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ESPLENECTOMIA Definição de Esplenectomia Esplenectomia é o termo utilizado para o processo cirúrgico de remoção do baço. Etimologicamente a palavra é dividida em duas partes: Esplen - relacionada ao baço e Ectomia - relacionado a remoção do órgão. As técnica cirúrgicas no baço podem ser focais (parciais) ou difusas (total). Funções BAÇO ● Formação de células sanguíneas; ● Filtração do sangue; ● Fagocitose e resposta imunológica; ● Reciclagem do ferro; ● Destruição de eritrócitos velhos e outras partículas; ● Armazenamento de sangue; ● Regulação da enzima conversora de angiotensina; ● Modulação dos níveis plasmáticos de noradrenalina e da atividade renal da PGE². ● Liberação do fator VIII da coagulação Indicações cirúrgicas da técnica Tipos: ❏ Esplenectomia focal (Parcial): Remoção parcial do baço; ❏ Indicação: Em casos de lesões focais ou traumáticas, quando se deseja preservar as funções esplênicas. ❏ Esplenectomia difusa (Total): Remoção total do baço; ❏ Indicação: Em casos de esplenomegalia difusa ou esplenomegalia focal. Esplenectomia Parcial Técnica: ● Celiotomia mediana pré-umbilical ou pré-retro- umbilical, paraexploraçãoda cavidade abdominal; ● Definir a área a ser removida; ● Ligar duplamente e incisar os vasos hilares que supremaárea; ● Colocar pinças atraumáticas entre a região a ser excisada e a região sadia; ● Seccionar o baço entre aspinças; ● A sutura do tecido esplênico é feita com um padrão de sutura contínuo, utilizando fio absorvível sintético3-0 ou 4-0. ● Para conferir maior segurança pode-se utilizar a sutura do tipo colchoeiro em um padrão contínuo duplose sobrepondoà linha de demarcação. Fonte: FOSSUM, T. W. Cirúrgia de Pequenos Animais. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. Esplenectomia Total Técnica: ● Pode ser necessária a transfusão sanguínea antes ou concomitante à cirurgia; ● Celiotomia mediana pré-umbilical ou pré-retro-umbilical, para exploração da cavidade abdominal; ● Exposição do baço, envolto em compressas; ● Ligar duplamente e seccionar todos os vasos do hilo esplênico, com fio absorvível (preferencialmente) ou não absorvível; Podem-se realizar ligaduras dos vasos esplênicos maiores, ao invés de ligar todos os vasos menores próximos ao hilo. Entretanto, esta técnica é mais susceptível a hemorragias no pós-operatório. ● O material de sutura absorvível é mais indicado. Dê preferência a fios monofilamentares, como poligliconato ou polidioxanone. ● O fechamento da parede deve ser por planos, com pontos separados, e sutura de pele compontos simples. Fonte: FOSSUM, T. W. Cirúrgia de Pequenos Animais. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. Instrumentais Bisturi Tesoura de Metzenbaum e Tesoura de uso geral Panos de campo, gazes, compressas Pinça Halsted, Kelly e Rochester Afastador de Farabeuf Pinça Backhaus e Foerster Pinça Anatômica Agulha e Fio de sutura Porta-agulha 3. Auxiliar 1. Diérese 2. Hemostasia 4. Síntese Possíveis Complicações ● Hemorragia, mais frequente quando se realiza esplenectomia parcial, Pode decorrer de falhas nas ligaduras dos vasos, também pode ocorrer na esplenectomia total; ● Abscedação, pancreatite traumática e fistulação gástrica por prejuízo ao fluxo sanguíneo gástrico; ● Risco de complicações sépticas significativo em animais imunodeprimidos antes da cirurgia; ● Infecções subclínicas prévias com hemoparasitas (p. ex., Babesia, Ehrlichia, Mycoplasma se tornam mais evidentes após esplenectomia. Referências Bibliográficas GALERA, Paula Diniz. Esplenectomia: Definição. In: GALERA , Paula Diniz. Apostila de técnica cirúrgica. Brasilia: AnB, 2005. cap. XIII, p. 01-151. FOSSUM, T. W. Cirúrgia de Pequenos Animais. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
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