular 
essa integração nas últimas décadas, e esforços 
institucionais tenham sido empreendidos para viabilizar os 
recursos financeiros e organizar estruturas técnico-
administrativas locais, a integração dessas duas áreas de 
conhecimento ainda não se efetivou na sua totalidade, 
especialmente no âmbito das equipes que atuam nas 
Unidades Básicas de Saúde (UBS).
/ / I n t e g r a ç ã o V i g i l â n c i a e m S a ú d e e 
A t e n ç ã o B á s i c a 
1 A atual Política Nacional da Atenção Básica (PNAB 2017) considera os termos Atenção Básica 
- AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de 
forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento.
Em diversos municípios, a 
ausência ou insuficiência desta 
integração provoca dificuldades 
na identificação dos elementos 
que exercem determinação 
sobre o processo saúde-doença e 
no efetivo controle das doenças 
e dos agravos prioritários, 
tornando distante a possibilidade 
de colocar em prática o princípio 
da integralidade da atenção na 
esfera local.
/ / I n t e g r a ç ã o V i g i l â n c i a e m S a ú d e e 
A t e n ç ã o B á s i c a 
As estratégias de integração devem estar 
preferencialmente relacionadas à organização no 
território e ao processo de trabalho das equipes que 
atuam na Atenção Básica com o objetivo maior de 
possibilitar uma nova prática de vigilância e atenção 
básica com foco no cuidado ao indivíduo, à família, e 
considerando o ambiente que os rodeia. Essas 
diretrizes poderão ser adotadas ou adaptadas pelos 
gestores e profissionais, a depender da realidade de 
cada território. Lembrando que são consideradas 
como equipes da Atenção Básica a equipe de Saúde 
da Família (eSF), equipe de Atenção Básica (eAB), 
equipe do Consultório na Rua (eCnR), equipe de 
Saúde Bucal (eSB), os Núcleos Ampliados de Saúde 
da Família (NASF-AB), equipe de Saúde da Família 
Ribeirinhas (ESFR) e equipe de Saúde Prisional. 
(Adaptado de Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria 
de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Guia Política Nacional de Atenção Básica –
Módulo 1: Integração Atenção Básica e Vigilância em 
Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, 
Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de 
Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 
2018. 68 p. : il.)
/ / I n t e g r a ç ã o V i g i l â n c i a e m S a ú d e e 
A t e n ç ã o B á s i c a 
// INDICADORES 
DE SAÚDE
Indicadores de Saúde são instrumentos de 
mensuração utilizados para diagnóstico de saúde 
da população, subsidiando a implantação de 
medidas de promoção e prevenção de doenças 
coletivamente, ou seja, o planejamento em 
saúde. 
Os indicadores de saúde são expressos, em sua 
maioria, através de proporções e de coeficientes 
ou taxas. Uma proporção é a relação entre duas 
frequências da mesma unidade, no numerador 
são registradas as frequências absolutas de 
eventos que constituem subconjuntos daquelas 
que são registradas no denominador. Exemplos: 
mortalidade proporcional por causas externas: 
número de óbitos por causas externas em um 
período determinado dividido pelo número total 
de óbitos no período). 
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
Um coeficiente ou taxa é a relação entre o número de 
casos de um evento (doença ou morte) e uma 
determinada população, num dado local e época. É a 
medida que informa quanto ao “risco” de ocorrência 
de um evento.
A seguir são apresentados os principais indicadores 
de morbidade e mortalidade. 
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
Medidas de 
Morbidade
diz respeito à frequência com que 
surgem novos casos de uma doença 
num intervalo de tempo - a intensidade 
com que acontece a morbidade em 
uma população, portanto, é uma 
medida dinâmica (Gomes, 2015). 
Incidência 
A incidência é muito utilizada em investigações etiológicas 
para elucidar relações de causa e efeito, avaliar o impacto 
de uma política, ação ou serviço de saúde, além de 
estudos de prognóstico (Boing, D’orsi, Reibnitz Jr, 2016). 
se refere ao número de casos 
existentes de uma doença em um 
dado momento; é uma “fotografia” 
sobre a sua ocorrência, sendo assim 
uma medida estática. São os casos já 
existentes (antigos) somados aos 
casos novos, numa dada população 
durante um período. 
