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Crise asmática - Asma tem alta prevalência - A crise asmática é uma emergência muito comum Asma Doença inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por hiperresponsividade brônquica e obstrução variável do fluxo aéreo. Pode ser reversível espontaneamente ou com tratamento. Manifestação: - Dispnéia - Sibilância - Constricção torácica - Tosse Crise asmática - Aumento progressivo da dispnéia, tosse, sibilância ou na constrição torácica - Diminuição do fluxo expiratório Diminuição do fluxo expiratório: quantificar pelo pico de fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no 1º segundo (VEF1) A crise varia de um quadro leve a um quadro ameaçador a vida Epidemiologia - Emergência médica muito comum - 5% dos atendimentos médicos de emergência - Mortalidade de 0,2 a 1% Fisiopatogenia - Causada por gatilhos que induzem: 1. Inflamação das vias aéreas 2. Broncoespasmo Desencadeantes de crise asmática - Alérgenos inalatórios - Infecção viral de vias aéreas (80%) - Poluentes atmosféricos - Exercício físico - Mudanças climáticas - Alimentos - Aditivos - Drogas (AINES, AAS, BB) - Estresse emocional Outros: rinite alérgica, sinusite bacteriana, pólipos nasal, menstruação, refluxo gastroesofágico e gestação Limitação do fluxo aéreo Alérgenos: produção de mediadores inflamatórios dependentes da liberação de imunoglobulina e pelos mastócitos Não alérgenos: hiperresponsividade das vias aéreas, por conta de mediadores inflamatórios e reflexos neurais (estimulação central ou local) No fim, causa: 1. Contração da musculatura lisa das vias aéreas 2. Aumento da permeabilidade capilar 3. Extravasamento capilar 4. Edema 5. Espessamento da mucosa brônquica Crise asmática Se dá pelo estreitamento pela inflamação e aumento do tônus brônquico - Aumenta resistência do fluxo aéreo - Hiperinflação pulmonar - Desuniformidade ventilação/perfusão Pode acarretar em: IRA, aumento do trabalho respiratório, troca gasosa ineficaz e exaustão do músculo respiratório Diagnóstico Clínico - Dispnéia - Desconforto torácico - Sibilância *Pode ocorrer sem a presença de sibilos - Tosse e expectoração Podem durar de horas a dias Geralmente há relato de crises passadas na HPP Maior risco de ira e morte Pacientes que podem evoluir para IRA e. morte Pacientes de maior risco: - Intubação e ventilação mecânica prévia - Acidose respiratória sem necessidade de intubação - Hospitalização no último mês - Duas ou mais hospitalizações por asma no último ano - Tratamento crônico com corticoide no último ano - Suspensão recente de corticoide - Tratamento médico inadequado - Má aderência - Problemas médicos psicológicos ou psicossociais - Duração prolongada dos sintomas - Demora pra buscar auxílio médico - Exacerbação em vigência de corticoide e ATB adequados - Recidiva a poucos dias - Comorbidades Fator isolado: necessidade prévia de IOT e ventilação mecânica Grave limitação fluxo aéreo - FC maior que 120 bpm - FR maior que 30 rpm - Pulso paradoxal maior que 12 mmHg - Incapacidade de falar - Fala monossilábica - Uso da musculatura acessória da respiração - Sudorese - Tórax silencioso - Cianose - Alteração do nível de consciência Determinação da obstrução É muito importante saber a gravidade da obstrução do fluxo aéreo Pode ser realizada por: - Medida do PFE - Espirometria (padrão ouro) Asma grave: VEF ou PFE menor que 50% do previsto Extrema gravidade e iminente exaustão: VEF ou PFE menor que 30% do previsto Risco de IRA Oximetria de pulso (SpO2): menor que 92% PFE: menor que 33% *Valores maiores o risco de IRA é mínimo Tratamento 1. Manter adequada a saturação através de oferteis de O2 2. Aliviar obstrução do fluxo aéreo