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Tecnologia do Urbanismo – 2011.2 A arborização urbana é caracterizada principalmente pela plantação de árvores de porte em praças, parques, nas calçadas de vias públicas e nas alamedas. Funções da arborização urbana Por suas múltiplas funções, a árvore urbana atua diretamente sobre o clima, a qualidade do ar, o nível de ruídos, sobre a paisagem, constitui refúgio indispensável à fauna remanescente nas cidades, constitui fator estético e paisagístico, atrai aves, diminui o impacto das chuvas, contribui para o balanço hídrico e traz mais qualidade de vida para o local. Contribui também decisivamente para atenuação das chamadas ilhas de calor, áreas de ocorrência das temperaturas mais elevadas durante o dia, especialmente nas zonas de maior poluição do ar. Características Importantes das árvores •Origem. •Folhas (persistência e tamanho). •Frutificação. •Altura. •Copa. •Diâmetro. •Raiz e galhos. •Caule. •Cheiro. Implantação da arborização em vias públicas 1) Estabelecimento de canteiros e faixas permeáveis Em volta das árvores plantadas deverá ser adotada uma área permeável, seja na forma de canteiro, faixa ou piso drenante, que permita a infiltração de água e a aeração do solo. As dimensões recomendadas para essas áreas não impermeabilizadas, sempre que as características dos passeios ou canteiros centrais o permitirem, deverão ser: - 2,0m² para árvores de copa pequena (diâmetro em torno de 4,0m) - 3,0m² para árvores de 7 copa grande (diâmetro em torno de 8,0m). O espaço livre mínimo para o trânsito de pedestre em passeios públicos deverá ser de 1,20m, conforme NBR 9050/94. Implantação da arborização em vias públicas 2) Definição das Espécies A partir da análise do local, serão escolhidas as espécies adequadas para o plantio no logradouro público, bem como será definido o seu espaçamento. Para efeito da aplicação destas normas, as espécies são caracterizadas como: • nativas ou exóticas de pequeno porte (até 5,0m de altura) ou arbustivas conduzidas . • nativas ou exóticas de médio porte (5 a 10 m de altura). • nativas ou exóticas de grande porte (> que 10 m de altura). Certo Errado Parâmetros para a arborização de passeios em vias públicas Para o plantio de árvores em vias públicas, os passeios deverão ter a largura mínima de 2,40m em locais onde não é obrigatório o recuo das edificações em relação ao alinhamento, e de 1,50m nos locais onde esse recuo for obrigatório. Parâmetros para a arborização de passeios em vias públicas Em passeios com largura igual ou superior a 1,50 m e inferior a 2,00 m, recomenda-se apenas o plantio de árvores de pequeno porte. Em passeios com largura igual ou superior a 2,00 m e inferior a 2,40 m, poderão ser plantadas árvores de pequeno e médio porte com altura até 8,00 m. Parâmetros para a arborização de passeios em vias públicas Em passeios com largura igual ou superior a 2,40 m e inferior a 3,00 m, poderão ser plantadas árvores de pequeno, médio ou grande porte, com altura até 12,0 m . Em passeios com largura superior a 3,00 m, poderão ser plantadas árvores de pequeno, médio ou grande porte com altura superior a 12,00 m. Parâmetros para a arborização de passeios em vias públicas OBS: Sob rede elétrica é possível o plantio de árvores de grande porte desde que a muda não seja plantada no alinhamento da rede e que a copa das árvores seja conduzida precocemente, através do trato cultural adequado, acima dessa rede. Parâmetros para a arborização de passeios em vias públicas O posicionamento da árvore no passeio público com largura “P” superior a 1,80 m deverá admitir a distância “d”, do eixo da árvore até o meio fio, e “d” deverá ser igual a uma vez e meia o raio “R” da circunferência circunscrita à base de seu tronco, quando adulta, não devendo “d” ser inferior a trinta centímetros ( d= 1,5X R e d maior ou igual a 30 cm ). Parâmetros para a arborização de áreas livres públicas MANUTENÇÃO DAS MUDAS Podas A poda deve ser aplicada em ramos tecnicamente escolhidos, evitando-se o surgimento de efeitos adversos, os quais podem aumentar