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Anamnese

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Etimologia da palavra: vem do 
grego anamnesis, composta 
por “aná” que se refere ao ato 
de trazer à mente, com a raiz 
“mnesis” que significa fazer 
lembrar. Ou seja, anamnese é 
trazer a consciência os fatos 
que estão relacionados à 
história e a queixa de quem 
está sendo avaliado. 
• Recurso fundamental que 
auxilia todo o processo de 
psicodiagnóstico. 
• Quando a avaliação é feita 
com crianças, a anamnese é 
feita com os pais ou 
responsáveis. 
• Quando a avaliação é feita 
com adolescentes, a 
anamnese pode ser feita 
com o próprio jovem, com 
os seus pais ou com ambos, 
só quem em momentos 
diferentes. 
• Quando a avaliação é feita 
com idosos ou adultos, a 
avaliação é feita com o 
próprio paciente (exceto em 
pacientes que apresenta um 
quadro patológico em que 
há um comprometimento da 
qualidade das informações) 
 
- Exemplo: depressão 
profunda, problemas de 
memória... 
Postura do psicólogo: 
➢ Ativo nos questionamentos, 
no entanto, deve existir um 
equilíbrio no uso de 
interpretações e de 
apontamentos, pois esse é 
um momento de coleta de 
informações. 
➢ Precisa utilizar o tempo de 
forma eficiente, pois o 
psicodiagnóstico é um 
processo de duração 
limitada. 
➢ Algumas das habilidades 
essenciais que o psicólogo 
deve ter é: habilidades para 
perguntar, escutar, prestar 
atenção no informante e 
anotar o que ele está 
dizendo (devem ser 
anotadas as palavras do 
próprio analisando, para 
que se evite inferências 
interpretativas do 
psicólogo). 
➢ Não confie na sua memória 
pra anotar após a sessão, é 
arriscado. 
 
 
➢ Uma alternativa pouco 
utilizada é o meio da 
gravação em áudio, pois 
garante fidedignidade nos 
dados coletados e assim o 
psicólogo pode se dirigir 
mais a escuta e à 
observação durante a 
sessão. No entanto, o 
entrevistado pode se sentir 
desconfortável e ocultar 
algumas informações por 
conta de estar sendo 
registrado (mesmo que ele 
tenha consentido). O 
psicólogo pode também 
perceber esse desconforto e 
interrompe a gravação, 
esclarecendo ao informante 
o motivo. 
➢ SEMPRE SE DEVE INFORMAR 
E PEDIR AUTORIZAÇÃO 
PARA QUALQUER FORMA 
DE REGISTRO NA SESSÃO 
AO AVALIANDO OU 
INFORMANTE. 
➢ É recomendado que o 
consentimento para o 
registro digital de 
informações seja realizado 
por escrito e arquivado 
junto aos documentos que 
foram produzidos na 
avaliação. 
 
 
Caráter da entrevista de 
anamnese: 
➢ Investigativo 
➢ frequentemente é feita em 
forma de entrevista 
semiestruturada 
➢ Prioriza o levantamento de 
informações organizadas 
cronologicamente que 
contribuem para a tomada 
de decisão no andamento 
do processo avaliativo. 
Muitas vezes essas 
informações são passadas de 
formas desorganizadas. É 
nossa função, como psicólogo, 
tentar organizar essas 
informações em uma ordem 
cronológica, auxiliando o 
avaliando por meio de pontos 
de controles da história. 
Início da anamnese: 
É preciso, antes de iniciar a 
anamnese, estabelecer um 
rapport com o avaliando, onde 
será explicado os objetivos 
gerais da entrevista, a 
duração e sobre a importância 
do papel dele no processo de 
avaliação. 
➔ É interessante perguntar no 
início dessa etapa sobre o 
que o motivou a busca pela 
avaliação. 
➔ Não é o momento de o 
psicólogo dar feedbacks 
 
 
sobre resultados possíveis 
da avaliação. 
➔ É preciso que o psicólogo 
tenha cuidado com as 
expressões e entonações 
que possam expressar 
cobrança ou julgamento. 
Embora a anamnese tenha um 
papel fundamental no 
psicodiagnóstico, ela também 
é um recurso limitado. No 
encontro inicial, psicólogo e 
informante estão sujeitos a 
inferências reciprocas de 
experiências prévias de 
expectativas com o processo. 
Um dos desafios é organizar 
uma comunicação que permita 
a evolução do entendimento 
das queixas atuais e da 
evolução do paciente no 
tempo. 
As informações podem chegar 
carregadas pela percepção do 
entrevistado, ou mesmo 
estarem sujeitas ao 
esquecimento, distorções, 
manipulações intencionais... 
Não é sempre que o psicólogo 
estará por dentro das 
questões importantes tratadas 
na entrevista de anamnese, 
por isso é fundamental que ele 
retome em sessões 
posteriores. 
 
