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PÓS-OPERATÓRIO FEBRE PÓS-OPERATÓRIO - As causas de febre no PO depende do tempo em que ela aparece, de modo que: a. Intra-operatório --> Transfusões, infecção prévia ou hipertermia maligna (até 24 de PO) b. 1 - 3 PO --> Atelectasia,colabamento de áreas pulmonares por dificuldade respiratória no P.O (Dor, limitação da ventilação pela anestesia e etc) c. > 3 dias --> Infecção urinária (Cateter vesical) ou TEV (Imoblizado,obeso, Cx de alto risco, como as ortopédicas) d. > 7 dias --> Infecção da ferida, superficiais, profundas ou por conta de deiscências DISTÚRBIOS DA TERMORREGULAÇÃO 1. Hipertermia Maligna - Ocorrer até 24 horas depois do P.O - Doença do músculo esquelético, AD, associada ao uso de alguns anestésico: Halotanos e a succinilcolina - Espasmo do masseter com trismo, dor muscular - Hipertermia até de 42ºC - Rabdomiólise e lesão renal aguda intra-renal - Dantrolene e suporte clínico 2. Hipotermia - < 35ºC - Causa distúrbio da coagulação e sangramento - Cx prolongadas, acima de 01 hora - Cobertor térmico - Leve 35ºC -32ºC, moderada 32ºC - 28ºC e grave < 38ºC FERIDA CIRÚRGICA 1. SERROMA - Líquido claro/amarelado que saí pela ferida, origem dos vasos linfáticos do subcutâneo, que não são ligados na cirurgia, e da lipólise secundária ao uso do bisturi elétrico - Cirurgias com grandes dissecções do subcutâneo - Esse líquido forma coleções, que são os seromas - Complicação mais comum - Prevenção --> Drenos de sucção - Tratamento --> Se grande, aspiração com agulha ou drenagem com dreno se refratários 2. HEMATOMA - Falha da hemostasia no ato cirurgia, vaso que não foi ligado ou que voltou a sangrar --> Comum em pacientes com coagulopatia ou usuários de ACO - Alto risco de infecção, por isso deve ser drenado - Os pequenos só compressão + calor - Profilaxia --> hemostasia + drenagem fechada 3. DEISCÊNCIA DE APONEUROSE - Pode ocorrer logo após a Cx ou um tempo depois - Ocorre por ruptura dos pontos em algum nível da ferida cirúrgica - Consequências --> Hérnia incisional (deiscência tardia, eventração) e evisceração (deiscência precoce) contida ou visível. - Evisceração requer nova abordagem emergente, hérnia é ambulatorial - Muitas vezes o diagnóstico não é claro inicialmente, algumas pistas: infecção da ferida operatória com febre após 7 dias, dor local e secreção - Causas: falha técnica, infecção, deiscência de anastomoses e obesos (tensão) - Diagnóstico para os casos não claros: Febre > 7 dias e secreção cor de salmão (água de carne) 4. INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO A. Superficial - Pele e subcutâneo, pus superficial, apenas inflamação local sem sinais sistêmico e cultura positiva (Não é um bom parâmetro, pele é colonizada) - Tratamento --> Drenagem + irrigação, sem ATB B. Profunda - Fáscia e músculo, pus profundo, inflamação local + sinais sistêmico (febre), abscesso profundo - Tratamento --> Drenagem + irrigação + ATB (Germes de pele ou dependo do tipo de Cx. Ex. gram- e anaeróbio se TGI) C. Cavidades - Órgãos e cavidade, pus pelo dreno, cultura do dreno positiva ou do líquido coletado no ato Cx, abscesso cavitária (Exame de imagem) - Tratamento --> Punção guiada + ATB GASTROINTESTINAIS 1. DEISCÊNCIA DE ANASTOMOSE - Ex. anastomoses entéricas e vasculares - As entéricas podem se apresentar de 3 formas clínicas - Peritonite --> Quando o conteúdo caí diretamente na cavidade, levando a irritação de todas as alças e do peritônio (Febre, dor abdominal, defesa involuntária e sepse) - Abscesso cavitário --> Quando ocorre bloqueio (Omento, alça) do conteúdo e o que é coletado não caí na cavidade, mas infecciona, visto na imagem - Fístulas enterocutâneas --> Ocorre extravasamento do conteúdo luminal pela ferida operatória ou por um dreno colocado ali -Fatores predisponentes --> Técnicos (alta tensão, baixo suprimento sanguíneo), localização no TGI (anastomoses pancreáticas, colorretais, esofago), locais (Sepse) e outros (Crohn e radioterapia) 2. FÍSTULAS GASTROINTESTINAIS - Podem ser traumáticas/Pós-cirurgia e espontânea (Dç de Cronh) - Comunicação de órgãos entre si ou com o meio interno - Diagnóstico --> Fistulografia ou TC triplo contraste - Se forma pelo 3PO pela deiscência da anastomose, mas é diagnóstica por volta do 7PO 3. OBSTRUÇÕES INTESTINAIS - Funcional (REMIT, DHE - Hipocalemia), alças dilatadas, mas sem obstrução - Mecânico (Brigas e hérnias internas), podem ocorrer no PO imediato ou tardio - TC de abdome # Fatores relacionados ao fechamento espontâneo ou não das fístulas intestinais - Quanto mais fatores favoráveis, maior a chance dela fechar e não necessitar reabordar CARDIOPULMONARES 1. HAS - PA limiar para realização de uma Cx. eletiva: 180 x 110 mmHg (Ideal é < 140 x 90) --> Pode-se usar clonidina, esmolol ou captopril - Se maior que o limiar, dá alta para otimizar o tto, pelo risco de sangramento 2. IAM - Principal causa de óbito, principalmente nas primeiras 48 horas - Grave e silencioso, 30% morrem, baixa suspeita - Troponinas dá o diagnóstico - Trombólise contra-indicada - ICP pouco disponível, mas é o padrão outro 3. ATELECTASIA --> PNM - A atelectasia em geral, se não tratada, irá evoluir para PNM - Febre entre 1 - 3 dias + desconforto torácico, alterações na ausculta e dispneia - Raio X: Retração do mediastino - Tratamento --> Analgesia (Ex. cateter peridural) e fisio respiratória - Se evoluir para PNM, associar ATB 4. BRONCOASPIRAÇÃO - Síndrome de Mendelson é a broncoaspiração do PO imediato - Sedação favorece - IOT + Aspiração vigorosa - Leva a infiltrados bilaterais - ATB controverso, somente se evoluir com infecção () 5. SDRA - Infiltrado bilateral - Origem não cardíaca (PAOP < 18 mmHg) - P/F < 200 - Início < 7 dias - Tratamento: ventilação protetora 6. TEV - Principal sítio é o íleo femoral, pouco sintomas - TEP --> Dispneia súbita + ausculta normal - Angio TC com contraste - Tratamento: heparinização + cumarínicos - Profilaxia --> Escala de Caprini (Idade, HxF, IMC, comorbidades) usada para estratificar o paciente de risco e guiar a profilaxia Deambulação precoce - Caprini 0 Meias e dispositivos compressivos - Caprini 1 ou 2 HNF ou HBPM - Caprini 3 ou 5 HNF/HBPM + dispositivos - Caprini >=5
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