o problema que se tentou corrigir. Resistência à poda Cada árvore pertence a uma determinada família, gênero e espécie botânica, possuindo características e peculiaridades. Pelas inerentes características morfológicas e fisiológicas, nem todas as árvores resistem ao corte de sua ramagem, reagindo de modo diferente: umas apresentam grande rebrotação, outras, o secamento dos ramos. Copas com forma arredondada aceitam podas corretivas e se regeneram.Já a aplicação de podas em árvores que apresentam formas típicas - globosa, colunar, cônica, piramidal e umbeliforme - deve ser evitada, uma vez que descaracterizam a forma original. O mesmo vale para as palmeiras, que não aceitam podas. MANUTENÇÃO DAS MUDAS Ciclo produtivo e época de poda As árvores conforme a espécie, se comportam de maneira diferente em relação ao ciclo produtivo. Assim, para efeito de época de poda, podemos separar as espécies de arborização urbana em três grupos. Num primeiro grupo de plantas encontram-se as espécies de repouso verdadeiro, que são aquelas árvores que soltam as folhas no outono-inverno e depois rebrotam, como por exemplo, a sibipiruna, o chapéu-de-sol e a espatódea. A época apropriada para intervir neste grupo é a de menor atividade metabólica, quando as plantas estão sem folhas. Um segundo grupo de plantas é representado pelas espécies que soltam as folhas no outono inverno florescendo logo a seguir, ainda no inverno ou início da primavera. Temos neste segundo grupo os ipês, as bauhinias, as eritrinas e a mirindiba-rosa. Num terceiro grupo estão as plantas que não desprendem as folhas de uma só vez, renovando-as gradualmente, ditas semi-caducas ou perenes, como por exemplo: oiti, monguba, ficus, magnólia amarela, alfeneiro e ligustro. MANUTENÇÃO DAS MUDAS Tipos de poda - Poda de limpeza - Poda de levantamento de base de copa -Poda em V e poda em furo -Poda de rebaixamento Os cortes a serem feitos numa planta obedecem a uma seqüência, deixando-se para o final os ramos maiores e mais volumosos. Os cortes devem ocorrer da parte externa para o interior da copa e de cima para baixo, sempre eliminando pequenas quantidades de ramos e observando os efeitos desse procedimento na estrutura da copa da árvore. A redução drástica da ramagem pode impossibilitar a regeneração futura da planta. MANUTENÇÃO DAS MUDAS Redução da poluição QUARESMEIRA Árvore de 8 a 12 m de altura, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro. Época de floração: entre os meses de janeiro e abril, e também em junho-agosto. CHUVA DE OURO Árvore com altura de 10 a 20 m e tronco colunar bifurcado próximo a base, de 30-40 cm de diâmetro, revestido por casca pardacenta fina com ritdoma lenticelado. Suas folhas são opostas cruzadas, simples, glabras e com nervuras proeminentes na face inferior. As flores amarelas e vistosas são reunidas em inflorescências. Estacionamentos SIBIPIRUNA Ávore de grande porte, chegando a medir 28 metros de altura (normalmente entre 6-18m) com até 6 metros de diâmetro da copa arredondada e muito vistosa. Facilmente confundida com o Pau-Brasil pela semelhança da sua folhagem. Muito usada para arborização, especialmente da cidade de São Paulo. Maringá, no Paraná, possui arborização com 80% em Sibipiruna. PAU-BRASIL Chega a medir de 8 a 30 metros de altura. Seu tronco mede de 40 a 70 cm de diâmetro e suas folhas tém de 10 a 20 cm. Sua floração se dá a partir do final de setembro, prolongando-se atá meados de outubro. Entre novembro e janeiro se dá a maturação dos frutos. Canteiros centrais BUTIAZEIRO Sua altura varia de 4 a 6 m e seu diâmetro de 20 a 40 cm. Caracterizando-se pelo estipe revestido de bainhas e pecíolos velhos na região abaixo da coroa de folhas.Suas folhas pinadas, com coloração azul-esverdeada, podem chegar a 2 m de comprimentoNEODIPSIS Palmeira monioca de tronco unico mede entre 5 e 6m de altura, com diâmetro entre 30 e 40 cm. A coroa se divide em 3 lados formando uma espécie de triângulo. As folhas medem de 2,5 a 3m bastante retas e curvando-se apenas no final.
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