-------A N A M N E S E------- 
 A entrevista de anamnese 
exige conhecimentos de 
áreas diversas, como 
desenvolvimento humano, 
técnicas de entrevista, 
processos psicológicos e 
psicopatologia. 
 Não há uma regra sobre 
quantas sessões devem ser 
destinadas a entrevista de 
anamnese. Na prática de 
psicodiagnóstico, 
geralmente o tempo 
destinado é de uma sessão 
e quando há uma 
necessidade de verificar 
novas informações é 
solicitado ao avaliando (ou 
responsável) que responda 
a dúvida que surgiu. 
 Cabe ao profissional 
selecionar as questões que 
são relevantes de acordo 
aos objetivos da entrevista, 
de modo a distinguir o que é 
fundamental daquilo que 
pode ser omitido na 
investigação. 
 Existem alguns modelos de 
anamnese que auxiliam o 
profissional com algumas 
perguntas que são 
importantes. 
 No contexto da clínica, o 
psicólogo precisa ter um 
roteiro básico de anamnese, 
no entanto, sua experiencia 
 
 
e conhecimento do 
desenvolvimento esperado 
para cada fase da vida é 
que irão nortear a 
entrevista. 
 perguntas que levam a 
respostas diretas, do tipo 
sim ou não, devem ser 
evitadas na anamnese. 
 Deve também moderar o 
uso de questões que 
possam ser sugestivas a 
induzir o informante a 
confirmar uma percepção 
do psicólogo, que pode nem 
sempre ser verdadeira. 
 É recomendado que seja 
feita uma investigação da 
posição do avaliando no 
sistema familiar, que pode 
ser ilustrada por meio de 
um genograma. 
 Quando o informante fala 
pouco o psicólogo também 
deve ficar atento para não 
completar as sentenças ou 
mudar o foco das perguntas 
antes de ter uma resposta 
completa do informante. 
 Para diminuir problemas na 
questão do entendimento de 
vocabulários, falas 
espontâneas e no sentindo 
de expressões que cão 
poucos usuais, o 
profissional pode avaliar a 
utilidade de fazer uma 
breve explanação sobre as 
informações coletadas ao 
final da entrevista, 
questionando a 
concordância do informante 
com o que foi exposto. 
 
Avaliação em crianças/ 
adolescentes/ adultos/ 
idosos 
 
• É necessário chamar ambos 
os pais, quando a avaliação 
é feita com crianças, pois 
eles podem ter perspectivas 
complementares. 
• Sobre o psicodiagnóstico de 
adolescentes, não há uma 
regra estabelecida sobre 
quem é o melhor 
informante. A escolha vai 
depender de quem elaborou 
a demanda, de quem 
procurou o psicólogo para a 
avaliação, qual é a queixa 
principal, o interesse do 
avaliando...É ideal 
entrevistar tanto o 
adolescente como os seus 
responsáveis, e o psicólogo 
deve informar e ser honesto 
ao adolescente no primeiro 
contato, dizendo a ele (em 
linhas gerais) o que foi 
falado a respeito dele, para 
que assim se estabeleça um 
vinculo de confiança. A 
partir disso também, o 
adolescente pode dizer se 
 
 
concordo com o que foi dito 
e apresentar a sua visão 
dos fatos. 
• Em todos os tipos de 
anamnese, o psicólogo pode 
considerar a necessidade e 
a viabilidade de consultar 
diferentes informantes. 
Quando o avaliando é um 
idoso, a anamnese também 
pode ser feita com o próprio 
avaliando ou com um 
informante-chave, 
analisando se há 
potencialidades ou 
limitações consideráveis 
que o impede de ser o 
principal informante. 
aspectos comuns a todas as 
entrevistas de anamnese: 
a) evolução da queixa, ou seja, 
há quanto tempo o 
avaliando apresenta o 
problema e se teve 
momentos em que ele foi 
mais ou menos 
comprometedor; 
b) histórico de tratamentos de 
saúde atuais e pregressos; 
 Exames neurológicos, 
genéticos, psiquiátricos, 
fonoaudiológicos, entreoutros, 
podem esclarecer muito sobre 
a queixa do paciente, 
direcionar hipóteses 
diagnósticas e melhorar a 
acurácia da avaliação. 
Em alguns casos, ao ler os 
exames ou relatos de 
tratamentos prévios, o 
psicólogo pode optar por fazer 
contato com outros 
profissionais que atenderam 
ou estão atendendo o 
avaliando. Antes de qualquer 
contato com o outro 
profissional, o psicólogo 
precisa informar ao avaliando 
ou responsável e solicitar a 
autorização para entrar em 
contato com esse profissional. 
É recomendável que sejam 
feitas fotocópias do material, 
sempre com consentimento do 
informante, para uma análise 
posterior dos documentos. 
Os registros digitais, por meio 
de fotos e vídeos, também 
podem ser fontes preciosas de 
informação. Além de trazerem 
registros do comportamento 
em um ambiente natural, eles 
permitem acessar informações 
pregressas do avaliando que 
não foram observadas pelos 
informantes. 
c) uso de medicamentos; 
d) efeitos do problema sobre o 
funcionamento psicossocial 
do paciente no momento 
atual; e 
e) percepção do examinando 
em relação à queixa. 
 
 
 
Entretanto, alguns aspectos se 
tornam mais ou menos 
importantes do que outros 
dependendo da idade, o que 
implica a necessidade de 
adaptar as questões da 
anamnese a essas 
especificidades. 
 
Para a prática de anamnese e 
para a avaliação psicológica, 
é indicado que o psicólogo faça 
sempre leituras básicas sobre 
o desenvolvimento infantil e ao 
longo das diversas faixas 
etárias. 
 
 
 
Livro utilizado: 
 
PSICODIAGNÓSTICO 
HUTZ, Claudio Simon; 
BANDEIRA, Denise Ruschel; 
TRENTINI, Clarissa Marceli; 
KRUG, Jefferson Silva.

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