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COLORAÇÃO DE GRAM Disciplina: Microbiologia Clínica Aluno: Jonas Lira do Nascimento INTRODUÇÃO ● Como os microrganismos são transparentes, é necessário o uso de corantes para melhor visualização da forma e do tipo de arranjo; ● O termo GRAM vem do nome do pesquisador dinamarquês Christian Gram que, em 1884, desenvolver essa coloração com base na afinidade das bactérias pelo corantes na anilina; OBJETIVO ● Demonstrar as características morfo-tinturiais das bactérias; ● A coloração de Gram não permite definir gênero ou espécie da bactéria; ● As configurações morfológicas típicas das bactérias, como agrupamento em cachos de uva ou cadeias, podem se desfazer, permitindo o aparecimento de cocos isolados, diplococos, etc; ● A coloração de Gram pode, eventualmente sugerir a bactéria presente no material, quando no local não existe flora normal com aquelas características morfo-tinturiais do patógeno. ○ Ex.: Bacterioscopia de secreção uretral com presença ou indicativo de Neisserias (cocos gram-negativos). ETAPAS DE COLORAÇÃO 1. Preparo e fixação do esfregaço em chama; 2. Violeta de genciana (cristal violeta) - 1 min; 3. Lugol (mordente ou fixador) - 1 min; 4. Álcool, álcool-acetona ou éter-acetona - 30 seg; 5. Fucsina diluída ou safranina - 30 seg. * fucsina cora mais bactérias do que a safranina. MECANISMO 1 ● Está relacionado com a diferença de composição das paredes celulares das bactérias (gram + e gram –); ● Gram + ○ Em virtude do menor conteúdo lipídico torna-se desidratadas durante o tratamento com o álcool. ○ Essa desidratação diminui a porosidade e a permeabilidade, além de que a formação do complexo iodo-pararrosalina dificulta sua extração. ● Gram – ○ O tratamento com álcool extrai os lipídios da parede celular, resultando numa porosidade e permeabilidade aumentadas. ○ Assim, o complexo cristal violeta-iodo pode ser retirado e as bactérias gram – são coradas. A camada mais fina de peptideoglicano da parede celular é também mais fina que das gram +. FUNDAMENTOS ● Gram + a. O método de Gram se baseia no fato de que, quando certas bactérias são coradas pela violeta de genciana e depois tratadas pelo iodo (lugol) forma-se um composto de coloração escura entre o iodo e o contraste (iodo-pararrosalina), o qual é fortemente retido pelas bactérias e não pode ser facilmente removido pelo tratamento subsequente com álcool, permanecendo com cor violeta. ● Gram – a. Se deixam descorar facilmente pelo álcool. Assim, se após a ação do álcool, fizermos uma coloração de fundo pela fucsina, as bactérias se aparecerão vermelhas. REGRAS GERAIS ● Os cocos são geralmente gram + ○ Staphylococus em geral aparecem agrupados formados cachos de uva; ○ Streptococcus em geral aparecem formando cadeias. ○ Exceção: ou seja, são cocos Gram – ■ Neisserias (gonococos aparecem como diplococos intracelularmente e meningococos extracelularmente). ● Os bacilos são geralmente Gram – (como as enterobactérias) ○ Ex.: Escherichia coli, Proteus spp., Klebsiella spp. ○ Exceção: ou seja, são bacilos Gram + 2 ■ Bactérias do gênero Corynebacterium (difteria); ■ Bacillus (carbúnculo); ■ Clostridium (tétano); ■ Bacilos de Doderlein. ● Bacilos de Doderlein ○ A partir da puberdade até a menopausa com predominância de bacilos de Doderlein (Gram +); ○ A partir da menopausa o pH volta a ser alcalino com predominância de flora mista. ○ Para resultados de exames: ■ Flora Grau I: muitos bacilos de Doderlein; ■ Flora Grau II: moderada quantidade de bacilos de Doderlein; ■ Flora Grau III: Poucos bacilos de Doderlein, com predomínio de outros microrganismos. ● Alguns bacilos Gram + apresentam-se esporulados; ● Leveduras são Gram + ● Os protozoários (exceto Trichomonas) e demais microrganismos não se coram pelo Gram. 3
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