Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Insuficiência respiratória Fisiologia respiratória Fisiologicamente, a captação do ar ambiente se divide em: - 21% de O2 - 78% de nitrogênio - 1% de outros gases Componentes do sistema respiratório - SNC (centro respiratório localizado no bulbo) - Nervos periféricos - Músculos respiratórios e caixa torácica - Vias aéreas superiores e inferiores - Parênquima pulmonar - Sistema cardiovascular e hemoglobina Processo respiratório Pelo SNC e nervos periféricos, a caixa torácica se expande e o ar é retificado, gerando uma pressão negativa. O ar entra pelas vias aéreas superiores e inferiores, expandindo o parênquima pulmonar. Quando a pressão interna é maior que a do ambiente externo, acontece a expiração. Inspiração = ativa / expiração = passiva Hematose Quando o ar chega ao alvéolo, acontece a troca de gases (O2 e CO2) entre o alvéolo e os capilares pulmonares. Alta afinidade o O2 pela hemoglobina. Conceitos Espaço morto Áreas adequadamente ventiladas, porém não são adequadamente perfundidas., gerando hipercapnia. Não existe área de troca para eliminar todo o CO2. Shunt Áreas adequadamente perfundidas, porém não ventiladas, gerando hipoxemia. Ex: obstrução dos alvéolos total (shunt), obstrução dos alvéolos parcial (efeito shunt) Insuficiência respiratória Conceito Incapacidade do organismo em captar O2 e eliminar CO2 de maneira suficiente para a demanda metabólica do mesmo. Ir aguda x ir crônica Insuficiência respiratória aguda - Quadro súbito, intenso e com alterações na gasometria Insuficiência respiratória crônica - Quadro insidioso (meses/anos), mais sútil, podendo estar sem alterações na gasometria Causas - Alterações pulmonares/vias aéreas - Alterações no SNC - Alterações no SCV - Alterações em nervos periféricos - Alterações na parede torácica/pleura Epidemiologia - Principal causa de óbito em crianças menores de 1 ano de idade - Mortalidade de até 40% entre adultos Diagnóstico - Sintomas clínicos e causa base (desconfia) - Gasometria e oximetria de pulso (confirma) Clínica - Alteração do nível de consciência (agitação, desmaio) - Dispnéia - Taquicardia - Respiração paradoxal - Murmúrios vesiculares diminuídos - Estertores crepitantes - Sibilos, cianose e sudorese Gradiente alvéolo-arterial DAaO2 = 130 - (PaCO2 + PaO2) Consegue diferenciar a hipoxemia da hipercapnia Maior que 15: hipoxemia Menor que 15: hipercapnia Pao2 esperada PaO2 = 100 - (0,32 x idade) Tipos de ir Tipo 1 - hipoxemica - PaO2 menor que 60 mmHg - CO2 normal Ventilação preservada, com prejuízo na difusão do oxigênio do alvéolo para o sangue. PS: não existe prejuízo na eliminação de CO2. Causas: Distúrbio V/Q - Redução da ventilação e manutenção da perfusão - Shunt (sangue que passa pelo capilar não é perfundido por ter alvéolos fechados) Ex: atelectasia Quebra da membrana alvéolo-capilar - Edema intersticial (IC, edema agudo de pulmão, SARA) - Inflamação intersticial (pneumonia) - Fibrose (fibrose pulmonar idiopática) Redução da FiO2 - Incêndios ou grande altitudes (ar rarefeito) Tipo 2 - hipercápnica - PaO2 maior que 45 mmHg - pH menor que 7,35 (acidemia) Se não tiver as 2 alterações, o paciente pode ser apenas um retentor crônico de CO2. Distúrbio ventilatório, tendo uma incapacidade o ar sair e entrar no alvéolo, gerando um acúmulo de CO2 no sangue e consequente diminuição do pH. Causas: Redução do drive respiratório - Lesão no centro respiratório no bulbo (TCE, AVC hemorrágico, gerando herniação) Obstrução de vias aéreas - Queda da base da língua, bronquite ou enfisema Doenças neuromusculares (tórax e diafragma) - ELA, miastenia gravis Tratamento - Deixar o paciente em observação (MOV, ABCDE, oximetria, gasometria) - Introdução de O2 Invasivo: intubação orotraqueal Não invasivo: máscara facial, cateter de O2 - Reverter causa base Anotações da aula - Diagnóstico se dá pelos parâmetros gasométricos + clínica - Os parâmetros gasométricos dependem da idade (PaO2 esperada) pH = HCO3/CO2 Fisiopatogenia da cefaleia por hipercapnia Ex: paciente com doença neuromuscular degenerativa, tem alterações no diafragma e tórax, acaba hipoventilando, assim, ele retém CO2, e CO2 em excesso causa vasodilatação que por sua vez causa edema, esse edema gera a cefaleia. CO2 = FR + volume corrente Durante o sono, temos leve retenção de CO2 (fisiológica) Gransnidos: sibilo ao final da inspiração, comum em doença intersticial (fibrose pulmonar, pneumonite por hipersensibilidade...) Comum encontrar no exame físico o baqueteamento digital, mostrando hipoxemia SCORES - ESSE (para sonolência) - Stop-Bang (para apnéia do sono) Funções do pulmão - Hematose - Oxigenação do sangue - Umidificação do ar - Homeostase - Produção de sulfactante
Compartilhar