através de repetidas administrações de broncodilatadores 3. Reduzir inflamação de vias aéreas 4. Previnir recidivas com corticoides sistêmicos Oxigenoterapia Para todo paciente que tiver saturação menor que 92% - Cânula nasal com fluxo de 2 a 3L/mim *casos mais graves: 4 a 5 L/min ou máscara de Venturi - Fazer monitorização pela SpO2 Broncodilatadores beta2-agonistas de curta ação Terapêutica de primeira linha - Via inalatória (aerossol dosimetrado - spray ou nebulizador a fluxo contínuo de ar comprimido - causa maior absorção sistêmica) Salbutamol spray (100 mcg/jato) 4 - 8 jatos a cada 20 min por três doses e, após, de hora em hora até melhora clínica e funcional IV/subcutâneo ou adrenalina: asma aguda grave em menores de 40 anos quando nada funciona Broncodilatadores anticolinérgicos - Menos potentes - Evitam internação - Sem efeitos colaterais - Bom para quando VEF menor que 50% Brometo de ipratrópio (solução para inalação com 0,25 mg/ml ou spray com 0,020 mg/jato) Corticoides sistêmicos - Essencial - Única medicação que evita recidiva - Preconizada na 1 hora do quadro Prednisona 1 mg/kg via oral até 6/6 h ou Hidrocortisona 2-3 mg/kg intravenosa até 4/4 h ou Metilprednisolona 60-125 mg intravenosa até 6/6 h Sulfato de magnésio - Diminui as taxas de internação - Melhora função pulmonar em asma grave 2 g (4 ml de sulfato de magnésio a 50%), diluída em 50 ml de soro fisiológico e administrada em 20 minutos, podendo ser repetido 2g em 20 minutos Ventilação mecânica não invasiva Suporte pressórico inspiratório (IPAP) com pressão expiratória final positiva (EPAP) - melhor BIPAP - Redução do trabalho respiratório - Recrutamento dos músculos expiratórios para auxiliar na inspiração - Redução da hiperinsuflação pulmonar com inspiração mais eficiente - Amenizaçãp das consequências hemodinâmicas adversas da grande negatividade da pressão pleural inspiratória Sempre em conjunto com o tratamento medicamentoso Ventilação mecânica invasiva Indicações absolutas: - Parada cardíaca - Parada respiratória - Alteração do estado mental Principal causa: pacientes que apresentam exaustão progressiva Se não tiver indicação absoluta, só intimar se falhar após corticoide sistêmico *Acidose não é indicação de intubação Complicações Critério de uti - Deterioração progressiva, a despeito de tratamento pleno - Hipoxemia (pressão parcial de oxigênio no sangue arterial < 60 mm Hg ou SpO2 < 90% com fração de oxigênio inalado > 0,5) - Hipercapnia (pressão parcial de gás carbônico no sangue arterial > 45 mm Hg) - Confusão mental ou sonolência - Inconsciência - Parada respiratória ou cardiorrespiratória - Ventilação mecânica Pós alta hospitalar Fazer corticoide sistêmico para evitar recidiva Predinisona 40 - 60 mg ao dia, por sete a dez dias Prognóstico - A maioria sobrevive - Morte maior em necessidade de ventilação invasiva - UTI por crise asmática tem mortalidade média de 8,3% Prevenção Adesão ao tratamento com corticosteroide inalatório e betaagonista de longa ação Asma grave: depende da etapa de tratamento (etapa 4 e 5 de tratamento) Distúrbio respiratório obstrutivo com resposta significativa ao broncodilatador Muito grave: sistêmico, sibilos ausentes com MV localizados ou difusos Quem tira da crise: B2 agonista de curta ação Paciente com reação paradoxal: usa outros broncodilatadores, como as xantinas... Pico de ação do corticoide: 4 horas Neutrofilos pós corticoterapia: corticoide faz os neutrofilos migrarem pra luz, e saem da parede 3 dias parada reduz, em 1 semana para Hipercapnia permissiva: pode ser adequada para a condição clínica Pode broncodilatar Resistência alta: diminuir pressão Evitar barotrauma
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