Prevalência 
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
Medidas de 
Mortalidade
As medidas de mortalidade têm sido tradicionalmente 
utilizadas como indicadores de saúde há mais de um 
século. Historicamente, é o primeiro indicador utilizado 
em avaliação de saúde coletiva; e ainda hoje, o mais 
empregado. Isso pode ser explicado pelas facilidades 
operacionais, pois a morte é definitiva, ao contrário da 
doença, e cada óbito tem que ser registrado.
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
Observação – a constante é uma potência com base 
de 10 (100, 1.000, 100.000), pela qual se multiplica o 
resultado para torná-lo mais compreensível. É muito 
mais difícil compreender uma taxa de 0,10 morte por 
1.000 habitantes a uma taxa de 10 mortes por 100.000 
habitantes. Quanto menor for o numerador em relação 
ao denominador, maior a constante utilizada.
Entre os principais usos das medidas de prevalência 
estão: o planejamento de ações e serviços de saúde, 
previsão de recursos humanos, diagnósticos e 
terapêuticos. 
é o indicador de mortalidade mais 
abrangente. É calculado dividindo-se o 
total de óbitos, em determinado 
período, pela população calculada para 
a metade do período.
Coeficiente 
ou Taxa deMortalidade 
Geral (CMG) 
Fonte: Boing, D’orsi, Reibnitz Jr, 2016
Trata-se de um indicador muito utilizado para 
descrever e comparar as condições de saúde das 
populações, para definir prioridades na investigação 
epidemiológica e para avaliar a eficácia de medidas 
de saúde. 
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
Normalmente, o coeficiente geral de mortalidade se 
situa entre 6 e 12 óbitos por 1.000 habitantes. No 
Brasil, em 2019, o Coeficiente de Mortalidade Geral 
foi de 6,4 em 1.000 habitantes. 
Taxas elevadas podem estar associadas a baixas 
condições socioeconômicas ou refletir elevada 
proporção de pessoas idosas na população total, 
portanto, este indicador deve ser interpretado com 
cautela, quando se realizam comparações entre 
populações distintas, pois sofre a influência da 
estrutura da população quanto à idade e ao sexo. 
Podemos também calcular a mortalidade segundo 
algumas características da população ou do óbito. Por 
exemplo, é possível calcular a taxa de mortalidade por 
sexo, por idade ou por causa.
Fonte: Boing, D’orsi, Reibnitz Jr, 2016
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
estima o risco de morte dos nascidos 
vivos durante o seu primeiro ano de 
vida.
Coeficiente 
ou Taxa de 
Mortalidade 
Infantil 
(CMI)
Fonte: Boing, D’orsi, Reibnitz Jr, 2016
Reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento 
socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como, o 
acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à 
saúde materna e da população infantil (REDE INTERAGENCIAL 
DE INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE, 2008). A meta mundial, 
estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
(ODS) até 2030, é atingir até 12 mortes de recém-nascidos 
para cada mil nascimentos. No Brasil, em 2019, o Coeficiente 
de Mortalidade Infantil foi de 12,4 em 1.000 nascidos vivos. 
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
A taxa de 
mortalidade 
infantil pode 
ser subdividida 
em componentes
estima o risco de um nascido vivo 
morrer durante a primeira semana de 
vida.
Coeficiente 
ou Taxa de 
Mortalidade 
Neonatal 
Precoce 
(CMNNP)
Fonte: Boing, D’orsi, Reibnitz Jr, 2016
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
estima o risco de um nascido vivo 
morrer dos 7 aos 27 dias de vida.
Coeficiente 
ou Taxa de 
Mortalidade 
Neonatal 
Tardia 
(CMNNT)
Fonte: Boing, D’orsi, Reibnitz Jr, 2016
Os indicadores neonatais (precoce e tardio) refletem 
de maneira geral, as condições socioeconômicas e 
de saúde da mãe, bem como a inadequada 
assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido. 
