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C A R T I L H A D E S A Ú D E B U C A L - P N E CUIDANDO E PREVENINDO, TODOS POR UM. AUTORA JOYMILLA PINHEIRO DE SOUZA EDITORA JOYMILLA PINHEIRO DE SOUZA Pacientes com necessidades especiais (PNE) apresentam maior prevalência de cárie dentária, mais dentes não tratados e maior número de dentes perdidos, além de possuírem maior necessidade de tratamento periodontal, se comparadas à população em geral. Takapy Digital Art Esse maior acometimento de doenças bucais pode estar relacionado à grande dificuldade que esta parcela da população encontra para realizar a higiene bucal, geralmente relacionada a um atraso motor e/ou algum déficit intelectual, necessitando muitas vezes do auxílio de um cuidador para realizá-la. Uso do fio dental O fio dental pode ser utilizado através de técnicas convencionais, entretanto, devido ao fato de que muitos pacientes não conseguem desenvolver a habilidade operacional adequada, a técnica Loop ou também chamada técnica de círculo pode ser uma alternativa. Como escolher a escova ideal? O ideal é uma escova com cerdas macias ou extra macias e com a cabeça pequena pois a mesma pode causar um desconforto muito grande dificultando a realização da higiene bucal. Recomenda-se que se inicie com a escova de menor cabeça que se encontrar e aos poucos ir aumentando o tamanho de melhor adaptação, independente da idade que seja a recomendada pelo fabricante. Muitas pessoas que possuem necessidades especiais tem alterações sensoriais tão significativas que outros métodos para facilitar a escovação se tornam necessários. Esses métodos consistem na utilização de: Escovas elétricas Escovas com asa de acrílico Escovas com trava de segurança Figura 1 Nesta imagem está representando a criança coloca o dentifrício na escova dental. O ideal é que a criança faça esse treino mesmo que não tenha coordenação motora fina para a correta higiene bucal. Deseja-se que a criança aprenda o processo. Indica-se um creme dental com flúor, para prevenção de cárie. A quantidade a ser utilizada é equivalente a um grão de ervilha para a escovação da boca toda. Ação deve ser supervisionada por um responsável COLOCAR PASTA DE DENTE NA ESCOVA Figura 2 As atividades são sempre iniciadas do lado esquerdo e terminadas do lado direito. São indicados movimentos rotacionais com as cerdas da escova inclinadas em relação ao dente da criança. Os movimentos circulares podem ser acompanhados de contagem numérica, muito apreciadas. A cada sequência, deve-se contar junto com a criança até 10, em voz alta: “-1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10”, e em seguida usar o reforço social: “– MUITO BOM!” Isso ajuda a repetição da ação. ESCOVAR LADO DIREITO E ESQUERDO Figura 3 Fazer bochecho e cuspir. Muitas crianças não sabem fazer bochecho nem mesmo cuspir, e precisam de um treino diário para conquistar essa ação. A importância do cuspir é fundamental para eliminar o excesso do dentifrício fluoretado, que não deve ser ingerido. Essa ação pode ser treinada diariamente até que a criança a conclua com êxito. FAZER BOCHECHO E CUSPIR Figura 4 Precisa de uma representação de que a atividade está finalizada. Indica-se que seja colocado ao lado DIREITO um copo para guardar a escova e o dentifrício, sinalizando o término da atividade. A higiene bucal precisa estar inserida nas atividades diárias da pessoa. Algumas pessoas precisarão de apoio para sempre, mas mesmo assim devem passar pelo treino de escovação. Não se pode afirmar até qual momento existe o aprendizado, então deve-se ensinar sempre. FINAL DA ATIVIDADE Referências 1. FOURNIOL FILHO, A. Pacientes especiais e a odontologia. São Paulo: Santos,1998. 2. MURPHY, N.; CHRISTIAN, B. Disability in children and young adults: the unintended consequences, Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, v. 161, p. 930–932, 2007. 3. Flório F.M.;Basting R.T.;Salvatto M.V.;Migliato K.L. Saúde bucal em indivíduos portadoresde múltiplas deficiências. RGO, v. 55, n. 3, p. 251-256, 2007. 4. Tomita N.E.;Fagote B.F. Programa educativo em saúde bucal para pacientes especiais. Odontol Sociedade, v. 1, p. 45-50,1999. 5. Oliveira A.L.B.M.;Giro E.M.A.Importância da abordagem precoce no tratamento odontológico de pacientes com necessidades especiais. Odonto, v. 19, n. 38, p. 45-51,2011. 6. Ditterich R.G.;Portero P.P.;Wambier D.S.;Pilatti G.L.;SantosF.A. Higiene bucal e motivação no controle do biofilme dental.Clín. Científ, v. 6, n. 2, p. 123-128, 2007
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