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Quadro Sinóptico: Modalidades de Educação

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O EDUCAÇÃO ESPECIAL
Uma educação que visa reparar os diversos anos de violações dos direitos humanos, como o acesso a uma educação de qualidade, de pessoas 
com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Desde a antiguidade, as pessoas consideradas 
“deficientes” foram excluídas e/ou perseguidas e apenas no século XVII iniciou-se o entendimento da deficiência como um processo natural, 
favorecendo, na questão da educação, a tese do desenvolvimento por meio da estimulação a partir do século XVIII. Mesmo que no âmbito de 
criação de leis, a Educação Especial tenha alcançado até mesmo a instituição das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação 
Básica, seu maior desafio é implementar efetivamente essas políticas públicas de modo que os muitos anos de exclusão e discriminações não 
venham impedir o acesso à uma educação de qualidade para as pessoas com deficiências.
EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E 
ADULTOS
A EJA é uma modalidade de ensino que visa reparar uma dívida social com os que não tiveram acesso à e nem domínio da escrita e da leitura 
como bens sociais na idade adequada, dessa forma permitindo que jovens, adultos e idosos retomem e concluam os estudos de todos os níveis 
da Educação Básica. Essa educação se pauta em três funções: a equalizadora, a permanente e a reparadora. Com essas funções, a educação 
busca fornecer, aos desfavorecidos, maiores oportunidades, de modo a restaurar o direito negado de frequentar uma escola de qualidade assim 
como permitir que todos possam ter atualização de conhecimentos por toda a vida. Seu maior desafio se encontra em assegurar a oferta 
específica ao contingente destinatário, de modo a viabilizar e estimular a igualdade de oportunidade e de acesso sob o princípio da gratuidade.
EDUCAÇÃO 
PROFISSIONAL
Criada, inicialmente, com o objetivo de retirar as crianças da rua para que não se transformassem em futuros desocupados, a Educação 
Profissional, atualmente, pode ser entendida como uma mediadora entre a educação básica e a formação profissional. Com marcos históricos 
como a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC (1946), do Serviço Nacional da Indústria – SENAI (1959) e também os 
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (2008), além da proposta de reforma do Ensino do Ensino Médio em 2017, a Educação 
Profissional tem ganhado destaque no Brasil. Porém, por também atender as demandas profissionais do país, um dos maiores desafios da 
Educação Profissional diz respeito sobre como deve ser estruturada, de modo que não disponibilize uma formação profissional em detrimento 
de uma educação básica de qualidade.
EDUCAÇÃO À 
DISTÂNCIA
A Educação a Distância (EaD) pode ser entendida como uma modalidade de educação efetivada através do intenso uso de tecnologias de 
informação e comunicação (TICs), em que professores e alunos estão separados fisicamente no espaço e/ou no tempo. A Educação a Distância 
passou por vários momentos históricos no Brasil, desde os cursos por correspondência até o momento atual, onde os cursos são mediados 
através das TICs, o que justifica sua consolidação em uma ampla legislação emitida pelo governo, inicialmente, através da publicação do Decreto 
nº 5.622/05, que estabeleceu a EaD como uma modalidade de educação. Porém, mesmo conseguindo se destacar junto ao ensino presencial, a 
Educação a Distância ainda encontra desafios de planejamento seja na formação de professores capacitados para atuar nela ou no alinhamento 
necessário nos planejamentos pedagógicos.
EDUCAÇÃO DO 
CAMPO
Ofertada pelo Estado a partir do século XX, a Educação no Campo visa atender a população do campo, porém foi, por muitos anos, disseminada 
com objetivos muito bem definidos e alinhados aos modelos econômicos brasileiro vigentes. Apenas no final do século XX, quando a
precarização das escolas rurais era grave, se iniciou a reivindicação de uma escola que tivesse compromisso com a intervenção social e com a 
cultura do campo, de modo que todos participassem na gestão da escola, a ação pedagógica e o currículo fossem orientados pela realidade do 
campo e houvesse um melhor preparo e maior valorização dos professores. Nesse sentido, o maior desafio tem sido implementar tais
reivindicações na Educação ofertada no campo.
EDUCAÇÃO 
INDÍGENA
Ofertada às populações indígenas, a Educação Indígena pode ser entendida como a educação que complementa os conhecimentos tradicionais e 
garante o acesso aos códigos escolares não indígenas. Mesmo com um passado onde houve o aniquilamento das diversas culturas e a 
incorporação de mão de obra indígena à sociedade nacional, a Educação Indígena tem tido progresso em termos de criação de políticas públicas: 
leis foram criadas para que a oferta da Educação Escolar Indígena venha garantir a autonomia na organização do calendário, consolidar o 
compromisso da União quanto ao apoio técnico e financeiro, além de garantir disposições sobre a formação dos professores indígenas assim 
como a produção de material didático e a responsabilização do MEC pelo acompanhamento e avaliação dessa Educação. Porém, mais uma vez, o 
maior desafio tem sido a implementação efetiva das políticas públicas.
EDUCAÇÃO 
ESCOLAR 
QUILOMBOLA
Reivindicada como política pública, a Educação Escolar Quilombola, visa garantir os direitos civis do povo quilombola. Por muitos anos, a 
realidade dessa Educação, que conta com escolas precárias, currículo escolar distante da realidade e professores que não são capacitados 
adequadamente, permaneceu desconhecida/desprezada pelo Estado. Porém, por meio de movimentos sociais, conquistas como a Lei 
nº10.639/2003, o Parecer CNE/CEB07/2010, a Resolução CNE/CEB 04/2010 e a criação das Diretrizes Nacionais Curriculares para a Educação 
Quilombola estão trazendo um avanço na compreensão da necessidade de uma educação específica para a população quilombola, de modo que 
essa realidade possa ser gradativamente alterada pela implementação efetiva de cada uma dessas políticas públicas que visam assegurar uma 
educação de qualidade.
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