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
estima o risco de um nascido vivo 
morrer dos 28 aos 364 dias. 
Coeficiente 
ou Taxa de 
Mortalidade 
Pós-
neonatal 
(CMPNN)
Fonte: Boing, D’orsi, Reibnitz Jr, 2016
De maneira geral, denota o desenvolvimento 
socioeconômico e a infraestrutura ambiental, que 
condicionam a desnutrição infantil e as infecções a ela 
associadas. O acesso e a qualidade dos recursos 
disponíveis para atenção à saúde materno-infantil são 
também determinantes da mortalidade nesse grupo 
etário. Quando a taxa de mortalidade infantil é alta, a 
mortalidade pós-neonatal é, frequentemente, o 
componente mais elevado. As vacinas podem interferir 
de maneira significativa neste indicador, diminuindo a 
morbimortalidade das doenças imunopreveníveis.
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
mais comumente conhecida como 
Razão de Mortalidade Materna (RMM)): 
é o número de óbitos maternos, por 
100 mil nascidos vivos de mães 
residentes em determinado espaço 
geográfico, no ano considerado. 
Coeficiente 
ou Taxa de 
Mortalidade 
Materna 
(CMM) 
O conceito de morte materna estabelecido pela 
Organização Mundial de Saúde é: morte de uma mulher 
durante a gestação ou até 42 dias após o término da 
gestação, independentemente da duração ou da 
localização da gravidez, devido a qualquer causa 
relacionada com ou agravada pela gravidez ou por 
medidas em relação a ela, porém não devida a causas 
acidentais ou incidentais. Portanto, este indicador estima 
a frequência de óbitos femininos, ocorridos até 42 dias 
após o término da gravidez, atribuídos a causas ligadas à 
gravidez, ao parto e ao puerpério, em relação ao total de 
nascidos vivos, sendo o número de nascidos vivos 
adotado como uma aproximação do total de mulheres 
grávidas.
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
Fonte: Boing, D’orsi, Reibnitz Jr, 2016
Este indicador reflete a qualidade da atenção à saúde da 
mulher. Taxas elevadas de mortalidade materna estão 
associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde 
a esse grupo, desde o planejamento familiar e a 
assistência pré-natal, até a assistência ao parto e ao 
puerpério.
A meta estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável (ODS) é, até 2030, reduzir a taxa de 
mortalidade materna global para menos de 70 mortes 
por 100.000 nascidos vivos. No Brasil (2019), a 
mortalidade materna foi de 55,3 óbitos para cada 100 mil 
nascidos vivos, variando de 74,38/100.000 nascidos vivos 
no Norte e 38,17/100.000 nascidos vivos no Sul. 
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
é uma medida da gravidade da doença. 
Algumas doenças apresentam 
letalidade nula, como, por exemplo, 
escabiose; já para outras, a letalidade é 
igual ou próxima de 100%, como a raiva 
humana. 
Coeficiente 
ou Taxa de 
Letalidade 
(CL)
A mortalidade proporcional, como o próprio nome 
diz, é um indicador do tipo proporção, que apresenta, 
no numerador, os óbitos (exemplos: por região, causa, 
sexo ou idade), e, no denominador, o total de óbitos 
cuja fração se deseja conhecer.
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
é a distribuição percentual de óbitos 
por grupos de causas definidas, na 
população residente em determinado 
espaço geográfico, no ano considerado.
Mortalidade 
Proporcional 
por Grupo de 
Causas
Mede a participação relativa dos principais grupos de 
causas de morte no total de óbitos com causa 
definida. De modo geral, é influenciado pela 
participação de fatores que contribuem para 
aumentar ou diminuir determinadas causas, alterando 
a distribuição proporcional das demais: condições 
socioeconômicas, perfil demográfico, infraestrutura 
de serviços públicos, acesso e qualidade dos serviços 
de saúde.
