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• A farmacodinâmica descreve as ações dos fármacos no organismo e as influências das suas concentrações na magnitude das resposta • A maioria dos fármacos exerce seus efeitos, desejados ou indesejados, interagindo com receptores presentes na superfície ou no interior da célula Como os fármacos atuam: princípios gerais Teoria da Ocupação dos Receptores A intensidade do efeito biológico é proporcional à fração de receptores ocupados e será máxima quando todos os receptores estiverem ocupados. Exceção: fenômeno dos receptores de reserva Afinidade ligante-receptor A Kd: constante de dissociação em equilíbrio. Um valor mais baixo de Kd indica uma interação fármaco–receptor mais firme (de maior afinidade). Eficácia • É o tamanho da resposta que o fármaco causa quando interage com um receptor Potência • O conceito de potência está relacionado a quantidade de medicamento (geralmente expressa em miligramas) necessária para produzir um determinado efeito Curva dose – resposta • Para produzir um efeito biológico o medicamento tem que possuir afinidade que possibilite formar o complexo fármaco-receptor e atividade intrínseca (a), que é a capacidade de ativar o receptor depois de ligado, e seu valor varia de 0 a 1. • Os fármacos podem ser classificados de acordo com suas atividades intrínsecas e os valores de Emáx resultantes Agonistas São substâncias capazes de se ligar a um receptor e produzir resposta biológica semelhante ao ligante endógeno. Agonistas totais • Se um fármaco se liga a um receptor e produz a resposta biológica máxima que mimetiza a resposta do ligante endógeno, ele é um agonista total Agonistas parciais • Os agonistas parciais te ̂m atividade intrínseca maior do que zero, mas menor do que um Agonistas inversos • Um agonista inverso liga-se ao mesmo receptor que um agonista; no entanto, exerce a resposta biológica oposta de um agonista Antagonistas • Os antagonistas ligam-se ao receptor com alta afinidade, mas têm atividade intrínseca nula. • Um antagonista não tem efeito na ausência de agonistas, mas pode diminuir o efeito do agonista quando estiver presente. • Pode ocorrer antagonismo pelo bloqueio da ligação do fármaco ao receptor ou da capacidade de ativar o receptor • Antagonistas tem afinidade, mas não tem eficácia, ou seja, bloqueiam o receptor sem produzir resposta biológica. Antagonistas competitivos • Se ambos, antagonista e agonista, se ligam ao mesmo local receptor de modo reversível, eles são denominados “competitivos” • O antagonista competitivo impede que o agonista se ligue ao seu receptor e mantém esse receptor no estado inativo Antagonistas irreversíveis • Antagonistas irreversíveis se fixam de modo covalente ao local ativo do receptor, reduzindo, assim, o número de receptores disponíveis para o agonista • Em contraste com os antagonistas competitivos, o efeito dos antagonistas irreversíveis não consegue ser superado pela adição de mais agonista Antagonismo fisiológico • É usado para indicar a interação entre dois fármacos agonistas que atuam de forma independente, mas que geram efeitos opostos. • Ex: betabloqueadores e hormônios tireoidianos Antagonismo químico • Duas substâncias interagem em solução e uma impede o efeito da outra. • Ex: Protamina e heparina Antagonismo farmacocinético • Presença de indutores enzimáticos Resumo Modulação Alostérica de Receptores • Se ligam em um sítio de ligação diferente (alostérico) que o sítio de ligação do agonista (ortostérico) e causam uma modificação conformacional do receptor. Pode levar a: Aumento da afinidade do agonista. Ex: barbitúricos e benzodiazepínicos Diminuição a atividade do receptor Ex: picrotoxina Tipos de ligação receptor – efetor Canais iônicos regulados por ligantes (receptores ionotrópicos) • Exemplos: Receptor Nicotínico de Acetilcolina; Receptor de Ácido Gama-Aminobutírico GABAA; Receptor de 5-Hidroxitriptamina tipo 3 (5-HT3). Receptores acoplados à Proteína G • Exemplos: Receptor Muscarínico de Acetilcolina; Receptores Adrenérgicos; Receptores de Dopamina; Receptores de 5-HT; Receptores de Peptídeos; Receptores de Purinas. Receptores ligados à Quinase • Exemplos: Insulina; Fatores de Crescimento; Citocinas. Receptores Nucleares • Exemplos Hormônios Esteroides; Hormônios Tireoideanos; Vitamina D; Ácido Retinóico. Tipos de Alvos para ação dos fármacos Enzimas Transportadores Outros alvos farmacológicos Curva tempo – resposta Variáveis que afetam as ações dos fármacos • Relacionadas aos Fármacos: ✓ Posologia; ✓ Via de Administração; ✓ Interações entre Fármacos e Alimentos, ✓ Interações entre Fármacos. • Relacionadas ao Paciente: ✓ Idade; ✓ Peso Corporal; ✓ Características Genéticas e Étnicas; ✓ Sexo; ✓ Doença ✓ Considerações Psicológicas. Perda do efeito 1. Alteração nos Receptores: fosforilação. 2. Perda de Receptores: endocitose. 3. Exaustão de Mediadores: anfetamina (depleção das reservas de monoaminas). 4. Aumento da Degradação Metabólica: etanol (concentrações plasmáticas cada vez mais baixas, decorrente do uso contínuo – tolerância). 5. Adaptação Fisiológica: redução do efeito do fármaco devido à sua anulação por um resposta homeostática. Conceitos importantes ✓ DE50: dose em que 50% dos indivíduos apresentam uma resposta terapêutica a um fármaco. ✓ CE50: é a dose em que um fármaco produz metade do efeito máximo em um indivíduo. ✓ DT50: dose em que 50% dos indivíduos exibem uma resposta tóxica. ✓ DL50: dose em que 50% dos indivíduos morrem. • ÍNDICE TERAPÊUTICO: é definido como DT50 dividido pelo DE50. É a medida de segurança de uso do fármaco (MARGEM DE SEGURANÇA OU JANELA TERAPÊUTICA) • É qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, que ocorre nas doses usualmente empregadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológica
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