Fonte: Boing, D’orsi, Reibnitz Jr, 2016
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
um indicador muito utilizado para 
comparar regiões com diferentes graus 
de desenvolvimento. Foi criado em 
1957, por Swaroop e Uemura, como 
também é conhecido (Índice de 
Swaroop-Uemura - ISU). Este indicador 
é calculado dividindo-se o número de 
óbitos em indivíduos com 50 anos ou 
mais pelo total de óbitos da população. 
Razão de 
Mortalidade 
Proporcional 
(RMP)
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
Ele permite classificar regiões 
ou países em quatro níveis de 
desenvolvimento: 
1º nível (RMP ≥75%): países ou regiões onde 75% 
ou mais da população morrem com 50 anos ou mais, 
padrão típico de países desenvolvidos;
2º nível (RMP entre 50% e 74%): países com certo 
desenvolvimento econômico e regular organização 
dos serviços de saúde;
3º nível (RMP entre 25% e 49%): países em 
estágio atrasado de desenvolvimento das questões 
econômicas e de saúde; 
4º nível (RMP< 25%): países ou regiões onde 75% 
ou mais dos óbitos ocorrem em pessoas abaixo de 50 
anos.
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
Este indicador necessita revisão, uma vez que a 
expectativa de vida nos últimos anos aumentou 
consideravelmente. Foi sugerida a conveniência 
de reformulação das classes propostas por 
Swaroop e Uemura, definindo-se outras baseadas 
na RMP dada por pessoas com 75 anos ou mais. 
No Brasil (2019), a RMP foi de 80,3%.
Como observado, são muitos os indicadores de 
mortalidade, e eles podem ser calculados de 
diversas formas para atender a inúmeros 
questionamentos epidemiológicos, de acordo 
com a necessidade de cada serviço de saúde. 
Em síntese, pode-se dizer que os indicadores de 
saúde são elementos fundamentaispara a 
avaliação da situação de saúde e para a 
identificação de problemas agudos e crônicos que 
acometem a população. Sem eles, seria 
impossível estabelecer metas, traçar objetivos, 
executar ações de saúde e avaliar o impacto de 
tais medidas sobre a saúde da população.
/ / I n d i c a d o r e s d e S a ú d e
// Considerações 
Finais
• Os princípios doutrinários do SUS garantidos a 
partir da Constituição Federal e pelas leis n.º 8080 e 
n.º 8142 são Universalidade, Equidade e 
Integralidade. Os princípios organizacionais são: 
Regionalização e Hierarquização, Resolubilidade, 
Descentralização, Controle Social e Participação 
Popular.
• O conceito moderno de Promoção da Saúde é o 
processo de fortalecimento e capacitação de 
indivíduos e coletividades no sentido de que 
ampliem suas possibilidades de controlar os 
determinantes ou condicionantes do Processo 
Saúde-Adoecimento e, com isso, ensejem uma 
mudança positiva nos níveis de saúde.
• Os indicadores de morbidade mais relevantes são a 
Incidência e a Prevalência. Incidência diz respeito à 
frequência com que surgem novos casos de uma 
doença num intervalo de tempo. Prevalência se 
refere ao número de casos existentes de uma 
doença em um dado momento; é uma “fotografia” 
sobre a sua ocorrência.
/ / C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s
Chegamos ao final desta aula, e é 
importante destacar os seguintes pontos 
abordados:
• Os Indicadores de mortalidade são ainda hoje o 
primeiro indicador utilizado em avaliação de 
saúde coletiva, com especial importância a 
mortalidade infantil e subgrupos e a mortalidade 
materna.
/ / C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s
Até a 
próxima!
Almeida, L M. Da prevenção primordial à 
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Saúde Pública. 2005, vol. 23, 1, pp. 91-96.
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4/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para 
incluir a doença de Chagas crônica, na Lista 
Nacional de Notificação Compulsória de 
doenças, agravos e eventos de saúde pública 
nos serviços de saúde públicos e privados em 
todo o território nacional. Brasília, DF, 2020. 
[acesso em 26 abr. 2021] Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/g
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